Meu desafio Meu amor escrita por Kyara


Capítulo 7
Plano em ação.


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui
Olha eu aquiiii
Oiiii amores, tudo bom???
Trouxe mais um Cap...
Muito feliz com os comentários, sei que ainda não responde, mas vou, tá, ok?????
Ótima leitura.



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—  A sua rotina anda bem agitada.

— Ah! Não tem graça Stefan!

— É claro que não, só estou tentando te fazer relaxar um pouco.

— Eu não consigo no momento!

— O que pensa em fazer?

— Atualmente ajudá-lo sem ele saber como te disse.

— Acha que ele não perceberá as mudanças?

— Eu vou esperar os resultados. – Stefan encara seu relógio. — Eu tenho que volta.

— Claro.

— Me ligar de vez enquanto não faz mal. – insinua se afastando.

Sorrio!

Estava em uma lanchonete, onde pude colocar o papo em dia. Stefan estava curioso como andava as coisas com Damon. Não precisei dizer muito para deixá-lo em choque.

Pago a conta e vou em busca de um táxi. Acho que é uma boa ideia pegar meu carro.

Quando alcanço um táxi decido ir para o meu apartamento. No caminho ligo par Madalene para informar que vou demorar um pouco.

Como é bom está aqui no meu apartamento, o lugar está do mesmo jeito. Jeremy conseguiu uma diarista de confiança para manter o lugar limpo.

Vou no meu quarto e pego a chave do carro. Não quero mais correr o risco de andar com Damon novamente.

Agora sim, aperto o volante enquanto saio da garagem. Não demoro chegar no meu destino.

— Você demorou Elena.

Madalene estava na entrada da casa.

— Eu avisei que demoraria. Algum problema?

Olho para os lados procurando algo?

— Não! 

— Agora pode me esclarecer porque fez aquilo?

— Foi apenas para o Damon não suspeitar. – como?

— Ele nem perceberia a minha ausência Madalene. Ele não me suporta e me colocar no mesmo carro não foi racional.

— Como ele reagiu?

— Se ele pudesse abriria a porta e me jogaria com o carro em movimento.

Ela coloca a mão no queixo e resmunga algo.

— Me desculpe criança eu pensei que ele fosse se desculpar ou algo parecido.

 — Porque achou isso?

— Não importa. Isso são os… — ela gesticula com as mãos e olha para as escadas.

Isso me faz crê que Damon já voltou.

— Vamos para a cozinha?

Assinto.

— E então? – ela olha sugestiva para a pequena caixa em minhas mãos.

— Sim. Já podemos começar. – os olhos de Madalene brilham.

Passo todos as informações de cada medicamento, e como ela irá usar no chá, suco e água do Damon. Como Madalene sempre serve o Damon, ele não suspeitará de nada.

Também entregarei a Caroline e ao Ric.

Os mais pesados ficará por minha conta. É algo mais delicado.

 

 

Tudo estava ocorrendo bem. Madalene estava fazendo as misturas e Damon não percebeu. Quando ele estava na empresa o Ric agia. Eu evitava no máximo me encontrar com ele, isso ajudaria a não se estressar muito, já que a empresa faz muito isso.

Tentei alcança-lo aonde estivesse, no entanto a um lugar que nenhum dos meus aliados poderia ir.

O labirinto estava atrapalhando meus planos, o acesso era “ privado ”. Só Damon é o tal do jardineiro eram os únicos a ficarem lá. Eu nunca vi o tal jardineiro.

E Quando Damon decidia ir, passava o dia inteiro lá.

Isso me deixa muito aflita, ele não comia nada até onde sei. Fazia esforço de mais para sua impotência.

Eu sei que não seria inteligente entra naquele lugar, eu me perderia fácil é o pior Damon ficaria uma fera. O que podia comprometer mais sua saúde.

Já pensei em procurar esse jardineiro e conversar com ele, mas ninguém sabe onde ele mora. Sem falar que as chances dele trair o Damon eram nulas.

— Ainda olhando aquela coisa Elena?

Carol trás uma bandeja com chá. Me afasto da parede de vidro e sento no sofá pegando uma xícara.

