BlackList escrita por Myle


Capítulo 7
O primeiro Alvo


Notas iniciais do capítulo

Ooooooooooii pessoas.
Demorei pra postar aqui.
Mas okay.
Aqui esta mais um cap pra vcs do Nyah
Espero que gostem!



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...

— O senhor não vai machuca-la, não é mesmo?

— Não. – Valentim respondeu, mas deixou a desejar.

— O senhor prometeu.

— Não vou machucar minha própria filha! – Valentim se irritou.

— Ora, como se eu acreditasse que você não machucaria seus próprios filhos.

— Jonathan... – Valentim virou-se para o garoto atrás de si. – Você ficou muito mole depois que foi morar com sua mamãezinha. Por que hein?

— Cale a boca. – Ele respondeu ríspido. – Ela é minha irmã. Prometi a ela que tudo ficaria bem com ela.

— Claro, você faz tudo por ela não é mesmo? – Valentim deu um passo para frente. – Eu prometi para você, que o que eu estou fazendo é para o bem dela não foi?

—...

— Então. Ela ficara bem... – Valentim disse com sorriso que dizia totalmente o contrario. Jonathan estava começando a duvidar se deveria ter feito tudo o que o pai pediu. Pensando agora, parecia uma péssima ideia...

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  Era uma noite estrelada sem uma nuvem sequer no céu. Eu caminhava tranquilamente pela trilha que dividia a floresta ao meio, quem me visse, pensaria nada mais nada menos do que uma simples garota dando uma volta no bosque. Pensaria em como essa garota é tão inocente, e tão boazinha. Na real, não era essa a situação. Porque na verdade ninguém me veria, já que mundanos não enxergam o mundo das sombras, e se vissem, não pensariam isso após ver as armas que carrego ou a roupa que visto. Não estava simplesmente dando um volta na floresta, observando o quão lindas as estrelas estão hoje. Estou aqui por uma simples razão. Vingança.

  Estaria indo dar uma pequena visita a uma velha amiga, faz tempo que não a via. Aposto que ela ficaria feliz em me ver...

  Depois de uma longa caminhada, avisto a casa que tanto procurava, também avisto que há muitos seguranças no jardim.

 - Do que será que ela esta com medo? – Digo irônica sorrindo de lado. Ela sabia que eu viria, provavelmente, por isso pôs seguranças na casa. – Pensei que fossemos amiga– Fingi magoa.

  Isso seria muito fácil, esse guardas não tem cara de que vão me dar dificuldades. Mas teria que fazer isso silenciosamente, se não, ela foge e eu não poderia deixar isso acontecer de novo. Peguei meu arco e flecha e mirei em um que estava mais separado dos outros. Menos um.

  Mirei em outros três que guardavam o telhado. Menos quatro.

  Peguei mais quatro flechas e de uma vez só... Menos oito.

  Havia mais, me movi silenciosamente para a esquerda da casa, escondida entre as arvores. Havia mais três ali. E em uma velocidade incrível, um de cada vez foi atingido pela flecha. Menos onze agora.

  Dei a volta em círculos sobre a casa, haviam mais quatro atrás, como ela é precavida. É uma pena. Menos quinze.

  E agora não haviam-se mais guardas, a casa estava limpa. Andei silenciosamente até a porta dos fundos, abria-a sem dificuldade e entrei. A casa era bem grande, pensei que não seria fácil encontrá-la aqui, porem lá estava ela, lendo um livro e escutando uma musica clássica em seu sofá caro. “Como se nunca tivesse matado alguém” pensei com raiva. Como ela poderia estar tão tranquila?

  Iria me mover para a frente, mas escutei passos vindo de escadas.

 - Esta lendo de novo meu amor? – O homem disse, reconheci na hora. John.

  Ri comigo mesma. “Dois coelhos em uma cajadada só”. Interessante.

 - Você sabe que eu amo esse livro. – Escutei ela dizer. Dava até nojo, agindo como se fossem pessoas normais. Peguei uma flecha e continha um liquido dentro e mirei no homem.

 - Eu sei, eu sei. – Ele riu dando-lhe um beijo na testa. – Mas você não teria um tempo só pra mim não?

  Ela riu traiçoeira.

 - Claro que sim. – E deixou o livro de lado para começar a beija-lo.

