In Love With My Best Friend escrita por Sany


Capítulo 12
Everything :


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde ... Desculpem a demora em postar mas minha outra fic fez um ano e estava fazendo uma "maratona" lá e só tive tempo para escrever esse capitulo ontem. Espero que gostem.



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... Você acalma as tempestades
E você me dá repouso
Você me segura em suas mãos
Você não vai me deixar cair
Você roubou meu coração
E me deixou sem fôlego ...

(Everything - Lifehouse) 

♪♫♪♫♪♫♪♫

            - Por que você esta indo embora? – meu pai olhou de relance para minha mãe que estava ao meu lado antes de se abaixar e ficar quase da minha altura.

            - Já conversamos sobre isso lembra? Eu preciso ir para casa agora.

            - Você podia ficar a mamãe disse que essa é nossa casa agora e que não vamos voltar a morar na casa antiga, mas você podia ficar aqui e morar com a gente – disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

            - Filha essa é a casa da sua mãe, eu moro na outra casa lembra – ele disse com calma olhando em meu olhos eu não gostava do tom de voz que ele estava usando era tão ruim quanto quando ele brigava comigo embora fosse totalmente diferente, era calmo demais.

            - Mas ela é longe e não da para ir lá quando eu quiser. Fica aqui papai – pedi.

            - Eu sei, olha esses últimos meses não foram fáceis eu sinto sua falta também, mas é lá que eu moro não posso ficar aqui – desviei o olhar dele e segurei a vontade de chorar – No verão eu venho te buscar e você vai passar alguns dias comigo lá em casa, e vamos  nos divertir muito vamos a praia e naquela lanchonete que você adora e vou tirar folga do trabalho para ficar com você eu prometo.

            - Ainda falta muito tempo, olha ainda esta nevando – mamãe havia me explicado que depois que toda a neve derretesse viriam a flores e só depois viria o verão.

            - Vai passar rapidinho e quando você menos esperar vamos estar juntos de novo – ele tentou me abraçar, mas me afastei ele suspirou e pelo olhar dele eu soube que ele estava tão chateado quanto eu então abaixei a cabeça mantendo meu olhar na neve acumulada no chão – Katniss docinho não faz assim.

            - Filha o seu pai precisa ir – minha mãe se abaixou também, mas não olhei para ela também - Haymitch é melhor você ir ou vai perder o voo.

            - Eu amo você – não respondi então ele beijou o topo da minha cabeça e foi em direção ao taxi parado na calçada de casa.

            Levantei a cabeça e observei atentamente o carro virar a esquina antes de correr em direção ao quintal dos fundos da casa vizinha, passei pelo pequeno portão de madeira do corredor que sempre ficava aberto durante o dia sem me importar com os chamados insistentes da minha mãe, e como imaginei ele estava lá, brincando em meio a fina camada de neve e sem dizer uma única palavra me sentei no degrau da porta do cozinha e deixei as lagrimas que tanto segurava cair.

            - Ei esta chorando por quê? – Peeta se aproximou e sentou ao meu lado.

            - Eu fui uma boa menina esse ano não fui? – perguntei pensando no que tinha feito de errado naquele ano.

            - Acho que sim, o que aconteceu Katniss?

            - Então por que ele não deu meu presente esse ano?

            - Ele quem?   

            - O Papai Noel, eu escrevi para ele. Pedi para meus pais ficaram juntos de novo, mas meu pai acaba de ir embora Peeta, ele foi embora de novo.

            - Mas você ganhou uma boneca achei que era o que você queria.

            - Eu não pedi a boneca, pedi que voltássemos a ser como antes, com meu pai morando comigo e com a mamãe.

            - Papai Noel não pode fazer seus pais voltarem a ficar juntos Katniss – antes que eu fala-se algo ele continuou – Ano passado eu ia escrever pedindo meu pai e minha mãe de volta, mas meu vovô disse que ele não podia me dar esse presente, ele disse que o Papai Noel só faz brinquedos então só pode presentear com brinquedos. Não é porque você não foi uma boa menina é porque ele não pode.  

