Only You escrita por LivOliveira


Capítulo 7
Revelações complicadas - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oie, meus lindxos e lindxas. Desculpa mil vezes pela demora. Mas, como avisado no capítulo anterior, minhas aulas voltaram e meu tempo livre diminuiu. Mas não vou parar de postar, pode demorar um pouquinho (tipo uma ou duas semanas). Mas, vamos deixar o papo de lado e começar logo essa leitura. Se divirtam!



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Já chegamos em Nova York. Faz tanto tempo que não venho aqui...

Depois de um bom tempo conversando sobre tudo com Killian, ele ficou em silêncio. Um silêncio bom. Finalmente Killian ficou calado durante a viagem. Ele não parava de falar.

— Então... - Ele começa. Sinceramente, ninguém merece. Ele não se cansa de conversar e se chamar de lindo? - Você ainda sente algo por Neal?

— Só... Dor. - Respondo.

Ele não deveria ter me abandonado. Mas, por outro lado, foi bom. Me tornei uma mulher forte e determinada. Senão fosse por ele, eu seria mais fragilizada, como eu era antes.

— Desculpa ter te perguntado isso...

— Não tem problema, Killian. É o meu passado, não dá para apagar ou... Modificar.

— Eu entendo. Mas, ele sabia que você estava grávida? - Killian pergunta se virando para mim.

— Nem eu mesma sei... - Dou um sorriso triste.

— Me responde algo...?

— Estou respondendo todas. - Killian ri.

— Neal vai tentar me bater? Ele é ciumento? Porque se for, vou ter que colocar em prática minha experiência com artes marciais...

Eu só consigo rir. Como uma pessoa consegue me fazer rir tanto?

— Você nem luta, Killian... - O físico de Killian não parecia que ele era um mestre em artes marciais. Mas ele tem um corpo muito... O que estou falando? Pelo amor de Deus! Isso que dá ficar horas no mesmo ambiente com Killian.

— Mas teve um ano que fiz aula de boxe...

Eu não vou aguentar tanto rir...

— Killian, fica calmo. Neal não vai fazer nada com você... - Digo numa gargalhada. Impossível evitar rir. - Pelo menos eu acho... - Resmungo.

— O quê? - Killian me olha com espanto.

— Nada não. É só você fazer o que mandei e ficar quieto...

— Como quiser, Swan... - Me concentro na pista e em meus pensamentos.

Killian me trouxe uma lembrança não muito boa. Neal partiu meu coração. Mas estou dando a volta por cima. Pelo menos eu acho.

Mas o engraçado que logo depois ele me fez rir. Killian não é tão mal assim. Não sei bem o que é, mas eu gosto da presença dele. As coisas ficam sem graça quando ele não está por perto com as suas piadinhas.

— Vamos direto encontrar Neal no Central Park. Quero me livrar dessa história. - Aviso, já dirigindo em direção ao Central Park.

— Tudo bem.

— Apenas siga a droga do plano, Killian. Se você não seguir...

— Hey, estressadinha... - Ele me interrompe. - Vou fazer o que a madame falou. Pode ficar calma de novo. - Ele ri.

— Se eu não estivesse dirigindo eu voaria em seu pescoço, Killian Jones.

— Você não teria coragem, Swan...

— Não me provoque e não me subestime.... Ninguém vai me fazer parar quando eu estiver em cima de você.

— Em cima de mim? - Ele tenta arquear a sobrancelha, ainda está com o band aid em cima, com um sorriso provocante. - Dessa parte eu não sabia, Swan....

Estaciono o carro do outro lado do Central Park, coloco minha cabeça no volante e conto até dez enquanto Killian está com um sorriso tosco no rosto.

— Ás vezes dá uma vontade danada de te matar, Killian... - Digo sem tirar a cabeça no volante.

— Que pena. O mundo iria perder uma ilustre beleza...

Solto um suspiro visivelmente impaciente.

