Eu não Amo Chuck Bass escrita por Neline


Capítulo 11
O fim da trégua


Notas iniciais do capítulo

Join ;*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67583/chapter/11

http://www.youtube.com/watch?v=r-v7Pg81elE ||| Thunder - Boys like Girls

 

Ele ainda segurava a pasta nas mãos, estático. Logo, ele passou a língua discretamente pelos lábio, como fazia sempre que estava nervoso e finalmente falou:

- Entre, vamos conversar. – Eu queria que ele explicasse. Não que qualquer explicação que ele desse fosse suficientemente boa para acalmar minha raiva. Ou para cicatrizar aquela coisa que tinha no meu coração. Mas eu queria que ele tentasse. Ele pegou minhas mão e colocou entre as deles. Ele ia começar. Ele olhou para a janela, e depois para as minhas mãos, se recusando a olhar nos meus olhos.

 

I want a simple explanation 

Eu quero uma explicação simples

 

- O que aconteceu... Simplesmente aconteceu, e eu não posso negar. Eu não posso voltar atrás. Aquilo foi só uma queda, não foi... – eu o interrompi. Tentei controlar minha voz e os meus olhos que insistiam em marejar. Eu não podia chorar agora. Olhei a janela e a chuva que caia lá fora. Vi como as árvores que passavam se moviam rapidamente por causa do vento. Ele ainda tinha que me explicar. Ele me devia isso. Por tudo que passamos. Por eu ter deixado de lado tudo que o meu bom senso me dizia para acreditar nele. Eu sabia que algo assim ia acontecer. Eu sabia que ele ia errar. Mas não quis acreditar. Eu preferia confiar nele. Eu sabia tudo que ele ia fazer para tentar se justificar.

 

Today is a winding road. Tell me where to start and tell me something I don't know.

Hoje está uma estrada ventosa. Diga-me onde começar e me diga algo que não sei.

 

- Não diga que não foi nada. Se não tivesse sido nada não teria acontecido. – eu cuspi as palavras com frieza. Ele apenas tragou a saliva.

- Não significou nada. – Ele disse com a mesma frieza que eu.

- Pode não ter significado para você, mas significa pra mim. – Olhei para o meu pulso. Lá estava a pulseira com o ‘CB’. Tirei ela delicadamente. – Acabou Chuck. De uma vez por todas.

 

I gotta find a way out. Maybe theres a way out.

Tenho que achar uma saída. Talvez haja uma saída.

 

- Então é isso? Depois de tudo, vamos acabar por algo que aconteceu há meses? – o tom de voz dele era exaltado, um pouco irônico.

- Não haja como seu eu não tivesse tentado, Chuck. Não tente colocar a culpa em mim. Não foi ‘algo’ que aconteceu. Você transou com a minha ex-melhor-amiga-atual-quase-assassina. Eu sempre fui muito clara em relação as Mean Girls. – eu sempre fui. Ele sabe o que eu pensava das atitudes dele com todas as garotas da escola. Mas que ele não chegasse perto do meu circulo de amizades. Meu circulo de domínio. –Você poderia ter me contado. – Eu disse torcendo para que as palavras saíssem em um tom indiferente. Elas não me obedeceram e saíram praticamente como uma suplica.

- Eu tentei, mas como? Todo o momento que eu achava certo eu quebraria seu sorriso. Que merda Blair, será que você não consegue entender? – a rispidez das palavras dele me afetaram significantemente.

- Desculpa, eu não consigo agora. – Eu fiz menção para o motorista para parar e sai da limusine.

 

I think I’ll make it out but you just gotta give me time.

Eu acho que eu sairei disso mas você tem que me dar tempo.

 

Andei pela New York Times Square ignorando a fina garoa que caia. Ironia. Porra de destino. Olhava para as inúmeras telas naquela rua e via casais. Casais felizes, dividindo guarda-chuvas e se beijando.

- S., preciso de ajuda. Acabei de terminar com o Chuck. – Ela ficou em estado de choque por um momento. Minha voz não denunciava que aproveitei a água do meu rosto para disfarçar as lágrimas.

 

You’ll always be my thunder. So bring on the rain. Oh baby bring on the pain, and listen to the thunder

Você sempre será meu trovão. Então traga a chuva. Oh baby, traga a dor, e ouça ao trovão. 

 

- Você está bem? Precisa conversar? – ela finalmente disse tudo. Ela falou tão rápido que precisei raciocinar para compreender.

- Não, claro que não. Quero ajuda para planejar meu soirée. – Bye bye good Blair. Hello Blair, the bitch of Upper East Sidde.

 

Chuck Bass

 

Rasguei a maldita pasta em milhares de pedaços como se isso pudesse resolver meus problemas. Merda de vida. Merda de Carten. Maldito seja. Continuei acompanhando a Blair com os olhos conforme ela andava no meio da chuva. Vi suas lágrimas se misturando com a chuva.  Passei a mão pelo meu rosto e senti alguma coisa molhada descendo no meu rosto. Não, não podem ser lágrimas, é impossível. Salgadas. Lembrei das várias pessoas que me falaram do gosto salgado das lágrimas. Merda. Eu não acredito que ela me fez chorar. Mas ela vai se arrepender. Oh, ela vai. Afinal, ninguém tem o direito de me fazer sofrer. Eu sou Chuck Bass.

 

Blair Waldorf

 

Estávamos no taxi quando finalmente consegui pensar com calma. Já havíamos dado algumas voltas por New York quando vi que provavelmente minha mãe estaria me esperando para a janta.

