Ame escrita por LariValk


Capítulo 1
1




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Existia uma vila muito conhecida pela qualidade de suas colheitas ,possuía as melhores frutas e vegetais de toda região. Tudo isso era graças ao deus da Chuva, todos da vila o veneravam e rezavam por ele. Por anos fora assim , a pequena vila com isso foi crescendo e aos poucos deixando de acreditar em seu Deus.

Então  a chuva não veio mais ,por dias  ,meses e anos a chuva não viera mais para o vilarejo.Com medo e assustados os cidadãos entraram em pânico ,não conseguiam mais plantar nada no local ,não conseguiam mais sustentar suas famílias. O local estava virando o verdadeiro caos.

Foi ai que a chuva chegou ,fazendo com que a vida floresce novamente no vilarejo. Todos comemoraram ,mas isso não durou muito tempo.Com a chuva  veio um estrondo do céu e uma mensagem fora enviadas para todas as pessoas que viviam naquele vilarejo.

 

Por deixarem de acreditar em mim , por deixarem de rezar por mim , eu lhes castiguei .Pensei que com isso iriam aprender a lição, mas vejo que não.

 

As pessoas gritaram para o céu pedindo pelo perdão do deus e que ele tivesse misericórdia ,entretanto o céu  não pareceu muito comovido pela lamentação das pessoas muito menos comovido. A chuva ficou mais forte fazendo com que ventanias   e  trovoes fossem presentes.

 

Se buscam meu perdão lhes pedirei algo. Quero um sacrifício ,por todos esses anos que deixaram de lado meu poder .Quero a mais bela jovem da cidade .

Todos ficaram  agitados e com medo, muitos abraçaram suas filhas com medo que fossem levadas ,ninguém sabia quem seria essa tal menina ,afinal todos estavam passando fome e necessidades .Não conseguiam  ver beleza em mais ninguém.

Ao por do sol de hoje, quero ela devidamente vestida  e entregue a beira da praia ,lhes dou a carruagem celestial ,e o mais belo kimono de meu reino.

Diante dos moradores uma bela carruagem  desceu do céu ,ela era detalhada em ouro ,tinha uma porta e suas cortinas eram de palha ,não possuía condutor muito menos algo que a puxasse ,apenas enormes rodas pretas. Dentro da carruagem  havia um belo vestido do tecido mais bonito  que todos já tinham  visto na vida junto com um enorme estojo que provavelmente havia os calçados e a maquiagem.

Com isso o céu  ficou claro novamente e não se pronunciou mais naquele dia. Todos da vila ficaram animados com aquilo ,afinal  haviam conseguido  o perdão de seu deus, entretendo nenhum deles sabia qual garota ele se referia. Nenhum queria dar a filha como sacrifício ,uma briga fora feita por todos .

Mas no meio da discussão um morador chamou atenção de todos

—Existe uma menina, ela mora no alto da vila ,sozinha sem pais -Falou o morador apontando para a casa velha no topo da vila.

—A menina órfã? -Falou uma senhora que abraçava a filha -Será ela o suficiente?

Todos  ficaram debatendo sobre isso ,entretanto eles não  tinham outra opção, nenhum morador queria entregar a filha, pelo menos sem lutar. Seria um desperdício  lutar e derramar sangue inocente  quando se havia uma garota órfã.

Todos foram até a casa da menina que estranho tudo aquilo, ela não saia muito de casa afinal não era bem  vista pelos moradores. A puxaram sem delicadeza para fora da casa. A deixando com medo  e desesperada pela situação.

As mulheres a pegaram para um banho , por bondade do deus da chuva ele fez com que o rio voltasse a fluir ,com isso elas lhe deram  um banho, ajeitaram seu cabelo e seu corpo .Tudo para que ela ficasse linda  para ser entregue.

Depois de seu banho ela fora arrumada, maquiada .Ela não chorava muito menos reclamava pela situação ,ela já havia  aceitado seu futuro ,mesmo que esse fora totalmente lhe negado desde o principio. Ela se viu no espelho e não acreditou que era seu reflexo.

Todos da vila ficaram chocados com tamanha beleza e graciosidade que aquela menina  tinha ,não sabiam que  atrás de toda aquela  sujeira poderia existir tamanha beleza. Mas ela não sorria  muito menos demonstrava tristeza ,parecia uma boneca.

Ela fora conduzida até a carruagem ,quando se sentou dentro viu que  todos os homens que ainda estavam saudáveis empurram a grande carruagem  em direção ao local que lhes fora ordenado. Quando chegaram na praia todos os moradores saíram do local ,mas antes falaram que caso a menina fugisse ela teria o pior castigo que ela poderia imaginar.

A garota pareceu não se importar e ficou dentro da carruagem aguardando seu fim ,ela notou que as rodas começaram a se mover sem que alguém as puxasse. Olhando pela janela ela viu que estava longe da praia e estava entre as nuvens.

Então ela chegou ao topo das nuvens ,vendo um enorme templo  que não era possível ver sua extensão ,ela ficou maravilhada com todos os detalhes que ela conseguia ver ao longe. A carruagem parou e ela escutou o barulho da porta se abrindo.

A garota então ficou surpresa com aquela figura a sua frente,  era uma pequena criança com guelras perto de seu pescoço ,não era possível ver suas orelhas já que o cabelo as escondia .Usava um kimono azul e parecia ter um calda de peixe .

Ela lhe estendeu a mão ,a menina entendeu o que lhe era pedido .Ela pegou a mão fria daquela pequena criança e desceu com  graciosidade da carruagem, viu que ela partiu a deixando sozinha naquele lugar. Encarou a criança que lhe encarava com um pequeno sorriso.

—Qual seu nome Ojou-sama? -Esperando pela resposta.

—Meu nome é Lucy -Disse sem animo.

—Bem vinda ao reino do deus da Chuva Lucy-sama -Se curvando  e se afastando da loira que entendeu e a seguiu.

Lucy caminhava e observava tudo a sua volta, o belo jardim que havia la dentro as pequenas fontes e rios que tinham os mais belos peixes e criaturas que já imaginara. A entrada do templo era simples mas bonita ,eram dois arcos  de prata que se cruzavam e em seu cruzamento tinha a palavra Ame,la caminhou até o templo nervosa ,pensando o que aconteceria consigo.  


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