A Oitava Cullen escrita por JackelineCullen


Capítulo 21
Capítulo 21




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- Oi... - uma voz doce e suave me fez despertar.

- Você de novo! – olhei para o vulto que estava perto da porta.

- Sou amigo esqueceu? – a voz continuava sombria.

- Amigo?! Sei... - disse sentando na cama.

- O que você quer? – disse entre os dentes.

- Sabia que irritar lobisomem pode fazer mal? – disse o estranho vulto.

- Agora você é meu demônio protetor? – disse levantando e indo na direção do vulto.

- Já disse, sou um amigo... – quando me aproximei do vulto, ele sumiu e apareceu do outro lado do quarto. - Se é amigo porque não se identifica? – isso já estava me irritando.

- Ainda não chegou o momento de fazer isso. – ele disse.

- O que você quer afinal? – disse sentando na cama novamente.

- Te dar conselhos! – falou sério.

- Não preciso de conselhos de um vulto – Escutei uma risada que congelou até minha alma e ele desapareceu diante dos meus olhos.

- Droga... Tô maluca agora, falando comigo mesma... – escutei baterem na porta.

 

Levantei e abri.

 

- O quê? – disse emburrada.

- Nossa! Amanhece com raiva, imagina quando for mais tarde! – Jonh disse sorrindo.

- O que você quer Jonh? – eu estava bastante irritada.

- Telefone pra você – ele disse me entregando o telefone.

- Quem é? – perguntei curiosa.

- Seu pai, já ligou três vezes, mas você estava dormindo, só que dessa vez ele mandou te acordar. – disse meu adorado irmão.

- Que horas? – indaguei.

- São nove. – ele respondeu.

- Então diga pra ele que estou tomando banho! E depois retorno a ligação! – entreguei o telefone pra ele e o mesmo apertou um botão.

- Sr. Cullen? Ela está tomando banho, disse que mais tarde retorna a ligação... – ele ficou calado - Sim senhor. – estava ouvindo meu pai - Falo sim... Tchau! – desligou o telefone - Ele disse que vai esperar 30 min. – disse finalmente para mim.

- Quando ele ligar novamente avise que morri afogada na banheira! – disse ríspida - Não quero falar com ele e nem com Embry! Entendeu? – o olhei séria.

- Pode me dizer o aconteceu? – eu precisava falar com alguém.

- Entre... – dei passagem a ele.

- Então minha querida irmã, o que aconteceu? – ele se sentou na minha cama.

- Carlisle se uniu ao Embry pra me vigiar. – cruzei os braços ao fechar a porta - Contou pro Embry que sou viciada! Sendo que não sou! – quase grito - Isso me deixou chateada! – sentei ao seu lado na cama.

- Bom, desde que voltou você não fez nada. – meu irmão colocou a mão em meu ombro.

- Exato Jonh! – me exaltei – Aí, o Embry com meu pai acham que sou uma viciada que precisa ser vigiada 24 horas! – falei bufando de ódio.

- Então, está com raiva porque seu pai e namorado estão preocupados contigo? – ele disse ironicamente.

- Não Jonh! – meu irmão era obtuso às vezes - Estou com raiva porque eles não confiam em mim, ficam falando de mim pelas costas e tramam juntos o meu futuro, estão unidos me guiando, me fazendo de fantoche!

- Jackie! Não acha que está exagerando? – ele me encarava.

- Posso até estar, mas que estou com raiva estou! – nesse momento o telefone toca.

- Sim? – ele atendeu – Ah, oi Embry! – ele me olhara e eu neguei com a cabeça - Está dormindo! – ele revirou os olhos pra mim – Tá, digo sim. Tchau. – ele desligou o aparelho.

- Olha, ele disse pra você ligar pra ele. – meu irmão sorriu.

- Obrigada Jonh! – disse dando um beijo no rosto dele.

- Que tal sairmos, hein? Cavalgar pela fazenda? – ele disse rindo.

- E você está melhor da gripe? – disse tocando na testa dele.

- Tô ótimo! Então, vamos? – deu um sorriso travesso.

