Servos e Humanos escrita por Ed Henrique
Notas iniciais do capítulo
É hora de saber o que se passa com a situação do Naruto.
Menma:— Filho do deus sol, Apolo, e da deusa da beleza, Afrodite, Menma carrega o poder de uma pequena parte do sol. Também sendo o deus das mesmas regências de seus pais, seu poder da beleza excede o dos mesmos, visto que basta olhar para ele para uma menina se apaixonar, e com apenas um beijo elas se prendem a ele eternamente.
Correndo o máximo que suas pernas permitiram, avistou seus amigos ao longe e um corpo no chão. Estranhando, apressou o passo, sentindo as pernas doerem, ignorando-as. Algo em seu peito dizia que havia algo errado, por isso não podia se dar ao luxo de relaxar.
— O que houve? – perguntou assustado. Os olhos arregalados e o coração batendo mais rápido. Hinata estava deitado no chão, e algo dizia que não estava dormindo. – Respondam. – gritou.
— Assim que fomos separados de você, fomos atacados e atingiram a Hinata.
Era aquilo. Como seu sonho, Hinata estava deitada na areia, morrendo. Fora salvada no Japão para morrer ali, no Egito.
Caindo de joelhos ao lado do corpo, puxou-o, sentido o mesmo já esfriar. Colocou-a nos braços, incrédulo. Era culpa sua. Se houvesse a forçado a ficar no Japão ainda teria uma chance. Ainda estaria viva, mas deixara que ela se aventurasse em uma missão consigo, apenas porque não queria se afastar dela. Fora egoísta e isso trouxera a pior consequência que podia pensar: a morte dela.
— Hinata. – chamou, em vão. – Hinata.
— Você tem poder para salvá-la, Naruto. – avisou Sasuke e o mesmo o olhou confuso. – Você é uma divindade, não é? – os amigos absorveram a fala do moreno e ficaram sem reação diante da informação.
— Como sabe disso?
— Você deu sinais, então não foi difícil descobrir. Você lutou contra Toth e arrancou seu braço, não seu deus. – falou. Naruto voltou à atenção para a garota em seu braço.
— Sei que pode fazer algo, então faça! – sua fala foi estranhada pelos amigos, mas ele sabia com quem se tratava, e ficou surpreso pela sua segunda personalidade saber sobre ele. – Está me ouvindo? Sei que tem poder para salvá-la, então a salve.
— O que está dizendo, Naruto? – perguntou Sakura. – Ela já está...
— Ele pode salvá-la. – falou Sasuke.
— Pois bem. – sua voz saiu diferente, mais forte. – Isso possuí consequências, está ciente?
— Estou. – sua voz saiu normal novamente.
— Então a salvarei, se assim deseja. – colocou a mão sobre o peito da garota, começando a liberar seu poder.
— Não! – outra voz forte, essa, vinda do céu, o interrompeu. Olhando para o alto, sua personalidade mudou novamente, enquanto o Servo observava o deus descer como se estivesse voando. Seu corpo estava em chamas, brilhando como o sol que representava. – Não faça isso, filho.
— deus Apolo? – perguntou confuso. Viu todos os amigos desaparecerem, como se nunca houvessem estado ali. – Hinata! – chamou preocupado.
— Foi tudo uma ilusão. Abra seus olhos, Naruto! – o garoto o fez, percebendo que a noite ainda predominava e estava parado há uma distância de Toth.
— O que faz aqui, deus grego? – rosnou Toth. – Não tem permissão para pisar nessas terras.
— Afaste-se, Toth. Você está mexendo com meu filho e tentou lhe roubar a divindade, não se safará da morte em uma luta contra mim! – afirmou.
— Ponha-se...
— Em seu lugar. – Apolo completou. – O último ataque o enfraqueceu e, sem um braço, não pode sequer pensar em me enfrentar. Recue agora, ou o mato!
Djehuty ponderou suas opções e, percebendo que realmente estava fraco e em desvantagem, fugiu. Fora experto ao prender o loiro em uma ilusão quando este pensou que estava morto.
