Uma Noite e Tudo Muda escrita por Dama da Morte


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

❤Olar❤
Como vocês podem ver, eu voltei : V
Quem ganhou o strip do Nico dessa vez foi a... Aluada e infelizmente ninguém ganhou um encontro com o Percy, ele vai ficar só, De novo. AUSHSUSHSUSHSH
Obrigada pelos comentários Princesa de Jade, Ariel Lima, Aluada e Miss Sweet.
Bom, boa leitura, capítulo bem amorzinho :3 :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/673680/chapter/24

Nico 

 

Me mexi na cama apalpando os lençóis até perceber que ela não estava ali. Abri os olhos bocejando, olhando para o espaço onde Thalia deveria estar.

Me escondi debaixo dos lençóis. O que eu fiz? Devo ligar para ela?

Resolvi levantar. E percebendo que estava apenas com peças íntimas, também por conta do frio, peguei algo pra vestir. Percebi que o meu quarto estava arrumado, menos a minha cama onde parecia que haviam dado uma super festa.

Caminhei até o banheiro, onde  fiquei me olhando no espelho por alguns minutos até juntar coragem o bastante para um banho gelado. Acabei encontrando uma das peças íntimas de Thalia em meu cesto de roupa suja.

Depois da minha higiene matinal, não tive certeza se era matinal até encontrar meu celular quando banheiro a procura do a procura do mesmo, com esperanças de ter alguma coisa de Thalia. Mensagens ou ligações.

Haviam, exatamente, duas ligações dela de algumas horas atrás. Caminho até minha cama, que ainda está bagunçada, para retornar a ligação de Thalia.

Nico, Nico, Niii.— Thalia diz com uma voz fofa do outro lado da linha.

O quê? — Perguntei. O que diabos era Niii?

Finalmente deu as caras! - Disse ela.

Você que fugiu. - Falei olhando para meus pés.

Ah,... Eu precisei voltar pra casa. Jason pediu pra que eu voltasse,  tínhamos que ir buscar Piper no aeroporto. - Falou ela. - Então me desculpa por ter te abandonado.

— Ok. - Disse para ela. - Onde você está agora?

— Walmart com o Jason e a Piper. Ela mandou um beijo. - Disse-me Thalia. - Sabe aquela festa?

— Qual festa? - Questionei tentando lembrar de algo.

Aquela, a do Mick pra um amigo dele. A que a Annabeth pediu pra você chamar o seu primo Giovanni.

— Ah, claro, lembro sim. - Falei. - O que tem ela?

— Diz pro Giovanni que a festa é hoje! O Percy vai buscar vocês…

— Vocês? - Eu a interrompi.

Sim, vocês, você e o seu primo. - Disse ela. - E nem vem dizer que você não vai.

—Não, obrigado, eu prefiro ficar sozinho em casa. - Digo para ela, tentando fazer com que ela tire essa ideia tola da cabeça.

Ok, Nico, você quer jogar assim? Então vai ser assim. - Falou. - Você pode ficar aí no seu quarto, assistindo suas séries e lendo seus livros, porque eu vou pra essa festa.

— Ok.

— Ok… - Thalia fez uma pausa. - Eu preciso ir.

— Está bem.

— Tchau, até outra hora.

— Até, Tchau.

Ela desligou e eu larguei o celular na cama.

Fiquei refletindo sobre a tal festa por alguns instantes até perceber que Thalia não iria mudar minha opinião de modo algum, mesmo que eu estivesse me sentindo culpado por deixá-la ir sozinha para aquela festa.

Levantei-me indo até minha mesa e dando o play no aparelho de som. Onde um dos CDs que Thalia me deu de presente já estava dentro do aparelho. Deixei rolando e voltei para minha cama deitando de bruços sentindo o cheiro de Thalia em meus travesseiros.

