Uma semana após os acontecimentos do segundo filme, o líder Soluço se encontrava no Grande Salão jantando junto com sua mãe, sua namorada e e seus amigos.
Ele se sentava com Valka a sua direita e Astrid em sua esquerda.
Melequento, Perna-de-peixe, Eret e os gêmeos discutiam sobre quem ficaria com Cabeça-Quente.
–Claro que ela irá me escolher. Ninguém resiste à tudo isso. - Disse Melequento flexionando o braço.
–Cabeça-Quente é uma mulher moderna, e mulheres modernas preferem homens inteligentes. - Discordou Perna-de-peixe.
Cabeça-Dura gemeu de desgosto para os dois.
–Vocês não tem chance. Eu só tenho olhos para o Eret filho de Eret. - Disse Cabeça-Quente sonhadora.
–Pode esquecer. - Disse Eret se afastando o máximo que podia dela.
Enquanto isso, Valka e Astrid apenas observavam a discussão. E Soluço brincava com sua comida lutando contra uma dor de cabeça.
O trabalho como líder estava acabando com ele. Mal tinha tempo para voar com Banguela e dar atenção para Astrid e Valka que o ajudavam ao máximo.
Soluço respirou fundo e se retirou do Grande Salão para respirar. Ele se sentou na escada e olhou para a noite em Berk, ainda dava para ver alguns pedaços de gelo da batalha contra Drago pela vila.
Então olhou para a estátua que mandou fazer em homenagem à seu pai.
–Soluço?
Olhando para trás, viu sua namorada parada na porta.
–O que foi? - Perguntou ela se sentando ao seu lado.
–Apenas estou cansado. - Respondeu se inclinando para Astrid que fez cafuné seu cabelo.
Eles ficaram assim por alguns minutos até escutarem uma algazarra dentro do Salão.
–Mas o que é isso? - Se perguntou Soluço se levantando e entrando no salão seguido de Astrid.
Lá eles viram Melequento correndo e pegando fogo na bunda e os gêmeos rolando no chão de tanto rir junto com alguns outros vikings e duas garotas.
–Como senti falta disso. - Disse Bea rindo.
–Hã... Quem são vocês? - Perguntou Astrid.
–Opa! Quase esqueci! - Estalei os dedos trazendo de volta a memória de mim de de Bea para os vikings.
–Vocês voltaram mesmo! - Exclamou um viking qualquer.
–Voltamos mesmo! - Disse Beatriz animada.
–Só não voltamos antes por causa da escola. Ou também por causa de uma certa série, não é Bea? - Olhei pra ela de braços cruzados.
–Hehe, Desculpa. - Riu ela.
–Soluço. - Chamou Valka. - Quem são elas?
–Mãe, essas são Heloise e Beatriz. Elas são de algum lugar muito esquisito. E elas já vieram aqui para nos mostrar o futuro, mais exato o ataque de Drago. Mas depois apagaram nossas memórias. - Explicou Soluço.
–Desculpe, mas foi necessário. - Disse a eles.
–Só eu que reparei que elas não envelheceram? - Perguntou Perna-de-peixe.
–Verdade! Como isso é possível? - Perguntou Cabeça-Quente.
–Será que elas sabem onde fica a fonte da juventude? - Disse Cabeça-Dura.
–Não. - Respondi.
–Nós podemos ir a qualquer lugar. - Disse Beatriz. - Tanto presente, passado e futuro. Ou até em mundos fictícios.
–Bem, já perdermos tempo demais. Vamos falar a verdadeira razão de estarmos aqui. - Disse aos vikings. - Antes vocês assistiram o futuro, agora iremos mostrar a vocês o passado.
–Mas nós já sabemos do passado, porque já vivemos ele. - Disse Astrid.
– Certo mas, algum de vocês não querem saber exatamente como Soluço treinou o Banguela? - Perguntei a eles.
– Ou como o romance entre o Soluço e a Astrid começou? - Completou Bea.
Soluço e Astrid coraram.
–Então vamos começar!

Todos se sentaram nas mesas, e como sempre, a gangue se sentou junta.

Esta é Berk

–Lá vamos nós de novo! - Exclamou Melequento.

Fica a doze dias ao norte de Sem Esperança e uns graus ao sul de Morrendo de Frio. Localizada exatamente no meridiano da Infelicidade.

Parte da aldeia riu e a outra parte concordou com as palavras de Soluço.

