POV Carlisle.
 Estava no meu quarto arrumando minhas coisas, como havia saído não tive tempo de faze-lo. Quando terminei fui lá para o andar de baixo onde Esme se encontrava lendo. Ela usava um vestido verde muito lindo e também estava com o colar que havia lhe dado, assim que me viu colocou o livro de lado.
— Sabe você me fez muitas perguntas enquanto estávamos vindo para cá queria lhe fazer elas também. - Ela me disse com um sorriso lindo no rosto formando suas covinhas. Eu sorri de volta.
— Fique a vontade para me perguntar o que quiser madame. Então as perguntas começaram, em sua maioria eram as mesmas que a fiz, algumas eram diferentes, cor favorita, livro favorito, o que mais gosta de fazer, hobbies, ficamos um bom tempo na sala ela perguntando eu respondendo, quando ela parou de falar, abriu e fechou a boca umas duas vezes.
— Pode me perguntar o que quiser. - Ela me olhou e depois desviou o olhar.
— Já namorou? - Eu sorri para ela. - Claro que não é da minha conta...
— Esme. - A interrompi, ela me olhou. - Nunca me envolvi com nenhuma mulher.
— Obrigada pelas respostas - Sorrimos. Eu queria convida-la para ir para algum lugar, então pensei no parque em que passamos, ele era bem grande...e estaria vazio, está fechado, nos poderíamos ficar andando por lá.
— Esme...gostaria de fazer um passeio comigo pelo parque, agora? - Já passava das sete da noite mas eu não ligava queria sua companhia.
— Mas estará fechado.
— Confie em mim. - Pisquei para ela.
— Nesse caso, seria uma honra Carlisle.
     Ela foi para seu quarto se aprontar e eu fui para o meu coloquei a gravata o terno quando terminei de me arrumar passei no quarto de meu filho para avisa-lo.
— Estou saindo com Esme.
— Eu sei, boa sorte. - Ele me sorriu malicioso. Eu ri.
Desci lá para baixo e fiquei a esperando, quando ela desceu as escadas, com um vestido preto maravilhoso, uma parte de seus cabelos estava preso a outra escorria por seus ombros sua pele se destacava pela cor pálida. Ela estava perfeita.

— Vamos? - Assenti com a cabeça, estava com medo que minha voz não estivesse ali.
     Chegando lá, entramos pelos fundos, ninguém nos viu. Ficamos andando, pelo parque de braços cruzados juntamente, contando nossas travessuras, riamos em sintonia; vimos uma pedra perto de um lago que havia a uns 3 quilômetros de nós, ela tirou os sapatos e apostamos corrida para ver quem chegava primeiro, deixei que ela ganhasse amava ver seu sorriso de covinhas, peguei uma coberta que levei e coloquei no chão do lado da pedra sentamos lá e ficamos conversando, brincando, rindo, ela era maravilhosa. Deitados na manta ficamos vendo as estrelas imaginando constelações. Uma estrela cadente atravessou o céu e Esme se sentou e me olhou, acabei me sentando também.
— Faça um pedido. - Disse me ela. Pedi aos céus que abençoasse meu amor por Esme, que abençoasse nossos destinos, éramos feitos um para o outro, nada podia nos separar. Sentados nos olhando, me senti diferente igual quando estávamos no carro, de rostos próximos podia sentir sua respiração em mim, então deixei que o desejo me levasse nos aproximamos mais até nossos lábios se tocarem. Foi uma sensação diferente de qualquer uma que já senti, era forte, complicado de se explicar, era tudo um pouco, era o amor eu tinha certeza, a lua e as estrelas eram nossas testemunhas. Nos olhamos por um longo tempo.
— Eu te amo Esme. - Disse a ela num sussurro.
— Eu também  te amo Carlisle. - Sorrimos um para o outro. Isso soava tão certo.
    Ficamos lá no parque de mãos dadas, felizes por estarmos juntos. A lua começou a se por e o sol começara a nascer.
— A uma lenda urbana que o sol e a lua sempre foram apaixonados, mas nunca conseguiam se encontrar, pois quando o sol nascia  a lua se punha e assim era todos os dias, então Deus com sua bondade, cria o eclipse para que os dois se vejam de tempos em tempos, mostrando assim que nenhum amor é impossível. - Ela me contara, nenhum amor era impossível.
     Nos levantamos para irmos para casa, ficamos um bom tempo fora. Chegando lá encontramos Edward em baixo de uma árvore lendo algum livro não identifiquei a capa. Esme parecia envergonhada, ficamos a noite inteira fora. Ela subiu para seu quarto e eu fui para o meu. troquei de roupa colocando uma casual e desci ao encontro de Edward lá fora.
— Foi bom o passeio?
— Foi sim. - Sorri para ele. - O que fez a noite toda?
— Fiquei tocando.
— Edward eu preciso ir no hospital, disse ao chefe que iria ontem mas acabei não indo, poderia fazer companhia para Esme?
— Claro. - Disse-me ele fechando o livro e levantando.
      Fui até o quarto de Esme que abriu a porta na primeira batida e disse para ela que tinha que sair mas voltaria logo. Edward lhe faria companhia.
— Tudo bem. - Ela me disse sorrindo, toquei suas bochechas e fui para o carro.

POV Edward.
      Fiquei a noite inteira compondo músicas, mas essa era especial. Fiz ela para Carlisle e Esme, ela demonstrava o amor que crescia nos dois. Ainda não estava pronta então não comentei nada com meu pai.
      Fui para sala, como Carlisle iria sair eu ficaria com Esme, era até bom eu não a conhecia direito, mas já gostava dela. Seus pensamentos eram cheios de amor, carinho, não se via maldades, era o tipo de pensamento que eu diria que minha mãe tinha. Escutei o carro dando partida e ficando cada vez mais longe.
— Olá. - Olhei para onde vinha o som de sinos. Ela sorria, para mim, agora eu via as covinhas apaixonantes que Carlisle vivia pensando. Sorri para ela.
— Olá. Nós nem nos conhecemos direito. - Ela se sentou na poltrona de frente para mim, olhando para frente de sobrancelhas franzidas.
"Não tinha percebido o piano...eu não sabia que Carlisle tocava." Eu ri.
— Ele não toca. - Ela me olhou. - Eu fazia aulas de música quando humano, sempre fui apaixonado por instrumentos, piano é o meu favorito...depois de muitas conversas com Carlisle ele acabou descobrindo.
— Piano também é meu instrumento favorito. - Era impossível não gostar dela. Me levantei e fui até o piano a chamando para vir comigo, puxei o banco aonde nos sentamos, e me lembrei da conversa que tivemos no carro, então toquei sua música predileta. Ela olhou boquiaberta em como minhas mãos voavam pelas teclas tocando perfeitamente a sinfonia, sorriu e fechou os olhos enquanto eu tocava.
— Você toca lindamente Edward.
— Fico muito lisonjeado. - Voltamos para o sofá e ficamos conversando sobre nossas vidas humanas, ela perguntou minha idade, desde quando fazia aulas de piano, contei a ela sobre meus pais, a mesma história que contei a Carlisle, perguntei a ela sobre seus pais, ela me disse que não ligavam muito para ela, tanto que eram a favor de tudo o que Charles fazia, então nem ligava em como estavam. Ficamos um bom tempo conversando e nem percebemos a hora passar, até o Carlisle chegar em casa, então subi para meu quarto, para dar-lhes privacidade. Peguei um caderno que era para mim meu diário e comecei a escreve-lo dizendo tudo sobre aquele dia, o quão bom foi conhece-la, eles se mereciam.