Liguei para Giovanni, que agora morava sozinho em um apartamento há algumas horas daqui, ele estava na faculdade terminaria este ano, iria ser transferido para cá, acabei descobrindo que ele é bem mais velho do que eu, exatamente cinco anos mais velho. Ele aceitou ir à tal festa quando toquei no nome de Annabeth. Giovanni disse que era pra eu lhe mandar uma mensagem quando soubesse de que horas deveria estar aqui.

Liguei para Thalia novamente ela acabou escutando Arctic Monkeys ao fundo e acabamos conversando mais do que devíamos. Ela tentou me conversar a ir a essa festa novamente, mas não obteve sucesso, eu não iria mudar de ideia. Peguei as informações que Giovanni pediu e depois desligamos.

Passei as informações para Giovanni e quando I Want It All começou, Hazel apareceu na porta com uma cara estranha perguntando:

— Thalia te deixou?

— Quê? - Questionei a olhando estranho. -... Mas… a gente nem está junto.

Hazel entrou no quarto fechando a porta, ela caminhou até minha cama e se jogou ao meu lado.

— Não é o que parece. - Hazel diz olhando-me com um sorrisinho no rosto. - Mas o que aconteceu?

— Você quer dar uma de psicóloga, de novo? - Perguntei arqueando as sobrancelhas. Hazel adora saber da vida dos outros e resolver problemas alheios, ou pelo menos tentar.

— Quando eu não quero? - Questionou passando meu braço por seus ombros e encostando sua cabeça em meu ombro. - O que aconteceu?

— Vai ter uma festa de um cara lá da escola. - Comecei.

— E? - Perguntou ela.

— Ela quer que eu vá. - Falei enrolando um dos cachos do cabelo de Hazel em meu dedo.

— Você não quer ir? - Perguntou Hazel me olhando. Fiz que não com a cabeça. - E por quê?  

Dei de ombros.

— Você como ninguém sabe que eu não vou e nem gosto de festas. - Falei. - Então não vai dar pra ir. Thalia vai ir com os amigos dela.

Hazel se sentou em minha cama olhando-me com uma cara que dizia: Você é um idiota.

— Você é um idiota! - Exclamou minha irmã mais nova. Desviei o olhar para minhas mãos. - Sério Nico, eu deveria ter bater. Como você pode deixá-la ir sozinha assim? Você não percebe que ela tá na sua? Nico, essa garota tá tão na sua que ela não sabe onde é a dela. Deixa de ser otário.

— Você acha mesmo? - Perguntei. - Não me chama de otário, por favor. - Eu tenho certeza. - Ela disse ao se levantar. - Só não perde tempo pensando demais sobre ir para essa festa. E não deixa ela escapar!

Assenti, vendo Hazel sair do meu quarto.

Fiquei horas ali, escutando as mesmas músicas até o dia dar lugar a noite. Não conseguia pensar em nada só tinha um forte sentimento de culpa.

—Nico, vai atender o interfone, eu estou ocupada agora! - Hazel gritou de algum lugar do apartamento.

Me levantei um pouco tonto, ainda estava de estômago vazio. Vou até a cozinha e atendo o interfone era Giovanni. Autorizo a subida dele e vou comer algo.

Comi cereal, a noite e sem leite na companhia do meu primo que não conversa muito comigo durante esse tempo.

— Você já está pronto. - Ouvi seu forte sotaque Italiano.  

— Não, eu não vou. -Falei, a  procura de um desenho animado diferente na TV.

— Mas a sua namorada…

— Eu e Thalia não namoramos. - O cortei. - É tão difícil entender isso?

Senti o olhar de Giovanni em mim e olhei para ele dando de ombros.

— Mas vocês tinham se casado no parque aquele dia e tudo mais. - Lembrou-me ele.

A lembrança daquela noite me veio a mente. Eu ainda tinha a minha aliança de flor, que agora estava murcha. Sexo no carro, primeira vez que eu transei num carro. Como posso esquecer a noite em que o Percy virou padre? Sorri por dentro.

— Foi uma brincadeira, Giovanni. - Digo, deixando o controle remoto de lado e voltando a comer meu cereal sem leite.

—... Parecia ser sério. - Disse ele.