 - É uma pena né. Um casal “tão bonito” – Falei pra mim mesma e atirei a flecha nele, que imediatamente ficou mole e caiu no chão.

 - John? – Ela disse desesperada, assim que viu a flecha em seu pescoço, olhou em volta até ver Clary que repousava na patente da porta. – O que você fez?!

— Ah, não se preocupe, ele não esta morto... Ainda. – Sorri um sorriso cínico para ela, que me olhava com incredulidade e pavor. Constatando que sentia medo de mim, sorri mais ainda...

#Três dias antes...

 Pov Clary.

  Dois meses haviam se passado desde que cheguei aqui. Dois meses me preparando e tendo paciência. Magnus e Jace andam saindo muito para coletar informações sobre Valentim, eles sempre voltam dizendo que não encontraram nada, mas é obvio que eu não acredito. Antes, sempre deixavam Izzy ou Alec para cuidar de mim, já que não tinha capacidade de me defender sozinha. Mas agora, depois de um longo treinamento, já sabia me cuidar, tanto que só de vez em quando Izzy ou Alec vinham me ver. No inicio eu e Alec não nos dávamos bem, ele achava que trabalhava para Valentim de alguma forma. Mas depois de uma grande briga que tivemos, depois que eu guspi na cara dele que odiava Valentim e que queria mata-lo mais que tudo, nossa relação melhorou muito.

  Agora eu estava me preparando para ir atrás de Jace e Magnus. Eu ia segui-los só. Mas eles foram pelo portal, e isso não ajuda. Mas nesse período de dois meses eu também descobri o tal dom que Valentim tanto queria de mim. Eu posso criar novas runas. E eu posso ativar esse portal mais uma vez. E assim eu fiz, o portal se ativou, pensei em Magnus e Jace e pulei no portal.

  Fui parar e frente a uma caverna com muitas arvores em volta. Pensei que estaria no lugar errado, mas vi Jace dentro da caverna, graças à runa que ampliava minha visão. Fui andando de fininho até entrar na caverna e me esconder atrás de uma rocha, ampliei meu sistema auditivo e comecei a escutar a conversa.

 - Então Camille, novidades? – Escutei Magnus perguntar.

 - Ó, claro que sim Magnus. – A mulher disse canhosa.

 - Então desembucha. – Jace disse impaciente.

 - Olha como fala comigo caçador de sombras. Eu que estou lhe dando informações de Valentim a muito tempo, olha a gratidão. – Ela disse em tom chateado. “Eu sabia!” pensei.

 - Tudo bem, Camille, por favor, não temos tempo a perder. – Magnus disse.

 - Fiquei sabendo que uma feiticeira chamada Moly vai ir atrás de Clary daqui algum tempo. – Ela disse finalmente.

  Mas o que? Eu conheço esse nome, é aquela feiticeira que matou minha mãe. Cerrei o punho com força.

 - O que? Por que agora? – Jace perguntou, também com o punho cerrado.

 - Não sei. Eu só ouvi que ela iria atrás da Clarissinha. Hihihihi. – Ela disse dando uma risada tão desnecessária quanto.

 - Certo, mais alguma coisa? – Magnus disse.

 - Bem, deixe-me ver... – Ela disse batendo o dedo no queixo como quem esta pensando. – Não, por enquanto é só isso. Ah claro, tem o Jonathan Morgenstern que quer muito rever a irmãzinha, Valentim não permite, mas eu não sei... Ele quer muito ver Clarissa.

  Meu coração parou de bater. Jonathan Morgenstern seria meu irmão e ele esta... Vivo. Meu irmão. Eu desconfiava, mas ouvir isso concretamente, era bem diferente. Ela disse que ele queria me ver, mas Valentim não permite. Será que ele esta mantendo Johnny prisioneiro? Eu tenho que salvá-lo. Eu ia sair dali, mas a tal Camille falou mais uma vez, e dessa vez, ela falou algo muito interessante.

 - Eu já ia esquecendo, eu sei onde Moly mora. – Ela disse, com um sorriso no rosto.

 - Onde? – Magnus perguntou.

 - Ela mora para o oeste da sua casa e ao sul da floresta Bushin. É muito longe, eu devo dizer, e esta protegida por feitiço.

 - Okay, entendido. Obrigado Camille. – Magnus disse e já ia saindo.