- Humm... Vamos lá! – fui ao meu banheiro me arrumar.

 

Ficamos até a hora do almoço cavalgando. Entramos em casa um empurrando o outro e rindo.

 

- Ah, vocês estão aí! – Ana disse nos parando.

- Saímos pra cavalgar! – disse passando por ela.

- Carlisle está ligando a cada 5 minutos, retorne a ligação pra ele e cadê seu celular? – ela me indagou.

- Quebrou... – sorri amarelo - E não tô a fim de falar com ele. – disse indo pra cozinha.

- Filha, pela voz dele... Acho melhor ligar. – ela falou sincera.

- Eu não! – disse lavando minhas mãos e indo almoçar.

- Filha, liga vai... Prometi que ia fazer você ligar pra ele. – ela deu um sorriso doce.

- Não. – eu estava irredutível.

- Teimosa. – ela bufou.

- Obrigada. – sorri cínica.

- Escutem os dois, eu e o Jhonny vamos viajar, volto em um mês, irão se comportar? – ela disse olhando pra mim.

- Por mim... – disse dando os ombros.

- Vão ou não? – ela olhou para o meu irmão.

- Sim mamãe, iremos. – Jonh disse dano um cutucão em mim.

- É dona Ana, iremos... – disse comendo.

- Irei confiar em vocês, hein?! Deixarei o Robert como motorista para qualquer coisa. – ela falou séria.

- Tudo bem! Boa viagem Dona Ana. – disse rindo.

- Você não aprende, não é? – ela disse saindo da cozinha.

 

Passei o domingo inteiro ignorando as ligações de Carlisle e Embry, não queria falar com ninguém que tivesse algum tipo de poder místico! Cansei desse mundo, cansei de vampiros e lobisomens, sou humana e esse é o mundo que pertenço.

 

Acordei cedo na segunda-feira. Não queria esperar o Embry vir me buscar, pedir pro Robert me deixar na escola. Para minha sorte o carro dele não estava no estacionamento. Entrei o mais rápido possível na minha sala e para minha surpresa fui a primeira a chegar, fiquei um tempo olhando minhas anotações para fazer o tempo passar e nem percebi a sala enchendo.

 

Como esse dia estava passando lentamente. Eu estava me sentindo horrível, um vazio em mim, olhei pro relógio e ainda marcavam 9 horas, faltava uma hora e meia pro intervalo. Acho que dormi na aula, porque quando dei por mim o sinal tinha tocado. Arrumei minhas coisas lentamente e saí. Na saída da sala vi o Embry vindo na minha direção com cara de poucos amigos, meu estômago nessa hora revirou, ainda não estava pronta pra encarar ou falar com ele, peguei outra direção evitando-o, mas foi em vão em poucos segundos ele estava ao meu lado.

 

- Podemos conversar como gente civilizada? – perguntou sério.

- Tá. - falei sem emoção alguma.

- Vem, vamos sair daqui... – ele disse me guiando pro carro. - Porque não me esperou sábado? – ele falava calmamente olhando pra estrada.

- Porque você estava irritado. – disse normalmente.

- E porque não atendeu meus telefonemas? – ele estava bem sério.

- Porque não estava em casa. – disse mecanicamente.

- Pegue, ligue pro seu pai agora. – ele disse me entregando o celular dele.

- Porque deveria? – disse ríspida.

- Por favor, Jackie. – suplicava. - Por favor... – isso estava ficando ridículo! – Jackie,deixa de ser cabeça dura! Seu pai te ama! – ele estava apelando demais.

- Sei disso. – disse pegando o celular da mão dele. - Embry encosta o carro, por favor.

- Por quê? – ele me olhava curioso.

- Por favor. – ele encostou o carro. - Desculpa. – disse quase num sussurro, me virando pra ele.

- O que você disse? – ele me olhava espantado.

- Desculpa! Desculpa por sábado, fui imatura mesmo, mas fiquei com raiva por você achar que sou uma viciada. E só estar comigo pra me vigiar – falei tudo muito rápido – Desculpa. – murmurei.