Antes que eu pudesse retrucar ouvi o interfone tocar mais uma vez.

Caminhei até a cozinha esperando ouvir a voz de Claire, a recepcionista, mas na verdade escutei alguém cantar Without You da Lana Del Rey.

— Cara, Lana Del Rey é muito bom. - Era o Percy. - E aí, posso subir?  

— Claro. - Digo.

— Então até alguns minutos, Nico. - Diz ele antes de desligar.

Voltei a sala, voltando a comer meu cereal e assistir meu desenho animado.

Ouvimos a campainha do elevador tocar e a voz de Percy reclamar:

— Eu odeio elevadores. - Falou, eu o vi colocar a mão na testa e piscar os olhos algumas vezes. Percy sorriu para nós. - Vamos, Nico?

Levantei-me sendo acompanhado de Giovanni.

— Inovador! Você vai de pijama? - Perguntou ele.

Fiz uma cara estranha.

— Não, é claro que não. - Falei. - Eu não vou.

— Como assim você não vai? - Perguntou ele com os olhos arregalados, Percy gesticulava muito com as mãos. - Você já viu a Thalia bêbada?

— Não. - Respondi franzindo a testa.

— Você precisa ver ela bêbada! É uma coisa cômica. - Disse ele rindo talvez de alguma lembrança vaga.

— Não deve ser legal. - Falei sério.

Percy fez beicinho.

— Se você não vai, o que diabos eu estou fazendo aqui? - Perguntou ele.

— Giovanni vai com você. - Falei e só então Percy pareceu perceber que meu primo estava ali.

Eles se entreolharam, não parecia uma boa idéia deixá-los juntos em um carro.

— Ah, tá. - Disse Percy. - Vamos?

Giovanni fez que sim com a cabeça passando por Percy e indo em direção ao elevador.

Percy me olhou como se fosse pegar uma pegar uma AS50 Sniper Rifle e colocar entre meus olhos. Eu também queria fazer isso.

— Tem certeza que não vai vir com a gente? - Perguntou ele, parecendo mais estar implorando para que eu fosse. Percy não  parecia gostar muito de Giovanni.

— Tenho. - Falei.

Percy semicerrou os olhos.

— Adeus, Nico! - Ele disse indo até o elevador.

Giovanni clicou no botão e eles  esperam um pouco até que o elevador subisse para eles irem. Percy acenou pra mim com um sorriso no rosto. Ele parecia estar melhor do que no dia que Thalia viajou.

Voltei para o sofá e voltei a assistir meus desenhos animados. Fiquei no sofá por mais ou menos três horas até Hades chegar e se sentar ao meu lado.

— O que você tá fazendo? - Perguntou ele.

— Assistindo desenho. - Falei sem muito vontade de conversar.  

— Você ainda faz isso? - Perguntou Hades e eu o olhei fazendo que sim com a cabeça. - Onde está Thalia?

— Saiu, foi para uma festa. - Contei.

— Por que você não está com ela? - Perguntou meu pai.

— Não gosto de festas. - Falei.

— Mas você deveria estar com ela. - Falou ele se levantando. - Você sabe o que sempre acontece nessas festas, não é?

— Não. - Disse. - O que acontece nessas festas?

Hades deu de ombros indiferente indo em direção às escadas.

— Pai o que acontece nessas festas? - Perguntei começando acho segui-lo. Ele me ignorava. - Pai.

— Você tem que ver com seus próprios olhos, meu filho. - Disse ele.

Continuei a segui-lo. Subíamos as escadas.  

— Não é bem mais fácil o senhor me dizer? - Perguntei.

— Não vai ter graça. - Disse ele abrindo a porta do quarto seu quarto. - Você precisa fazer também. Acontece mais ou menos às 02h da madrugada. Pense bem, você ainda tem quatro horas, Nico.

Antes que eu pudesse fazer qualquer outra pergunta ele fechou a porta em minha cara.

Ah, muito obrigado senhor Hades Di Angelo,  agora estou morrendo de curiosidade. O que eu tenho que ver e fazer que acontece às 02h em festas?  

