Royal - Lily Evans e James Potter escrita por Ali Weasley


Capítulo 3
Quebrando o gelo


Notas iniciais do capítulo

Desculpe o atraso, não tive tempo de postar ontem. Espero muito que gostem!!



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POV James Potter 

— Exato, James – disse o pai de Lily – Aqui ele é apenas meu sobrinho que veio passar uma temporada em minha casa porque seus pais estão com problemas, certo? 

— Certíssimo, senhor – respondi. 

— Certo, pai. 

— Ótimo. Lily quero que mostre a James o quarto dele e também as roupas pra ele se trocar. Depois apresente a casa pra ele e o ajude a levar o cavalo ao celeiro. 

— Tudo bem – ela pareceu não gostar muito, mas assentiu para o pai e foi andando até as escadas – Vamos. 

A segui até o andar de cima que continha apenas um corredor e 3 portas. Ela abriu a segunda porta e entrou. 

— Este é o seu quarto. A primeira porta é o meu quarto e a última é o quarto dos meus pais. Qualquer coisa é só chamar. 

— Ok. 

— Essas são suas roupas normais, talvez você demore um pouco pra se acostumar – ela mostrou as peças sobre a cama e logo foi em direção à porta. 

— Não se preocupe, me adapto rápido. 

— Sei – isso foi um tom zombeteiro? – Bom, vou esperar do lado de fora, pode se trocar – ela saiu e fechou a porta. 

Realmente ela não foi com a minha cara, mas o que eu fiz de errado? Ah, sei lá. Peguei as roupas e me troquei. Até que fiquei bonitão com essa roupa de camponês, vou até deixar a barba crescer, ficar mais rústico. Dobrei minhas roupas num canto e abri a porta do quarto. 

— E aí? Como fiquei? Convincente? – perguntei a ela, que estava encostada na parede. 

— Até que sim. 

Da primeira vez que nos vimos eu já havia reparado nela. Cabelo longo e ruivo, pele bem clara e lindos olhos verdes. Ela realmente era muito bonita, e ficava ainda mais quando estava tentando me desprezar. 

— Bom James, vou te mostrar o celeiro, vamos. 

A segui até o lado de fora e puxei meu cavalo até a grande estrutura no jardim. Ela olhou para o cavalo, muito curiosa, e vi que tinha gostado dele. 

— Quer passar a mão? Ele gosta de carinho. 

— Não, não, estou bem – disse ela um pouco insegura. 

— Vamos Lily, sei que quer, ele não morde. 

Ela revirou os olhos pra mim, mas aproximou a mão devagar e acariciou o bicho. 

— Como ele se chama? 

— Pontas – respondi, acariciando ele também. 

— Pontas? Dá onde você tirou esse nome? 

— Da crina, está vendo? Ela é toda bagunçada, como meu cabelo, têm várias pontas – ela me olhou como se eu fosse maluco e riu – Eu tinha 7 anos, ok? – ri junto com ela. 

— Entendi, você era um garotinho muito criativo. 

O cavalo virou a cabeça para ela repentinamente e Lily se assustou, deu dois passos para trás e quase caiu. 

— Pontas, quieto – falei para ele – Você tá bem? – perguntei a ela, que deu uma distância do cavalo, com medo. 

— Sim, só me desequilibrei. 

— Você pareceu bem assustada, tem medo de cavalos? – perguntei me lembrando do nosso primeiro encontro. 

— É uma longa história – ela se limitou a responder, abrindo a porta do celeiro e entrando. 

Vi que provavelmente ela não gostaria de contar essa longa história para um estranho e fiquei na minha. Ela me explicou como funcionava o celeiro e logo a mãe dela apareceu. 

— Lily, seu pai falou que é melhor você levar o James até a vila, enturmar ele com seus amigos, essas coisas. Pra não ficar estranho. 

— Mas e o almoço mãe? 

— Você me ajuda com o almoço e depois vocês vão. 

Lily concordou e foi ajudar sua mãe enquanto eu dava uma volta pela região da casa. Encontrei uma horta no quintal e percebi que alguns minutos de caminhada levavam a um rio. Além de ter um poço e alguns animais em um cercado. Logo depois fui almoçar e realmente estava delicioso e bem mais saboroso que as comidas do castelo. Acho que posso me acostumar com isso. 

Depois que comemos a ruiva esquentada foi me levar até a vila. Fui indo em direção ao celeiro pegar meu cavalo, mas ela reagiu. 

— Aonde você vai? 

