In Love With My Best Friend escrita por Sany


Capítulo 6
Never Gonna Be Alone :


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, aproveitando o feriado (em São Paulo) trouxe mais um capitulo para vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/669383/chapter/6

♪♫♪♫♪♫♪♫

O tempo está passando
Muito mais rápido do que eu
Estou começando a me arrepender
De não ter dito tudo isso para você ...

(Never Gonna Be Alone —  Nickelback )

♪♫♪♫♪♫♪♫

            Sai da aula de direito civil II totalmente concentrada nas anotações que havia feito na aula, aquele semestre sem duvida não seria fácil e eu precisava me esforçar para não ser reprovada em nenhuma matéria. Estava totalmente concentrada e não vi quando pararam na minha frente o que me fez colidir com o corpo de alguém.

            - Devia olhar para o corredor enquanto anda linda – sorri e aceitei o beijo que ele depositou em meus lábios.

            - Estava verificando se não esqueci de anotar nada, as provas estão cada vez mas próximas, você sabe como é.

            - Sei, e sei que vai ficando cada vez pior.

— Obrigada pelo aviso – disse com ironia embora soubesse que Thresh não estava mentindo e que conforme os semestres fossem passando as coisas ficariam mais difíceis – Esse é o preço que tenho que pagar por namorar um aluno que esta alguns semestres na minha frente.

— Pense nas vantagens linda, posso te alertar por exemplo que o professor Claudius  sempre passa um trabalho para ajudar na nota em direito civil II então não se preocupe tanto, mas no próximo semestre você deve torcer para não pegar a professora Coin de direito penal III, ela realmente dificulta e muito nossas vidas se você der azar de cair na sala dela, torce para quando ela fizer o mapeamento da sala você ficar no fundo longe da área de bombardeio.

Alma Coin era sem duvida uma das professoras mais temidas pelos alunos do curso de direito, obviamente praticamente todos os alunos temiam cair na turma dela porém todos os que passavam na matéria garantiam que embora ela não fosse fácil a aula dela era extremamente proveitosa e que aprendiam muito com ela alguns até torciam para tê-la como professora no semestre seguinte, claro que muitos também eram reprovados e não tinham muito o que fazer afinal era de conhecimento geral que Alma Coin não dava trabalhos extras, muito menos aceitava qualquer lamentação sobre pontos em sua turma.

— Ela é realmente tudo que dizem? – perguntei enquanto andávamos pelo corredor em direção a saída do prédio.

— É pior, obviamente é uma advogada excelente, mas ela é realmente exigente como professora – eu realmente não havia decidido se torcia para cair na turma dela ou não – Mudando de assunto o que vai fazer no feriado?

— Como tenho que estudar não vou poder ir até o 12, então vou ficar por aqui e passar a pascoa na casa do meu pai, ele acabou de se divorciar de novo então seremos só ele, Peeta e eu.

— Peeta? Aquele seu amigo? - ele perguntou embora eu saiba que ele sabe muito bem quem é Peeta.

— É, meu pai ficou de cozinhar então Peeta provavelmente vai salvar o almoço ajudando ele a fazer alguma coisa como sempre, já que todo mundo sabe que meu pai é um péssimo cozinheiro– sorri ao lembrar do ultimo jantar que meu pai resolveu fazer e no final acabou que Peeta cozinhou mais do que ele.

— Por que seu amigo vai passar a pascoa na casa do seu pai? – ele parou assim que chegamos ao lado de fora do prédio

— Como eu disse, as provas estão próximas não dá para ir até o 12, então vamos ficar por aqui, e meu pai mora aqui no Distrito então vamos para casa dele.

— Mas é a casa do seu pai, que alias eu ainda não conheço, embora parece que seu amigo vai muito lá e conhece muito bem seu pai , já que ajudou mais de uma vez ele a cozinhar, só não vejo motivos para ele passar a pascoa com sua família.

— É claro que o Peeta conhece meu pai Thresh, somos amigos desde crianças, você sabe disso, ele é minha família também e obviamente isso é um ótimo motivo para passar a pascoa na casa do meu pai.

— E eu? Não mereço um convite para passar a pascoa com minha namorada? Será que existe um bom motivo para você não ter me apresentado seu pai ainda?