Olhei para a porta do meu quarto. Eu ainda tinha quatro horas. Corri para o meu quarto, eu precisava ir à essa festa.

 

[…]

 

— Vem Nico, Thalia está por ali. - Annabeth dizia um pouco alto por causa da música alta.

Várias pessoas passavam pra lá e pra cá com copos plásticos vermelhos. Algumas fumavam, outras se agarravam com alguém em algum canto e outras dançavam. Ou faziam um pouco de tudo ao mesmo tempo.

Algumas pessoas me olhavam estranho e eu apenas ignorava tais olhares. A música estava alta demais. Annabeth havia me dado um copo com algo dentro. Acabei deixando o copo em um canto qualquer, o cheiro daquilo era horrível e só de pensar em tomar meus rins estragavam.

Senti uma mão, alguém apertou minha bunda.

— Annabeth, alguém apertou minha bunda. - Falei para ela.

— Acontece. - Ela falou circulando o lugar com os olhos a procura de Thalia.

Alguém segurou meu braço e só depois que a pessoa apareceu em minha frente eu vi que era uma garota dizendo:

— Dança comigo? - Ela perguntou já me puxando em direção onde um grande grupo dançava separado.  

— Eu… eu não sei dançar. - Eu disse.

— Eu te ensino. - Ela disse aproximando seu corpo do meu.

Arregalei os olhos fazendo que não com a cabeça.

— Não, Obrigado. - Eu disse vendo ela se afastar de mim.

— Que pena. - Ela disse mordendo o lábio inferior. - Qualquer coisa eu não vou sair agora.

Engoli o seco e assenti com a cabeça. A garota sorriu e foi embora, enquanto eu fiquei abismado com Annabeth ao meu lado.

— O que foi isso? - Perguntei para Annabeth.

— Se você tivesse aceitado vocês, no máximo, transariam antes que a festa acabasse. - Contou ela. - Se você quisesse poderia ter aceitado, já que você não sai disso com a Thalia.

— De qualquer forma, eu não aceitaria. - Falei a olhando. Annabeth me olhou como se quisesse dizer: Sério? Tem certeza? Acho que não! - Vamos achar Thalia.

— Ela está ali. - ela disse apontando para o lugar onde várias pessoas dançavam.

E Thalia estava lá, descalça, com os cabelos bagunçados, dançando No. 1 Party Anthem lentamente com um daqueles copos vermelhos na mão.

Annabeth me deixou ali. Eu a observei dançar por alguns minutos até resolver ir chamá-la. Me esgueirei entre as pessoas que estavam ali dançando com alguém  até chegar em Thalia.

Eu não sabia como chamá-la. Não queria atrapalhar sua dança, ela se movia de uma forma tão envolvente. Eu admito que estava babando.

 

 

Thalia

 

Já fazia mais de uma hora que eu estava dançando em meio aquelas pessoas, parando apenas para encher meu copo com uma bebida diferente cada vez que ele se esvaziava.  

Eu senti olhares em mim, mas não liguei. Eles não estavam  olhando para mim por que dançava mal, eu não dançava como a Taylor Swift no começo da carreira, pelo menos isso eu sabia que não.

Começaram a pedir músicas mais calmas, e até algumas triste, e eu, já tinha me livrado dos meus sapatos, continuei a dançar mesmo assim.

No. 1 Party Anthem começou a tocar deixando-me um pouco pra baixo, mas continuei a dançar no ritmo calmo da música com os olhos fechados até sentir as mãos de alguém em minha cintura. Abri os olhos e me afastei para ver quem estava segurando minha cintura, eu já estava pronta para discutir e agredir verbalmente a pessoa, até ver que era Nico e um sorrisinho bobo tomou conta do meu rosto.

Ele também sorriu olhando-me e eu me aproximei segurando seu pescoço fazendo ele dançar comigo sem sair do lugar.

— O que você tá fazendo aqui? - Perguntei perto do ouvido dele.