— Killian...?

— Meu nome.

— Dá pra calar a boca?

— Sim. Mas eu quero conversar.

Tudo bem, Emma. Fique calma. Você consegue. Você consegue...

— Vamos logo fazer o que tínhamos que fazer... - Saio do carro.

Killian só ri e faz o mesmo. Por que ele gosta tanto de me provocar? O que ele ganha com isso? Acho que ele têm um certo prazer em esgotar minha paciência...

* * *

Lá estava ele, lendo um jornal diário. Todos os dias ele lê um jornal. Está com a mesma aparência. A diferença é que não estou com uma vontade de abraçá-lo e dizer que estava com saudades. Eu faria de tudo para nunca me aproximar de novo dele. Mas antes, preciso entender tudo.

Estou com borboletas no estômago. Não acredito que estou nervosa! Embora Neal estivesse sentado num banco de costas para mim, eu sinto que ele está lançando um míssil com o olhar. Só consigo ficar olhando para ele e engolir á seco.

— Olha, se não quiser ir, podemos voltar. - Killian diz, atrapalhando meus pensamentos.

— Eu vou. - Seguro a mão de Killian. - E vou seguir o plano.

Killian balança a cabeça positivamente.

E é assim que me vejo indo em direção á Neal de mãos dadas com Killian. Em poucos segundos, caminho para o outro lado e paro na frente de Neal.

Ele levanta olhar para mim fecha o jornal.

— Emma Swan. - Neal afirma. Eu só consigo apertar mais a mão de Killian.

— Olá, Neal. - Respondo.

Um clima tenso e pesado está rolando. Só estamos nos encarando como dois idiotas.

Mas finalmente Neal para de olhar para mim e se vira para Killian. Ele não parecia nervoso ao ver Neal o olhando com a cara de: "Que raios é você?".

— E você é...? - Neal finalmente se levanta para falar algo. Killian pigarreia um pouco mas logo foca na pergunta.

— Sou Killian Jones. - Killian responde.

Neal abaixa o olhar para nossas mãos e se vira para mim.

— Seu namorado? - Neal aponta para Killian. "Isso que você arranjou?", era a expressão dele. Nem sei porque estou preocupada com isso.

— Sim. Mas não vim falar de mim. Eu vim saber a verdade. - Respondo antes de Killian, que parecia estar se preparando para falar.

— Senta. A história é longa. - Neal avisa se sentando outra vez.

Sento distante dele e Killian ao meu lado, ainda de mãos dadas. Não acredito que estou realmente fazendo isso.

— Não precisa se afastar de mim. - Neal diz.

— Não estou me afastando. Estou me aproximando do meu namorado. - Respondo.

"Meu namorado" quase que não saiu. Ficou entalado na garganta, mas foi empurrado para fora. Nunca imaginei estar namorando com Killian. Não mesmo.

— Você deve me odiar...

— Olha, Neal. Não vim aqui para ouvir suas lamentações. Eu quero a verdade. - O interrompo.

Percebo Killian se aproximando mais de mim. Praticamente grudando seu corpo no meu.

Eu não acredito que ele vai se aproveitar da situação. Já não basta eu estar nervosa, ainda tenho que aguentar Killian. Senhor... Não desejo isso á ninguém. Se eu pudesse trocar pensamentos com Killian, eu diria algo do tipo: "Se fosse para você ficar se roçando em mim eu teria ido pra farra com você. Mas eu prefiro saber que raios Neal fez, então... Desencosta". Mas é óbvio que ele iria se aproximar mais de mim para me provocar.

— Tudo bem. Vou resumir tudo: Não passou de uma mentira. - Neal começa.

Como assim mentira? Sobre a morte, eu sei. Mas, o que mais é uma mentira?

— Uma mentira? O que foi uma mentira? - Pergunto.

— Nós dois. - Neal responde.

