Herdeiros da Mafia escrita por Muh


Capítulo 2
Troublemaker


Notas iniciais do capítulo

~Oiê...



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Em um ambiente inóspito e pouco explorado, até mesmo perigoso em alguns dias, aconteceu. Aconteceu seu primeiro beijo. Não era o príncipe que ela havia imaginado, ainda assim era muito melhor.

No minuto que seus lábios o tocaram, a tempestade ficou em silencio. Mal podia conter o coração em seu peito. Nunca esteve tão consciente de seu corpo e do dele. Raku estava paralisado. Mas não a afastou. Ele tinha cheiro de hortelã, pólvora e algo somente dele. E esse pequeno conhecimento aquecia partes em seu corpo que ela nem imaginava ser possível.

E de repente ele invadiu a sua boca.

E foi melhor ainda.

...

— O que esta fazendo? – perguntou Raku olhando para os lados, felizmente ninguém estava por perto. Retirou os fones de ouvido.

— Bom dia Darling – disse Chitoge sentando ao seu lado. – O que está lendo?

Estava de baixo de uma cerejeira, matando a primeira aula, quando ela interrompeu sua leitura. O Aprendiz, Taran Matharu, Conjurador volume 1. Raku adorava sagas. Sagas de todos os tipos. E geralmente sempre havia dois livros em sua mochila.

Para sua eterna vergonha tinha certeza que estava completamente vermelho. E ela sorria descaradamente diante de seu embaraço.

Ainda se lembrava dos beijos, seu corpo macio e quente e do tapa. Foi bem merecido. Não deveria avançar a base sem antes checar o território. Mas ela que começou. E agora de novo. Estava ali sorrindo...

Gorila Provocante!

Ignorou sua pergunta e tentou voltar para o livro. Para o bem de sua sanidade era melhor evitar aquela Gorila bipolar. Por mais linda que seja. Ela era muito linda.

— Eu estive pensando. Para evitar guerra entre nossas famílias...

Raku a puxou pela nuca e tapou sua boca.

— Ficou louca. Você nem deveria estar falando comigo.

Ela tirou sua mão com um tapa.

— Porque não?

Ela estava realmente falando serio? Seria tão sem noção. Talvez não.

Ela não entendia. Apesar de chefe da Beehive, seu pai era conhecido mundialmente como um grande empresário.

— Você gostaria de ser evitada como se tivesse algum tipo de doença contagiosa?

— Não

— Então fique longe de mim.

O que raios ele quis dizer com isso?

Chitoge ainda se perguntava, no final de sua ultima aula. Estava distraída, guardando o livro no armário, quando Onodera e suas amigas se aproximou.

— Oi Kirisaki-chan, sou Onodera, - Era a primeira vez que falava com ela. – Vou dar uma festa esse final de semana e gostaria de te convidar.

— Obrigado – disse. Ela era tão linda e fofa, e gentil, e ainda assim a detestou de imediato. – Mas não, Ichijou-kun ficou de me mostrar à cidade.

O corredor ficou em silencio.

— Que... que ge-gentil...

Ela e suas amigas ficaram brancas.

— Quando exatamente eu prometi isso? – perguntou inclinando no ouvido dela

Ela se virou com um sorriso atrevido.

— Ontem, quando foi jantar na minha casa.

Queria sacudi-la. Mas deixou um meio sorriso escapar. Ela era tão linda. E se voltando para Onodera, disse:

— Nossos pais estudaram juntos.

— Ah, bem fica para a próxima... –Onodera se apressou em dizer e desapareceu.

— Você tem ideia do que acabou de fazer?

— Não gosto dela. Tem algo falso em seu olhar...

— Do que esta falando? Ela é meiga, linda, fofa, inteligente, já disse linda?...

Todo ar foi expulso do seu corpo.

— Stupid Bean – disse Chitoge após soca-lo e saiu como uma rainha orgulhosa de cabeça erguida.

Gorila Maldita!

...