A música havia acabado, fomos para um canto.

— Meu pai disse que tem algo que acontece nas festas que eu preciso ver e fazer também. - Falou ele. -... Ele também falou que eu não deveria ter te deixo sozinha aqui.

Eu ri.

— Você não sabe o que acontece nessas festas às 02h? - Perguntei e o vi fazer que não com a cabeça inocentemente. - Você vai fazer.

— Ok. - Disse ele com o cenho franzido.

— Você quer beber algo? - Perguntei segurando sua mão. - Você já bebeu vodca?

— Não. - Disse ele. - A única bebida com álcool que eu tomei foi vinho. E eu não quero experimentar vodca.

— Está bem. - Dei de ombros. - Eu quero um pouco. Vem.

Levei Nico para o local onde estavam servindo as bebidas e confesso que depois de algumas doses de vodca e tequila fiquei um pouco alta e um pouco ouriçada.

Puxei Nico para um beijo pela camisa quase o fazendo cair de onde estava sentando. Ele se levantou e poucos minutos depois me levou para um canto mais discreto onde ninguém circulava.

Eu apertava meu corpo contra o seu. A mão de Nico havia adentrado meus cabelos dando puxadas e a outra mão estava na minha bunda,  ele a apertou forte diversas vezes. Aquilo estava maravilhoso, eu não poderia negar.Quando fui colocada contra a parede por ele comecei a esfregar meu sexo contra sua perna bem discretamente. Nico reagia maravilhosamente bem, ele puxava mais ainda meus cabelos, exploramos ainda mais a boca um do outro, ele mordia meus lábios de forma que me deixava ainda mais acesa.

Quando eu estava quase o chamando para um quarto ouvimos:

— Vamos parar, porque isso aqui não é cenário pornô, não. - Era Percy.  - ou vocês querem que eu pegue as câmeras. Faço esse vídeo ficar famoso do dia pra noite.

Nico parou de imediato encarei seus olhos com uma vontade insana de matar Percy.

Nico se afastou um pouco de mim e eu segurei sua mão, ele ficou atrás de mim.

— O que você quer Percy? - Perguntei, caminhávamos de encontro a ele.

— Vocês têm que arrumar um quarto, meus amores. - Falou ele.  

— Iríamos fazer isso, nós iríamos  aguentar até lá, não estamos tão na seca quanto você. - Debochei e Percy me olhou de cara feia.

— Isso mesmo, Thalia, deboche da minha cara só porque eu não tenho mais vontade de pegar nenhuma garota. - Falou ele.

Soltei a mão de Nico para abraçá-lo.

— Todo sentimental. - Eu disse acariciando seus cabelos negros. - Não fica assim.

— Eu não vou. - Ele sorriu. - E você seu filho de uma mãe, eu te odeio tanto quanto não gosto do seu primo. Aliás, você não deveria estar em casa?  

— Ele precisa fazer aquilo às 02h. - Falei.

— Você não gosta do Giovanni? - Perguntou Nico ao meu lado.

— Você acha que eu quase bati o carro em um poste porque queria? - Perguntou Percy para Nico.

— Tá vendo? Não é só eu. - Falei.

— Não é porque ele é da minha família, mas eu não vejo problemas com Giovanni. - Diz Nico.

— Ele é sem sal e sem açúcar. - Falei.

— Mas eu também sou. - Diz ele.

— Ah, você é diferente, você tem uma alma tomada pelas trevas e escuridão o que te torna muito atraente. - Digo. - Nictofilia é a atração pela noite e escuridão tive isso assim que bati os olhos em você.

Nico sorriu olhando-me. Sorri de volta voltando a segurar sua mão.

— Pelo visto o casamento deu certo. Quando os bebês chegam? - Perguntou Percy nos fazendo rir. - Vocês são tão lindos juntos. Eu quero ser o padrinho do casamento de vocês e dos filhos também.

Nico me trouxe mais para perto.

— Não se preocupe, se futuramente realmente nos casarmos você vai ser o primeiro a ser chamado. - Disse ele a Percy.