- Bom, irei pensar em te desculpar. – ele disse sério.

- Tudo bem. – disse baixando a cabeça.

- Ligue pro seu pai. – falou autoritário.

- Tá bom. – simplesmente concordei, não estava a fim de brigar.

 

Disquei pro numero do Carlisle.

 

- Pai?! Sou eu. – falei receosa.

- JackelineEsme Cullen! – ele estava bravo - Sabe que estou aqui no aeroporto comprando uma passagem pra ir pra Alemanha te buscar? – quase gritou - Está pensando que é dona do seu nariz? Porque está me evitando? Sabe mocinha... – nesse momento coloquei o telefone longe do ouvido e o deixei falar.

- Tá pai, desculpa. – e novamente deixei o telefone longe do ouvido enquanto ele berrava. - Tá pai, sim senhor. – e novamente mais gritaria. - Pai, irei desligar. – tentei intervir, estava cansada de gritaria - Preciso ir pra aula.

- NÃO! – gritou - Você ainda não ouviu nada! Agora escuta, quero que você me ligue quando chegar a sua casa, se não ligar, eu irei pra Alemanha te buscar! – falou autoritário.

- Tá pai, desculpa. – adiantava dizer alguma coisa? Não.

- Jackie? - perguntou mais calmo. - Sim pai? – falei.

- Eu te amo criança. – falou doce.

- Também te amo pai e desculpa novamente, até mais. – desliguei o celular e entreguei pro Embry.

 

Suspirei forte e encostei minha cabeça no banco.

 

- Tô feliz em ver que você falou com seu pai, ele não parava de me ligar. – falou sorrindo.

- Que bom que te deixei feliz! – disse fechando os olhos e suspirando.

- Hei! – ele disse colocando a mão no meu rosto e me virando pra ele.

- O quê, Embry? – eu estava cansada disso tudo.

- Irei te perdoar só dessa vez, mas se você tiver outro ataque de frescura, irei embora. – ele disse sorrindo, mas ao mesmo tempo sério.

- Prometo me comportar! – disse sorrindo e o beijando.

 

Três meses depois...

 

Voltamos como estávamos antes da briga. Nunca imaginei que ficar um dia e meio brigada com o Embry me deixava mal. Os dias se seguiam em me buscar em casa pra ir à escola, aulas de alemão pra ele, e lógico namorico. Só que essa briga fez nosso relacionamento amadurecer, parece que estávamos mais unidos e sempre quando dava, um cedia pro outro. Embry estava mais socializado com o povo da escola, e ainda estava indo muito bem com o idioma. A única coisa que estava me irritando era que depois do banho de loja que dei nele, parecia que tinha dado banho de mel, porque a mulherada da escola começaram a olhar pra ele com segundas intenções e ainda tinha algumas descaradas que falava na minha cara como ele estava bonito, isso me deixava morta de ciúmes. Estava na arquibancada olhando o treino de rúgbi acabar. Jonh convenceu o Embry de fazer rúgbi com ele, segundo o Jonh um homem como o Embry era um desperdício não jogar no time. Pelo tamanho, agilidade e força que ele tinha se tornou logo um dos principais jogadores. Estava sentada no primeiro banco da arquibancada, digitando um trabalho no computador e às vezes olhava pro treino, mas uma conversa de três garotas me chamou atenção.

 

- Quem é o bonitão sem camisa correndo com a bola? – ao olhar vi que era o Embry.

- Embry Karlyn Call, é do último ano. – disse uma garota que não conhecia.

- Que homem, Débora! – hiperventilou a garota.

- Deixa qualquer mulher louca por ele, não é? – a tal de Débora falou, literalmente babando.

- É meu! – a garota que não conhecia.

- Seu, querida? Ele tem namorada, Ruth! – Débora disse num tom de deboche.

- E por sinal uma linda namorada. – disse Taís, uma garota do primeiro ano.

- Eu não a acho bonita – Débora disse fazendo uma cara de nojo.

- E quem é? – Ruth perguntou.

- Jackeline Cullen, do segundo ano. – Taís, respondeu.

