Taiti Love escrita por Ellen Freitas


Capítulo 4
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores!!
Cheguei com o epílogo mais aguardado por toda a nação planetária!!! #BemMenosNéEllen

E ele vai em especial pra Panda que presenteou a fic com uma linda recomendação. Vocês não tem ideia da minha surpresa e felicidade quando a notificação chegou, muito obrigada mesmo, querida!!! E o capítulo também é dedicado a todos aqueles que embarcaram comigo nessa jornada de férias tão especial. Foi curtinha, mas muito importante para mim, uma nova experiência.

Mas chega de falar aqui, vejo vocês nas notas finais!! Bjs*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/670233/chapter/4

Johanna batia seu anel com uma enorme pedra azul no metal da barra do elevador enquanto eu lhe contava o resto da história. Aliás, segurar tudo até a hora do almoço tinha sido um trabalho a mais, já que não importava se a empresa poderia ruir nos meses seguintes por causas e brigas entre eu e o futuro vice-presidente, minha amiga só queria saber do loiro que eu tinha “pegado” do Taiti.

― De tudo isso, tem uma coisa que eu não concordo com você, Katniss.

― Que seria... ― A incentivei a continuar.

― Você devia ter transado com ele na cachoeira. ― Rolei olhos.

― Não vou mais explicar isso pra você, Jo.

― Também não admito que você não tem uma foto ou vídeo com esse misterioso surfista! Qual é, Kat, preciso de fotos pra criar a imagem mental.

― Não vejo porque é necessário você criar imagens mentais minhas e de outra pessoa. Foram dias bons, Jo, você e Mad tinham razão, eu precisava disso. Mas passou, foi um amor de verão como muitos outros, ficou nas areias do Taiti.

― Sou sua melhor amiga... ― ela começou.

― Sei...

― Então confessa uma coisa pra mim e eu não conto pra ninguém, juro de mindinho. Você se arrependeu, não foi?

― De ter ficado com ele? Não ― respondi sem hesitar.

― De não ter pego algum contato, pelo menos o sobrenome. Você se apaixonou, achou que quando voltasse para casa passaria, mas desde que colocou os saltos aqui só pensa no cara e queria ter tido a coragem de entrar com tudo nessa. ― Essa é a desvantagem de ter essas amigas há muito tempo. Ela conseguia ler meus pensamentos e interpretá-los melhor do que eu mesma. Torci meu rosto numa careta ao mesmo tempo que o elevador apitou anunciando a chegada em nosso andar. ― Tudo bem, não precisa falar, sua cara já me mostrou tudo.

 ― Desde que cheguei ontem, já liguei para o hotel, aeroporto e até para umas companhias de taxi e turismo do Taiti. Mas o cara evaporou.

Como minha amiga bem disse, eu estava arrependida de não ter lutado mais por isso quando tive oportunidade. E quando todas minhas tentativas de encontrá-lo falharam, comecei a desejar com todas as forças que ele ainda não tivesse desistido de mim, apesar de ter quase certeza que uma criatura como Peeta não se apegaria a ninguém.

― Tem certeza que você não tomou muitos daqueles seus remedinhos para dormir e alucinou sobre essa pessoa perfeita?

― Eu não sou louca, Johanna!

― É bom não ser mesmo, chefinha. ― Madge tinha uma expressão e um sorriso estranho no rosto. Ela levantou-se assim que entramos em sua sala, que ficava logo antes da minha. ― Aconteceu uma coisa.

― O que o Snow aprontou dessa vez? ― perguntei tensa sendo seguida pelas duas para a sala da presidência.

― Kat, desiste disso e pronto. Podemos fazer essas negociações em outra época, a empresa vai bem sem isso.

― Dei minha palavra, Jo. ― Me joguei em minha cadeira.

― Na verdade, Snow está fora.

― O quê? ― Eu e Jo questionamos em uníssono com a notícia, que quase me fez cuspir o café que minha secretária tinha acabado de colocar em minha mesa.

― Bom, houve uma reviravolta. Um novo competidor entrou na disputa e como sempre, o bastardo não perde nada na vida. ― Franzi o cenho pelo modo como ela falou.

― Não quero ser a puritana da sala, mas isso lá é jeito de falar do seu provável novo chefe, Madge Undersse? ― Jo pareceu estranhar a fala de Mad tanto quanto eu. A loirinha deu um sorriso de lado, claramente se divertindo com algo que não sabíamos.

― Por que eu tenho a nítida impressão que tem algo que você não está nos contando?

― Senhorita Everdeen, senhorita Mason, vocês podem por favor me acompanhar até a sala de reuniões, por favor?

― Ele tá aqui? ― Quando ela confirmou com a cabeça, saltamos de nossas cadeiras, corroídas de curiosidade, e rumamos atrás de Madge.

A sala de reuniões era enorme, uma mesa gigantesca, cadeiras iguais revestidas de azul marinho e uma estante com livros, eram a única mobília do local.

― Por que vocês pararam? ― Reclamei quando as duas interromperam minha passagem ficando paradas na porta.

Quando passei entre as duas, vi o homem que estava próximo à janela, limpando a lente dos óculos de grau na barra do seu alinhadíssimo terno. Seus cabelos estavam bem arrumados com gel, e quando nossos olhares se encontraram, seu sorriso de ampliou. Mal se passou um dia e eu já sentia tanta falta do maldito sorriso.

― Só pode ser brincadeira. ― Corri em sua direção, jogando meus braços em torno de seu pescoço e o beijando com vontade. Ao contrário do que eu achei que ele fosse fazer, Peeta me encontrou e eu não poderia estar mais feliz.