— Ah, vai? - Questionei com os olhos um pouco arregalados.

Nico fez que sim com a cabeça.

— Bom, eu já vou indo só vim dizer aos dois para se cuidarem, usarem camisinha e pegarem um Táxi para ir pra casa. - Percy disse logo em seguida vindo me abraçar. - Amo vocês! - Ele abraçou Nico que ficou meio sem jeito. - Cuida dela e você cuida dele. Até mais.

Achei estranho, mas mesmo assim sorri antes que Percy fosse embora Annabeth apareceu.

— Preciso de você. - Ela disse me segurando pelo braço. - Você já não tinha ido embora? - Perguntou ela a Percy.

— Não se preocupe, já estou indo. - Disse ele. - Ainda não vai me dar um abraço?

Annabeth o olhou estranho.

— Não. Por que você não abraça uma dessas vadias com seu pau? - Perguntou ela. Vi Percy ficar sem graça. Annabeth estava sendo grossa demais com ele. - Tchauzinho e até nunca mais Percy. Nico, o Chris tá pra lá se você quiser ficar com ele por enquanto. Vem Thalia.

Ela saiu me puxando em meio as pessoas daquela festa. Queria brigar com ela por ter falado com Percy daquela forma, eu sentia até um aperto no peito, mas acabei deixando isso para lá, logo eles se resolveriam e estaria tudo bem entre eles.   

Annabeth me guiou até o banheiro que estava vazio. Encontramos Clarisse na porta do mesmo.

— O que está acontecendo? - Perguntei ao entrarmos no banheiro.

— Conta pra ela, Clarisse! - Mandou Annabeth.

— Eu estou pronta. - Clarisse diz parecendo um pouco inquieta. - Chris é o cara certo.

— Puta que pariu, Clarisse. - Eu disse quase pulando em cima da garota para um abraço. - Sexo não pode ser ensinado, vai acontecer naturalmente. Você não tem que se preocupar com nada, tenho certeza de que Chris sabe fazer tudo direitinho, ele vai acabar te ensinando. Mas você deve ter a garantia de que ele vai usar camisinha e também tomar pílula do dia seguinte.

— Aqui. - Annabeth diz lhe entregando duas camisinhas. - Atena nunca me deixa andar sem isso, você deveria começar a fazer o mesmo. E eu tenho mais dessas comigo.

— Como você chegou a essa decisão? - Questionei, sim eu sou uma curiosa do caralho.

— De um tempo pra cá ficamos muito próximos, mas do que já somos, Annabeth sabe como ninguém das vezes que eu dormi na casa dele sem a mãe dela saber. Já havíamos chegado as preliminares várias vezes, mas isso não durava muito, já que quando seus beijos estavam descendo pela minha barriga eu pedia para que ele parasse. - Falou ela. - Chris aceitava o que eu pedia e apenas ajudava-me a colocar o pijama novamente, me cobria, me abraçava bem forte e ele conversava comigo até que eu pegasse no sono. Em uma das noites que dormi lá tive um pesadelo de molhar a cama, havia sonhado com a terrível morte de alguém muito querido, molhei o travesseiro de tanta lágrimas e fiquei mais de quarenta minutos soluçando. Chris simplesmente me pegou no colo e disse que nada iria acontecer, que ninguém iria morrer. Me senti segura com ele,  Eu senti algo tão forte e bom dentro de mim, era a emoção de pular de Bungee Jump multiplicada em mil. Tenho certeza de que é ele, mas tenho medo de estragar nossa amizade se não houver sentimento suficiente.

— Isso vai melhorar e muito a amizade de vocês, pode ter certeza. - Annabeth diz pra ela.

— Vai lá e arrasa. - Falei sentindo meu celular vibrar. Uma nova mensagem.

— A gente não vai aqui. - Ela disse enquanto eu lia a seguinte mensagem: “Descobri o que acontece nessas festas às 02h!” Era Nico, eu ri. Tão bobinho.

