Herdeiros da Mafia escrita por Muh
Notas iniciais do capítulo
~Oiê...
Em um ambiente inóspito e pouco explorado, até mesmo perigoso em alguns dias, aconteceu. Aconteceu seu primeiro beijo. Não era o príncipe que ela havia imaginado, ainda assim era muito melhor.
No minuto que seus lábios o tocaram, a tempestade ficou em silencio. Mal podia conter o coração em seu peito. Nunca esteve tão consciente de seu corpo e do dele. Raku estava paralisado. Mas não a afastou. Ele tinha cheiro de hortelã, pólvora e algo somente dele. E esse pequeno conhecimento aquecia partes em seu corpo que ela nem imaginava ser possível.
E de repente ele invadiu a sua boca.
E foi melhor ainda.
...
— O que esta fazendo? – perguntou Raku olhando para os lados, felizmente ninguém estava por perto. Retirou os fones de ouvido.
— Bom dia Darling – disse Chitoge sentando ao seu lado. – O que está lendo?
Estava de baixo de uma cerejeira, matando a primeira aula, quando ela interrompeu sua leitura. O Aprendiz, Taran Matharu, Conjurador volume 1. Raku adorava sagas. Sagas de todos os tipos. E geralmente sempre havia dois livros em sua mochila.
Para sua eterna vergonha tinha certeza que estava completamente vermelho. E ela sorria descaradamente diante de seu embaraço.
Ainda se lembrava dos beijos, seu corpo macio e quente e do tapa. Foi bem merecido. Não deveria avançar a base sem antes checar o território. Mas ela que começou. E agora de novo. Estava ali sorrindo...
Gorila Provocante!
Ignorou sua pergunta e tentou voltar para o livro. Para o bem de sua sanidade era melhor evitar aquela Gorila bipolar. Por mais linda que seja. Ela era muito linda.
— Eu estive pensando. Para evitar guerra entre nossas famílias...
Raku a puxou pela nuca e tapou sua boca.
— Ficou louca. Você nem deveria estar falando comigo.
Ela tirou sua mão com um tapa.
— Porque não?
Ela estava realmente falando serio? Seria tão sem noção. Talvez não.
Ela não entendia. Apesar de chefe da Beehive, seu pai era conhecido mundialmente como um grande empresário.
— Você gostaria de ser evitada como se tivesse algum tipo de doença contagiosa?
— Não
— Então fique longe de mim.
O que raios ele quis dizer com isso?
Chitoge ainda se perguntava, no final de sua ultima aula. Estava distraída, guardando o livro no armário, quando Onodera e suas amigas se aproximou.
— Oi Kirisaki-chan, sou Onodera, - Era a primeira vez que falava com ela. – Vou dar uma festa esse final de semana e gostaria de te convidar.
— Obrigado – disse. Ela era tão linda e fofa, e gentil, e ainda assim a detestou de imediato. – Mas não, Ichijou-kun ficou de me mostrar à cidade.
O corredor ficou em silencio.
— Que... que ge-gentil...
Ela e suas amigas ficaram brancas.
— Quando exatamente eu prometi isso? – perguntou inclinando no ouvido dela
Ela se virou com um sorriso atrevido.
— Ontem, quando foi jantar na minha casa.
Queria sacudi-la. Mas deixou um meio sorriso escapar. Ela era tão linda. E se voltando para Onodera, disse:
— Nossos pais estudaram juntos.
— Ah, bem fica para a próxima... –Onodera se apressou em dizer e desapareceu.
— Você tem ideia do que acabou de fazer?
— Não gosto dela. Tem algo falso em seu olhar...
— Do que esta falando? Ela é meiga, linda, fofa, inteligente, já disse linda?...
Todo ar foi expulso do seu corpo.
— Stupid Bean – disse Chitoge após soca-lo e saiu como uma rainha orgulhosa de cabeça erguida.
Gorila Maldita!
...
