My Guardian Angel escrita por Meg Stewart


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Como essa é uma one-shot esse é o único capítulo. Espero que gostem e por favor comentem quando terminarem de ler.
 
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Bella's POV

 

     As lágrimas rolavam quentes em minha face gelada. Através de meus olhos fechados a mesma imagem me assaltava. O rosto dele. Isso fazia com que as lágrimas caíssem com mais força. O vento frio de inverno batia em meu rosto jogando meus cabelos para trás. Apesar de não estar nevando era um dia bastante frio. As ondas quebravam na orla, criando uma música suave e salgada, o vento frio cortava o céu e balançava todas as árvores e as lágrimas insistiam em cair...

 

     “Idiota, burra, estúpida!”, eu gritava mentalmente para mim mesma. A culpa era toda minha, eu sabia e reconhecia isso. Não seria de se espantar que Edward nunca mais quisesse olhar para mim, eu lhe daria razão. Eu me sentia suja, um monstro. Eu o usei. Usei da forma mais vil e nojenta de todas. Eu não o merecia, eu não podia tê-lo magoado desse jeito, eu não podia ter feito o que fiz, eu merecia morrer.

 

- AAAAAAAAAAHHHHHH! – Gritei

 

       Abracei minhas pernas e comecei a chorar como nunca antes... Chorei e me culpei até não ter mais forças. Chorar não adiantaria nada, não faria com que ele me perdoasse, não faria com que eu me perdoasse. Eu não tinha mais direito a vida eu deveria morrer. Com esse pensamento concluí que eu mesma me faria sair desse mundo. Eu mesma me mataria. Eu cometeria suicídio.

 

       Talvez me matar fosse a resposta para tudo, resposta para minha dor, minha angústia, já que eu não poderia ficar com ele, não tinha porque viver. Porque eu viveria se me sentia um monstro? Eu ia acabar com minha vida o mais rápido possível.

 

        Levantei-me e olhei pela última vez para o mundo ao qual eu um dia pertenci. Vários casais passeavam pelas ruas abraçados, de mãos dadas, fazendo juras de amor... Comemorando o Dia dos Namorados. Eu não conseguia mais olhar, virei meu rosto de volta para o mar. Não podia olhar para todo aquele amor, tudo aquilo de que eu mesma me privei.

 

        Respirei fundo, tirei meus tênis e meu casaco. Tremi de frio, mas não me importei. Olhei fixamente para as ondas, que estavam cada vez mais fortes, mais bravas, quase como se também achassem que eu não deveria mais viver e quisessem me ajudar. Andei calmamente até o mar, sem nunca tirar os olhos das ondas.

 

        Meus pés descalços tocaram a água e eu me arrepiei inteira. Continuei andando. A água subia molhando minhas roupas, lavando meu corpo de tudo que eu fiz, mas ela não conseguia lavar minha alma, essa morreria suja e angustiada... Meus pés não conseguiam mais tocar a areia no fundo. Estava na hora, havia chegado a hora em que eu pagaria por todos os meus pecados, me livraria de minhas angústias, medos, sonhos, amor, tudo... Nada mais me pertenceria a partir de agora. Eu seria uma filha do mar. Aquela que escolheu suas águas para se libertar.

 

         “Eu te amo, Edward”, meu último pensamento, minha despedida. Afundei e não prendi a respiração, deixei com que a água salgada entrasse por minhas narinas e garganta, queimando por onde passava. Eu chorava, mas as lágrimas eram invisíveis no meio de tanta água. A correnteza me puxava para o fundo, meus pulmões protestavam contra a água salgada que machucava, queimava, arranhava, pediam por ar, minhas pernas e meus braços queriam se mover, tentar lutar contra a força do mar, mas não permiti que assim fizessem.

 

         Antes de ficar inconsciente, abri meus olhos para a imensidão azul e vi pela última vez o rosto de Edward... Tudo se apagou.