— Já é tarde, e ele ainda não voltou.

— Você acha que aconteceu alguma coisa?

— Não! – freio porque estou afligido Caroline com minhas preocupações. – Só não estou acostumada com essas sumidas dele. E como médica isso me incomoda.

— Eu também não gosto dele lá, é perigoso.

— Já esteve lá?

— Sim, mas faz tanto tempo.

— Quanto tempo?

— Uns doze anos, eu sempre fui medrosa, só ia porque meus pais me levavam. Quando cresci aquilo não me fascinava tanto, tinha muito inseto. Damon pelo contrário vivia lá, ele ama aquele lugar, assim como nossos pais amavam.

— Eu gostaria de um dia ir lá, mas acho que isso é impossível. 

Carol apenas assente.

Aquele lugar está cheio de memórias da família Salvatore, talvez Damon só esteja preservado isso. Ele já faz muito suportando minha presença aqui, onde as memórias dos seus pais estão em cada canto da casa.

Queria tanto poder conversar com ele sem brigas e discussões.

Poder entende-lo porque tomou esse caminho.

— Eu vou ver se Madalene já foi dormir.

— Você deveria fazer o mesmo. – ela parece bem cansada. — Não se preocupe eu vou ficar esperando ele volta.

— Obrigada Elena!

Eu tinha um livro comigo, passei na biblioteca antes de vim para cá. Me movo para perto da janela.

Ficar acordada não era problema, só tinha que me distrai um pouco.

Damon teria que passar perto da piscina, onde poderia vê-lo perfeitamente daqui.

Começo a folhear o livro. É um livro muito conhecido por sua intensidade, o título já dizia tudo, o Inferno: O mundo em guerra 1939 - 1945  o autor Max hastings. Um dos relatos históricos mais comoventes.

Estava bem envolvida no livro, quando dei uma olhada rapidamente e vi uma sombra lá em baixo, foi algo muito rápido que poderia ter sido minha imaginação. Mas como Damon ainda não apareceu não custava nada averiguar.

Desço de vagar e não encontro nada só o som do vento, a porta está aberta então acredito que estava mal fechada. Quando vou fechar a porta algo chama minha atenção no chão, está um pouco escuro isso dificulta minha visão. Abaixo o suficiente para tocar naquilo é uma gota escura misturada ao piso é difícil discernir.

Meu corpo levanta  de súbito ao notar o que era, giro sobre os calcanhares encarando várias gotas de sangue no chão.

— Sr. Salvatore!

Corro no caminho feito pelo sangue, elas vão em direção a cozinha, chego o mais rápido que posso. Damon está na pia parece lavar o braço.

— Sr. Salvatore?

Ele não responde então aos poucos me aproximo. Arrodeio a mesa e me coloco ao seu lado.

Céus tem muito sangue.

— Senhor o que aconteceu? – há um corte em sua mão esquerda.

Ele continua sem me responder, ele não percebe que não vai estancar isso tão fácil.

— Me deixe ver isso!

— Se encosta em mim não vai sair ilesa.

— Se continua assim vai perder muito sangue. Me deixe ajudar.

Ele continua feito uma pedra.

Teimoso!

— Madalene ainda está acordada se ela ti ver assim vai passar mal. Me deixe pelo menos evitar isso.

Se ela está acordada não sei, mas creio que ele não queira vê-la nesse estado.

Ele solta um suspiro alto, mas o sinto baixar a guarda.

Conseguir!

Sutilmente levo minhas mãos em seu braço, Damon desliga a torneira e posso ver que o corte foi profundo.

Que droga ele estava fazendo lá?

— Vou precisar limpar e fechar isso. No quarto tem tudo que preciso. – falo pegando um pano limpo de prato. — Coloque na costa da mão isso evitará que suje o chão. – aponto a sujeira no chão.

Damon pega o pano e começa me seguir.

Chego no quarto procurando do o material que irei usar.

— Senta na cama. – Damon obedece.

Pego a lixeira e coloco ao lado da cama. Lavo as mãos e pego rapidamente luvas, trago a bandeja com o material, então posso começar.

— Tente fechar a mão.

Damon obedece, e faz sem problemas, ótimo!