            - Onde eles estão? – nos últimos três meses havíamos brincado juntos quase todos os dias, mas nunca falamos sobre ele morar com os avos, ele nunca falava dos pais e eu nunca perguntei onde eles estavam.

            - No céu – ele disse com simplicidade - A vovó diz que eles cuidam de mim lá de cima e que sempre vão estar comigo mesmo eu não vendo – eu não sabia o que dizer eu não conhecia ninguém que tinha ido para o céu, era triste saber que não dava para voltar de lá - Acho que é como no filme do Rei Leão e eles viraram estrelas como o pai do Simba – concordei com a cabeça me lembrando do filme em questão - Não fica triste seu pai vai voltar pra te ver e você sempre liga par ele – concordei com a cabeça - Vem vou te mostrar o caminhão que ganhei de natal da para tirar neve com ele .

Aquela foi a primeira vez não apenas que ele esteve ao meu lado, mas também a primeira vez que me fez ver as coisas de outra maneira, Peeta era único de tantas maneira que seria impossível explicar.

 

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            Dezembro não demorou a chegar e com ele todo o clima festivo das festas de fim de ano, no centro do Distrito era possível ver a enorme arvore de natal totalmente iluminada, as lojas foram decorando suas fachadas e os prédios se iluminaram com suas luzes de natal. Um clima realmente adorável que eu particularmente amava, era época de reunir a família e de união, particularmente desde sempre o natal é minha época favorita não só minha, mas dos meus pais também. A maioria das crianças gosta dessa data por conta dos presentes e não vou dizer que na infância não gostava dos presentes como toda criança eu tive toda aquela crença no Papai Noel, escrevi cartas e amava as manhãs de natal só para abrir os presentes em baixo da arvore, mas não era só isso na infância o natal significava também ter meus pais juntos por uma noite novamente.

            O natal era a única data onde os dois deixavam todos os problemas de lado e comemoravam juntos, para uma criança com pais divorciados era a melhor época do ano, meu pai sempre pegava uns dias de folga para ir até o 12, então comemorávamos juntos a data. No primeiro natal após o divorcio eu não entendi bem como funcionaria as coisas, naquela época pós divorcio eu desejava tanto que tudo fosse como antes que quando meu pai apareceu e passou três dias eu achei que tudo voltaria ao que considerava normal. Quando ele foi embora eu me senti realmente mau como qualquer criança de cinco anos se sente ao não conseguir algo que deseja muito e foi Peeta esteve do meu lado como sempre.

            No natal seguinte nossas famílias começaram a se unir nessa data deixando o natal mais alegre e mesmo depois que Peeta e eu nos mudamos para o 4 continuávamos mantendo a tradição e esse ano não havia sido diferente, minha mãe e Mags vieram passar alguns dias conosco e mesmo ouvindo as reclamações da minha mãe sobre não ter ido visita-la no verão fiquei realmente feliz de tê-las por perto. Peeta estava no período de férias de inverno e eu acabei tirando alguns dias de folga no escritório também então passamos a maior parte do tempo organizando as coisas, levando as duas para passear e ouvindo Peeta reclamar que natal sem neve não era a mesma coisa era incrível que mesmo morando a anos no 4 ele ainda reclamava do clima tropical do Distrito.

            A ceia de natal foi no apartamento do Peeta esse ano e fiquei feliz por Glimmer não poder comparecer já que estava trabalhando muito com a semana da moda que aconteceria dentro de alguns dias essa felicidade foi suficiente para não me importar nem mesmo com a esposa do meu pai que estava sendo ela mesma e testando a paciência da minha mãe. O almoço foi na minha casa e meu pai acabou indo sozinho já que a esposa estava na casa dos pais e lá estava a sensação maravilhosa de ter a família reunida sem a interferência de ninguém e não pude reclamar de nada já que meu natal havia sido perfeito.