 

         Senti bolhas se arrastando para dentro de minha garganta e narinas ásperas, minha cabeça balançava com o mexer das ondas, meus ouvidos zumbiam... Uma força. Uma força sendo aplicada contra meu peito. Era dura e fria. Batia insistentemente em meu peito. Eu não estava morta, descobri para meu desespero. Nem para isso eu servia.

 

- Bella! Bella! – Pude ouvir alguém chamando meu nome de longe

 

          Entendi que estava sendo salva por alguém. Mas, eu não queria isso, eu queria morrer, queria que a morte me abraçasse e me livrasse de toda a dor do mundo humano... As batidas contra meu peito continuavam alguém ainda chamava meu nome de longe, e gotas quentes caiam contra minha face.

 

          Tentei abrir meus olhos para mandar meu salvador embora e tentar novamente o suicídio. Consegui abrir meus olhos, mas minha visão estava turva, cheia de pontos pretos, eu não conseguia enxergar nada.

 

- Bella! – A voz disse com alívio me abraçando

 

           Aquele abraço. Eu conhecia aquele abraço. O cheiro que invadiu minhas narinas também era conhecido. Era ele. Eu tinha certeza.

 

- E-Ed-Edward? – Consegui gaguejar aos sussurros. Minha garganta protestava

 

- Bella! Bella o que você estava fazendo? – Olhei para seu rosto e estava contorcido em um misto de dor e alívio

 

- Eu... Eu... – Tentei falar, mas não conseguia

 

            Eu não entendia o que ele estava fazendo ali, porque ele tinha me salvado. Ele devia me odiar agora. Ele deve ter me salvado para que eu não pudesse fugir. Para que eu pudesse ficar aqui e sofrer, até que eu me acabasse em dor.

 

- Shhi! – Ele fez colocando os dedos em meus lábios que tremiam – Vêm Eu vou te tirar desse frio e vou cuidar de você.

 

            Antes que eu pudesse protestar e pedir para que ele me deixasse ali ele me pegou no colo. Seus braços fortes seguravam meu corpo mole, ele tentava me abraçar para que eu tremesse menos e pude perceber que seus olhos estavam vermelhos e uma lágrima rolou por seu rosto pingando em mim.

 

           Ele parou do lado de um Volvo prateado e me deitou no banco de trás. Pegou uma jaqueta que estava ali e me cobriu com ela. Inalei com dificuldade e senti seu cheiro doce e único. Edward não falou nada, apenas foi para o banco do motorista e começou a dirigir. Com o balanço suave do carro, o ar quente que vinha do aquecedor e o cheiro dele que vinha da jaqueta eu logo adormeci.

 

           Senti meu corpo sendo movimentado e abri os olhos. Quando o fiz vi que estava em um quarto desconhecido e que Edward estava me deitando na cama.

 

- Não. Eu... Eu vou molhar os lençóis. – Consegui sussurrar com dificuldade

 

- Eu não me importo. Pode ficar aí. – Ele disse sorrindo e indo até o closet

 

          Ele voltou com duas toalhas brancas na mão. Uma passou rapidamente por seu corpo e cabelos, retirando junto suas roupas molhadas e ficando somente de boxer preta. Com a outra se aproximou de mim e começou a passar carinhosa e cuidadosamente por meus cabelos e rosto.

 

- Será que você pode me explicar o que você estava fazendo na praia? – Ele perguntou baixo e com uma voz calma

 

- Eu ia... – Hesitei

 

- Posso tirar suas roupas molhadas? – Ele perguntou hesitante

 

- Po-pode. – Respondi

 

- E então? Você não respondeu minha primeira pergunta. – Ele disse enquanto tirava cuidadosamente minhas duas blusas e passava a toalha por meu corpo frio

 

- Eu... Nada. – Menti

 

          Ele retirou minha calça e começou a secar minhas pernas.