- Ele merece alguém como eu! – Ruth disse jogando os cabelos pra trás.

- Quer ver? Irei fazer ele me beijar depois do treino. – ela disse, se achando.

- Duvido, ele é louco pela namorada, não se largam um segundo! – Taís disse rindo.

- Vocês irão ver! – Ruth disse passando batom nos lábios e se olhando no espelho.

 

“Calma. Controla. Respira, inspira... Conta até mil!” eram meus pensamentos.

 

- Mas que mulher vulgar! – resmunguei pra mim mesma, enquanto fechava o notebook. - Quero ver até aonde ela vai. – disse me ajeitando na arquibancada e observando o final do treino.

 

Demorou mais 15 minutos e o treino terminou, vi a tal de Ruth correndo até o banco onde tinha várias toalhas e entregava uma pro Embry.

 

Fiquei observando ela conversando com ele, de onde eu estava não dava pra escutar a conversa, mas dava pra ver direitinho, e aquela safada estava se jogando pra ele, fechei os olhos e respirei fundo, não ia fazer escândalo ali, não ia mesmo. E tem mais, eu confio no Embry.

 

Ao abrir os meus olhos, vi Embry sorrindo junto da safada.

 

“Respira. Conta até mil!”

 

E logo em seguida ela faz um carinho no braço dele e depois toca no peito dele.

 

“Meu Deus! Eu não tenho sangue de barata”.

 

Quando levantei pra ir dar uns tapas nela, o vi tirando a mão dela do peito dele e fechando a cara, mas mesmo assim caminhei até onde eles estavam.

 

- Embry, vamos? – disse de cara fechada.

- Claro, amor. – ele disse indo pro meu lado e me beijando.

- Tchau Em... Conversamos mais tarde! – ela disse passando por nós e fazendo uma cara de deboche.

- Vai tomar um banho que espero você no carro, onde está a chave? – disse me controlando.

- Nossa! Que frieza foi essa? – ele disse me abraçando.

- Só estou me controlando, Embry. – disse, tentando me acalmar - não quero ser expulsa por brigar – respirei fundo - E coloque uma blusa, por favor! – disse séria e ele caiu na gargalhada.

- Ciúmes! Você tem ciúmes de mim? – ele me olhara divertido – PESSOAL, ELA TEM CIÚMES DE MIM! – ele disse me girando e depois me beija bem demorado.

 

Eu estava morrendo de raiva, mas como negar um beijo a ele? Impossível.

 

- Sabia que fica linda com ciúmes? – ele disse divertido.

- Por que essa alegria toda por eu estar com ciúmes de você? – disse séria.

- Porque mostra o quanto você gosta de mim, se não tivesse ciúmes não se importava comigo, mas tem... E isso quer dizer que me ama, mais do que imaginei! – e novamente ele me dá outro beijo.

- Deixa de frescura Embry, me deixa no chão e vai tomar um banho! – disse irritada.

- Sim senhora! – disse me deixando no chão e dá outro beijo.

- Minha ciumentinha! – ele riu - E a chave está na mochila!

- Espero você no carro. – disse pegando a chave na mochila e caminhando até o carro.

 

Quando ia entrando no carro escutei alguém me chamar, ao olhar vi que era a tal de Ruth com a Débora do lado.

- O que você quer? – disse calmamente.

- Quero saber se o que você tem o Embry é sério. – ela disse rindo.

- Não. Só estou pegando ele. – disse ríspida.

- Humm... Então, quer dizer que não é nada sério? – ela disse sorrindo largamente.

- Escute bem. – dei uma pausa - É lógico que eu e o Embry temos um relacionamento sério, se você zela por seus dentes é melhor ficar longe! Entendeu? – falei quase rosnando.

- Não gosto de ameaças! – ela falou debochada.

- Não estou ameaçando, só estou dando conselho! – garota estúpida!

- Adorei o conselho. – ela disse rindo e indo embora.

 

Entrei no carro e o esperei aparecer.

 

- O que vocês estavam conversando? – disse quebrando o silêncio, assim que entrou no carro.