No dia seguinte, nada havia mudado. Chitoge parecia ainda mais popular. E não fingia mais evita-lo. Raku simplesmente não a entendia.

Vinho canela. Chitoge retocava seu batom no vestiário feminino.

— Ki-chan – chamou Onodera

Com um sorriso disfarçou o ranger de dentes. Até a voz daquela garota parecia irrita-la. Ou talvez fosse TPM.

— Você é tão inteligente...

— Eu sei – dessa vez o sorriso foi sincero e sem um pingo de arrogância.

— Eu estou tão ocupada com a minha festa, que não tenho tempo para mais nada. Você poderia, por favor, fazer meus trabalhos para mim. É só o de química e biologia, para entregar semana que vem. E você é tão inteligente que tenho certeza que irei tirar “A” em ambas matéria. Eu vou te passar meu e-mail e você me envia na segunda a noite. Tenho certeza que você consegue até terminar antes...

— Eu consigo, mas não vou. – cortou aquela conversa

— Acho que você não entendeu querida...

— Pensei que tinha entendido...

— Essa é minha escola. Quando eu digo “Pule”. Você pergunta “De que altura?” Isso foi claro?

— Como café – disse jogando o batom na bolsa – E a resposta ainda é não.

— Você não tem ideia de com que está falando... Acha que sua amizade com Ichijou vai te proteger? Ou talvez seu pai também seja um criminoso...

— Bem, se isso for verdade, se eu fosse você, eu escolheria bem minhas palavras, afinal, não queremos que lhe aconteça nenhum acidente não é?

Onodera e suas amigas empalideceram.

Kirisaki saiu antes que estragasse sua cena. Mas no corredor esbarrou contra uma parede de músculos.

— Você está bem? – perguntou Raku preocupado. Ela parecia segurar o choro quando sua gargalhada escapou. Era deliciosa e percorreu o seu corpo. Se não fosse pelo seu autocontrole a teria beijado ali mesmo. No meio do corredor.

Para quem assistia a cena, pensou que Raku fosse o responsável pela gargalhada alegre de Kirisaki. E de repente sorrindo ali para ela. Ele não parecia tão assustador.

— Fiz uma pequena travessura – sussurrou ela em seu ouvido

— Garota má?

— Muito má.

Para Raku aquela era sua parte preferida do dia, após as aulas, ia até o estacionamento e lá estava sua Maserati GT 440 HP Gran Turismo preta. O som do motor o fazia relaxar, depois atravessar o maldito silencio. Mas aquele dia ele nem sequer os notou.

Chitoge se enroscou em seu braço ainda com o sorriso travesso, e quando deu por si ela estava ao seu lado, e ele tinha quase certeza de ter aberto a porta do passageiro. Logo atrás o USV com seus seguranças e o Bentley com o quatro olhos os seguiam.

Ela queria conhecer a cidade. Ele mostraria com prazer.

— Estive pensando, tenho uma sugestão para acabar com a rivalidade de nossos clãs.

Ela corou e mordeu o lábio inferior. Ficando ainda mais irresistível. Felizmente o sinal havia ficado vermelho ou Raku teria perdido a direção do carro quando ela falou:

— Acho que não haveria rivalidade se fôssemos namorados.

— Não...

Chitoge escondeu a decepção atrás de um sorriso.

— Você me evitou as primeiras semanas, justamente para ninguém saber que seu pai tem a mesma profissão que o meu, lembra? – Continuou Raku sem saber como a magoara.

— Do que está falando? Te evitei por causa da rivalidade entre Beehive e a Yakusa... Não ligo para o que outros pensam. E esse nem é o principal motivo...

— E qual é o principal?

— Tenho uma queda por Bad boys e isso sempre me coloca em confusões. Prometi ao meu pai que me comportaria...

Ele soltou o cinto e a puxou pela nuca, colando a boca naqueles lábios macios. Se ela não se importava com os outros, ele também não se importaria, e faria o possível para ser o melhor bad boy que ela conheceria.

...


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Notas finais do capítulo

~E então?