TODAS AS LUZES - Coletânea de Natal escrita por Serena Bin, Gessikk, Cardamomo, Miss Houston, Maya, Amauri Filho, Lady Gumi, Maxx, Sr Devaneio, Lucas Freitas, Analu, Nanathmk


Capítulo 14
Amor Improvável - Maxx Butterfield


Notas iniciais do capítulo

Bom dia para todos que chegaram até aqui. Hoje é véspera de Natal e a Daniela já postou várias one's durante a madrugada e a minha esta aqui para vocês. Espero que esta história os emocione e se divirtam com as loucuras de Ana. É ela quem vai narrar essa história, então tenham um Feliz Natal



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Conforme caminhava pelo centro de Curitiba, minha visão ficava embaçada e não tinha mais forças para andar. Sabia voltar para casa, mas não queria ter que ver a cara daquela garota que conquistou o meu coração. O que eu estava sentindo poderia ser considerado pecado ou algo do gênero, eu não sei. Precisava me acalmar senão não voltaria para casa.

Corri pela Quinze de Novembro até chegar na Boca Maldita, olhando para todos os lados. Já havia escurecido e não era muito bom uma menina igual eu andar sozinha. O vento sussurrava em minha pele querendo me aconchegar, a camiseta azul fina deixava todo o vento ultrapassa-la, deixando meus cabelos castanhos ao vento. O ritmo dos meus passos acelerou-se quando observei um grupo de homens me encarando do lado direito, perto das maiores árvores da praça.

– Menina você quer ajuda? – Um dos homens gritou de longe. Tive um susto ao virar o rosto e ver ele de pé caminhando em minha direção. – Nós podemos ajudar você em tudo o que precisar. Sou bonzinho com meninas iguais a você.

Fiquei calada e olhei novamente para trás. Vi que agora era três homens por volta de seus vinte e dois e vinte e cinco anos me seguindo. Já estava chegando perto da Caixa Econômica das Flores quando um deles me segurou pelo braço. Tentei me soltar, mas ele apertou com mais força o meu braço. Gritei alto tentando buscar por ajudar.

– Socorro. Socorro. – Quando mais eu gritava, mas ele me apertava. Até que colocou a mão em minha boca.

Minha sorte foi que um policial estava passando em uma viatura pela rua do ônibus. Ao ver que os outros dois homens também estavam se aproximando o policial, saiu da viatura e veio em minha direção. Posso me considerar sortuda, mas o medo me invadiu e minha respiração começou a ficar ofegante. Minha visão ficou opaca e sem nenhuma nitidez. Um clarão foi a última coisa que vi.

Acordei no banco de trás do carro do policial. Seus olhos azuis me lembraram os da Lilian, vi uma expressão de preocupação em seu rosto. Era difícil distinguir como fui parar ali.

– Garota até quem fim acordou. Quer ir para o hospital e tomar algum medicamento ou ir para casa? – Sua voz firme e grossa chegou a me arrepiar, ainda estava acordando e não sabia nem onde estava. Olhei primeiro para a janela vendo o meu reflexo no vidro, cabelos desgrenhados envolvendo uma pele branca de olhos verdes sem vida. Virei meu rosto tentando olhar além do meu reflexo, mas estava escuro demais para ver alguma coisa.

– Onde eu estou? – Perguntei com a voz arranhando minha garganta. O gosto amargo do vinho voltou para a minha garganta e desceu como uma bomba. – Estou com dor de cabeça. – Coloquei a mão em minha cabeça e mexi no cabelo tentando me concentrar no rosto do policial. Logo percebi que ele não estava mais com a farda e sim com um moletom verde e calça jeans.

– No meu carro. Você desmaiou quando cheguei. Provavelmente pelo estresse de estar sendo pressionada por aqueles homens. – Ele parou de falar e olhou fixamente para o meu rosto. – Uma garota como você não deveria andar sozinha, é muito perigoso. – Sua entonação de voz novamente fez meu corpo ficar arrepiado.

– É que terminei com a minha namorada por ela ser muito ciumenta e querer controla a minha vida. Sei que não deveria estar falando isso com você, mas é que definitivamente estou chateada e com raiva. Ela poderia muito bem ter consciência que eu também tenho vida e não posso viver vinte e quatros horas por ela. – Respirei fundo por ter quase ficado sem ar.