Assim que se viram sozinhos e o deus desfez a armadura divina, voltando ao normal, Naruto perguntou.
— O... O que eu sou, deus Apolo? – tinha medo da resposta, por mais que qualquer outro gostasse do que estaria por vir.
— Você é meu filho e de Afrodite, um deus. – isso explicava o afeto que a deusa possuía por ele. Era amor de mãe.
— Eu estou confuso. – levou as mãos a cabeça, mostrando que aquilo o estava deixando com dor de cabeça. – Se eu sou filho do senhor, por que vivo como Servo? – dando uma risada nasal, levou as mãos aos braços dele, retirando os mesmos da cabeça do loiro. O garoto olhou para seu deus, confuso, e recebeu um abraço, arregalando os olhos por ser o primeiro Servo a ganhar um abraço de algum deus, apesar de ter cansado de ser abraçado por Afrodite, era diferente com seu deus.
Apolo se afastou e, vendo que o garoto estava mais calmo, tratou de começar as explicações.
— Com medo de que Hefesto viesse a lhe odiar por ser fruto da traição de Afrodite, fiz um acordo com Zeus para que pudesse lhe esconder entre os Servos, onde ficaríamos de olho em você, com a condição que não usasse seus poderes. – contou. – Seu colar bloqueava sua divindade, e também deixei Deidara a par de tudo, caso precisasse lhe controlar.
— Então eu não existo? – perguntou e o deus o olhou confuso. – Se o filho do senhor é um deus, eu, Naruto, não existo, não é? Sou apenas uma casca para uma divindade, assim como o Sasori para Hefesto.
— Você é meu filho, Menma! – respondeu, convicto, pondo a mão em seu ombro. – Naruto é o nome que lhe dei quando o disfarcei, mas vocês são a mesma pessoa. Apenas aconteceu que, com a perda de seu colar, sua divindade se manifestou, mas sua personalidade de Servo já era tão forte que o dividiu em duas: Naruto e Menma, Servo e deus, os dois lados de uma mesma moeda. – explicou. Naruto levou a mão ao peito, onde originalmente ficava o colar. Já fazia um tempo que o perdera, mas não tinha coragem para assumir a seu deus, ou pai, que o fizera.
— E agora? Eu vou para o Olimpo e me torno um deus?
— Apenas se quiser. Hefesto não implicará com o fato de ser filho de Afrodite. – falou.
— Eu... Eu... – estava com medo, era normal. Descobrir que não era um simples Servo de um deus, mas um deus, era complicado e envolvia não só seus sentimentos, mas sua vida que criara desde sua infância. Seus amigos, humanos e Servos, e sua namorada.
— Ah, é mesmo, não pode voltar. – disse, fingindo se lembrar de algo, quando na verdade era apenas uma desculpa para deixá-lo. Entendia que estava dando informação demais para ele, e que o mesmo precisava de mais que dois minutos para se decidir sobre seu futuro. – Ainda tem uma missão para terminar e precisa encontrar seus amigos.
— Eles estão bem? Pode me dizer?
— Estão bem, todos eles. – falou. – Tenho que juntar suas personalidades, se importa?
— Não. – a voz mudou, mostrando que era Menma quem falava, não Naruto, afinal a pergunta fora feita para o primeiro. As pontas dos dedos dele brilharam e colocou uma mão no ombro do filho, levando a outra a sua barriga, onde enfiou os dedos. O loiro fez uma expressão de dor, tentando suportar a mesma. Naruto teria desmaiado com a mesma caso passasse por ela, por isso trocara de lugar.
Com a barriga parando de doer, seus olhos e cabelo escureceram, voltando a personalidade. Agora unidos, Naruto absorveu todas as informações e conhecimentos de sua outra personalidade.
— Me sinto como se estivesse perdido todo esse tempo. – confessou.
— Eu uni suas personalidades, mas preciso selar seus poderes, dessa vez sem colar. – avisou. – Um deus não pode visitar terras de outro em sua verdadeira aparência, além de que foi parte do trato com Zeus.
— Então eu recupero minhas memórias e não posso usar meus poderes?