 - Tudo bem, você pode me agradecer adequadamente depois...

  É melhor eu sair daqui.

x—x—x—x—x—x—x—x—x—x

  - Clary? – Ouvi Jace me chamar entrando em casa.

 - Oi. Conseguiram informações? – Perguntei na esperança de que me dissessem.

 - Não. – Magnus respondeu fingindo desanimo e frustração, nas primeiras vezes eu ate acreditava, mas agora.

 - Ah. – Também fingi estar cabisbaixa. Não acredito que eles tinham a cara de pau de mentir para mim sobre coisas que vão acontecer comigo ainda por cima! – Vocês vão sair ainda hoje?

 - Não, nós já fomos ate Idris para que Alec e Izzy viessem para cá nos ajudar com essas coisas que envolvem Valentim. Só precisamos aguardar. – Ele sorriu simpático para mim, retribui o sorriso, como alguém que não sabe de nada.

 - Tudo bem. – Disse e voltei à cozinha para terminar meu sanduiche. Hoje eu iria dar uma volta na tão floresta Bushin.

Quebra Tempo.

  Já estava bem tarde, havia dito que iria dormir depois de um treinamento pesado com Izzy que havia chegado alguns minutos depois que Jace disse que ela viria. Descansei um pouco, fingido estar dormindo mesmo, para repor um pouco das energias, percebi que Jace apareceu no quarto e verificou se eu estava mesmo dormindo. Eu sabia que um deles viriam, por isso fiquei ate de pijama.

  Umas duas horas se passaram e eu finalmente estava descansada. Levantei, troquei de roupa, peguei as armas que havia levado ate o quarto e sai de mansinho pela janela. Surpreendentemente, ninguém me notou sair.

  Ai você deve estar pensando. Como raios você vai achar a casa da mulher, se esta com feitiço?

  É muito simples. Ela vai me ver, andando em volta da casa dela e em vez de esperar alguns dias, ela vai adiantar seu trabalho, vindo atrás de mim agora. E eu vou estar pronta pra ela.

x—x—x—x—x—x—x—x—x—x

  Segundo as informações daquela mulher, eu já estou no lugar certo. Depois do treinamento intensivo que Alec me deu sobre essas coisas, que são muito necessárias em batalhas, eu sei muito bem onde estou.

  Continuei andando como quem não quer nada e finalmente ela apareceu. Dando uma longa risada.

 - Eu devo-lhe agradecer, Clarissa Morgenstern. – Ela disse atrás de mim.

 - Pelo o que? – Eu perguntou, ainda de costas para ela.

 - Por ter vindo atrás de mim e facilitado todo o serviço de ter que te achar. – Ela riu mais uma vez. Mas eu a interrompi com a minha risada, o que fez com que ela ficasse confusa.

  Me virei para ela.

 - De nada, mas... Eu já planejava que você viesse atrás de mim. – Eu disse olhando-a fixamente. Se não fosse à runa de visão noturna, acho que não a enxergaria. – Eu não faço ideia de onde fica a sua casa, então vim dar uma volta pela floresta Bushin para ver se você aparecia. – Disse e peguei minha lamina serafim, sussurrei um nome de anjo e ela se acendeu como uma lâmpada.

 - Interessante. Em tão pouco tempo você já ficou inteligente. – Ela disse nem um pouco abalada com a ameaça da lamina de Clary. – É uma pena, não sei se você sabe, mas feiticeiros vivem para sempre. Eu tenho muito mais inteligência que você, e muito mais poder. O que pretende fazer?

 - Não sei. Que tal apenas separar sua cabeça do corpo? – Disse e com uma velocidade não humana, corri até ela para acerta-la com a lamina, não resultou muito já que ela se esquivou.

  Ficamos assim por alguns minutos, eu atacando ela se defendendo.

 - Você é realmente a filha de Valentim. – Ela disse ofegante, se esquivando dos meus ataques. – É raro um shadowhunter evoluir tanto em apenas dois meses... Principalmente alguém que foi criado como uma simples mundana por uma mulher estúpida...

 - Cala boca! – Gritei e finquei a faca em sua barriga. A mesma olhou horrorizada para a lamina atravessada em si e ergueu o olhar para mim. – Não fale assim da minha mãe sua vadia! – Finquei mais ainda a lamina em sua barriga.