Puxo com meu pé a lixeira colocando exatamente abaixo das mãos de Damon.

Pego o soro abrindo o corte, agora uso cloraxidina e gazes. Volto com o soro, o sangue diminuiu um pouco. O corte não foi feito por faca ao algo do tipo, pois o mesmo possui margens irregulares.

Será que ele andou bebendo e se cortou com vidro?

Eu não sinto cheiro de álcool e ele aparentemente está “ normal ”.

— Em que se cortou Sr. Salvatore?

Continuo limpando procurando por algo que ainda possa está dentro do corte.

— Você não é a médica aqui? Diga você.

Ele não bebeu, pelo menos isso, se não eu sentiria daqui já que estamos próximos.

A pergunta era só pra descobrir.

— Tudo bem!

Pego mais gazes e pressiono querendo estancar o sangue. Passo iodo povidine, e volta a pressionar.

— Eu irei anestesiar. – Não sei se foi reflexo mas aparece que ele não gostou de saber.

Damon solta um gemido abafado quando agulha vai de encontro ao corte.

— Sente algo? – estou colocando meu dedo dentro corte.

A cara de terror que ele faz me surpreende.

— Está? – insisto.

— N-não! – ele arruma postura.

Começo a suturar, e na metade pergunto se está incomodando.

Damon nega, então continuo.

Foram onze pontos, finalizo com uma atadura.

— Quando for tomar banho evite molhar. – pego um medicamento. – Isso evitará inflamações. Se sentir febre me avise e eu precisarei vê-la todos os dias até que esteja completamente sarada.

Estamos nos encarando, quebro isso pegando a bandeja de procedimentos.

— Não espere um agradecimento, afinal é seu trabalho. – sua voz está perto da porta.

Sério?

— Você precisa comer. – digo passando por ele, fecho a porta. – Eu vou preparar alguma coisa.

Não olho para trás, Damon está estranho, mais que o normal, parece meio aéreo, ainda gostaria de saber em que ele se cortou.

Esquento a comida que Madalene já tinha separado. É subo espero que ele abra a porta.

— Sr. Salvatore?

Não obtenho resposta, chamo de novo com batidas na porta, e nada.

Pego na maçaneta e descubro que a porta está aberta.

O quarto está vazio, coloca a bandeja em cima do criado-mudo, me aproximo do banheiro e escuto água do chuveiro.

— Vou deixa sua comida aqui, qualquer coisa estarei lá em baixo. – falo um pouco alto. Espero que ele tenha escutando.

É agora vamos a faxina, reúno todo material de limpeza e começa a trilhar todo o caminho que Damon fez.

Terninho na cozinha, deixando tudo no seu devido lugar.

— Próximo agora! – falo já subindo de novo as escadas.

Pego o pano que dei a Damon e jogo no sexto de lixo pego luvas de limpezas e amarro o saco, abro a caixa colocando-as. Organizo os matérias e cama.

Quando me certifico que aborta esta fechada, volta encara a porta de Damon, acho que ele terminou.

Dou uma pequena batida e abro a porta. Damon já está dormindo, me aproximo da cama.

Arrumo sua coberta o cobrindo mais. Ele parece tão cansado. Me asseguro que ele não esteja com febre colocando minha mão em sua testa.

Espero que ele tenha tomado o remédio.

— Pelo menos comeu tudo!

Isso me deixa aliviada. Deixo o quarto de Damon.

Estou feliz por ter sido útil, não que precisasse haver o que lhe aconteceu, mas seria bom se ele pudesse me deixar fazer o que preciso na saúde dele.

 

 

Meu despertador toca, é uma hora a mais do que de costume, mas como ontem dormir tarde precisei repor um pouco.

Sei que Madalene estranhará sem citar que ela verá a mão de Damon e se preocupara a toa. Ela ultimamente está mais pálida que o normal, eu preciso ficar de olho nisso.

— Ai está você.

Caroline está linda como sempre.

— Aconteceu algo?

— Não, só a Madalene que estava ficando preocupada porque você ainda não tinha descido. Acho que ela se acostumou em te vê cedo.

— Acho que sim. – bocejo.