Minha aldeia. Em uma palavra: Sólida. Ela existe a sete gerações, mas todas as casas são novinhas em folha. Temos pesca, caça e um pôr do sol encantador. O único problema são as pragas. Sabe, a maioria dos lugares costuma combater ratos, mosquitos, mas nós temos...

–Dragões! - Gritou animada uma criança.

Um dragão solta fogo bem na porta da gente, mas Soluço fecha a porta a tempo.

–Você er tão pequeno assim? - Perguntou Valka fazendo algums vikings rirem.

–Mãe! - Exclamou Soluço.

Dragões.

–Eu acertei mamãe! - Comemorou o pequeno.

A cidade está sendo atacada, com fogo por todos os lados. Vikings e animais correndo em todas as direções.

A maioria das pessoas iria embora. Mas nós, não. Somos viking. Temos teimosia crônica.

–Nisso eu concordo. - Disse Valka.

Soluço corre para fora de casa, mas um vikings cai bem na sua frente.

Meu nome é Soluço. Nomezinho legal, eu sei, mas até que não é dos piores. É que nossos pais acham que nomes horríveis afastam gnomos e trolls.

–Isso é verdade! E graças a isso nunca vimos um gnomo ou troll na vida! - Exclamou Bocão.

Enquanto Soluço passa, vários vikings se surpreendem e o acompanham com o olhar. Mas houve uma explosão atrás dele, fazendo o garoto tropeçar e um outro viking para em cima dele gritando.

– Bom dia. – Deseja e sai de cima de Soluço voltando pra batalha.

Como se o nosso charmoso estilo viking já não fosse o bastante.

Os vikings riem.

Soluço volta a correr mas os outros começam a mandar ele para dentro.

– O que ele está fazendo aqui? – Diz um.

– Volta já para dentro.

– O que faz aqui fora?

Valka olhou confusa por tanto desespero das pessoas para mandarem seu filho para dentro da casa.

O garoto não para e continua a acorrer mas quando é quase queimado por um dragão, alguém o puxa por trás e o segura pela camisa e aponta:

– Soluço! O que esse garoto está fazendo aqui fora? O que você está fazendo aqui? Volta já para dentro! – Ele larga o Soluço no chão.

A aldeia fica em silencio em respeito ao seu antigo líder.

Esse é Stoico, o Imenso, chefe da tribo. Dizem que quando era bebê, ele arrancou a cabeça de um dragão assim, brincando.

Pausei o filme.

–Quase esquecemos! - Disse Beatriz.

–Temos uma surpresa pra vocês! - Completei apontando para a a entrada do salão.

A porta se abriu e revelou uma pessoa que arrancou vários suspiros dos vikings.

–Pai?

–Stoico?

Perguntaram Soluço e Valka ao mesmo tempo.

–Olá. - Disse Stoico sorrindo.

–M-mas você morreu. - Gaguejou Soluço sem acreditar.

–Por isso você tem que agradecer a Beatriz e a Heloise. - Disse Stoico. - Elas que me trouxeram aqui.

Soluço encarou seu pai ainda sem acreditar por uns segundos, então correu abraça-lo.

–Senti sua falta. - Disse Soluço no meio do abraço.

–Eu também filho.

Pai e filho se separaram do abraço, e Stoico olhou para sua esposa que estava congelada ao lado de Astrid. Ele se aproximou dela e a abraçou não antes de beija-la.

–Eu não acredito que você está aqui. - Chorou Valka.

–Nem eu querida.

–Não quero estragar o reencontro, mas temos que continuar o filme. - Interrompi educadamente enquanto Bea chorava ao meu lado.

A família assentiu e se sentaram junto com a gangue.

Stoico pega uma carroça e joga em um dragão que estava voando.

Se eu acredito? Pode apostar.

– O que temos agora? – Pergunta para alguém.

– Gronkles, Nadders, Zipperarrepiantes e o Orco viu um Pesadelo Monstruoso. – Informa.

Houve mais uma explosão, mas Stoico não se assustou.

–Que cara de bravo.

– Algum Fúria da Noite? – Questiona mais uma vez.

– Ainda não.

– Ótimo. Erguer as tochas!

Soluço aparece correndo mas finalmente chega no seu destino.

Valka levantou as sobrancelhas ao ver que seu filho era aprendiz de Bocão.

– Que apareceu para a festa! – Alegra-se Bocão – Achei que tivessem pegado você.