— Isso. – sem nem esperar pela resposta dele, enfiou os dedos novamente na barriga dele, onde desenhos pretos, como marcas, apareceram em sua barriga. – Terminei. Vou voltar para o Olimpo antes que sintam minha falta. – disse.
— Tudo bem. Até logo... pai? – perguntou, hesitante.
— Pode me chamar de pai quando estivermos a sós. – falou. Lhe deu um último abraço, o qual foi correspondido, e desapareceu.
Sabendo que ainda teria que ir atrás dos amigos, se pôs a correr.
— Servos e deuses –
— Então tenho um sobrinho e não me falou. – a voz o surpreendeu, fazendo com que o mesmo se assustasse. Quando identificou que era a irmã, acalmou-se.
— Quer me matar, por que não atira uma flecha? – perguntou, sentando-se cansado em seu lugar. Forçara sua entrada no Egito, e isso consumira de si.
— Boa ideia. – a deusa da lua materializou seu arco e flecha, mirando no irmão. – Já queria lhe matar mesmo por esconder meu sobrinho de mim.
— Pode abaixar isso? – a irmã o fez, sentando-se a seu lado. – Eu não falei nada porque não podia.
— O acordo com Zeus.
— Está me espionando, irmã? – perguntou, surpreso.
— Claro que sim. Senti que sumiu de repente, então fui ver o que aconteceu. – confessou. – Mas não foge do assunto, eu quero conhecer meu sobrinho.
— Só poderá quando ele voltar do Egito.
— Isso não é justo! – cruzou os braços, contrariada. – Quando finalmente me dá um sobrinho não posso conhecê-lo?
— Eu? E você que insiste em se manter pura. – rebateu, vendo-a virar o rosto. – Não sabe o que está perdendo.
— Não sou como Afrodite, sem ofensa.
— Nada. Também não é como se eu fosse deixar qualquer um tocar em minha irmã! – declarou.
— Ei, quem é mais velha aqui? – riram, divertindo-se como raramente acontecia. Já foram mais unidos na juventude, mas com a fase adulta tiveram que tomar responsabilidades e isso, de certa forma, os separou.
— Saudades de quando passava mais tempo comigo do que nas florestas. – falou e ela pôde notar o tom triste que a voz assumiu por um instante. – Sabia que te chamam de a deusa antissocial?
— Alguém aqui está carente. – enlaçou o pescoço dele com os braços, puxando-o para si. – Apesar de eu achar que tem diversões demais para se lembrar da irmãzinha pura. – implicou. – E não dê ouvidos para esses deuses chatos. Hestia também vive isolada, mas ninguém fala da irmã de Zeus. – falou. – Mas sério que ficou com medo de Hefesto? Digo, ele não reclamou quando Ares dormiu com Afrodite.
— Ninguém gosta de arrumar problema com Ares, é Ares, afinal.
— Oh, irmão ruim que fomos ter. – concordou a deusa, levantando-se. – De qualquer modo, quero ser a primeira pessoa que o Menma verá quando voltar. – ditou.
— Acho que Afrodite vai correr na frente. – avisou, vendo a irmão sumir.
— Veremos. – sua voz foi ouvida por ele, mas já não era possível vê-la.
— Servos e humanos –
Depois de correr pelo que julgou serem horas, encontrou os amigos em pé em cima de uma montanha, olhando para algo a frente. Ficou feliz ao ver que Sai estava de pé, mas estranhou quando não viu as garotas.
— Estão bem? – perguntou Naruto, parando em frente a eles, arfando.
— Nós? E você? – perguntou Lee.
— Ganhou um deus sozinho? – a pergunta veio de Shikamaru.
— Apolo me ajudou, mas mais importante, e as meninas?
— Achamos que elas estão lá. – Sai apontou para a frente, para a grande cidade mais longe. – Fomos separados.
— Então o que estão esperando? – sem pensar duas vezes, começou a descer. Os amigos foram logo atrás e, no caminho, contou para eles o ocorrido.
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Bom, isso é tudo, nekos-chan :).