NejiTen? Sempre! Uma Comédia Romântica escrita por AFM


Capítulo 26
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, bem-vindos à mais um capítulo!!! Desculpem o atraso, eu sei que demorei, mas enfim, aqui estou.
Agradecimentos aos que acompanham e comentam esta história!!!
Boa leitura!!!



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Neji e Tenten foram à sorveteria, passaram um tempo e voltaram para a casa do garoto.

—Você ficou tão quieta, aconteceu alguma coisa? -indagou Neji.

Aconteceu alguma coisa? Será que ele é maluco? Acabou de me contar que forjou um documento de DNA e me pediu segredo e ainda me pergunta se está tudo bem? Desculpem a falta de educação, leitores. Prazer, meu nome é Tenten. Vocês devem me conhecer da história, mas essa é a primeira vez que narro. Na verdade, nem deveria, a narração desta história é exclusiva da autora e do Neji, mas eu tive que arrumar um jeito de extravasar meus pensamentos. Vocês acreditam no que o Neji fez? Ele é maluco ou eu que estou fora do normal? De qualquer forma, me perdoem, não vou mais me intrometer na narração.

—Então, o que está chateando você? Não é a história de eu ter trocado os exames não é mesmo? Isso já é passado.

—Na verdade, é sim, Neji. Isso é loucura e ainda quer me puxar para essa mentirada toda!

—Você é a minha namorada e disse com todas as letras que se algo estivesse me incomodando, poderia falar com você!

—Não pensei que você fosse capaz de uma idiotice desse tamanho! Trocar um exame de DNA? -disse Tenten aos berros.

—Está mesmo gritando isso para a vizinhança toda ouvir? Não quer logo um microfone?

—Desculpe, eu não...

—Neji, você fez o quê? -disse Hinata abrindo a porta do quarto do garoto pasma.

—Nada -respondeu Neji nervoso.

—Eu ouvi muito bem o que a Tenten disse! Você trocou os exames de DNA -exclamou a garota exaltada.

—Fala baixo -disse Neji puxando Hinata para dentro do quarto e trancando a porta.

—Como foi capaz de uma coisa dessas? Tem que contar para o meu pai, quer dizer nosso pai.

—Ah não, nem comece. Pode ficar com seu papaizinho só para você, eu não o quero, já tenho o meu.

—Neji, será possível que você não entende a gravidade da situação?

—Não mesmo. A vida é simples, as pessoas que a complicam. Eu alterei o resultado do exame, seu pai nunca vai saber e serei feliz para o resto da vida, pronto!

—Não é tão simples assim -exclamou Hinata.- E eu? Vou ter que olhar todos os dias para o papai sabendo a verdade e não posso dizer nada?

—Exatamente, boa garota, entendeu direitinho!

—Neji, se você não contar, eu farei -disse Hinata decidida.

—Você não faria isso.

—Claro que faria!

—Experimente, porque no momento que fizer isso você e sua família nunca mais vão ouvir falar do meu nome, ouviu bem? Eu fujo daqui e nunca mais dou notícias -exclamou o garoto saindo do quarto furioso.

—Por que eu tinha que ter vindo ouvir a conversa alheia? -disse Hinata.- Agora, olha o tamanho do problema!

—Veio ouvir a nossa conversa? -perguntou Tenten.

—Não... sim. Eu notei você meio estranha quando subiu e achei que tivesse um segredo ou coisa parecida, então vim ver o que era.

—Ah sim, aquela era a minha cara de pavor. Neji me contou o que fez na maior calma do mundo e depois me levou para tomar um sorvete. Vamos atrás dele, talvez possamos convencê-lo a contar.

—Podemos tentar -disse Hinata acompanhando Tenten para fora do quarto.

Na sala, Hiashi estava com seu pai recolhendo as peças do jogo, enquanto Neji assistia à televisão deitado no sofá.

—Da próxima vez aposte mais dinheiro comigo, adorei tirá-lo de você -disse Neji ao avô.

—Cala a boca, garoto, você não é nada!

—Então, você é menos que nada já que eu te venci.

—Já chega vocês dois! -reclamou Hiashi.

—Neji, precisamos falar com você -disse Hinata.

—Sobre o quê?

—Você sabe.

—Aquele mesmo assunto? Tô fora -disse se levantando do sofá e saindo de casa.

—Eu falo com ele -disse Tenten acompanhando o namorado.

—Qual o problema? -perguntou Hiashi à filha.

—Nada não.

—Descobriu o segredo?

—Segredo, que segredo? -disse Hinata vermelha de nervosa.

—Quando o Neji subiu para o quarto você disse que ele e a namorada estavam estranhos e disse que ia até lá ver se descobria algum segredo deles.

—Eu disse isso?

—É, disse.

—Bom... é...

—Então, qual é o segredo?

—Hum... eu não sei, era um segredo -falou Hinata nervosa, subindo para seu quarto.

Na rua, Neji andava aparentemente sem rumo, enquanto era seguido por Tenten.

—Neji, espera! -disse a garota já sem fôlego.

—O que é? -falou Neji sentando em um balanço de um parque.

—Bom, em primeiro lugar, esse lugar é bem legal -falou olhando para os brinquedos.- Em segundo, precisamos conversar seriamente.

—Meu pai me trazia aqui.

—O quê?

—Meu pai, ele me trazia aqui todos os dias depois da escola quando eu era pequenos -disse se balançando devagarinho.

—É um lugar legal -falou Tenten sentando em um balanço do lado do de Neji.- Eu só quero que fale a verdade, vai te livrar de um peso nas costas. 