— Que horas você foi dormir Elena?

— Tarde, muito tarde, Eu já estou acostumada.

— Deveria dormir mais um pouco.

— Não preciso acredite. – observando melhor vejo que está com uma bolsa maior.

— Vou passar o dia fora. – fala ao notando meu olhar.

— O Damon já desceu?

— Eu não sei, porque?

— Ontem Damon apareceu com um corte na mão.

— O quê? – levanto a mão pedindo que abaixe o tom, alguém pode ouvir. – Desculpe!

— Não se preocupe eu cuidei de tudo.

— Como foi isso Elena?

Carol suspira ao vê meu olhar, sei o tanto que ela.

— Ele Deixou você cuidar dele?

— Eu o persuadir.

— Como?

— Disse que Madalene ainda estava acordada e poderia vê-lo e provavelmente passaria mal.

— Isso não deixa de ser verdade, ela irá surta quando souber.

— Eu preciso falar com ela, antes que o veja.

— Eu vou com você.

— Não precisa, você já estava de saída.

— tem certeza?

— Sim.

— Qualquer coisa me avise.

Madalene está na pia e cantarolar, isso é novidade.

— Não pare!

— O que faz aí tão quetinha?

— Não queria te trabalhar. – Madalene está normal, suponho que ela não o viu ainda.

— Você está bem? Acordou mais tarde hoje.

— Desculpa, apaguei.

— Damon tem haver com isso, não é?

Assinto, ela sorrir, cortando uma fatia de bolo.

— Ele já tomou café?

— Damon foi a empresa muito cedo.

Será que ele está melhor?

— Ele estava bem?

— Mais ou menos. – respondo cautelosa. Não quero assusta-la.

— Damon cortou a mão, mas ele já está bem, eu cuidei de tudo.

— Como?

— Eu não sei dizer em quê, ele não quis dizer. Eu cuidei do corte, e ele jantou tudo. – como se essa última parte fosse apaziguar a primeira informação.

— Elena porque não me chamou.

— Madalene não se agite, eu estava aqui e mantive tudo sobre controle, não queria te preocupar.

Ela senta ao meu lado.

— Os medicamentos não estão funcionando?

— É claro que está. Você viu como sua aparência está melhor? E só faz pouco tempo, seria melhor os medicamentos mais forte, mas como ele ingeri bebidas seria imprudente da minha parte fazer o mesmo com estes medicamentos. Mas eu acredito que logo ele aceitará o tratamento.

Eu preciso que ele aceite não só pelo seu bem, mais pelo dela também.

Um sorriso brota deixando ainda mais evidente suas rugas.

— Madalene você toma algum remédio?

— Não!

Isso não está certo.

— Você deveria, ajudaria a controlar sua pressão.

— Oh Elena, não se preocupe com isso, eu estou bem.

Ela levanta indo em direção a porta que leva aos fundos.

— Tome seu café criança, eu vou está na estufa.

Não gosto disso, ela precisa cuidar da saúde também. Pressão é algo muito sério.

 

 

— Um convite?

— É só um jantar, prometo não demorar. Minha amiga me convidou para ver a exposição de obras de arte, que meses ela estava elaborando, não pude recusar.

— Uma exposição de arte?

— Foi o que eu disse. Então vai comigo?

— Tudo bem!

— Vou te mandar um convite com a data e hora, claro que eu vou te buscar.

— Você não está me convidando tão adiantado assim, está?

— Ah, eu precisava ter certeza que não usaria uma desculpa, ou algo do tipo ou se já estivesse um compromisso, então…

— Quando é?

— Daqui a duas semanas.

— Stefan! – sorrio. — Você pensou em tudo.

— É preciso com você. – sorrio com sua fala. – Eu vou desligar.

— Obrigada pelo convite!

Pego o livro em cima do meu colo e devolvo ao seu lugar. A biblioteca era um ótimo lugar, aproveito quando Damon está fora, e como sei que gosta de ficar aqui, fico afastada.

No corredor de volta ouço um barulho, acho que vem de uma das portas, fica do lado do escritório de Damon, eu nunca entrei nesse cômodo.

