Uma Semideusa Inadequada escrita por Geek Apaixonada
Notas iniciais do capítulo
Desculpa pela demora. Eu fiquei muito envolvida num projeto novo, uma fanfic que estou escrevendo com a Jujuba sem Mel que mistura A Seleção e o univerdo do PJ.
Então se você gosta do Apolo, dê uma lida, talvez você goste. O nome da fanfic é "A Seleção de Apolo". É isso, beijos. Boa leitura!
Fiquei olhando para as portas fechadas sem acreditar no que tinha acabado de acontecer. Tinha esperança de que mamãe fosse repensar, abrir as portas arrependida e me abraçar. Mas não, ela não fez isso. Quem me abraçou foi Cooper.
— O que você está fazendo? – indaguei, limpando as lágrimas.
— Tentando te confortar?
— Eu não preciso do seu conforto. - me desvencilhei de seus braços, irritada. – Pare de tentar se aproximar de mim!
A expressão dele era uma mistura de espanto e mágoa, mas não fiquei olhando pra ela. Virei-me e saí dali, andando apressada. Só não corri por que seria muito dramático.
Trent me seguiu a certa distância e logo encontramos Juliet. Ela estava conversando com alguém no celular, dando risada e mexendo no cabelo.
Antes que eu o fizesse, Cooper arrancou o celular das mãos dela e o atirou na parede de rochas.
— Você enlouqueceu?!
— Se eu enlouqueci? – ele olhou furioso para ela. – Você é burra demais ou nunca te ensinaram que falar no celular é como gritar a sua localização para os monstros?!
Envergonhada, ela desviou o olhar e falou baixinho: – Pensei que estivéssemos seguros aqui...
— Esqueçam isso. – falei impaciente. – Vamos embora.
Juliet me olhou, confusa. – O que aconteceu?
— Eu fiz o que tinha que fazer. Agora vamos.
E sem esperar resposta, saí andando. Eles hesitaram, mas logo vieram atrás de mim. Alcançando o portão, vi uma limusine preta estacionada perto da calçada. Parei subitamente e o vidro da janela desceu, revelando o sorriso irônico de Éris.
— Você demorou. – disse ela, abrindo a porta para mim. – Foi tão ruim quanto eu desejo que tenha sido?
Cerrei os punhos e entrei na limusine, ignorando seu último comentário. – Eu cumpri minha parte. – falei, me sentando de frente para ela com Trent e Juliet do meu lado. – Agora é a sua vez.
Ela deu um risinho irônico e ergueu um copo de milk-shake do McDonalds, levando o canudo a boca. Olhava divertidamente para cada um de nós, e aquilo estava me irritando.
— Muito bem. – disse finalmente. – Qual era o acordo mesmo?
— Você ia me contar quem roubou os pomos de Hera.
— Ah... esse acordo... – bebericou novamente o milk-shake. – É fácil! Foi o Hades!
— O que?! — exclamou Juliet.
— H-A-D-E-S! – Éris soletrou, em seguida soltando um suspiro entediado. – Você é meio lerda, né? Deve ser filha de Poseidon...
— Afrodite! — Juliet corou. – Sou filha de Afrodite.
— Estava brincando – a deusa revirou os olhos. – Claro que eu sei de quem você é filha. Sou uma deusa, eu manjo dessas coisas.
Franzi as sobrancelhas. Hades tinha roubado os pomos. Hades. Isso não faz o menor sentido! Ele é mal, mas não é burro. E além do mais, que eu saiba ele só rouba mulheres, não comida!
— Pra onde estamos indo? – Trent indagou, fazendo com que eu despertasse de meus pensamentos. – Onde você está nos levando?
— “Você” não! – Éris empinou o queixo, ofendida. – Eu prefiro Senhora Suprema da Discórdia.
Ele arqueia uma sobrancelha, e é até fofa a expressão de surpresa e sarcasmo em seus olhos castanhos. Não, não, não. Apolo! Olhos azuis do Apolo. Apolo sorrindo e exibindo seus dentes perfeitos. Apolo me acordando com o barulho daquela flauta irritante...
— Já chegamos. – disse Éris. – Trouxe vocês do Colorado a Los Angeles em alguns minutos, eu não sou fodastica?
— É sim – disse Trent com escárnio. – Você é perfeitamente fodastica, Senhora Suprema da Discórdia.