— Thresh ... – eu já tinha comentado com meu pai sobre ele, mas não havia pensado na ideia de apresentar os dois, tão pouco meu pai mostrou interesse em conhecer meu namorado.

— Eu apresentei você a minha família, quando eles estiveram aqui e mesmo seu pai morando aqui perto você nunca sugeriu que queria me apresentar a ele enquanto aquele cara vive colado em você e esta em todas as ocasiões familiares que eu deveria estar não ele.

— Aquele cara é meu melhor amigo, é parte da minha família e sempre vai estar nas reuniões familiares, e se você pretende ir adiante com nosso relacionamento precisa entender isso.

— Entender o que? Que tenho que dividir você com ele? Ou que a possibilidade de você escolhe-lo ao invés de mim e bem maior que o contrario?

— Thresh você esta sendo infantil

— Eu gosto de você Katniss de verdade e realmente quero que nosso namoro de certo, mas é difícil fazer dar certo quando a maior parte do seu tempo livre você quer passar com seu amigo – ele saiu andando sem olhar par trás.

§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§

       

Quatro semanas sem Peeta por perto e eu já estava enlouquecendo, o verão era extremamente cansativo no Distrito 4, turistas por toda parte faziam com que uma simples saída para o almoço leva-se o dobro do tempo. As ruas estavam mais cheias e as praias também. Sempre foi assim por aqui, mas eu nunca havia me importado com isso já que o verão também significava as férias do meu melhor amigo. O fato dele não estar lecionando nessa época significava mais tempo para passarmos juntos e normalmente nessa época eu acabava diminuindo o ritmo no escritório.

            Costumávamos almoçar juntos e observar os turistas algumas vezes tentando acertar de que Distrito eles vinham, ele me convencia a sair quase todo final de semana para algum lugar e juntos iriamos decidir uns dias para visitarmos o Distrito 12. Sem ele por perto durante a semana eu mantinha minha rotina no escritório e para me livrar dos turistas estava almoçando lá mesmo, mas os finais de semana estavam definitivamente complicados.

            - Annie larga esse celular – observei Johanna tentar pegar o aparelho das mãos dela – O Kevin esta bem, Finnick sabe como cuidar do filho, deixa o homem em paz.

            - Só estou verificando se esta tudo bem – Annie se explicou com simpatia – Quando você tiver filhos vai entender – Johanna riu, e me segurei para não fazer o mesmo afinal imagina-la como mãe era algo realmente difícil.

            - Não se iluda Annie, esse dia não vai chegar nunca.

            - Não fala assim, um dia você vai achar alguém para construir uma família – Annie sempre foi o tipo de pessoa que acredita fielmente no amor era uma romântica incorrigível.

            - Não viaja – Johanna por outro lado não estava em busca do felizes para sempre, pelo contrario era totalmente adepta de relações sem compromisso e noitadas de festas.

            - Você precisa parar com isso, de que vai ficar sozinha pelo resto da vida - observei as duas naquele dialogo por mais um tempo, estávamos em uma danceteria de um amigo da Johanna sentadas na área VIP, muitas pessoas dançavam na pista e pude ver um rapaz loiro e bonito na mesa em frente sorrir em nossa direção, desviei o olhar e me concentrei nas minhas duas amigas.

Conheci Annie quando ela ainda assinava com o sobrenome Cresta, algumas semanas depois de começar o curso de direito, ela estudava pedagogia e já namorava Finnick Odair que estava na mesma turma que o Peeta, os dois haviam se dado muito bem e acabamos saindo os quatro uma noite. Ironicamente eles pensaram que Peeta e eu éramos um casal também o que foi ligeiramente engraçado na época já que eu tinha um namorado. Annie e Finn sempre foram ótimas pessoas e a amizade só cresceu, mesmo quando Finnick trocou de curso e foi para contabilidade continuamos próximos, fui uma das damas de honra do casamento deles ainda na época da faculdade e confesso que fiquei muito feliz com o convite afinal acredito que poucas pessoas consigam viver um romance tão puro e verdadeiro como o dos dois. E a pouco mais de um ano recebia a honra de ser madrinha do primeiro filho dos dois.