— Claro que não, Tem que ser em um lugar próprio e digno de uma primeira vez. Nessas festas só rolam putaria. - Eu disse. - Mas alguma coisa senhorita La Rue? Ah, é nunca tente fazer garganta profunda, pra fazer você tem que ser especialista ou você acaba vomitando no pau do cara.

— Isso mesmo. - Disse Annabeth. - Já podemos ir?

— Não. - Falei voltando-me para Annabeth. - A senhorita pode cuidar de tratar melhor o Perseu. Ele não te engravidou e te largou sozinha com uma criança pra você tratá-lo daquela maneira. Ele te trata bem, então trate de fazer o mesmo.

Eu a vi revirar os olhos e senti meu celular vibrar mais uma vez. Outra mensagem de Nico: “Me encontra lá em cima, no terceiro quarto, linda.”

O que foi? - Perguntou Clarisse.

Sorri.

— Eu vou subir. - Disse. - Nico tá me esperando lá em cima.

— Hmm vai lá, vai. - Annabeth disse com pura malícia.

Antes que eu saísse do banheiro ela deu um tapa na minha bunda fazendo-me rir.

Saí do banheiro e fui abrindo caminho entre as pessoas. As músicas mais agitadas já estavam  tocando novamente e as pessoas dançavam feito loucas, como eu costumo dançar sempre, em algum lugar.

Alcancei as escadas ainda incrédula por causa do convite de Nico, mas eu não me negaria a transar ali, já havia feito aquilo em várias festas. Ao chegar ao topo da escada eu não sabia qual era o terceiro quarto, não sabia se ia para direita ou para esquerda.

Acabei indo pra direita parando no terceiro quarto daquela direção que estava trancado. Escutei gemidos e até alguns gritos que vinham ali de dentro. Então dei a volta e fui para a esquerda ansiosa por aquilo. Quer dizer, Nico é a pessoa mais tímida que eu conheço, se eu fosse ele morreria de vergonha de transar com alguém em uma festa. Ou não quem sabe.

Alcancei o terceiro quarto com o coração batendo mais forte. Nem eu sabia o porquê de estar ansiosa.

Coloquei a mão na maçaneta e abri lentamente a porta. Mas não a abri completamente o que é vi fora mais forte e eu paralisei, meu corpo congelou por completo, eu não conseguia agir.

Meus olhos já estavam cheios de lágrimas em questão de instantes. Levei a mão a boca pra abafar um soluço enquanto tremia. Ela olhou em minha direção e logo fechou os olhos. Eu não conseguia reagir de outra forma, apenas fechei a porta que ainda estava entreaberta.

Abracei meus próprios braços caminhando de volta em direção as escadas, queria ir embora, não ficaria mais nenhum minuto ali.

Desci as escadas, meus olhos estavam tão marejados, acabei esbarrando em algumas pessoas e derrubado a bebida de alguns.

— Thalia. - Ouço meu nome ser chamado, sua voz se misturava a música. - Thalia.

Parei de andar e limpei meus olhos virando-me para ele. Nada aconteceu!

— Onde você tá indo? - Perguntou ele se aproximando com o olhar confuso.

Seus cabelos estavam bagunçados e a camisa um pouco amassada. Fora isso, não havia  nada demais.

— Eu estava te procurando. - Falei fria.

— Ah, eu tava lá em cima. - Disse ele. Nico sorriu envergonhado. - Bom, eu descobri o que acontece às 02h.

— Eu vi sua mensagem. - Falei ainda no mesmo tom de antes.

Nico abriu a boca pra dizer algo, mas eu fui empurrada por ninguém mais ninguém menos que Silena Beauregard.

— Você tá cega garota? - Perguntei, chutando o balde, eu já não tinha mais paciência pra ela.

Ela olhou para Nico mordendo o lábio inferior, parecia querer disfarçar o que eu já sabia.

— Cega? Eu? - Perguntou ela gesticulando. - A única cega que eu vejo aqui é você, que não enxerga os fatos. Você não vê que...