Me a próximo da porta, já não ouço nada. Então resolvo  abrir a porta.

Quando estou prestes abrir sinto uma mão no meu braço me puxando.

— Não faça isso Senhorita Elena.

Seu olhar está assustado.

— Quer me mata Wendy?

— Não é uma boa ideia. – comenta apontando para porta.

— Eu ouvir um barulho. – me defendo. – Porque não é uma boa ideia.

— Aqui não é um bom lugar para falar disso. – seu olhar não sai da porta. E ela está sussurrando?

Ouço novamente o barulho, sinto as mãos de Wendy me puxando.

Chegamos na escada eu a paro.

— Qual o problema? 

— Não entre lá.

— Como assim? 

— Senhorita Elena. – ela choramingar.

— Qual o problema? – repito.

— Vamos para seu quarto. – só posso segui-la.

— Agora pode me dizer o que foi aquilo lá em baixo? 

Wendy se encosta na porta.

— Achei que já soubesse, sabe, todo esse tempo aqui. - encaro a morena em minha frente sem entender nada.

— Do que está falando Wendy?

— A única coisa que posso lhe informar é que de maneira nenhuma abra as portas que estão fechadas, pelo seu próprio bem, elas devem permanecer fechadas.

Portas? Quantas portas estão fechadas afinal?

— Preciso terminar de limpar os cômodos, se me dê licença.

Eu estou totalmente perdida aqui, ela não me esclareceu nada. Ninguém me disse sobre portas proibidas de abrir ou algo do gênero.

— Antes de ir me diga, Madalene está na cozinha?

— Provavelmente ela deve estar na estufa. – claro o segundo lugar que ela mais fica. – Mais alguma coisa senhorita? - reviro os olhos, ela sabe que pode me chamar pelo primeiro nome, no entanto continua a me tratar assim.

— Elena, e sim obrigada pelo aviso.

— De nada senhorita. – ela sorrir. - Força do hábito, desculpe. – ela sai me deixando cercada de dúvidas e mistérios.

Eu preciso entender o que acabou de acontecer e Madalene pode me responder isso.

Chego a estufa e vejo Madalene cuidando de algumas ervas eu acho, tem muitos vegetais aqui.

Quando ela me ver sorrir e me chama com a mão desocupada.

— É uma linda e saudável visão.

— Concordo, quer me ajudar a regar algumas verduras?

— Claro. – ela me passa o regador. Fico ao seu lado, e procuro uma maneira de começar o assunto que me trouxe aqui.

— Sempre gostei de plantar, desde pequena, adorava fazer isso com minha mãe, era maravilhoso.

— Parece ter sido uma infância muito boa Madalene!

— As melhores Elena!

— Como você veio parar aqui?

—  Era criança quando meus pais vieram para cá, estavam atrás de emprego quando conheceram os avôs de Damon e Caroline. O Joseph tinha dois anos quando vim morar aqui. Eram pessoas incríveis, era filha dos empregados, mais me tratavam como uma filha, eles não tiveram outros filhos. Eu cresci com Joseph, o considerava como um irmãozinho, brincávamos muito.

Ela sorrir e continua:

— Minha mãe me ensinou tudo para continuar no seu lugar. Com o tempo ficamos só nós dois. E agora só eu.

— Como foi o acidente? Não precisa responder se não quiser. – sei que esse assunto é difícil.

— Não tem problema, pensei que Klaus havia contado.

— Ele apenas disse que morreram em um acidente, sem detalhes.

— Aquilo foi uma catástrofe!

— Pode me contar? – pergunto novamente.

Madalene assente e procura algo pra sentar, ela aponta um banquinho a sua frente.

— Ainda lembro perfeitamente daquele dia, dos senhores Salvatores apressados.

 

(…)

— A sra. Maria está tão linda.

— Obrigada Madalene, desde que o contrato foi assinado, Joseph não parou um momento se quer.

— É um contrato muito importante.

— Sim, ele está tão empolgado e orgulho, foi o primeiro que Damon conseguiu.

— Estou tão orgulhosa do meu menino também, não se fala outra coisa.

— Damon, sempre se espelhou no Joseph, querendo ser igual.

— E ele é!

