Poisonous escrita por AleyAutumn


Capítulo 16
Burn


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo já estava praticamente pronto e salvo, só faltava incrementar e postar.
Continuarei a fanfic mesmo com esse problema insuportável com plagiador.
Se não entender pode questionar.
Não tem previsão para término e nem de quantidade de capítulo.



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Burn

Marjorie não sentia paz, na realidade sentia medo, desespero, dor e uma tristeza sem tamanho que a consumia por completo. A jovem cruzou as pernas e comeu um pedaço da pizza enquanto vasculhava as folhas que estavam jogadas pela cama luxuosa, informações. Milhares e milhares de informações sobre sua vida e a vida de seu falecido avô, movimentação das contas bancárias e de uma empresa que no momento se movia basicamente sozinha.

— Alô. - atendeu o celular na primeira chamada vendo o número de Matt brilhar no visor - Fico feliz que tenha me ligado.

E eu feliz em saber que você conseguiu fugir, não é muito arriscado fugir de Niklaus dessa forma Marjorie?— o loiro a questionou e ela suspirou em negação, o quão longe ainda iria essa história?

— Como soube? – perguntou preocupada, era lógico que ele pensaria neles.

Niklaus apareceu na mansão Salvatore, acabou de sair daqui e estava furioso. Marjorie você prometeu que esperaria que eu falasse com você.— ele a repreendeu sentindo o perigo ao longe, sabia que se continuasse dessa forma a garota logo estaria morta.

Ele acreditava nisso, afinal vira com seus próprios olhos quando as mãos de Klaus atravessaram Stefan e até mesmo Caroline, isso quase os matando. Klaus estava realmente em fúria.

— Eu sei o que prometi, mas eu não podia mais ficar. Elijah me mandou embora, disse que eu era um... demônio. Algo assim, algo pior que um vampiro, talvez algo pior que Niklaus. – sussurrou sem saber se realmente devera estar contando isso a ele, mas Matt lhe parecia confiável.

Eu sinto muito, mas você não deveria estar triste não é? Afinal se livrou de um problema enorme, Niklaus é perigoso assim como toda a sua família.

— Eu sinto que os devo a algo. – talvez... sua coragem?

Talvez... esquece.— o loiro riu baixo a perceber a terrível situação da jovem, ele acreditava que o melhor era não dizer que ela possivelmente estava apaixonada por um deles, isso poderia fazer com que Marjorie voltasse e se colocasse em risco - Eu sinto muito que você esteja passando por isso. O que pretende fazer?

Elena estava próxima a Matt ouvindo a conversa, ela tinha quase total certeza de que seu namorado poderia estar envolvido no suposto desaparecimento da jovem mulher, e se ele estava... bem... ela teria de correr o quanto antes para arrastar Damon para o mais longe possível dela.

— Eu descobri algo curioso sobre a empresa do meu avô. - novamente tornou a mexer nos papéis se distraindo - Eu irei assumir a empresa, o demônio que eu sou... e quem sabe eu saiba finalmente o perigo que eu represento. - os olhos vidraram no céu escuro exposto pela porta da varanda aberta se lembrando de Elijah, Kol e Rebekah enquanto sentia sua própria mente nublar. - E então eu irei caçar todos os Mikaelson.

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— Como assim ela sumiu? - Klaus gritou chutando a mesa de madeira maciça que se partiu em milhares de pedaços - Como uma garota consegue desaparecer diante de quatro vampiros? - o loiro passou as mãos pelos cabelos quase os arrancando - Será que ninguém entende a gravidade disso?

— Que o nosso problema tenha resolvido desaparecer? - Elijah levou a taça aos lábios enquanto colocava uma mão despreocupadamente dentro do bolso da calça.

Klaus apenas se aproximou do irmão arrancando a taça de suas mãos e a jogando contra a parede com força a estilhaçando completamente deixando o vampiro perplexo om o comportamento agressivo, embora acostumado. Elijah soube que estava com sérios problemas, Niklaus já tinha ido longe demais em relação a mulher... isso significava que ele a procuraria até o inferno. De baixo de cada pedra que encontrasse.

— Que o nosso problema sumindo perdemos a vantagem sobre ela? - Rebekah rebateu já sabendo o que Elijah havia feito, ela não era burra, podia sentir o cheiro de culpa de longe.

Elijah agiu de maneira precipitada jogando o inimigo para longe e o dando espaço para pensar, conhecer mais de si mesmo. Ela estava longe do controle deles.

— Que o nosso problema não pode ser hipnotizado, que pode ter mentido esse tempo todo e que pode existir milhares dela por ai? - Kol questionou.

Niklaus olhou para Elijah que aparentava tranquilidade como sempre e suspirou, Marjorie não deveria estar muito longe, afinal ela não conhecia o país e não estava acompanhada de nenhum amigo de Elena. Não seria fácil a achar, mas ela estava limitada a um único país e isso o deixava mais tranquilo... com exceção que Damon estava desaparecido. E um Salvatore sumido significava coisas ruins se aproximando.

