"The Winter Is Coming" escrita por Chimichangas


Capítulo 1
Capítulo Único - "O Inverno Está Chegando."


Notas iniciais do capítulo

Olá! Feliz natal para vocês! Decidi fazer uma humilde one-shot para comemorar essa data especial mesmo que um pouco atrasada :) Espero que gostem!



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E, então, Peter suspirou pela décima vez desde que Wade o convencera a sair para passear em algum lugar na cidade, apenas para não deixar a data passar em branco.

O moreno queria apenas se enrolar em cobertores pelo resto do feriado, tomar algumas xícaras de chocolate quente e por em dia todas as séries que acompanhava - e, cá entre nós, não eram poucas não.

E Peter sabia: Wade, com toda a certeza do mundo, não era o maior fã de natal. Ele nem lembraria do 25 de dezembro caso não estivesse escrito no calendário que ficava na parede do quarto em que dividiam na república.

Mas depois de tudo, Peter sempre acabava se rendendo ao sorriso contagiante e olhos brilhantes do loiro. E, tirando-o de seus devaneios, uma voz do lado de fora chamou sua atenção.

— Vai demorar muito para se arrumar, princesa? - Wade falou, brincalhão.

Peter abriu a porta com cara emburrada:

— Vamos logo antes que eu desista. - falou emburrado, passando por Wade, que começou a rir.

— Pra quê esse nervosismo, Pete? É natal! - Wade alcançou seus passos, apoiando-se nos seus ombros.

É claro que Peter não tinha corado com a aproximação repentina. Pff, claro que não.

— Eu tinha outros planos para o feriado.

— E esses planos não me incluíam. Como você pode ser tão cruel, Pete? - indagou o mais velho, fazendo drama.

E Peter quase se rendeu à vontade de bater a mão contra a própria testa. Quase.

— Aonde planeja ir, senhor eu-faço-drama-nas-horas-vagas? - O moreno perguntou, quando estavam quase passando pelo portão da faculdade.

— Bem, quem sabe ir á cafeteria. Aquela que você gosta, qual era o nome mesmo?

— Starbucks? - perguntou, sugestivo.

— Essa mesmo! Vamos lá? - indagou o loiro dos grandes olhos brilhantes.

— P-Pode ser. - Peter engasgou.

O que raios estava acontecendo com ele?!

Sentiu sua mão ser puxada pela mão quente de Wade, e eles começarem a andar em direção à cafeteria.

Peter sentiu as tão famosas borboletas na barriga, seu rosto entrara em chamas e sentiu vontade de cavar um buraco no meio do asfalto e esconder a cabeça lá até o fim dos tempos.

O que raios - trovões, tempestades, furacões, qualquer coisa que Thor mandasse ajudaria - estava passando pela cabeça de Wade?!

No final, Peter preferiu não falar nada.

E não. Não era porque a sua voz tinha sumido repentinamente pelo contanto inesperado. Claro que não.

Que droga!, praguejou Peter em pensamento. Ele não sabia como, mas somente Wade conseguia deixá-lo daquela forma. Nem Gwen, sua melhor amiga, nem Mary Jane - a moça por qual fora perdidamente apaixonado no colegial - o deixaram assim, então Peter começou a perguntar-se se aquilo não era alguma outra coisa.

Talvez algo mais forte. E, talvez, Peter estivesse gostando de Wade do jeito que ele deveria gostar de garotas.

Há, pra quem ele estava negando?!

Ele estava incondicionalmente e perdidamente apaixonado pelo louro.

E estava tão distraído com seus pensamentos que nem percebera que haviam chagado no local e acabara trombando contra as costas do mais velho, que se virou instantaneamente para ver se alguma coisa havia acontecido.

— Peter, está tudo bem?

— Claro! Haha, por que teria alguma coisa errada?! - perguntou, sem jeito. — Vamos entrar logo, está frio.

— Okay. - Wade concordou, achando estranhas as atitudes de Peter. — Você pega a mesa, eu peço as bebidas. Cappuccino com baunilha?

— Exato. - falou Peter e então foi atrás de uma mesa.

O lugar era bem confortável, e estava bastante cheio restando apenas duas mesas e Peter pegou a que estava perto das portas de vidro, perto da entrada. O Starbucks no qual estava ficava bem em frente a um parque aconchegante que Parker costumava ir para desestreçar.

Estava frio naquela tarde e Peter estava apenas com seu moletom do Star Wars (a estreia do filme fora a pouco tempo e ele ainda tinha a força percorrendo suas veias.) e suas surradas calças jeans. Wade parecia mais preparado para o frio já que estava com um cachecol e também uma touca - que escondia, os tão amados por Peter, secretamente, claro, fios loiros.

Esfregou suas mãos tentando aquece-las, provavelmente nevaria em breve.

— O inverno está chegando. - comentou para si mesmo, achando de certa forma, a frase um tanto irônica.

— Cheguei! - Wade cantarolou, sentando-se na mesa com dois copos de café. — Um cappuccino com baunilha quentinho para a madame.

— Idiota. - reclamou o menor, aceitando o café. — Obrigado.

— Sem problemas, Pete. - falou sorridente.

O moreno desviou o olhar, não acreditando ter corado por tão pouco. O sorriso de Wade era lindo sim, qual o problema?

— Pete, está tudo bem com você? Você está estranho esses dias. Tem alguma coisa acontecendo com você?

— Claro que não, haha! Eu estou ótimo! - riu sem graça, desviando o rosto novamente. — Olha só, começou a nevar.

Wade virou o rosto para a janela, animado. O loiro simplesmente amava a neve.

— Woah! Vamos lá fora! - e puxou o pulso do outro rapaz junto para o lado de fora.

Wade contemplou com os olhos brilhantes a neve que caia lentamente, animado. E surpreso, claro, não sabia que nevaria naquele dia.

E Peter observou tudo, intrigado, enquanto passava as mãos pelos braços enquanto tentava se aquecer, ato que não passou despercebido por Wade.

— Está tudo bem, Pete? - perguntou, se aproximando.

— S-Sim, só estou com um pouco de frio.

— Ahh. Desculpe. Não te avisei do frio, né? Eu dou um jeito.

E então o loiro tirou o cachecol de seu pescoço e o colocou no de Peter, que praticamente virou um pimentão ambulante. E então, sem ter onde esconder a vermelhidão que tomou posse de seu rosto, abraçou o mais alto, que ficou surpreso, mas logo correspondeu-o.

— Você está estranho hoje, Pete.

— É, talvez eu esteja. - e encarou as orbes azuis.

E se perdeu naquilo que parecia uma piscina de azul claro. Peter finalmente havia entendido o significado de casa. E nunca mais sairia de lá se fosse possível.

Foi então que sentira seus lábios serem tomados pelo mais velho. Sentiu algo queimar dentro de si, algo bom. Borboletas dançavam em sua barriga e o chão parecia ter desaparecido. E não estava nem ligando para os olhares curiosos e repreensivos. Estava em casa.

Foi aí que o ar acabara e ele teve que se separar dos lábios doces. Wade estava um tanto vermelho e sorria brincalhão.

— Você está realmente estranho hoje, Pete.

— Ah, cala boca Wade.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler ♥ se possível deixe seu rewien, criticas são bem vindas ;)