— Pegar o Pontas pra gente ir. 

— Não, não, vamos a pé. 

— Por que a pé se temos cavalos? 

— Porque eu não gosto de andar a cavalo, prefiro andar – ela colocou a mão na cintura, me esperando. 

— Tá bom então – dei de ombros achando aquilo cada vez mais curioso e fomos andando. 

O caminho estava muito silencioso, ela não tentava puxar assunto nem nada, então eu tive que tomar a atitude e quebrar o gelo. 

— Então Lily, parece que temos um longo caminho, perfeito pra você contar aquela sua história. 

— Você é bem curioso né? – ela me olhou desconfiada. 

— Preciso te conhecer se vamos morar na mesma casa e fingirmos que somos primos. 

— Parece um bom argumento – ela cedeu – Bom, eu tinha 9 anos e amava cavalos, meu pai me ensinou a cavalgar e eu vivia por aí montada em um. Porém, um dia o cavalo que eu estava se assustou e empinou, me fazendo cair de costas no chão e bater a cabeça. O pior de tudo foi que ele pisou na minha perna e fiquei sem andar por meses com ela quebrada. Desde então eu não subo mais em cavalos e sempre que tento me aproximar eu acabo me assustando. 

— Nossa – arregalei os olhos e passei a mão nos cabelos – Agora tudo faz sentido. 

— Sentido? 

— É, quando nós nos conhecemos, aqui nessa estrada, você realmente pareceu apavorada. E depois com uma simples virada de cabeça do Pontas. 

— Ah, é – ela pareceu se lembrar – aquela cena realmente fez eu me lembrar de tudo. Aliás, me desculpe, a culpa foi minha que ele se assustou. 

Ela está me pedindo desculpas? É isso mesmo? 

— Que isso Lily, nós dois tivemos parcelas de culpa naquilo. Eu te devo desculpas também – parei em sua frente e peguei sua mão, beijando-a – Perdão senhorita, por assustá-la daquele jeito. 

Encarei seus olhos verdes, ela ficou muito corada e sorriu timidamente. 

— Não seja tão príncipe quando estivermos na frente dos outros – ela riu e voltamos a andar. 

— Pode deixar. 

Chegamos a vila e estava realmente cheia. Lily andou até um bar chamado Três Vassouras e acenou para um casal sentado nos fundos. Fomos até lá e ela cochichou para mim no caminho: 

— Haja naturalmente. 

Paramos em frente à mesa e lá estavam sentados uma garota morena com olhos muito azuis e um cara de cabelos pretos e compridos até os ombros com olhos acinzentados. 

— Gente, esse é meu primo James que falei pra vocês – ela virou para mim – James, esses são Marlene e Sirius, meus melhores amigos. 

— Muito prazer – apertei a mão deles e me sentei ao lado de Lily. 

— O prazer é nosso – falou Sirius – Finalmente outro cara nessa roda – ele riu e eu ri junto. 

Ele começou a me situar sobre o local e as coisas enquanto a Lily conversava com a Lene (esse era o jeito que chamavam ela). Nisso passou uma garota loira pela gente e ficou me encarando, achei meio estranho e pensei que talvez tivesse me reconhecido, mas ela apenas parou na mesa e olhou com deboche para Lily. 

— Uau Evans, quem é o amiguinho novo na roda? 

— Esse é meu primo James, Marjorie – Lily revirou os olhos, visivelmente irritada com a presença da garota. 

— Prazer – cumprimentei, com um aceno de cabeça. 

— O prazer é todo meu – a tal Marjorie respondeu, sorrindo cinicamente - Vejo você por aí – ela piscou pra mim e saiu rebolando pra fora do bar. 

— O que foi isso? – perguntei. 

— Marjorie, a grande vaca da vila. Está sempre enchendo nossa paciência – respondeu Lene. 

— Odeio ela, sempre arranja um jeito de me deixar irritada – falou Lily. 

— Até eu não gosto dela, e olha que sou galinha – brincou Sirius, rindo. 

— Ainda bem que você sabe – Lene mordeu na hora e começou a dar uns tapas nele. 

— Ainda deu em cima de você descaradamente, muito atirada – disse a ruiva. 

— Percebi, ficou me encarando com aquela cara estranha. 

— Toma cuidado com ela – Lily me alertou – Não é flor que se cheire.


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Notas finais do capítulo

E ai? Será que o James tá conseguindo quebrar o gelo do coração da Lily? AHEUHAUHE. Quero saber se gostaram !!



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