–Quem, eu? – Ri Soluço – Ah, qual é, sou musculoso demais para o paladar refinado dos dragões. Eles nem iam saber o que fazer com tudo... isso – Ele flexiona o braço magro.

–Onde? Não vejo nada. - Brincou Melequento.

– Ué, eles não usam palitos de dente? – Zoa.

A aldeia riu.

Esse bronco folgado de mãos intercambiáveis é o Bocão. Eu sou aprendiz dele desde que era pequeno, quer dizer, bem menor.

– Protejam os níveis inferiores – Manda Stoico – Vamos atacar com as catapultas.

Acontece outra explosão nas partes das moradias.

Não disse? Uma aldeia velha com um monte de casas novinhas em folha.

–Só verdades. - Comentou Bocão.

– Fogo! – Alguém avisa e vários adolescentes vão pegar baldes de água.

Esses aí são o Perna-de-Peixe, Melequento, os gêmeos: Cabeça-Quente e Cabeça-Dura e... (suspiro) a Astrid.

Os vikings soltaram algumas risadinhas como Soluço se encolheu na cadeira e Astrid sorriu corada.

O trabalho deles é tão mais maneiro.

Soluço admirando os outros trabalharem até que ele sai da janela com intenção de sair, mas Bocão o flagra.

– Ah, qual é, me deixa sair por favor, eu tenho que deixar minha marca – Implora Soluço.

– Você já deixou muitas marcas, todas em lugares errados – Reclama Bocão o deixando no chão.

– Só dois minutinhos. Eu mato um dragão e minha vida vai ser infinitamente melhor, quem sabe eu até arranje namorada.

–Já estava pensando na Astrid. - Riu Cabeça-Quente.

–Você não sabe manejar um martelo, não aguenta um marchado, nem consegue atirar um desses – Mostra o instrumento mas logo um viking tira se sua mão e lança em um dragão.

– Ta, tudo bem, mas isso vai atirar por mim – Soluço mostra sua arma, mas sem querer ela dispara e acerta a cabeça de um.

–Viu? É exatamente disso que eu estou falando.

– Só precisa dar uma calibradinha.

– Soluço! – Adverte Bocão – Se você quiser e lá fora e lutar contra dragões tem que parar com tudo isso – Ele aponta para o garoto.

–Ele me pediu pra deixar de ser eu mesmo. - Resmungou Soluço.

–Mas ainda bem que não deixou de ser. - Disse Astrid tentando alegra-lo.

Soluço sorriu e segurou sua mão na dele.

– Mas você está apontando para mim todo.

– É isso aí pare de ser como você é!

Valka olhou incomodada para a tela com o jeito que tratavam seu filho.

– Ah, o senhor está jogando um jogo muito perigoso, querendo manter toda essa minha vinkindade impetuosa reprimida, as consequências serão terríveis.

A aldeia riu com o drama que ele fez.

–Igualzinho a mãe dele. - Riu Bocão.

– Vou arriscar – Diz Bocão com cara de tédio – A espada. Afiar. Agora – Ele pega a espada e joga em cima de Soluço que com esforço ele leva até o afiador.

Um dia eu chego lá. Porque matar um dragão é tudo para nós. Uma cabeça de Nadder vai,pelo menos, me dar uma moral. Os Gronkles são osso duro, se eu derrubo um deles, com certeza, eu descolaria uma namorada. Um Zipperarrepiante? É exótico. Duas cabeças, o dobro do prêmio.

Soluço estremeceu com o jeito que ele falava dos dragões.

–Me arrependo de ter um dia pensado assim. - Disse ele.

–Eles acharam as ovelhas! – Um vinking informa Stoico.

– Acionar as defesas do nível inferior – Manda – Fogo!

E ainda tem o Pesadelo Monstruoso. Só os melhores vikings lutam contra ele.Ele tem o péssimo hábito de se incendiar.

Pesadelo aparece pegando fogo e Stoico pega seu martelo.

– Recarregar! Eu cuido desse aqui!

Mas o troféu supremo é um que ninguém nunca viu. Chamamos ele de...

–Fúria da Noite! – Grita um – Abaixem-se.

A torre é destruída por uma explosão o que faz com que os outros pulem dela.

Banguela ergueu a cabeça e fez pose de exibido.

Ele nunca rouba comida, nunca se revela e nunca erra. Ninguém jamais matou u Fúria da Noite. Por isso, eu vou ser o primeiro.