O policial virou-se para frente e bateu com força as duas mãos no volante. Algo estava errado e estranho naquele momento. O meu coração começou a acelerar do nada.

– Desculpa. E que também terminei com minha noiva ontem de manhã. No último ano tenho estado muito ocupado por estar trabalhando à noite e não dar atenção para ela. Sei exatamente como você se sente. – Ele pegou o celular e logo guardou em seu moletom. – Pode me dar o endereço para eu te levar. Seus pais devem estar preocupados com você.

– Quem me dera, se eles se preocupassem comigo. Os dois foram viajar para fora do país e me deixaram sozinha. Ia passar o Natal na casa da minha namorada, mas com isso não tenho ninguém para passar o Natal. – Falei meio sem pensar, por que estava contando tudo para aquele homem. Seu rosto tomou uma expressão suspeita que não pude deixar de notar.

– Seus pais deveriam estar com você, festejando esse dia. Sei como é ficar sozinho, Natal após Natal. – Ele ficou em silêncio até que interrompeu perguntando o meu nome, depois de conversamos por longos minutos. Fiquei sem graça, o que está acontecendo comigo. Isso está ficando estranho. Segurei o meu cabelo no alto tentando amarrá-lo.

– ANA, meu nome é Ana Clara e o seu? – Devolvi a pergunta ansiosa pela resposta.

– Will, quero dizer Willian Bernardes. – Suas palavras saíram trêmulas da boca. Parecia que o nervosismo tinha o pego de jeito.

– Então Willian pode me levar para casa, por favor. – Ele me olhou de uma maneira diferente.

– Pode me chamar de Will.

– Pode deixar. – Que raios aconteceu agora. Senti algo dentro de mim florescer.

Ele ligou o carro e fomos em direção à rua principal para pegar um contorno para voltar para o centro. Mexi nos bolsos a procura do meu celular, até que observei ele caído no chão do carro. Tentei pegar, mas não consegui. Tentei novamente pega-lo e enfim consegui. Cliquei no botão para ligar e colocar a senha. A primeira coisa que apareceu foram as diversas mensagens de texto da Lilian. Oito ligações dela e duas do meu irmão.

“ Olha Ana, não venha pedir desculpas pelo que você fez. Me esqueça. “ – Lilian, 16:51

“ Nunca mais me chame de amor, uma menina orgulhosa como você não tem ninguém que vai ama-la. “ – Lilian, 17:02

“ Ana, me responde. “ – Lilian, 17: 09

“ Desculpa, minha princesa. “ – Lilian, 18:27

“ Aconteceu alguma coisa. Me atende, tenho certeza que sua cabeça dura deixou o celular no silencioso. ” – Lilian, 18:49

“ Esqueça o que eu escrevia, estava de cabeça cheia. Desculpa vai, me desculpa amor. “ – Lilian, 18:55

“ Desculpa Ana, minha alma gêmea. Não deveria ser assim, mas sempre acho que os outros estão te olhando com outros olhos. ” – Lilian, 19:02

“ Me desculpa, não irei mais fazer isso. ” – Lilian, 19:07

“ Estou preocupada contigo. “ – Lilian, 19:15

“ Liguei para o seu irmão e ele não sabe de você. Me responda amor. “ - Lilian, 19:20

Várias outras mensagens pedindo desculpa e outras jogando na minha cara que fico me insinuando para qualquer mulher ou homem. Acabei atendendo uma ligação do meu irmão, me dizendo que estava preocupado e que foi bom eu ter brigado com a Lilian, mesmo sendo na véspera de Natal. Falou ainda que iria para as praias de Florianópolis com a namorada e uns amigos e só voltaria ano que vem.

Minha família tinha o costume de me deixar de fora de tudo. Após terminar a ligação com ele, meus pais ligaram e atendi.

– Ana quero desejar um Feliz Natal para você e seu irmão. Com certeza ele já está bêbado e por isso estou te ligando. Cuida da casa e não leve aquela garota nojenta para lá. – Minha mãe além de muito sincera não gostava dela.

– Mãe eu terminei com ela e Feliz Natal para a senhora. – Ouvi um grito de felicidade pelo telefone.

– Obrigado por deixar o meu Natal mais feliz. – Após isso ela desligou o telefone na minha cara.