 - “O verdadeiro poder de uma pessoa, é a vontade de proteger alguém que lhe é importante”. Não é a toa que essa frase é muito popular. É por isso que você esta mais forte? Por amor aos seus pais e irmão? – Ela disse com dificuldade.

 - É. Acertou em cheio, ate que você não é tão burra. Mas eu sei que meu irmão esta vivo. – Eu disse e ela ficou surpresa com isso.

 - Alguém infiltrado, é? Bem, ele esta vivo sim. – Ela sorriu, com sangue saindo de as boca.

 - E ele...

 - Moly!! – Ouvi alguém gritando ao longe. Retirei a lamina dela e fiquei em posição. – O que você... – Ele se interrompeu assim que me reconheceu. – Clarissa.

 - Olá. – Eu disse cínica. – John, certo?

 - Muito. – Ele disse entre dentes.

 - Você também esta na minha lista. Então...

 - Cale a boca! Vou fazer-lhe se arrepender de ter machucado minha mulher! – Dito isso, suas mãos começaram a brilhar em chamas verdes que vieram diretamente em minha direção, fiquei em choque e não consegui desviar a tempo, as chamas me acertaram, mas não eram chamas comuns, elas machucaram muito, muito mesmo.

  Quando vi, estava gritando de dor, jogada no chão.

 - Não... A mate! – A mulher disse engasgando com o próprio sangue.

 - Mas...!

 - Não! Valentim vai nos matar. Não, pior que isso...

 - Tudo bem. Deixe-me cuidar de você. – Ele disse e vi que suas mão brilharam na mesma chama verde que antes, mas ao invés de machucar, estavam curando.

 De fininho, peguei minha estela e fiz uma iratze, depois uma runa contra fogo, não sei se funcionariam com as chamas dele, mas não custa tentar. Levantei e peguei meu arco e flecha, mirei no homem e acertei em sua perna, ele gritou e antes que fizesse mais alguma coisa atirei mais uma, que fincou-se abaixo do pulmão.

 - Você acha mesmo que aquilo me pararia tão facilmente. Eu Clarissa Morgenstern, vai precisar mais do que luzinhas verdes para me parar. – Disse firme e forte enquanto o outro se retorcia no chão. – Ah sim, quase ia me esquecendo, a flecha esta envenenada. – E sorri.

  Moly que parecia bem melhor que antes retirou as flechas de seu companheiro e olhou furiosamente para mim. Suas mãos brilharam em chamas verdes também que vieram ate mim, fiquei parada confiante de que a runa seria mais forte. E assim foi. As chamas passaram reto por mim e eu não sofri nenhum dano.

 - Só isso? – Eu perguntei fingindo tédio.

 - O que você quer? – Ela perguntou abraçada a John que se retorcia no chão.

 - Eu pensei que estivesse obvio pra você. Eu quero vingança, só isso. – Eu disse sorrindo de lado para ela.

 - Por favor, eu e meu marido não temos culpa! – Ela disse, como se eu fosse acreditar. – Valentim nos forçou a isso, nunca quisemos machuca-la de...

 - Cala a boca! Como se eu fosse acreditar nisso! – Perdi a paciência ouvindo essas baboseiras.

  Ela pareceu entender que não ia me vencer, talvez ela vencesse, mas seu marido iria morrer, e pelo jeito ela o ama. Ela fez um gesto com as mãos e reconheci na hora o que era.

 - Você vai morrer uma hora outra, pra que adiar então? – Peguei mais uma flecha e mirei nela.

 - Você é forte Clarissa Morgenstern. Eu admito minha derrota aqui. Mas não aceito, você pagara. – Ela disse e saltou em direção ao portal, soltei a flecha quando percebi seu movimento e ela juntamente com a flecha, sumiram no ar.

— Você não vai fugir da próxima vez. – Guardei o arco e a lamina e me virei para ir embora. Só então eu percebi. A minha direita havia uma casa enorme e luxuosa. Era a casa dela pelo jeito, já que não estava ali a pouco tempo atrás. Acho que o poder dela ficou limitado demais para manter o feitiço. Bem... Pelo menos agora eu sei onde ela mora.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? O que precisa melhorar? Me digam! Me digam!
Comentem aí que no final de semana eu tento postar mais um.
(Se a escola não em matar até lá)
Beijossss



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