Parecia que tinha uma bomba nuclear no meu estômago. Se esse é o começo, espero estar preparada também para o fim.

— Você sabe, sempre fui manipulado por Gold... - Ele continua.

Por que Neal não está o chamando de "pai"?

— Sim. Mas qual o problema nisso? - É a única coisa que consigo perguntar.

— Ele me manipulou a vida inteira, Emma. Você não sabe como. Bem, vou começar logo quando você o dedurou...

Não movo um músculo. Fico paralisada ouvindo Neal.

Ninguém nunca soube o porquê, mas Gold matou Zelena. Ela era amante dele, e quando Belle descobriu, ele a matou. Acabei descobrindo isso na minha adolescência e contei para meu pai.

Neal estava distraído, então peguei seu celular e vi uma mensagem de Gold. Ele dizia que já tinha executado Zelena. Eu denunciei e ele foi preso. Mas ele é tão rico que conseguiu pagar uma grana preta para ser solto. E depois disso, bem, eu não sei sobre o que vem depois.

— ... Ele queria vingança. - Continua Neal. - Ainda éramos amigos na época. E ele me mandou investigar sua vida. Disse que o meu nome constaria no testamento. Então eu fiz o que ele mandou.

Não queria estar brava, mas estou. Eu não consigo acreditar que Neal foi capaz de fazer isso.

— Eu nunca te amei. - Uma bomba. Foi uma bomba para mim.

Foi águas passadas? Sim. Mas eu o amava, não dá para mudar isso.

Minha mente faz questão de repetir: "Eu nunca te amei".

Eu nem sei o que falar ou pensar. Estou sem expressão.

— Me casar com você, te engravidar... Tudo isso foi um plano de Gold.

Aperto mais a mão de Killian. Acho que ele percebeu que eu não estava bem...

— Swan, você está bem? - Killian pergunta.

— Como pôde fazer isso comigo, Neal? Não viu o meu lado? - Ignoro Killian.

É lógico que não estou bem. Killian deveria saber.

— Não. Não vi o seu lado, Emma. Eu sempre cumpri ordens...

De repente veio um flash dos nossos momentos. Cada um mais especial que o outro.

Como o dia em que ele me ensinou á patinar. Foi um dia hilário. De tanto eu cair, malmente consegui deitar na cama.
Teve também a festa de aniversário surpresa. Ele convidou praticamente a cidade toda para a festa do meu aniversário.

Mas isso tudo não passou de uma mentira. Ele nunca me amou. Ele apenas fingia.

— Você não percebeu o que iria acontecer depois? - Killian se intromete.

— Não, Killian Jones. Não percebi. Gold sempre me ameaçou. Dizia que se eu não fizesse o que ele mandasse, não colocaria meu nome em seu testamento. - Responde Neal. O que me fez tentar entender.

Ele mentiu o tempo todo para mim porque queria ter dinheiro? Tipo, muito dinheiro...?

— Mas,vou continuar. - Neal muda a posição e fica totalmente virado para mim. - Ele me obrigou te engravidar. Nem sei se isso realmente aconteceu, mas tentei. Então eu decidi dar um basta nele. Sempre tinha o que queria e manipulava as pessoas. Ele era um monstro. - Neal suspira. - Eu meio que... Matei meu pai.

Confesso: Eu não suportava Gold. Mas eu nunca desejei a morte dele. Ainda pior que foi Neal que o matou.

Neal ficou tão enfurecido por o seu pai ser um monstro, que se tornou um também. Que tipo de filho mata o pai?

— Espere, o que você fez? - Killian pergunta.

— Eu matei meu pai. - Neal repete.

E, de novo, estou sem expressão.

Que bom então que ele me abandonou. Eu nunca suportaria conviver com um assassino...

Um assassino do próprio pai.


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Notas finais do capítulo

Comentem a opinião de vcs. E não se preocupem, é só o começo...
Bem, até o próximo :)