            A semana entre o natal e o réveillon foi cheia de passeios e almoços além de diversos momentos nostálgicos onde lembramos diversos momentos da nossa infância e adolescência, Peeta sempre foi uma parte constante da minha vida e havíamos vivido muitos momentos importantes juntos ele era quase que como uma parte de mim, nossa amizade havia unido nossas famílias e a transformado em uma só.    

            A virada do ano foi comemorada na praia e além da nossa família tivemos a companhia dos nossos amigos e confesso que ver Peeta com Kevin nos braços pulando onda após a meia noite foi lindo, nosso afilhado ria a cada pulo enquanto meu melhor amigo mantinha um sorriso largo o tempo todo ele era realmente louco pelo pequeno e ficava cada dia mais claro que esse carinho era reciproco.

            - Você realmente vai para Capital? – perguntei assim que entramos no apartamento dele após voltarmos do aeroporto onde minha mãe e Mags tinham embarcado aquela tarde.

            - Vou – ele disse com naturalidade enquanto se jogava no sofá – O ideal seria sair daqui hoje e chegar lá com tempo, mas não consegui nenhum voo mais cedo só para madrugada de sábado vai ser uma correria já que o desfile vai acontecer durante a tarde e vou chegar lá pela manhã.

            - E você volta quando? – perguntei sentando em uma das poltronas.

            - Consegui um voo para madrugada de segunda, provavelmente vou ir direto para o trabalho.

            - Vai ser bem corrido não é, não seria melhor esperar ela estar livre e vir ver você?  - quando ele contou dos planos de ir ver Glimmer após o ano novo não imaginei que seria literalmente após o ano novo antes do fim do recesso – Ela vai entender afinal você vai passar apenas uma noite lá porque precisa trabalhar na segunda, quando ela veem acaba ficando uma semana no mínimo.

            - Ela não sabe que eu vou.

            - Não?

            - É uma surpresa, é um dia importante para ela os modelos que ela desenhou vão estar no desfile de sábado e sei que ela esta uma pilha com isso ela trabalhou bastante nesses modelos e embora não tenha me pedido para ir sei que é importante estar lá ao lado dela.

            - Uau que fofo da sua parte – tentei sorrir, a atitude dele era de fato fofa infelizmente a namorada dele não merecia tanto.

            - É e também vou  porque tomei uma decisão

            - Que decisão?

            - Lembra quando eu disse que precisava falar com você? – concordei com a cabeça me lembrando que pouco antes do natal ele tinha pedido para conversar, mas acabamos sendo interrompidos pela minha mãe e no fim acabamos não conseguindo um momento tranquilo para voltar a conversar – Espera um momento – observei ele subir em direção ao quarto e voltar em seguida com um sorriso no rosto.

            - Você esta me deixando curiosa.

            - Eu decidi dar isso a Glimmer no sábado a noite após o desfile – ele abriu uma caixinha de veludo vermelha e pude ver um belo anel de rubi.

            - É um belo anel, mas achei que já tinha mandado o presente de natal dela – comentei olhando a joia e ele riu.

            - Não é um presente de natal – senti meu coração acelerar e olhei em seus olhos assustada não poderia ser o que passou pela minha mente naquele momento poderia? – Glimmer gosta de rubis então sai um pouco do tradicional diamante, acho que esse é mais a cara dela.

            - Você esta me dizendo que vai ... – eu não conseguia formular o reto da frase apenas olhava paralisada para meu melhor amigo.

            - Vou pedir ela em casamento – ele disse com um sorriso largo me deixando com a sensação de completa falta de ar.


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Notas finais do capítulo

É importante lembrar que ao matar a autora não tem mais capitulo rs. Sei que vocês não devem ter gostado nada do fim do capitulo, mas já estava previsto que isso fosse acontecer.
Vou fazer o possível para escrever até o próximo sábado, mas não é certeza depende e como vai ser a semana.
Digam o que acharam.
Beijos