― Você recebe assim todos na sua empresa, senhorita Everdeen? ― O loiro cochichou com os lábios ainda bem próximos aos meus, fazendo cócegas em meu rosto com o leve toque.

Abri meus olhos lentamente ainda demorando a acreditar que era ele mesmo que estava na minha frente. Para falar a verdade, fora o seu cheiro de maresia e seus toques já tão comuns para mim, não parecia ele mesmo. Não com o terno, não com a postura, não com os óculos.

― Você parece tão...

― Mais lindo? ― Peeta arriscou com um sorriso de falsa arrogância no rosto.

― Bem menos, hein, Peeta? ― Foi Madge que se manifestou, foi então que lembrei que elas deviam estar tão confusas quanto eu com aquilo tudo.

― Não seja estraga prazeres, priminha. Ei, Jo. ― Johanna acenou de volta como se já o conhecesse, e me virei para elas deitando um pouco minha cabeça para o lado entendendo menos ainda o que diabos estava acontecendo ali.

― Preciso de explicações. ― Exigi.

― Ela não é adorável quando “exige explicações”. ― Peeta, o indiscreto, pousou uma mão em minha cintura e se inclinou beijando meu rosto. Mas quem sou eu para julgar indiscrições depois do beijaço de agora a pouco?

― Kat, eu ia te apresentar a pessoa que ganhou a disputa para a compra dos 40% da empresa, e que será seu sócio assim que você assinar esses papeis.

― E eu ia te apresentar o primo da Madinha que ia tirar teu atraso, mas pelo jeito você se adiantou, Katniss, e em grande estilo!

― Ok, tempo. ― Massageei as têmporas com os dedos. ― Vocês duas podem nos dar licença dois minutos?

― Talvez mais de dois minutos. ― Dei um cotovelada nas costelas de Peeta para ele aprender a parar de fazer piadinhas fora de hora. As duas trocaram um olhar malicioso antes de se retirarem. Me virei para ele ainda com os braços cruzados.

― Você me disse que era pobre!

― Não, eu não disse.

― Você me disse que trabalhava na banquinha de aluguel de pranchas.

― Também não disse isso, Noni, você apenas supôs e eu não desmenti. Na verdade, nem entendi bem como você começou a achar isso. ― Eu deveria estar com raiva dele, mas apenas a utilização do bendito apelido me fez rir involuntariamente.

― Eu senti tanto a sua falta. ― O abracei fechando meus olhos e apenas sentindo o carinho de seus braços ao meu redor.

― E o que falar de mim, que depois que saí do seu quarto naquela manhã e fui surfar um pouco, entendi que não tinha sido só um amor de verão. Quando voltei no hotel e você já tinha ido, eu fiquei louco, Kat. Eu tinha que te encontrar de novo! ― Sorri encarando seus lábios. Fiquei exultante em saber que a procura desesperada tinha sido mútua, mas no momento, eu só queria beijá-lo um pouco mais. ― Agora você imagina minha surpresa ao descobrir que a minha Noni era Katniss Everdeen, uma mega empresária com quem eu já tinha uma reunião marcada e com quem minha prima vivia tentando armar um encontro.

― Espera... Tínhamos algo marcado? ― perguntei desconfiada e ele assentiu. ― Como é seu sobrenome? ― Peeta deu um passo para trás fazendo uma reverência.

― Peeta Mellark, seu futuro sócio e marido, ao seu dispor.

― Mellark? Você é O Mellark?

― Se eu soubesse que meu sobrenome te impressionaria mais que meu corpo, teria partido logo desse ponto. ― Minha boca ainda estava aberta e ele apenas ria.

― Você é incrível, estava tentando agendar essa reunião faz tempo, mas sua agenda é pior que a minha! Você é um prodígio, tudo que toca vira ouro, eu não acredito... Você não pode... ― gaguejei. ― Você não pode ser o mesmo irresponsável tatuado do Taiti!

― Eu te falei, ma chère, tudo que vou fazer, dou meu máximo. Não sou bom em perder. ― Ele tentou me abraçar, mas eu ainda nadava de um lado para o outro da sala.

― Caralho, eu não acredito que Madge é sua prima e não conseguiu trazer você pra cá antes. Puta que pariu, você comprou as ações!

― Kat... Kat... ― Quando Peeta segurou minhas mãos e me trouxe para perto dele novamente, rindo com delicadeza, foi que percebi que tinha ligado sem querer o que Johanna chamava de modo-Kat-empresária-neurótica-descontrolada. Suspirei me acalmando. ― Então isso é um sim para sermos sócios? ― O loiro colocou uma mecha do meu cabelo semipreso para trás da orelha.

― Isso é um sim para sermos parceiros. Bem-vindo de volta à minha vida, Peeta.

Soltei um gritinho de satisfação quando ele me ergueu pela cintura e me beijou. Eu tinha encontrado o homem perfeito para mim e mesmo sabendo que ele tinha defeitos escondidos em algum lugar, estava disposta a conhecer cada um deles, assim como ele me aceitava e me ajudava a relaxar. Eu sentia que juntos nos tornaríamos grandes, e melhor do que isso, juntos nos faríamos melhores.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Muita gente previu isso, e até cogitei a possibilidade de mudar para um final, mas quer saber? Também liguei meu botão foda-se. Teve clichê sim e se reclamar tem clichê na fic das próximas férias!!!
"Espera aí, em julho tem mais, Ellen?"
Sim, se der tudo certo, em julho tem mais uma short! E se der errado, fazemos dar certo, não é mesmo?

Espero que tenham se apaixonado junto comigo por esse Peeta e essa Kat que deram uma passadinha rápida mas já vão deixar saudades...

Até os reviews, gente!!! Bjs*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Taiti Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.