— Ela é ingênua. Não o faria. - Rebekah discordou e Klaus negou com a cabeça, se ele sabia de algo, esse algo era que Marjorie era tudo, menos ingênua.

Kol também sabia disso mais do que ninguém.

— Bonnie não a encontrou. - Kol lembrou - Nenhuma bruxa, o que é estranho pois Marjorie não possuia nenhuma pedra, feitiço, qualquer magia a envolvendo.... nada que a protegesse. Isso sim deve ser um problema.

— Vamos vasculhar Mystic e as regiões próximas, se não a encontrarmos voltamos pra Nova Zelândia e damos uma volta pela Itália. Precisamos a encontrar, não deixaremos que ela se torne outra Katherine em nossa vida.- Rebekah decretou

.

Marjorie encostou a cabeça na janela vendo as árvores passarem rapidamente por seus olhos, as nuvens se tornando cada vez mais densas e escuras, o ambiente se tornando frio e pouco a pouco populoso enquanto passava por dentro de outra cidade. Os trens eram uma forma discreta de passar pelas cidades, um método de não ser facilmente vista e algo que lhe dava uma vantagem sobre os Mikaelson, ela ainda não estava preparada para tombar com eles, na realidade apesar de sua promessa a Matt, não era algo que ela desejava, pelo menos a Niklaus, mas sabia que se fizesse algo contra seus irmãos ela pagaria com a vida. Elijah pelo menos havia lhe dado um nome do que ela poderia ser.

— Posso me sentar com você? - a jovem ergueu os olhos e viu um belo homem loiro de olhos verdes a encarando.

— Claro.

— Uma viagem longa? - ele sorriu.

— Sim. Muito longa.

— Para onde vai?

— A cidade que mais me agradar.

— Uma andarilha. - ele sorriu e olhou para a cidade que deixavam para trás - Sou Finn Mikaelson.

Jorie apenas sorriu sentindo o choque invadir todo o seu corpo, por um momento acreditou que ele poderia ser o irmão sumido de Niklaus que estaria ajudando o loiro a procurar, mas logo balançou a cabeça em negação e deixou seus medos de lado. Niklaus nunca a mencionaria para um irmão desaparecido ao qual ele sempre teimava em chamar de traidor.

— Sou Marjorie Albanio.

O vampiro demorou apenas alguns segundos para raciocinar e logo ligou os pontos, seu semblante se tornou sombrio a medida que ele sentia a energia da jovem o puxando, o atraindo para perto. Fora essa mesma energia que o atraiu para se sentar de frente para ela no trem, a mesma energia que o fez a olhar com interesse, ele sabia que poderia estar em perigo, mas como se afastar dela? Essa espécie maldita que atraia vampiros como se ela fosse o último ser do mundo com sangue nas veias.

— Eu preciso ir. - ele se levantou rapidamente tentando abandonar a atração e ela se desesperou agarrando o braço dele com força e fazendo ele virar os belos olhos verdes em direção a ela.

— Klaus te mandou aqui? - ele a olhou confuso - Veio me buscar pra ele?

— Não. O que Klaus quer com você?- ele perguntou confuso, se seu irmão possuía o mínimo de inteligência, ele manteria distância dela, a menos que já estivesse completamente enfeitiçado.

— Saber o que eu sou. - sussurrou e ele a empurrou de volta para o banco.

— Você não sabe o que é? Isso é uma novidade. - ele se sentou de frente para ela a olhando com desconfiança enquanto ela negava com a cabeça.

— Eles não sabiam, pelo menos ele. Elijah descobriu e me mandou embora. - os olhos dela escureceram e ele viu que isso não era um sinal nada bom para o irmão, Elijah se tornara uma presa.

— Não tenho certeza do que é, ouvi lendas sobre isso e sei que Niklaus teve contato com alguém assim. Que inclusive resultou em uma briga terrível entre eles, meu irmão quase morreu e o Kropper por algum motivo cansou de o perseguir. Faz pouco tempo que isso aconteceu, eu diria pouco mais de 50 anos. Fico surpreso que ele não tenha percebido o que você era logo. -a encarou com um semblante tenso enquanto sua mente voava para longe.

— O que ouviu sobre?

— Que os... - o loiro parou e suspirou fechando os olhos - Alguém está nos seguindo. Ou a seguindo.

A morena olhou para trás por entre os bancos e viu a cabeleira loira e outra escura nos bancos de trás, o trem já estava praticamente vazio tendo apenas Marjorie, Finn e os dois outros passageiros no local. A jovem se levantou em um salto jogando a mochila para Finn que a segurou e então em poucos segundos o corpo de Caroline batia contra o banco e Damon levava um soco no rosto.

— Qual é o seu problema? Me deixe em paz! - ela gritou em fúria com o rosto completamente retorcido de raiva - Eu só quero me deixem em paz! Ou só vai fazer isso depois que eu o matar?

— Suas ameaças não me assustam monstrinho. - os olhos do moreno desviaram para o rosto de Finn que apenas ergueu a cabeça o olhando de cima, ele não interviria em nada, Sage estava morta por culpa do maldito Salvatore, não que o original ligasse para isso, afinal ele havia passado anos preso a Sage devido a Niklaus, mas isso não significava que ele não a amara, Finn levara muito tempo para se recuperar de sua perda.