No dia seguinte, nada havia mudado. Chitoge parecia ainda mais popular. E não fingia mais evita-lo. Raku simplesmente não a entendia.
Vinho canela. Chitoge retocava seu batom no vestiário feminino.
— Ki-chan – chamou Onodera
Com um sorriso disfarçou o ranger de dentes. Até a voz daquela garota parecia irrita-la. Ou talvez fosse TPM.
— Você é tão inteligente...
— Eu sei – dessa vez o sorriso foi sincero e sem um pingo de arrogância.
— Eu estou tão ocupada com a minha festa, que não tenho tempo para mais nada. Você poderia, por favor, fazer meus trabalhos para mim. É só o de química e biologia, para entregar semana que vem. E você é tão inteligente que tenho certeza que irei tirar “A” em ambas matéria. Eu vou te passar meu e-mail e você me envia na segunda a noite. Tenho certeza que você consegue até terminar antes...
— Eu consigo, mas não vou. – cortou aquela conversa
— Acho que você não entendeu querida...
— Pensei que tinha entendido...
— Essa é minha escola. Quando eu digo “Pule”. Você pergunta “De que altura?” Isso foi claro?
— Como café – disse jogando o batom na bolsa – E a resposta ainda é não.
— Você não tem ideia de com que está falando... Acha que sua amizade com Ichijou vai te proteger? Ou talvez seu pai também seja um criminoso...
— Bem, se isso for verdade, se eu fosse você, eu escolheria bem minhas palavras, afinal, não queremos que lhe aconteça nenhum acidente não é?
Onodera e suas amigas empalideceram.
Kirisaki saiu antes que estragasse sua cena. Mas no corredor esbarrou contra uma parede de músculos.
— Você está bem? – perguntou Raku preocupado. Ela parecia segurar o choro quando sua gargalhada escapou. Era deliciosa e percorreu o seu corpo. Se não fosse pelo seu autocontrole a teria beijado ali mesmo. No meio do corredor.
Para quem assistia a cena, pensou que Raku fosse o responsável pela gargalhada alegre de Kirisaki. E de repente sorrindo ali para ela. Ele não parecia tão assustador.
— Fiz uma pequena travessura – sussurrou ela em seu ouvido
— Garota má?
— Muito má.
Para Raku aquela era sua parte preferida do dia, após as aulas, ia até o estacionamento e lá estava sua Maserati GT 440 HP Gran Turismo preta. O som do motor o fazia relaxar, depois atravessar o maldito silencio. Mas aquele dia ele nem sequer os notou.
Chitoge se enroscou em seu braço ainda com o sorriso travesso, e quando deu por si ela estava ao seu lado, e ele tinha quase certeza de ter aberto a porta do passageiro. Logo atrás o USV com seus seguranças e o Bentley com o quatro olhos os seguiam.
Ela queria conhecer a cidade. Ele mostraria com prazer.
— Estive pensando, tenho uma sugestão para acabar com a rivalidade de nossos clãs.
Ela corou e mordeu o lábio inferior. Ficando ainda mais irresistível. Felizmente o sinal havia ficado vermelho ou Raku teria perdido a direção do carro quando ela falou:
— Acho que não haveria rivalidade se fôssemos namorados.
— Não...
Chitoge escondeu a decepção atrás de um sorriso.
— Você me evitou as primeiras semanas, justamente para ninguém saber que seu pai tem a mesma profissão que o meu, lembra? – Continuou Raku sem saber como a magoara.
— Do que está falando? Te evitei por causa da rivalidade entre Beehive e a Yakusa... Não ligo para o que outros pensam. E esse nem é o principal motivo...
— E qual é o principal?
— Tenho uma queda por Bad boys e isso sempre me coloca em confusões. Prometi ao meu pai que me comportaria...
Ele soltou o cinto e a puxou pela nuca, colando a boca naqueles lábios macios. Se ela não se importava com os outros, ele também não se importaria, e faria o possível para ser o melhor bad boy que ela conheceria.
...
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~E então?