Não aguento mais, Ela foi interrompida por minha mão que voo na na cara dela.  Desferi um golpe em seu nariz a fazendo ir para trás caindo sentada no chão.

— Thalia. - Nico diz num tom reprovador.

Enquanto Silena estava lá sentada no chão com o nariz perfeitíssimo machucado, já haviam formado um pequeno círculo entre nós.

Ela me olhou com deboche. Juro que vi sangue. A raiva que eu sentia naquele momento era maior que tudo, eu queria avançar em cima dela e bater até que seu coração parasse de funcionar. Mas antes que eu desse um passo sequer Nico me segurou como se estivesse lendo minha mente.

Nico me arrastou para fora dali enquanto algumas pessoas me olhavam de cara feia.

— O que você tá fazendo? - Perguntou ele quando já estávamos no gramado da casa. - Você tá ficando doida?

— Você vai defender ela? - Perguntei sentindo minha mão doer.

— Não Thalia, Eu não estou defendendo ninguém. Mas você é maior de idade e se ela for dar queixa na polícia você vai presa. - Disse ele. Eu o olhava de cara feia. Me sentei na grama. Como ele tinha coragem? - Se você for presa como eu vou falar isso pra Jason? E sua mãe? Meu Deus, Thalia! Não faz mais isso, por favor!

Ele parecia realmente preocupado, mas tudo deveria ser parte do teatro dele. Agora sim eu queria chorar.

— Sua irmã e Luke são advogados, não teríamos problemas. Não precisa se preocupar. - Falei me levantando e limpando as mãos.

— Vamos pra casa? - Perguntou ele. - Vou chamar um Táxi.

— Sim, chama um pra você e outro pra mim. - Falei.

— Não vou deixar você voltar pra casa assim. - Disse Nico segurando minha mão. Lutei para não puxá-la. - Você bebeu e ainda está com a mão machucada.

Apenas aceite ir para a casa dele, queria ver até onde aquilo iria, até onde ele esconderia aquela traição, Mas pensando bem não era uma traição, o que me fez fica mais mal ainda.

 

[...]

 

Nico cuidou da minha mão machucada e me tratou com carinho como na maioria das vezes. Mandou que eu tomasse um banho e perguntou-me se queria ajuda, evidentemente, eu disse que não.  

Passei meia hora ali dentro ainda contendo minhas lágrimas. Ainda não, Thalia, ainda não. Dizia para mim repetidas vezes, Nico não poderia me pegar chorando.

Quando sai do banho ele me ofereceu uma de suas camisetas, mas eu não aceitei apenas vesti a mesma calcinha de antes e minha camiseta. Nico me abraçou e aproximou sua boca da minhas, mas eu abaixei a cabeça fazendo com que ela beijasse minha testa e não minha boca.  

— Vamos deitar. - Ele disse me puxando pra sua cama.

Nico se deitou e eu me deitei ao seu lado ficando de costas logo em seguida. Ele nos cobriu e me abraçou, trazendo seu corpo para junto do meu começando a beijar meu pescoço.

— Não Nico, estou com sono. - Minto, contorcendo-me um pouco.

— Está bem. - Disse ele não se afastando nem um pouco.

Nico não demorou para pegar no sono e eu não demorei para começar a chorar a noite toda.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Se sim, deixe um review. Se não, deixe um review dizendo o que não curtiu pra que eu possa melhorar nas próximas vezes. Quem deixar o melhor review ganha um Strip do Nico! AUSHSUSHSUHSHSHSHSHAHSHSHSHA. Quem deixar uma recomendação ganha o strip e ainda ganha um um encontro com o King of Friendzone, vulgo Percy! O COITADO TÁ ENCALHADO! A ANNABETH NÃO QUER ELE!! E olha só o Chris também vai entrar nessa rodinha, agora além de ganharem um Strip e um encontro com o Percy o Chris vai no combo um encontro a três e outras coisas também :3 ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Bejinhos meu amores!
Até o próximo!
:) O bixo vai pegar :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Noite e Tudo Muda" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.