Éris sorriu e jogou o cabelo para trás. – Eu sei.
O mais depressa que pôde, ele abriu a porta do carro e saímos todos os três, um depois do outro. Éris acenava com uma mão e cantarolava um melodioso um “tchau” acompanhado de um sorriso diabólico e irônico.
Quatro meses atrás
— Tem certeza que não quer uma festa? – papai insistiu. – Posso providenciar uma agora mesmo se você quiser...
— Não, pai, eu não quero. – revirei os olhos. – Eu vou comemorar com o Adam.
Ele torceu o nariz, mas eu sabia que ele gostava de Apolo, apenas fingia que não para me irritar. Aliás, ele tinha vindo lá da sua turnê no Japão só pra passar a tarde toda comigo e até alugou uma sala de cinema inteira só pra nós dois. Foi bem divertido. Mas a noite estava reservada para Adam. Quer dizer, Apolo.
A companhia tocou. – Deve ser ele! Tchau, pai!
— Tchau...
Corri escada abaixo, me jogando em Apolo com os braços ao redor de seu pescoço. Ele usava um moletom cinza, jeans e sapatos do tipo mocassim. Lindo como sempre!
— Onde iremos? – perguntei entusiasmada.
Ele sorriu.
— A um lugar que você nunca foi antes.
Fiquei ainda mais animada, até perceber que era um parque de diversões no centro de Nova York.
— Na verdade eu já vim aqui – comentei. – Várias vezes.
— Droga.
— Tudo bem – depositei um beijo na bochecha dele. – Tenho boas memórias daqui de quando eu era criança. Vai ser divertido.
Apolo deu um pequeno sorriso de alivio e entrelaçou seus dedos nos meus. – Onde quer ir primeiro?
— Na casa do horror.
E ele imediatamente parou de sorrir.
— Tem certeza? Podemos ir na montanha russa. Soube que inaugurou uma nova semana passada. Ou então a roda gigante! O que poderia ser mais romântico do que a roda gigante?
— Apolo – dei risada. – Você está com medo?
— Eu? — exclamou ofendido. – Eu não tenho medo de nada!
— Ok, então você vai à casa do horror comigo?
— Vou, claro que vou!
E nós fomos. Ele se manteve quieto no começo, olhando nervoso a espera de coisas assustadoras. Quando a primeira apareceu, ele me abraçou como se eu fosse um bote salva-vidas e gritou mais do que a garota do vagão de trás. Eu ria, ao invés de ficar com medo.
Quando saímos do brinquedo, a expressão de Apolo era cômica. Os olhos azuis estavam alarmados, o cabelo loiro bagunçado e o rosto corado pelo frio.
— Meu amor – falei, rindo baixinho. – Você está bem?
— Claro que estou bem!
— Tem certeza?
— Absoluta!
Soltei sua mão e parei na frente dele, abraçando seu pescoço.
— Obrigada – me inclinei, lhe dando um selinho. – Você foi muito corajoso!
— Eu não sou uma criança, Tracy. – ele apertou os olhos, desconfiado. - Sei o que está fazendo!
— O que estou fazendo?
— Tentando me agradar, mas está fingindo. A verdade é que você está querendo rir agora.
Mordi os lábios. Eu estava mesmo com vontade de rir.
— Tudo bem, ria! Vamos! Pode rir!
Tirei os braços dele e tapei a boca com as mãos. Apolo cruzou os braços e esperou eu terminar minha crise de risos. Quando me acalmei, sorrindo, fiquei na ponta dos pés e o beijei.
— Foi engraçado – admiti. – Mas obrigada por ter enfrentado seu medo só pra me agradar.
Ele arqueou uma sobrancelha, ainda desconfiado.
— Eu não sei que medo é esse que você está falando. Mas, hipoteticamente falando, se eu tivesse mesmo medo...
— Se.
— Se. — ele repetiu e fez uma pausa, me olhando. – Não seria maior que o meu medo de perder você.
Fiquei sem saber o que dizer diante daquilo.
— Eu sou louco por você. Sabe que me tem nas mãos, não sabe?
Franzi a testa. Que papo maluco era aquele?
— Por favor, não comece a recitar nenhuma poesia... – fiz uma careta. – É sério.
— Você é tão antirromântica... – ele fez cara feia. – Acabou com a minha inspiração!
Revirei os olhos e entrelacei nossos dedos, puxando-o até a barraquinha de algodão doce.
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