 

- Bella, você ia se matar? – Ele me perguntou com uma voz estrangulada

 

- Sim. – Respondi baixando o rosto

 

- Por quê? Porque você ia fazer isso? – Ele perguntou segurando as lágrimas

 

- Eu... Eu não mereço mais viver, Edward! O que eu fiz com você foi imperdoável, eu me sinto um monstro! – Confessei entre as lágrimas – Eu queria me livrar da dor, me livrar de você...

 

- De mim? Porque Bella? Eu nunca te deixaria fazer uma loucura dessas!

 

- Eu não te mereço. E não quero viver num mundo onde eu não possa te ter, Edward. – Disse me sentando e me aproximando dele. Segurei seu rosto entre minhas mãos e fitei seus olhos verdes – O que eu fiz foi errado. Eu te usei, mas eu me apaixonei por você. – Balancei a cabeça - Eu te amo, Edward!

 

            Nós dois estávamos chorando. Edward me abraçou forte e acariciou meus cabelos.

 

- Eu também te amo, minha pequena! Você não sabe o quanto. – Ele me soltou e colocou a mão no meu rosto limpando minhas lágrimas – E eu te perdoo. Eu não consigo ficar com raiva de você, não consigo mais ficar longe de você.

 

- Mas, eu te usei Edward! EU TE USEI! – Disse o mais alto que pude as últimas três palavras

 

- Não importa. Nós nos apaixonamos e eu te perdoei. Você já pagou pelo que fez. – Ele disse calmo acariciando meu rosto

 

           Edward podia te me perdoado, mas eu não sabia se eu poderia me perdoar um dia. Resolvi não pensar nisso agora, afinal era Dia dos Namorados e eu estava com a pessoa que eu mais amava no mundo todo. E para meu espanto e felicidade ele também me amava.

 

 

           Enlacei meus braços no pescoço de Edward e o beijei. Ele retribuiu o beijo e no instante seguinte estávamos travando uma batalha com nossas línguas. O beijo que havia começado calmo, transparecendo amor, perdão, saudades, agora era cheio de desejo e paixão. As mãos de Edward se fecharam na minha cintura e ele me puxou contra seu corpo. Nossos sexos se tocaram e pude sentir a excitação dele.

 

- Eu te amo! – Ele murmurou quando paramos o beijo

 

- Eu também te amo! – Disse enquanto ele beijava meu pescoço

 

          Edward beijava e mordia de leve meu pescoço, enquanto suas mãos passeavam por meu corpo e minhas mãos bagunçavam seus cabelos. Ele desceu os beijos para meu colo e eu gemi. Uma de suas mãos foi até minhas costas, e a outra acariciava minha barriga. Ele abriu meu sutiã e o retirou de meu corpo jogando para um canto qualquer do quarto. Suas mãos subiram para meus seios e eu gemi alto. Puxei seu rosto e o beijei com volúpia.

 

- Oh – Gemi contra sua boca enquanto suas mãos em meus seios me deixavam doida

 

         Edward me deitou na cama e levou seu rosto até meu colo, onde lambeu o vale entre meus seios, antes de abocanhar o direito.

 

- Ah – Gemia com sua língua em meu mamilo

 

         Arqueei minhas costas quando meu seio negligenciado foi tomado pela mão de Edward. Eu estava ficando louca, minha calçinha já estava encharcada e o episódio do suicídio já tinha sido esquecido.

 

- Edward – Gemi quando sua boca desceu beijando e lambendo minha barriga lisa

 

           Ele passou um dedo sobre minha calçinha e eu cravei minhas unhas em seus ombros. Para me torturar ainda mais ele retirou minha calçinha lentamente com os dentes. Quando eu estava totalmente nua ele subiu beijando de meu pé até minha coxa. Gemi alto quando ele depositou um beijo molhado em meu sexo.

 

          Sua língua passeava por meu sexo. Circulava meu clitóris e minha entrada sem nunca realmente me penetrar. Minhas mãos já estavam novamente em seus cabelos e eu gemia descontroladamente.