- Vocês quem? – ele disse sem tirar os olhos da estrada.

- Você e aquela mulher. – eu estava quase dando um ataque.

- Nem lembro. – ele disse dando os ombros.

- Você estava rindo! – falei irritada.

- Acho que ri por alguma coisa que ela disse, mas não tem importância não. – ele nem me olhava.

- E porque ela Te chamou de Em? Intimidade é? Nem eu te chamo assim! – eu estava mais que irritada. Droga!

- Eita, ciumenta boba!– ele sorriu.

- Não sou boba! – disse cruzando os braços e voltando a olhar para a janela.

- Jackie... – ele chamou suave.

- Quê? – falei ríspida.

- Te amo, sua boba – ele faz um carinho no meu rosto. – Então, vamos pra festa hoje à noite? – tenho certeza que ele perguntou isso pra mudar o clima.

- Vamos sim. – disse beijando a mão dele. - Embry...

- Diga. – ele sorriu para mim.

- Se você me trair um dia, pode ter certeza que nunca irei te perdoar! – o olhei séria.

- Nunca esse dia vai chegar, sua boba. – ele riu.

 

Paramos o carro na frente da casa do Karl, uma mansão de três andares, tinha luzes saindo da casa, o som estava alto e tinha várias pessoas na frente de casa querendo entrar no aniversário dele. Karl é um amigo do Embry do rúgbi e fez questão de nos convidar.

 

Embry me ajudou a sair do carro, passou o braço ao meu redor e me guiou até a festa. Entregou o convite pro segurança e entramos. A festa estava rolando solta, tinha banda ao vivo na piscina, na sala rolava uma espécie de discoteca, bebida e comida à vontade, depois de cumprimentar o aniversariante e lhe dar um relógio suíço como presente, eu e Embry fomos dançar. Depois de dançar quatro músicas sem parar me deu sede.

 

- Embry, irei pegar uma bebida quer alguma coisa? – disse no ouvido dele, por causa do som alto.

- Qualquer coisa. – ele disse rindo. - Estarei alí com o pessoal. – ele apontou para um grupo que estava com a jaqueta do time.

- Volto logo! – disse dano um beijo rápido nele.

 

Estava na mesa colocando refrigerante para nós quando senti um calafrio na minha espinha, depois um cheiro agradável invadiu minhas narinas. Senti alguém levantar meus cabelos, olhei pro lado e vi um vulto passar rapidamente por mim e sumir entre a multidão. Fiquei um tempo olhando pra multidão até que escutei uma voz.

 

- Olá! – virei bruscamente e não vi nada.

- Acho que chegou a hora de nós conhecermos. – a voz estava tão suave que não senti medo, estava completamente hipnotizada pela linda voz e curiosa.

- Segue minha voz... – falou mais uma vez.

 

Caminhei lentamente pela multidão, no momento não escutava nada, só a voz suave e linda.

 

- Isso. Está perto, continue seguindo minha voz... - obedeci sem protestar.

 

Continuei caminhando entre a multidão, sem prestar atenção em que rumo estava tomando. Quando abri uma porta, alguém me segurou.

 

- Jackie?! – Embry disse me virando pra ele. - Jackie?! – ele me sacudiu.

- Embry? – olhei meio que sem entender.

- Querida! Estou te chamando há 5 minutos, não me ouviu não? – me indagou confuso.

- Não. – disse olhando ao redor e pude perceber que estava na porta que dava pra piscina.

 

Senti o Embry cheirar meu cabelo

 

- Com quem você estava? – ele disse sério.

- Eu tava... – olhei pra dentro da casa - Eu estava pegando refrigerante e... Amor?! O que foi? – ele rosnou.

- Esse cheiro é de um vampiro! – ele disse entre os dentes.

- Vampiro? – o olhei confusa - Onde? – vasculhei o local com os olhos, mas não vi nada.

- Não sei, mas seu cabelo está fedendo a sanguessuga! – ele disse irritado.

- Eu não falei com ninguém! – disse olhando nos olhos dele.