–Primeiro a treinar um! - Corrigiu Perna-de-Peixe.

Soluço vai até Bocão que estava trocando o seu ganho por um marchado.

– Fica de guarda, Soluço. Precisam de mim lá fora – Ele está quase saindo mas se vira novamente – Quietinho. Parado. Aí. Não se mexe.

–Eu não sou um animal de estimação Bocão. - Bufou Soluço.

–Com certeza não é. Um animal de estimação teria ficado dentro. - Responde Bocão.

Soluço pega sua arma e começa a correr novamente.

– Aonde você vai? – Questiona um.

– É, pois é.

Stoico pega mais alguns Nadders perto das ovelhas lançando uma rede neles.

– Protejam-se. Ainda estão cheios de fogo.

Soluço prepara sua arma e começa a mirar.

– Vai. Quero acertar um dragão, quero acertar um dragão.

Até que ele começa a ouvir uns sons e explode uma outra torre e do fogo, sai uma sombra negra onde Soluço, depois de mirar, acerta perfeitamente o Dragão que caí na floresta.

–Ele havia acertado mesmo. - Comentou Melequento.

– Eu acertei? – Pergunta Soluço para ninguém em especial –É, eu acertei ele! Por acaso alguém aí viu isso?

Um Pesadelo Monstruoso pouco atrás do garoto.

– É, além de você.

Todos do salão riram, pois até em situação de perigo o garoto era sarcástico.

Soluço começa a correr com o Dragão perto dele, seus gritos alertam Stoico que suspira depois de ver o que aconteceu.

–Não deixem que escaquem. – Ordena e começa a correr em direção do garoto para o salvar.

Soluço se esconde atrás de uma tocha que o dragão lança fogo e ele vira um pouco para espiar mas o réptil surge de seu outro lado, mas Stoico pula em cima da boca do dragão e começa a lutar com ele. O dragão tenta soltar fogo mas somente sai um pouco.

–Acabou o seu gás – Provoca Stoico, que começa a bater no focinho do Dragão, no qual foge voando.

–E Stoico salva o dia! - Disse Cabeça-Dura.

Ah, só tem mais uma coisinha que precisam saber.

A parte queimada da tocha se desfaz caindo para os níveis inferiores da aldeia queimando as casas.

– Foi mal, pai – Se desculpa Soluço – Mas eu acertei um fúria da noite – Stoico pega ele pela camisa e começa a arrastar o garoto – Pai, não foi como das últimas vezes, pai, dessa vez, eu acertei mesmo, vocês estavam ocupados e eu estava com ele na mira. Ele caiu perto do Penhasco do Corvo. Tem que enviar um grupo de buscas antes que...

– Chega! – Stoico interrompe Soluço.

Soluço e Valka estremecem com o tom de voz de Stoico.

–Desculpe por isso. - Desculpou-se Stoico.

–Tudo bem pai.

– Chega. Toda vez que você sai por aí acontece um desastre. Você não vê que tenho problemas maiores? O inverno está chegando e eu tenho que alimentar a aldeia inteira.

–É, cá entre nós, bem que esse pessoal podia comer um pouco menos, você não acha, não? – Ironiza o garoto.

–Isso magoou! - Gritou um viking no fundo do salão.

– Eu não estou brincando, Soluço. É tão difícil para você obedecer ordens?

– É que eu não consigo me segurar, pai, quando eu vejo um dragão, eu tenho que sair matando. É assim que eu sou, pai.

– Você pode ser muitas coisas, – Suspira Stoico – mas matador de dragão você não é.

–Nisso eu concordo. - Disse Soluço.

–Agora volta para casa. Leve ele para dentro – Ordena para o Bocão – Vou ter que dar um jeito nessa bagunça.

Quando Soluço passa perto dos outros adolescentes, eles começam a zoar do garoto.

– Você deu um show – Zomba Cabeça-Dura.

– Nunca vi ninguém fazer tanta burrada – Complementa Melequento.

Valka fica triste pelo modo que os adolescente tratavam seu filho.

– Obrigado, obrigado, eu tentei – Fala Soluço.

Apenas quem não zombou do garoto foi Astrid que ficou sentada afiando seu marchado e logo que ele passou por ela, ela acompanhou o mesmo com o olhar.

–Hummmm! Pelo jeito a Astrid já gostava do Soluço também! - Brincou Cabeça-Quente.

–Cala a boca. - Retrucou Astrid corada.