 

- Edward eu quero... – Não consegui completar a frase, pois ele penetrou dois dedos em minha entrada

 

- O que você quer Bella? – Ele perguntou enquanto fazia um movimento de vai-e-vem com seus dedos dentro de mim

 

- Vo-Você! – Respondi em um gemido

 

             Ele retirou os dedos de dentro de mim e eu gemi em protesto. Mas, antes que eu pudesse me opor ele me beijou violentamente. Quando já estávamos sem ar separamos nossas bocas e Edward retirou sua boxer. Ele se posicionou em cima de mim com cuidado para não me machucar e senti a cabeça de seu membro em minha entrada.

 

- OH – Quase gritei quando ele estocou e pude sentir ele todo dentro de mim

 

            Edward começou o movimento de vai-e-vem com estocadas fortes. Nós dois gemíamos e minhas unhas arranhavam suas costas. Depois de alguns minutos senti meu corpo ter espasmos.

 

- Edward eu vou... – A frase foi interrompida por um gemido meu

 

- Goza pra mim, Bella! – Ele sussurrou em meu ouvido

 

            Cheguei ao ápice gemendo alto e depois de mais uma estocada Edward também chegou ao ápice grunhindo. Todo meu corpo tremia com o orgasmo violento que eu tinha chegado e podia sentir nossas gozas escorrendo por minhas pernas.

 

           Quando recuperamos o controle de nossos corpos, Edward saiu de dentro de mim e se deitou ao meu lado na cama me puxando para seu peito. Nós dois estávamos ofegantes.

 

            Alguns minutos depois nossas respirações já tinham se normalizado e Edward acariciava minhas costas e eu arranhava de leve seu braço.

 

- Que horas são? – Perguntei

 

- É o horário do crepúsculo. – Edward respondeu olhando para a janela

 

- Então, hoje ainda é dia 14 de Fevereiro. – Disse me apoiando no cotovelo para poder ver seu rosto

 

- Feliz Dia dos Namorados! – Ele me disse sorrindo seu sorriso torto e me dando um selinho

 

- É isso que somos? – Perguntei sorrindo

 

- Se você quiser, sim. Eu nunca mais vou te deixar sair de perto de mim. Você será só minha. – Ele declarou enlaçando minha cintura

 

- E você será meu. Para sempre. – Sorri – Feliz Dia dos Namorados!

 

- O melhor de todos! – Ele disse e me beijou calmamente

 

- Sim. – Concordei e voltei a deitar em seu peito

 

- Edward? – Chamei depois de alguns minutos de silêncio

 

- Diga pequena

 

- Como você me achou na praia? – Perguntei

 

- Eu estava te procurando por toda a cidade. Fui até seu apartamento, mas você não estava e o porteiro disse que você não tinha dormido em casa. Então pensei e achei que poderia te achar na praia. Eu sei que você adora ir lá para pensar. – Ele respondeu – E quando cheguei lá te vi entrando na água de roupa. Gritei-te, mas você não me ouviu. Fiquei desesperado e entrei na água atrás de você. – Ele completou com a voz angustiada

 

- Me desculpa? – Pedi ao perceber tudo o que causei a ele. E tudo que poderia ter causado se meu suicídio tivesse sido bem sucedido

 

- Desculpo. Mas, só se você me prometer nunca mais fazer uma bobagem dessas.

 

- Eu prometo. – Disse sincera. Agora que eu estava com ele não pensaria mais nessas coisas

 

- Ainda bem que eu estava lá para te salvar. – Ele disse se sentando e me colocando em seu colo, como se eu fosse um bebê – Nem quero imaginar o que poderia ter acontecido se eu não chegasse lá. – Ele estremeceu com a ideia

 

- Não vamos mais pensar nisso, ok? – Pedi e ele assentiu – E obrigada!

 

         Disse e nos beijamos.

 

- Meu anjo da guarda! – Disse me enroscando em seus braços fortes e aproveitando o resto do melhor Dia dos Namorados

 

 

FIM

 

 


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