—É a minha decisão e como minha namorada e amiga, devia me apoiar. Sabe o que aquele monstro fez? Sabe o porquê de eu o odiar tanto?

—Não.

—Ele matou meu pai de propósito!

—Neji, acho que está exagerando, se ele tivesse mesmo feito isso, estaria na cadeia.

—Onde nesse país rico vai parar na cadeia?

—Me conte o que houve.

—Há dez anos, eu lembro do meu pai chegando em casa furioso. Ele quebrou um vaso, tamanha a sua raiva. Depois que ele me viu, pediu desculpas por seu descontrole. Um dia depois, me vem a notícia da morte dele. Por muitos anos, eu nunca entendi o verdadeiro motivo que causou a morte dele e sempre que eu perguntava para o meu tio, ele desconversava. O motivo foi que meu pai e o Hiashi se desentenderam por alguma razão. Papai foi tomar satisfação com meu tio na empresa e lá eles tiveram um briga feia.

—Neji, mas a Hinata me disse que seu pai morreu em um incêndio!

—Causado pelo Hiashi! Eles começaram a brigar fisicamente no escritório do meu tio e no meio da confusão, quebraram uma lâmpada que ao entrar em contato com a cortina, colocou fogo em tudo. Então o Hiashi empurrou meu pai com muita força e ele bateu com a cabeça e desmaiou. O Hiashi, claro, saiu antes que fosse queimado, mas deixou meu pai lá dentro desmaiado da pancada na cabeça para morrer no fogo.

—Meu Deus! Eu não sabia disso, mas você tem certeza que foi assim mesmo?

—Tenho. Quando eu tinha sete anos, aconteceu uma festa na empresa do meu tio e fui forçado a ir. Eu não estava muito no clima, então fui passear pelos corredores, então uma mulher me abordou. Ela tinha conhecido meu pai e me reconheceu na hora. Enquanto conversávamos, sem querer, ela me disse "os culpados sempre vencem, enquanto os inocentes sofrerem, ou no caso, morrem".

—Ela disse isso com essas palavras?

—Sim. Quando se deu conta, disse que não deveria ter falado aquilo na minha frente e quis ir embora, mas insisti dizendo que tinha o direito de saber a verdade. 

—E ela falou?

—Falou. Ela me disse que na época, era secretária do meu tio e que estava no dia da morte do meu pai. Contou que no dia em que morreu, meu pai entrou na sala do Hiashi furioso, ela até que tentou impedi-lo, mas não conseguiu. Meu tio disse para ela sair da sala dele que era assunto de família. Ela me disse que ouviu gritos e depois barulho na mesa. Quando se deu conta, Hiashi tinha saído correndo do escritório, que estava pegando fogo, e meu pai ficou lá dentro. E ainda me disse que perguntou ao paramédico se o motivo da morte foi o fogo e ele disse que em parte sim.

—Como assim em parte?

—Meu pai teve traumatismo craniano agravado com inalação da fumaça.

—Poxa, eu não imaginava isso tudo. Por que nunca confrontou seu tio, então?

—Eu não sei, acho tento encontrar coragem. Não consigo pensar no meu pai sem ficar triste. Me dá ódio saber que a vida dele foi interrompida tão cedo por uma atitude covarde do próprio irmão. Acho que se começasse a dizer isso ao Hiashi, iria terminar batendo naquele idiota.

—Eu sinto muito. Nem imagino o que deve sentir todos os dias ao ter que conviver com seu tio, mas ainda assim acho que tem que dizer a verdade sobre o exame.

—O quê? Não ouviu o que acabei de dizer?

—Ouvi e é outro motivo para você contar tudo de uma vez. Fale o porquê que o levou a trocar os resultados, a sua raiva. Assim, você pode conhecer a versão dele da história.

—Ele é um covarde mentiroso!

—Bom, pelo menos ninguém vai dizer que não tentou.

—Eu não sei. E se ele ficar com raiva e me castigar? E se ele quiser tirar o nome do meu pai da minha certidão ou da minha identidade? Por lei ele tem o direito de fazer isso e eu não poderei fazer nada para impedir.

—Entendo. Mas, ao dizer a verdade, seus sentimentos pelo seu pai não vão mudar.

—Mas quando o Hiashi descobrir, vai querer me matar! 

—Se você conversar direito com ele, aposto que não, mas tudo você leva para o lado da discussão. E mesmo que ele faça isso, nos seus sentimentos ele nunca vai poder mandar. Se você quer o Hizashi como o seu pai, um pedaço de papel não vai mudar isso nunca!

—Tá bom, posso contar amanhã?

—Não, hoje, Neji.

—Tá. Não sei porque essa pressa, você é de sete meses por acaso? -disse Neji levantando do balanço e caminhando de volta para casa.

Ao chegar em casa, Neji encontrou Hiashi e Hanabi na sala, assistindo televisão.

—Demoraram, para onde foram? -perguntou Hanabi.

—Não é da sua conta, pirralha, agora saia que eu quero falar com o seu pai.

—Pelo visto é sério, você nunca quer falar comigo -disse Hiashi desligando a televisão.

Neji ficou um pouco nervoso, mas começou a falar. Quando fez isso, a campainha tocou.

—Deve ser o destino avisando que isso é um erro -disse Neji à Tenten.

—Nem tente enrolar, vai falar agora.

—Tá.

—Hanabi, vá atender a porta -ordenou Hiashi à filha, que prontamente atendeu ao pedido.- Então, Neji, o que foi?

—Eu sei o que aconteceu há dez anos, no dia em que meu pai morreu -declarou para a surpresa do homem.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e deixem seus comentários, ok? Abraços!!!



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