Don't trust me escrita por LilyMartin, Allie Maddox


Capítulo 18
Capítulo 21 – Culpada?


Notas iniciais do capítulo

- Acho que nunca postei um capítulo tão tarde. Mas, se eu postar agora não posto nunca mais, porque estou ha dias sem conseguir escrever este capítulo (talvez eu estar toda errada tenha contribuído para isto: gripe, dor de garganta, conjuntivite, etc etc), mas infelizmente ele é importante e deve existir para introduzir o próximo capítulo onde terá um pouco da história da Lydia (YEAH O/), que por sinal já comecei a escrever falta terminar ^^.
— Por achar que o capítulo não está bom o suficiente, tentei não fazer um capítulo grande para não ser cansativo demais para vocês :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/673156/chapter/18

Quinta-feira, 15 de novembro

 — ...se quiser desabafar saiba que eu sempre estarei aqui para você.

 — Obrigada — agradece em um sussurro com um sorriso tímido em seus lábios grossos.

 Lydia envolve a minha cintura com seus braços em um abraço apertado. Afunda ainda mais o seu belo rosto em meu peitoral.

 Olha para baixo para observá-la.

 — Você quer que eu vá embora agora? — pergunto usando uma voz serena e acolhedora.

 Sem sair da posição em que estava, ela balança a cabeça de um lado para o outro negando. Um sorriso escapa dos meus lábios pela felicidade que aquela resposta me trouxe. Abraço-a com mais força do que antes, com o único objetivo de aproximar o corpo dela ainda mais do meu, se é que isto era possível. Beijo o topo da cabeça dela e afago o cabelo.

 Ela era tão linda e tão perfeita. Eu sou incapaz de acreditar que ela fez algum mal à qualquer pessoa. Era a impossível que a afirmação em que ela se auto denominava uma pessoa horrível fosse verdadeira. Eu só queria saber uma maneira de poder ajudá-la, de protegê-la.   

 Após alguns minutos apenas abraçados, Lydia levanta o seu rosto olhando para mim e junta seus lábios com os meus, iniciando um beijo calmo.

 Cessa o beijo por um segundo e encara meus lábios. Depois eleva sua visão para os meus olhos castanhos.

 — Eu... — Lydia começa a falar. Espero ela terminar a frase admirando-a, enquanto meus dedos caminhavam pelas costas dela em uma carícia, porém ela apenas se cala, morde a o lábio inferior e abaixa a cabeça.

 — Fala, Lydia — peço manhoso para ela continuar.

 Ela fica por mais algum tempo quieta, até finalmente levantar a cabeça para olhar para o meu rosto novamente.

 — Dorme aqui hoje? — pede com a voz baixinha.  

 

 Sábado, 17 de novembro

 Após passar a noite de quinta-feira para a sexta-feira com a ruiva, logo de manhã levei-a até sua empresa onde ela passaria por mais um longo dia de trabalho. Eu fui para a empresa do Derek – a empresa que eu fingia que trabalhava – e fiquei na “minha sala” sem fazer nada de útil, apenas rezava para a agente Erica não aparecer por lá. Não vi Lydia desde então, já que a ruiva assim que saiu do trabalho foi direto para o aeroporto com suas visitas casuais ao pai e à irmã mais nova.

 Infelizmente, a minha tentativa de fugir da agente Erica funcionou apenas ontem. Hoje, já de manhã, recebo a ligação da loira. Ignorei na primeira, na segunda e na terceira vez, porém ela não desistiu continuando com as ligações continuas. Sem escapatória, a única coisa que eu poderia fazer era atender.  

 — Finalmente — a loira resmunga assim que eu atendo. — O que você conseguiu? — pergunta. Encaro o chão que eu pisava. Espremo os lábios. — Stiles, você me disser que não conseguiu nada, eu irei imediatamente desligar e conversar com o chefe para ele colocar outra pessoa na missão.

 — A Elsa é na verdade tia da Lydia, não mãe...

 — E? — ela fala pedindo para que eu continue.

 — Só. — Um silêncio surge na linha, porém eu sabia que do outro lado Erica tentava se manter calma. Antes que ela surtasse, me antecipo na justificativa. — Desculpa se eu não tenho coragem de chegar em uma pessoa e de repente no meio da conversa, sem mais nem menos, perguntar da forma mais natural possível se ela matou alguém ou qualquer coisa que ela esteja sendo acusada. Sinceramente, eu não sei como você pretende que eu faça isso.