Johanna Mason porem foi um caso a parte havíamos nos conhecido a alguns anos quando comecei a estagiar em um escritório de advocacia, ela estava no fim do estagio e me ajudou muito enquanto esteve no escritório e acabamos mantendo contato depois que ela acabou e não demorou muito para que começa-se a sair com a gente. Johanna parecia uma pessoa assustadora a primeira vista, direta e sem medir muito suas palavras dentro de um tribunal era alguém que intimidava muitos. Nunca gostou muito de falar sobre seu passado e sempre foi muito dedicada a carreira surpreendeu muita gente ao se especializar em direito da família, e confesso que eu odiava quando tinha que ir contra ela em um caso.   

Senti meu celular vibrar e automaticamente olhei o que era, confesso que esperava que fosse Peeta, mas não era o que com certeza me decepcionou, o contato com ele estava diminuindo embora trocássemos e-mail com frequência ligações estavam ficando cada menos frequente já que ele estava estudando muito. 

— Você também Katniss, assim não dá a Annie fica colada nesse celular querendo saber o que esta acontecendo em casa e você fica na expectativa do Peeta ligar.

— Não exagera, só olhei a mensagem que chegou – justifiquei guardando o celular na bolsa.

— Sei, você devia assumir de uma vez por todas que ama o Peeta e casar logo com ele – Annie riu e pediu mais uma rodada de bebidas

— Peeta é meu amigo, você sabe disso – poucas pessoas entendiam nossa relação e confesso que não gostava muito quando confundiam as coisas.

— Finnick também é amigo da Annie – ela disse com simplicidade e Annie concordou – Confessa que ele é um gato.

— É diferente, não vejo ele assim, somos só amigos.

— Não estou duvidando da amizade de vocês, ele é meu amigo também no entanto eu sairia com ele tranquilamente, alias seria interessante – olhei pra ela em choque.

— Johanna – ela riu.

— Estou falando serio, Peeta é um homem lindo, inteligente, educado, bem sucedido. É uma pena querermos coisas diferentes – eu realmente não estava gostando do rumo daquela conversa, afinal Johanna nunca comentou nada sobre meu melhor amigo.

— Como assim querem coisas diferentes – Annie perguntou.

— Esta claro que ele é o tipo de homem para casar formar família e isso não é pra mim, e eu odiaria magoa-lo no processo, mas aqui entre a gente não tem como não imaginar como seria uma noite com Peeta Mellark não é mesmo. Por trás daquele jeitinho tímido deve se esconder um ótimo amante – eu deveria estar acostumada ao jeito direto dela, na verdade eu estava acostumada afinal não era a primeira vez que falávamos sobre homens e confesso que já ouvi Johanna falar muitas coisas sobre o sexo oposto, porém ouvi-la falar sobre meu melhor amigo me incomodou. 

— Você esta falando do meu melhor amigo sabia?

— Sabia, e você precisa admitir que seu melhor amigo é um homem e tanto, vamos lá conta a verdade vocês nunca tiveram nada? Nem uns beijos, uma noite ou outra?

— Não – respondi rapidamente, mesmo sabendo que do jeito que Johanna era não acreditaria, interiormente eu sabia que muitos não acreditavam.

— Difícil acreditar, vocês vivem colados um no outro mesmo quando estão saindo com outras pessoas – ela bebeu um gole do drinque dela – Você nunca sentiu nenhuma vontade de ter algo mais com ele? Uma noite que seja, sabe por carência ou curiosidade.

— Nos conhecemos desde os cinco anos Johanna, crescemos juntos eu vi quase todas as fases do Peeta e ele viu as minhas isso inclui minha fase de trancinhas e a dele de aparelho. Não tem como ver ele desse modo.

— A relação de vocês é mais duradoura do que muitos casamentos, você sabe não é afinal assim como eu você cuida de divórcios quase todos os dias.

— Somos amigos, só isso – Annie ia fala alguma coisa, mas nesse momento o homem sentado na mesa em frente se aproximou da nossa mesa e me convidou para dançar. Eu não estava com muita vontade e se o assunto fosse outro provavelmente teria dito não, mas acabei aceitando e o acompanhando até a multidão na pista de dança.

— O pior cego é mesmo aquele que não quer ver – pude ouvir Johanna falar com Annie que riu do comentário, fingi não ouvir e segui para pista.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Espero que tenham gostado. Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "In Love With My Best Friend" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.