- Vamos sair daqui – ele disse me guiando até o carro. - Você não falou com ninguém?

- Não Embry, com ninguém! – vi que ele tirou o celular do bolso e ligou pra alguém.

- Carlisle? Sou eu... Existem vampiros aqui? – ele esperou a resposta - Senti o cheiro de vocês numa festa. – ele pausou mais uma vez - Não sei. Ela está bem. - tirou o telefone do ouvido e se virou para mim - Seu pai. – ele disse me passando o telefone.

- Oi pai! – respondi.

- Onde vocês estão? – ele parecia nervoso.

- Em Munique, estávamos numa festa de aniversário. – disse normalmente.

- Você chegou a ver alguma coisa ou escutar algo? – ele indagou.

- Não pai. – disse nervosa.

- Fique com o Embry o tempo todo, tá? – ele disse calmamente.

- Tá acontecendo algo que vocês não querem me contar? – indaguei.

- Não querida, só fique com ele, tá? – ele ainda estava nervoso.

- Tá pai. – revirei os olhos.

- Me mantenha informado. – ele disse desligando.

- Vamos pro meu apartamento, está tarde pra te deixar em casa. – ele disse entre os dentes.

- Você está com raiva. – disse acariciando o rosto dele.

- Não. – ele disse rosnando.

- Amor, eu não estava com ninguém, juro. – o olhei sincera.

- Não é com você Jackie, é comigo! Como eu não senti esse cheiro antes? Como eu permiti ele chegar tão perto de você! Com certeza ele estava te guiando pra um local longe da festa pra te matar! E eu não percebi nada! – o notei tremendo no volante.

- Embry, se acalme! Eu tô bem. – toquei em seu braço.

- Eu tô calmo! – ele rosnou.

- Não está! Você está tremendo! – dei um beijo no rosto dele. – Calma, tá?

- Eu tô calmo! – nesse momento ele deu um murro no painel do carro amassando-o.

 

Com o susto me encolhi no banco, olhando assustada pra ele.

 

- Jackie eu... – ele estava tremendo da cabeça aos pés.

- Embry, por favor, calma! – disse colocando a mão no rosto dele.

 

Ele encostou o carro.

 

- Embry, não! – supliquei, mas ele não me deu atenção e saiu do carro.

 

Saí do carro também e fui até ele e o abracei.

 

- Calma! Eu tô bem, não vê? – ele continuava tremendo.

- Me larga Jackie! – percebi que ele estava de olhos fechados e continuava tremendo.

 

A respiração dele estava acelerada. Coloquei minhas mãos no rosto dele, virei pra mim e o beijei.

 

- Eu te amo, seu sarnento. – disse rindo, mas ele continuava tremendo.

- Me solta Jackie! Não quero te machucar. – ele suplicou.

- Você não vai me machucar. – disse beijando-o novamente.

- ME SOLTA! – ele gritou.

 

Ele me empurrara com força, me fazendo cair uns cinco metros dele, na queda bati minhas costas com força no chão ignorei a dor e levantei olhando pro carro.

 

Embry ainda estava na frente do carro de olhos e punhos fechados se tremendo da cabeça aos pés. Corri até ele e o abracei novamente.

 

- Embry não! – implorei – Vai, acalme-se...

- EU DISSE PARA ME LARGAR! – tomei um susto e o soltei.

 

Ele olhou pra mim com um olhar que nunca tinha visto antes, o medo me fez dar um passo pra trás, mas ele me segurou pelo pescoço e me levantou.

 

- Embry, tá me machucando. – disse quase chorando, mas ele não ligou e continuou apertando – Embry estou ficando sem ar... – disse chorando e ele continuou apertando - Embry... Estou... Ar... – ele continuava apertando.

 

Minha vista estava ficando embaçada e o ar nos meus pulmões estava acabando.

 

- Embry, eu... – minha vista começou a ficar escura, meu corpo amoleceu e a escuridão tomou conta de mim.


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Notas finais do capítulo

AEE
Não me matem! e tipow adorei os comentarios...continuem assim que terao capitulos novos =D
Beijosss