 — Então, eu vou dar um jeito nisso hoje mesmo.

 — O que? Como? — franzo o cenho confuso.

 — Acesse os sites de notícia daqui a algumas horas. — Esta foi a frase que a agente Erica disse antes de desligar, sem me dar a chance de perguntar uma única coisa. A confusão na minha cabeça era enorme, o que ela queria dizer com aquilo? O que ela faria? Tentei retornar a ligação, mas não obtive sucesso.

 Peguei o meu notebook e fiquei atualizando qualquer site de notícia que aparecesse, por horas e horas. Até enfim descobrir o que Erica havia feito. Eu fiquei sem reação alguma, sem saber o que fazer ou o que pensar, só consegui pensar nela, na Lydia.

 Alguns poucos sites de notícia do universo das celebridades tinham na página inicial a foto da Lydia com o ex-marido com diferentes frases de efeitos, mas cada uma dela diziam a mesma coisa: que a mulher era uma mera interesseira e que existiam grandes suspeita que a ruiva teve participação na morte do fundador da LeYoo.  

 Os sites eram pequenos e poucos conhecidos, mas ainda assim eu me preocupava com ela, não sabia se isso poderia tomar proporções maiores e também não sabia como Lydia reagiria com essas acusações na mídia. 

 

 Domingo, 18 de novembro

 Por me preocupar com a ruiva, fiz questão de ir até o aeroporto busca-la, não sabia a hora exata, mas sabia que ela chegaria nem um dos dois voos programados para a tarde, por isto fiquei esperando-a até vê-la passar pelo portão. Quando acontece, ando em passos largos até ela, porém dois repórteres conseguem se aproximar dela antes de mim, logo colocam um microfone perto da boca dela perguntando o que ela tinha a dizer sobre essas notícias.

 — O que? — questiona Lydia com uma expressão confusa, franzia o cenho e estreitava os olhos. Claramente, a ruiva não fazia ideia do que estava acontecendo, não devia ter lido as notícias que saíram sobre ela.

 — Ela não irá dar entrevista agora, desculpa. — interrompo qualquer coisa que o repórter poderia falar e puxo-a pela mão para irmos embora. Lydia ainda se entender apenas me acompanha.

 — Do que eles estavam falando? O que acontecendo, Stiles? — ela me olha, enquanto caminhava em passos ágeis para me acompanhar. Sem conseguir responder, apenas afago seu cabelo ruivo e deixo meu braço em torno dos ombros dela.

 Levo-a para o carro e depois para o seu apartamento. Dentro do carro, no caminho para o seu apartamento Lydia finalmente pegou seu celular e pesquisou pelo seu nome no google, lendo as notícias mais recentes que a envolviam.  

 — Lydia... — Hesito sem coragem de terminar a frase, tinha medo da resposta que ela me daria, mas eu precisava perguntar, o que eu queria perguntar desde o momento que a vi, porém não havia encontrado abertura para isto. Hoje e agora parecia ser a hora certa. Ainda, assim eu procurava pelas melhores palavras para efetuar a pergunta. — É por isso que você tanto fala para eu me afastar de você para o meu próprio bem? — questiono olhando para o rosto da mulher. — Você mat... — não consigo terminar, então apenas encaro-a.

 — Não! Eu não matei ninguém, Stiles, eu juro por tudo, pelo meu pai, pela minha irmã. — Seus olhos verdes estavam assustados e marejados. Ela não poderia saber, mas aquela afirmação me causou um alívio tão grande que um sorriso ficou preso no canto dos meus lábios. Ela é inocente! Ela não matou ninguém! Ela não é uma assassina! Talvez esta fosse uma das melhores notícias que eu ouvi em toda a minha vida. Eu estou tão feliz. Por instinto abraço-a, um abraço forte e acolhedor. Fico por algum tempo ali, com um sorriso bobo no rosto e com ela em meus braços.

 Até uma perguntar martelar em minha mente, desmanchando o meu sorriso.

 — Por que eu devo me afastar de você então? — questiono desfazendo o abraço para que eu pudesse olhar no rosto da ruiva novamente. Minha testa estava franzida e eu a encarava com sinais de confusão em meu olhar. Os olhos esverdeados anteriormente marejados, não suportaram e derreteram em lágrimas.

 — Eu só não sou uma assassina, mas continuo sendo uma péssima pessoa — ela se encolhe, olha para baixo e tenta secar as lágrimas de seu rosto com a mão.

 — Por quê? Desabafa comigo, por favor, eu só quero te ajudar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!