– Precisa de alguma coisa. – Will me perguntou. Acho que ele acabou escutando o rancor que minha mãe tinha pela garota que eu amava.

– Não obrigado.

Li mais algumas mensagens dela até que a bateria acabou. Olhei para frente e vi que já estávamos há alguns quarteirões do meu apartamento. Chegamos e ele estacionou em frente ao prédio. Pude perceber que sua pele era branca num tom meio bronzeado o que deixava atraente, seu cabelo preto curto fez com que percebesse em sua nunca a ponta de uma tatuagem.

Ele abriu a porta do carro para que eu saísse, enquanto isso me auxiliou até estar na calçada. Já estávamos nos olhando fora do carro, por minutos que eu não conseguia contar. Seus lábios me chamaram e quando vi eles estavam pressionados os meus. Numa forma incrível e surreal. Abri os olhos, notando que estava dentro de um barco navegando em águas profundas do oceano de seus olhos. O seu beijo, o seu toque, o carinho que ele demostrava comigo nunca tinha sentido.

O que estava fazendo. Isso é errado, mal conheci o cara e já estou ficando com ele. No meio de mais um beijo perdi a linha de raciocínio, recuperei quando fui agarrada por trás e levei um tapa no rosto.

– Sua mentirosa, falsiane, desgraçada. Eu aqui pensando que algo tinha acontecido de errado com a minha namorada e quando vejo ela beijando esse fortão que não sabe que a garota tem dona.

– Primeiro, terminamos e não te devo mais satisfação. Segundo, que você não precisa mais se preocupar comigo. – Tirei o anel que ela havia me dado uma semana antes. – E terceiro, você não é minha dona e nem ninguém. Se eu quiser ficar com quem ele, o problema é meu. – Ela me deu mais um tapa no rosto do lado contrário ao anterior.

– Ana Clara, nunca mais me procure. Morra sozinha, sei que esse cara é só para me esquecer e depois que ele te abandonar, não venha correr atrás de mim. – Ela deu de ombros seguindo em frente sem olhar para trás.

A dor maior foi quando tive consciência do que fiz em plena véspera de Natal. Meu rosto ardia dos dois lados. A mão pesada dela me atingiu em cheio. Olhei para o homem em minha frente com vergonha e me escondendo entre as minhas pernas para que ele não me visse.

Ouvi seus passos se aproximarem e sua mão tocar em meu cabelo. Após alguns minutos senti suas mãos tocarem em meu rosto, fazendo com que nossos olharem se cruzassem. As lágrimas que desciam pela minha face foram espelhadas em seus olhos naquele instante.

– Ana, não fique assim. Estou aqui, sei que não sou alguém importante na sua vida, mas não abandonarei você nesse momento e em pleno Natal quase. – Ele tentou secar as lágrimas em meu rosto com sua mão direita, assim beijando a minha testa. Estendeu a mão para que eu conseguisse levantar. Com isso ele segurou na minha cintura. Pensei em mil coisas e nenhuma se encaixava no que estava sentindo.

– Willian como posso estar gostando de você sem te conhecer? – Perguntei para ele, enquanto era acolhida pelos seus braços.

– Não sei, estou assim também. Pode ser a magia do Natal que aproximou duas almas perturbadas por amores que não dão valor para nós. – Sua voz rouca na minha orelha me deixou arrepiada.

– Você quer passar o Natal comigo? – Perguntei para ele na esperança de um sim. Precisava ficar conversando com alguém para não fazer algo de errado.

No final o porteiro sorriu para nós dois quando Willian deixou o carro estacionado na vaga da minha família. Subimos o elevador para o decimo quinto andar, até entrarmos no corredor do meu apartamento. Tudo era tão arriscado que não pude perceber o que fazia. Olhei para o homem atrás de mim, imaginando o que ele tinha visto em mim.

Entramos no apartamento e liguei a luz. Fui direito para o meu quarto enquanto ele se voluntariou para fazer alguma comida. Precisava tomar um banho e tirar todo aquele suor e pensamentos negativos da minha cabeça. Fiquei um pouco assustada quando ele me chamou falando que tinha uma surpresa.