— Damon já é um homem, como o tempo passa rápido, parece que foi ontem que estava o amamentando. E em breve irá se casar e ter sua própria família.

— Sim!

— Vamos descer, Joseph deve está a minha espera.

— Claro, o seu casaco.

— Obrigada Madalene, o que seria de mim sem você, minha amiga.

— Digo o mesmo, vamos.

— Flora onde está Joseph?

— Estou aqui, está linda querida.

— Obrigada querido.

— Damon ligou tiveram um imprevisto, irá se atrasar, mas o Sr. Rover já está com ele.

— O que aconteceu?

— Nada que Damon não possa resolver.

— E Caroline, ainda não está pronta?

— Ela está com Damon, iram juntos.

— Tudo bem.

— Vamos!

— Sim, Madalene cuide de tudo em nosso ausência.

— Claro.

— Maria não estamos indo viajar, só serão duas horas.

— Eu sei, e não me lembre que irei passar duas horas em um navio, fico enjoada facilmente.

 

(…)

 

— Então veio a pior notícia da minha vida.

— Não precisa continuar Madalene. – ela já tem lágrimas nos olhos.

— Eu estou bem, me deixe finalizar.

 

(…)

 

— Não pode ser, como isso aconteceu?

— Madalene se acalme, ninguém sabe o que provocou a explosão, provavelmente falha técnica.

— Não posso acreditar que todos estão mortos.

— Felizmente Damon e Caroline, ainda não haviam embargado.

— Onde eles estão agora?

— Lá, eles se recusam a saírem.

— Meu Deus eu preciso ir lá, eles precisam de mim. Flora cuide de tudo.

— Pode deixar, me der notícias.

 

(…)

— Você pode imaginar o que encontrei lá.

— Eu já morava fora na época, e não era de assistir televisão, já começava meu período na faculdade, ouvir vários colegas comentar e também na casa em que morava na época. Eu nunca cheguei acompanhar. Descobriram o que causou a explosão?

— Não acharam nada. Eles viram tudo, Damon e Caroline estavam em uma lancha, o navio estava ancorado longe do porto, era um evento privado.

Madalene limpa as lágrimas.

 — Depois disso Damon ficou assim.  Achei que ele iria enlouquecer, estava tão desesperado. Com os dias passando ele foi se fechando, isolando, ficando frio, duro com todos ao seu redor. Ninguém conseguiu evitar, nem mesmo Caroline que sofreu tanto quanto ele. Damon colocou uma barreira entre eles. Conseguimos ajudar ela desde o começo mas com ele foi tudo em vão.

— Como Ele era antes? - Madalene sorrir e arrumar seu avental.

— Lindo! – agora sou eu quem está sorrindo.

— Mais lindo, se procura nas revistas e na internet verá o que não estou exagerando.

— Não é necessário, eu acredito em você!

— Era culto, muito elegante, tinha que vê quantas meninas se interessavam por ele, tinha muitas pretendes. – lembro da cena na escada, ele ainda tem. Penso!

— É muito impaciente, apressado, teimoso, astucioso se destacou rápido na empresa, era a cópia do Joseph no modo de agir, tomava decisões precisas, a postura de um homem de negócios. No entanto era cópia da Maria na fisionomia, os olhos extremamente azuis, o cabelo escuro e a pele clara. Ela era tão linda.

Madalene suspira e percebo que toda essa conversa está lhe fazendo mal.

— Me desculpe fazer você revê essas lembranças.

— Elas são inevitáveis Elena, e só sumiram quando eu partir.

— Você tem razão! – suspiro.

— O quê foi criança?

— Não é nada! – Madalene está me encarando esquisito.

— Você lembrou de algo ruim também?

— Eu  não lembrei de nada Madalene. – ela permanece com um olhar enigmático.

  — Antes de vim para cá eu ouvir um barulho em um dos cômodos, um que fica do lado do escritório, e quando tentei abrir Wendy me impediu e foi estranho. Você sabe porque?

— Existem cômodos nesta casa que estão fechados definitivamente. Nunca tente abrir nenhuma delas.

