Carpe Diem escrita por Maga Clari


Capítulo 1
Algumas explicações sobre o futuro...


Notas iniciais do capítulo

Primeiríssima música da fanfic: Carpe Diem - Aldebert!
— o tempo dos verbos está mesclado durante a fic. Vim aqui falar aos desavisados que eu juro que vou arrumar. Hoje tentei consertar isso, mas fiquei com sono!



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Não é como se eu fosse a princesinha da família.

Na verdade, ninguém é.

Em algum momento, a princesinha sempre se rebela. Eu, entretanto, já havia começado a me rebelar desde cedo.

Sou o que podemos chamar de autossuficiente e independente.

É bem verdade que nós, bruxos, já nascemos naturalmente assim. A diferença é que alguns se acomodam nessa condição mágica e fantasiosa, e outros, como eu, não dependem nem mesmo de feitiços.

Quando fiz vinte e um anos, decidi parar de dar satisfação sobre a minha vida, ou sobre qualquer coisa, na realidade.

Este processo já havia começado desde os dezessete, mas ninguém pareceu notar.

Até os vinte um, é claro. Quando já era maior de idade em ambos os mundos, bruxo e trouxa.

Já podia beber, aparatar, fazer magia sem ser presa.

Quem iria ligar? Quem iria me impedir?

Infelizmente, sim, alguém o havia feito. E sinceramente? Talvez eu preferisse estar detida em Askaban; ou quem sabe foragida do país. Entretanto, o destino havia me trazido algo infinitamente pior. Algo que sim, havia me levado a uma noite em Askaban, mas não sou do tipo que foge das dificuldades.

Já disse antes.

Sou autossuficiente.

Ninguém precisa assumir os erros por mim.

Então qual seria, afinal, o motivo deste relato? Se me apresento tão segura e madura assim, onde se encontra o problema?

Trata-se, apenas, de um relato sobre confiança. Amor. Poder. Maniqueísmo. Hedonismo. Luta. E todos os possíveis adjetivos que ilustrem a quão intensa fora minha estada ao lado do melhor desafio com o qual precisei lidar.

Mas não foi inteiramente isso. Um relato dramático de uma tragédia quase grega. 

Aprendi muitas coisas durante todo este período... Aprendi o que os livros da Corvinal nunca me ensinariam.

Havia uma série segredos rodeando não somente eu, mas amigos, famílias, amores... Ao redor de nós todos, escondemos quem realmente somos: humanos imperfeitos cheios de incertezas...

Aprendi com Scorpius Malfoy que nem tudo é tão rígido ou irritante. Que nem mesmo os bruxos podem controlar a vida, ou a morte, em grande parte dos casos...

Somos todos poeiras cósmicas.

Um nada ao redor de tudo.

E é por isso que hoje aproveito todos os dias, como se pudesse congelá-los no tempo.

Hoje faço tudo muito intensamente. Amo intensamente, abraço intensamente, beijo, gargalho, trabalho, passeio, vivo intensamente.

Porque Scorpius Malfoy me ensinou a viver o meu dia.

Ele pendurou um envelope escrito Carpe Diem bem acima do espelho do banheiro. Ao lado de um relógio bem grande e bonito. Para que todos os dias, de todas as manhãs, pudéssemos olhar para aquilo e nos lembrar de tudo. Mesmo que estejamos encarando sozinhos. Sem o outro para sorrir em conjunto.

Mas sem ele, sem Scorpius Malfoy, nada disso faz sentido.

Simplesmente, não faz.

 


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