A mesa estava preparada com velas que ele encontrou não sei aonde e a decoração que ele fez definitivamente ficou linda. Tinha uma panela e dois pratos com algo de comer. O cheiro da comida se misturou ao dele e acabei sentando para não cair.

Ele se ajoelhou na minha frente dizendo que aquilo era o início de uma amizade. Conversamos durante os últimos minutos até que deu meia-noite.

– Feliz Natal Ana.

– Feliz Natal Will, obrigado por tudo e quero agradecer por ter salvo a minha vida. E talvez meu coração. Antes de você aparecer para me salvar estava com a ideia de suicídio, mas quando notei o seu olhar de preocupação. Vi que pelo menos uma pessoa sentia compaixão por mim.

– Ana não fale sobre isso, hoje estou aqui para conversarmos. Vamos ficar calmos e aproveitar o Natal que nos resta e que nos aproximou por algum motivo.

Comemos o que ele tinha feito, estava divinamente gostoso. Pensei que Will deveria ter caído do céu para me ajudar e que quando acordasse de manhã tudo teria sido um sonho.

Ele me abraçou, selando os meus lábios com um beijo suave com gosto de espumante que tínhamos aberto. Sentamos no sofá olhando para o pinheirinho enfeitado. Uma lembrança que ainda ia demorar para ser esquecida. Tinha decorado com Lilian esse ano. Os sentimentos por ela ainda eram grandes, mas com o tempo isso poderia passar. Will me beijo pela última vez antes que dormisse em seu colo.

***

– Ana acorda. – A voz de um homem me despertava. Não me lembrava do que tinha acontecido, mas logo que pus os olhos naquele homem, tudo veio como uma avalanche de neve. Sorri para ele e quando percebi que meus pais estavam na minha frente vi que algo estava errado. Fechei os olhos, fingindo querer dormir.

–Deixa eu dormir mais um pouco.

– Senhorita Ana Clara Magalhães, levanta desse sofá e me explica o que esse homem está fazendo na nossa casa. – Minha mãe era mais rígida do que meu pai e isso iria ser difícil de ser explicado. – Falei para que você cuidasse da casa e não trouxesse visitas. Não viajei porque a sua ex-namorada ligou para nós dizendo que arrumou o garoto de programa e estava fazendo uma festa aqui. E quando chego encontro você dormindo no colo desse cara.

– Mãe é Natal, por favor. Esse é só um amigo que conheci ontem. – Comecei a falar empolgada. - Ele me salvo de ser vítima de ser abusada na Boca Maldita. Você queria que sua filha morresse pelas mãos daqueles caras? Me responde. – Notei meu pai vindo em nossa direção com um telefone em mãos.

– Não importa, você me desobedeceu mais uma vez.

– Senhora eu sou policial e acho que você está sendo abusiva com sua filha. – Ele estava me defendendo, isso me encheu de orgulho.

– Olha aqui seu aproveitado, suma da frente da minha filha e nunca mais apareça. - O que ela estava fazendo. Não aprovava o meu relacionamento com a Lilian e agora isso. Pensei que se fosse um homem, ela seria mais tranquila.

Levantei furiosa. Apontei o dedo para ela e falei tudo o que estava engasgado na minha garganta. Cada palavra foi um golpe em meus pais. Eles se achavam os donos do mundo e agora estavam ali sentados escutando tudo o que eu tinha para falar. Willian ficou de pé, me encarando como se eu fosse outra pessoa. Após isso cai no choro mais uma vez. Só que dessa vez minha mãe chorou junto e senti que cada lágrima dela era sincera.

Foram tantos anos aguentando que explodi no momento de Natal que quando era criança significava tanto para mim. Olhei para o rosto de meu pai e depois para o de Willian. Meu pai veio nos abraçar deixando o seu celular de lado. Fechei os olhos sentindo o calor do abraço dos meus pais pela primeira vez depois de anos.

O que tinha se perdido retornou no Natal. Nunca havia esperado isso acontecer nessa data, minha felicidade foi interrompida quando abri os olhos e não encontrei Will, me desesperei para encontrá-lo. Meu peito ficou carregado de preocupação e ansiedade pelo momento que tinha acabado de viver. Ouvi a porta bater e corri em direção dela. Encontrei a silhueta dele em frente ao elevador. Gritei na esperança de ser ouvida.