— Foi a mesma coisa que Wendy me disse. Eu não vou abrir, só fiz porque tinha escutado um barulho e foi algo automático eu não vou tentar de novo. – ela assente. – Quantos comandos são?

— Três apenas, um lá em baixo e os outros estão do lado esquerdo da casa, onde o quarto da Caroline fica.

— Entendi!

— Um dia Elena saberá mais do que deseja agora.

— Porque está dizendo isso?

— Eu sinto isso. - assinto mesmo não compreendendo.

— Vamos entrar, minha cozinha não pode ficar sozinha por muito tempo.

 

— Elena?

— Sim, pode entrar.

— Ah! me desculpe, não sabia que estava no banho.

— Eu já terminei, o que foi Wendy?

— Madalene me mandou avisar que o Sr. Niklaus e Sr. Alaric Vieram jantar. – fico feliz com a notícia.

— E que a senhorita Rebeka veio junto.

Não sabia que ela estava na cidade.

— Obrigada por avisar mas Madalene sabe que não como na mesa principal, sempre na cozinha com vocês.

— Sim eu sei, contudo Madalene disse que hoje você irá fazer sua refeição com os outros.

Não estou certa disso Damon pode reclamar.

— Ela disse que foi pedido do Sr. Niklaus.

— Obrigada de novo Wendy.

 Fecho a porta. Espero que Klaus saiba o que está fazendo.

Tenho que me arrumar rápido, não posso deixar eles esperando.

Me visto como sempre, não vejo motivos pra colocar algo mais elegante. É só um almoço como um qualquer.

Estou mais parecendo com quem vai fazer caminhada do que jantar, talvez se eu colocar um vestido simples, é melhor não, vou acabar demorando, além do mais todos lá em baixo conhecem o meu gosto. Não será novidade pra ninguém.

— Estávamos te esperando. – Ric me aperta forte.

— Oi Ric.

— Klaus. - o abraço também.

— Elena quanto tempo. - Rebeka me cumprimenta, está em um vestido azul lindo, com um salto bege, está muito elegante como sempre.

— Verdade, já faz um tempo.

 

Damon está em uma poltrona neutro a nós. Quando o olho de relance ele observa Rebeka.

Ele não tira os olhos dela. Talvez ele goste dela, quem não gostaria? Ela é linda!

 

— Elena! — Rebeka chama minha atenção. – Fiquei surpresa quando Klaus me disse que você estava morando aqui. E que está ajudando o Damon.

— É uma longa história. – não quero esse assunto agora, principalmente com Damon presente. Nem me atrevo a olhar para ele.

— Elena é a mais bela médica que já vi. – Ric e seus comentários constrangedores.

— Sim ela é! – fuzilo Klaus.

— Elena não faz o tipo de muitos homens. – Rebeka comenta rapidamente.

Que tipo de comentário foi esse?

— O jantar está servido.

Noto a carranca de Madalene em direção de Rebeka, que está grudada em Damon, ele não parece se importar.

Damon senta no lugar de sempre e Rebeka a sua esquerda, Ric fica a sua direita.

Eu é Klaus estamos um pouco mais afastados dos outros.

 

— Como as coisas estão indo?

— O plano está indo bem, Damon ainda não aceita horários, eu evito conversar com ele, que não cansa de me provocar quando tem a oportunidade, ele me detesta e não esconde isso de ninguém, acho que não esqueci nada.

— Quando cheguei não pude deixar de notar a mão enfaixada de Damon.

— Ele se cortou em algo, eu cuidei do ferimento.

 Eu estou sussurrando para não correr o risco dos demais escutarem.

— Neste jantar gostaria de dizer que a Salvatore irá dá uma festa, todo ano tem, mais este ano será mais especial. – Ric se ergue. – Conseguimos fechar um contrato com os russos.

— Isso merece um brinde. – Klaus pega a taça.

Olho para Damon, e ele apenas ergue uma taça. Será que ele não sorrir?

— Um brinde ao sucesso. - Rebeka fala se apoiando na mesa e beija o rosto de Damon.

Apenas imito os movimentos deles, na minha taça há apenas água.

Parece que a empresa está voltando aos eixos.


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Notas finais do capítulo

Xoxo.



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