 

- S., pode jantar lá em casa hoje? – Ela assentiu com a cabeça enquanto tirava uma mecha de cabelo do meu rosto. Olhei para meu pulso com a pequena marca da pulseira. Lutei novamente contra meus olhos. You’re the bitch B. Remember it!

- Você não quer conversar? – Neguei maneando a cabeça enquanto olhava para meu pulso. – Fingir que nada aconteceu não vai ajudar. – Levantei a cabeça novamente. Eu sabia que não ia ajudar. Suspirei.

- Pode não ajudar mas ao menos não vai piorar. Quero me focar na minha vida social agora. – Afinal, é tudo o que eu tenho. O taxi já estava a caminho da minha casa. Eu sempre adorei ver Manhattan, principalmente à noite. Era linda, as misturas de cores, as luzes, os prédios... acho que só era melhor ver Paris. Me distrai com as luzes e não ouvi o que Serena falva. Chegamos rápido até minha casa. Serena pagou o taxista e corremos até o coberto enquanto o portão se abria.

 

Dorota pegou meu casaco e olhou meu pulso. Logo depois, me mirou de forma preocupada. Talvez desesperada que eu for sincera comigo mesma. Caminhei até a sala de jantar enquanto eu ouvia gargalhadas que se aproximavam cada vez mais a medida que eu caminhava. Paralisei na porta quando vi minha mãe, Chuck, Roman e meu pai sentados à mesa. Eles conversavam e riam. Demorou alguns segundos para papai perceber minha presença.

 

- Querida, como é bom te ver! – Ele disse enquanto levantava. Eu não me mexi. O que diabos Chuck estava fazendo ali? Vendo que eu não me movi, Serena tomou minha frente e cumprimentou meu pai, Roman, mamãe e lançou um olhar muito estranho para o Chuck. Finalmente me movi e dei as boas vindas adequadas para eles.

- Bass, que surpresa! – ironia. Às vezes podia ser útil. - Posso saber o que faz aqui? – Mantive um sorriso calmo no rosto.

- Oras, o Charles é um garoto muito gentil. – ah, mamãe, você nem imagina o quanto. – Ele disse que encontrou sua pulseira e veio devolver. – eu vi uma caixinha aberta com a pulseira que estava no meu pulso a minutos atrás. Deus, como ele é gentil, certo?

- Ah, receio que o Bass deva ter se enganado, o que é aceitável pelo tanto de dro... – recebi um cutucão da Serena. – Substancias ilícitas que ele consome. – Meu tom não era de brincadeira. O silencio reinou por alguns segundos até que minha querida mãe começasse a gargalhar de forma frenética e nervosa. O Chuck mantinha um meio sorriso sarcástico.

- Blair, eu vi essa pulseira no seu pulso. – ela disse num um tom forçadamente divertido.

- Ela não é minha. Foi um presente. Mas às vezes, percebemos que certos presentes não são precisos na nossa vida.  Tróia foi destruída por aceitar presentes dos inimigos. – Minha mãe me olhava com repreensão enquanto Serena segurava o riso. Papai e Roman se encaravam como se tentassem descobrir o que está acontecendo e Chuck não mudou a expressão.

- Filha, não seja mal educada, o Charles de deslocou até aqui para lhe entregar a pulseira, pegue-a. Dessa maneira, ele vai pensar que seus pais não lhe deram educação. – Me dirigi para pegar a pulseira e dei um pequeno sorriso para ele. Fingindo agradecer. Ele colocou a mão sobre a minha impedindo que apanhasse a caixa.

- Permita-me. – Ele pegou a pulseira e colocou no meu pulso me lançando um olhar vitorioso. Revirei os olhos.

 

A noite continuou com muitas risadas e histórias antigas. Depois de jantar, Chuck  - finalmente – foi embora. Todos se despediram dele, inclusive Serena que murmurou algo enquanto abraçava ele e ele apenas riu. Quando minha vez chegou ele uniu o lábio dele ao meu ouvido e sussurrou calmamente:

- Não pense que vai se livrar de mim tão facilmente Waldorf. – Merda de arrepio. Por que depois de tanto tempo eu ainda sentia isso?

- É o que veremos Bass. -  Disse com um sorriso irônico nos lábios. Antes de sair, os três celulares – meu, do Chuck e da Serena – tocaram ao mesmo tempo. Não precisava ser gênio nem algo do tipo para saber que era post da Gossip Girl.

 

Olá crianças! Dizem que as estrelas mais brilhantes queimam mais rápido. Bom, pelo menos é o que eu ouvi falar. Mas, em compensação, podemos comprovar essa teoria quando o assunto é paixão. A chama sempre queima rápido demais, e não temos tempo de apreciar o calor.

 

Flagra; B. saindo da limusine de C. com lágrimas no rosto e sem a pulseira de CB com a qual tinha entrado. Fontes garantem que B. descobriu um rolo entre Chuck e sua quase-assassina Penélope Shafai.

Carten saindo da cadeia sem nenhum arranhão. É, parece que os ricos realmente não ficam presos.

S. e B. voltando para casa e dando de cara com Chuck. Pobre B., acaba de perceber que Chuck vai fazer de tudo para manter a chama viva.

Parece que a bandeira branca acaba de ser recolhida. Temos nossa Queen Bitch de volta! Mas não comecem com os fogos de artifício ainda. Esperem e vejam quem vai queimar primeiro.

 

XOXO. Gossip Girl.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

I want my reviews!

XOXO. Neli ;*