– Willian, não vá por favor. Willian. – Gritei mais uma vez. Até que ele olhou para trás. Corri em sua direção me pendurando em seu pescoço. Beijei a sua boca e agarrei ele como uma menininha que acabara de ganhar o seu primeiro ursinho de Natal. Não o soltei até que ele me trouxesse novamente para o apartamento.

– Promete para nós que cada um vai respeita o outro não importa o que houver. – Suas palavras marcaram o meu ser.

– Prometo se você prometer. – Falei de uma forma delicada ainda em seu colo.

– Prometo – Foi firme.

– Eu também prometo e Feliz Natal novamente. – Tentei ser engraçada. O que minha mãe achou estranho. Seu olhar em nós era diferente agora.

Esse Natal foi muito diferente do que eu esperava. Além de conhecer um amigo policial, conheci o homem mais interessante do mundo. Sei que é cedo, mas quero que ele seja o meu namorado e quero passar a eternidade ao seu lado. A porta do amor abriu em minha frente e não deixei ele escapar. Meus pais tornaram-se mais afetivos nesse dia e minha confiança que eles iriam mudar daqui para frente, era a única esperança.

Nos meses seguintes nossa amizade se tornou mais forte, até que ele me pediu em namoro no carnaval. Num incrível jantar que ele fez para mim e meus pais. Aliás eles começaram a admira-lo como nunca tinham feito antes com ninguém. Passei na UFPR para o curso de Medicina e isso fez como que meus pais tivessem ainda mais orgulho de mim. Em maio ganhei uma fantástica festa de aniversário do meu namorado e um passeio de helicóptero pela cidade de Curitiba. Ver de cima o Parque Barigui, a Rui Barbosa com diversas pessoas fazendo suas compras, voltar a ver a Quinze de Novembro do alto foi magnifico, além de ver vários outros lugares.

Superei o que a Lilian fez e apresentei ela para à atual namorada dela. Por algo do destino ela é irmã do Will e entrou para a mesma turma de Medicina desse ano. Nas férias de julho, meu policial preferido tirou férias para que nós tivéssemos um conhecimento ainda maior de cada um. Foi sem dúvida a melhor férias da minha vida e com a pessoa certa.

Em agosto conheci os pais dele que morava no Canadá. No mês de setembro, comemoramos o aniversário dele em um parque de diversões.

Em outubro sai pela primeira vez sozinha com Lilian para uma balada, que ela queria me apresentar. Will ficou com ciúmes mais falei que eu não queria isso dele. Foi muito divertido até que encontrei a ex do meu namorado dançado com outro homem.

Will depois me explicou que terminou, porque ela havia traído ele com seu amigo policial e pelas descrições parecia o mesmo cara. Tudo se encaixava. Ela tentou vir para cima de mim, mas Lilian deu um soco nela e no final fomos todos para a delegacia.

Encontrei Willian de cara fechada. Tudo uma farsa. Logo depois que a ex noiva dele saiu abracei a Lilian e agradeci pelo que ela fez. Em novembro tive diversas provas e consegui passar em todas sem ficar de recuperação em nenhuma.

Em dezembro Willian fez uma surpresa a cada dia até chegar no dia vinte e quatro que se conhecemos no ano passado. Ele convidou todos os seus conhecidos e os meus para um salão para comemorarmos o Natal desse ano. Ele pensa que me engana, mas não. Lilian se tornou a minha melhor amiga e planejou tudo às escondidas com Willian. Já poderia sentir a armação no ar.

Quando deu meia-noite ele pegou o microfone e me pediu em casamento. É claro que aceitei e os meus olhos se encheram de lágrimas. Dei a minha mão para ele colocar o anel e quando vi o anel de noivado em meu dedo, suspirei não acreditando. Nunca me esquecerei do Natal e do meu policial salvador. Dei-lhe um beijo para encerrar o pedido e entreguei uma caixinha.

– Você também aceita casar comigo. – Pensamos juntos em tudo, mas nenhum de nós sabia disso.

– É claro que sim. - Willian me levantou em seu colo e olhou para os meus olhos diretamente. - Que cada Natal a partir de agora seja especial para nós dois. – Respirei fundo para o beijo que se seguiu.


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Notas finais do capítulo

Feliz Natal a todos.espero que tenham gostado da história.