— Vou dar um motivo. É bom que você seja odiado tanto quanto Matt disse que era. - a morena puxou o pescoço de Damon e o mordeu com força vendo o rosto dele se transformar em puro terror, Caroline tentou intervir, mas apenas levou um tapa no rosto que a fez atravessar a janela e cair para fora do trem em movimento.

Finn ficou em silêncio vendo o descontrole da mulher enquanto ouvia o grunhido baixo, seus olhos se focaram em Damon e ele soube que o vampiro demoraria algum tempo para se recuperar do choque. Damon havia ganhado uma cor cinzenta, mas o original sabia que levaria alguns bons dias para que ele finalmente pudesse morrer, afinal Marjorie injetara muito pouco de seu veneno, apenas o suficiente para o fazer entrar em pânico antes de perceber que ele teria algum tempo devido a longevidade.

— É bom que ninguém mais venha atrás de mim. - ela se afastou e quando o trem parou apenas virou as costas e sumiu com Finn em seu encalço - Vai me dizer? - questionou sentindo o coração bater dolorosamente forte.

— Claro. - o loiro sorriu empolgado com a nova descoberta, a lenda que mais lhe dera medo realmente existia e estava diante dos seus olhos.

.

— Você é mesmo considerada um demônio pra qualquer ser sobrenatural. - ele viu ela desviar os olhos - Mas não somos todos demônios para os humanos?

— Qual o motivo para me contar?

— Durante mil anos vocês não passaram apenas de lendas, seres infundados para nos assustar e agora eu me encontro com uma. Algo que eu nem considerava existir. Apenas Niklaus tinha visto um e mesmo assim duvidava por completo de sua existência.

'- Como pode saber disso?- comeu o bolinho a sua frente.

— Na lenda uma Kropper pode ser capaz de atrair fisicamente vampiros, vocês teriam surgido para dar um fim aos vampiros, mas alguém comentou uma vez que... surgiram antes mesmo disso, para que nenhuma modificação sobre a mortalidade ocorresse, mas existia o porem... vocês eram imortais. São considerados tão imortais que quando sua transformação se completa o coração para de bater e não retorna nunca mais, mesmo que volte a vida. É impossível que morra por qualquer ser se não outro Kropper. São como deuses.- sua expressão era de admiração.

— Meu coração? Mas um corpo precisa... de um coração.

— Sim, precisa. Esse é um dos mistérios Kropper, seres que surgiram da noite para o dia, que andam e produzem sangue sem um coração bater. - a jovem colocou a mão sobre o peito sentindo o coração - Eu não sei como se completa uma transição.

— Então ainda não sou um? Como se sabe que a transição está completa?

— Quando você tem controle sobre o que você é.

Marjorie suspirou se lembrando do que fizera a Damon, e muito menos do que sentira. Aliás, do que não sentira. Todo o corpo em um torpor ao qual ela não possuía controle, suas ações sendo realizadas de forma descontrolada sem que ao menos tivesse tempo ou força para pensar, e então percebeu que estava longe de domar o monstro que dominava seu corpo.

— O que mais?

— Como percebeu sua mordida é venenosa, altamente letal, mata um humano em milésimos de segundos e um vampiro em dias dependendo da idade dele. Um Kropper só morre pela mordida de outro Kropper.

— Isso é... divertido, - ela apenas sorriu de lado imaginando seus dentes cravando no pescoço de Elijah - Klaus me chama de cega, mas talvez eu não esteja realmente aqui para ver alguma coisa.

— Klaus se acha superior a todos, não é só você que é considerada cega por meu irmão.

.

Klaus bufou irritado chutando a porta do quarto antigo de Marjorie enquanto grunhia de raiva, olhou para Elena que tinha uma feição preocupada no rosto enquanto se apoiava em Caroline. O loiro apenas suspirou irritado a medida que via mais e mais lágrimas se formarem nos olhos da duas.

— Eu posso saber o que Damon está fazendo com Marjorie? Qual o motivo para ele estar a perseguindo? E o mais importante, quem ajudou ela sair daqui? - ele gritou irritado e derrubou uma das cômodas de Marjorie jogando as joias que ele havia dado para ela no chão - Onde ela está?

As duas saltaram se lembrando que Matt havia pedido para manter segredo sobre Marjorie, mas isso não aconteceria da maneira de Matt. Elena gritou quando Niklaus a puxou com força pelo braço e segurou-a pelo pescoço, levou o celular da vampira até o próprio ouvido e sorriu quando Damon atendeu.

— Serei bem rápido, como percebeu estou com sua adorada namorada enquanto você persegue a minha garota, pelo que soube você foi mordido e Marjorie é venenosa segundo as más línguas. Me diga onde ela está ou você irá para um caixão ao lado da sua namorada e do seu irmão.

O loiro ouviu Damon suspirar.

— Estamos nos movendo, é melhor você vir logo ou eu a pegarei antes e irei a estraçalhar e vamos ver se esse maldito demônio sobrevive sem sangue.


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