Nymphe escrita por BabiihFr


Capítulo 1
Anjo?


Notas iniciais do capítulo

Hey apple! n_n -q
Aqui estou eu com o primeiro capítulo *------*
Enjoy.
 
 
PS: Capítulo kilométrico /o/



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Bill 

- Não quero brigar por causa disso - respirou fundo - Vamos amanhã e pronto.

- Mas Tom! - esfreguei os olhos - Ah, deixe. Se eles vão ficar adiando nossas sessões de autógrafos sem parar, simplesmente sorrimos e fingimos que está tudo bem.

- Bill...

- Não, Tom! Faz um mês que ficam adiando essa porcaria! Cancelassem logo essa porra em vez de ficar adiando!

- Tá, olha, falamos com Jost amanhã, OK? - Tom suspirou, se jogando no sofá.

 Revirei os olhos e saí da sala batendo o pé, em direção ao jardim. Passei pela porta de vidro e corri até alcançar a sombra do carvalho gigante.

 Suspirei, me sentando encostado á árvore. Aquele lugar era meu único refúgio, o único lugar pelo qual eu conseguia respirar fundo e me acalmar era lá.

 Eu estava imerso nos meus pensamentos, quando calei minha mente por um segundo. Ouvi leves soluços ao longe.

 Me levantei num pulo, tentando seguir o som. Fui caminhando pelo terreno enorme, tentando encontrar a origem daquele som agudo. Olhei para trás. Já era impossível enxergar a casa.

 Olhei para o lado, o som foi ficando mais alto, os soluços se transformaram em um choro desesperado. Corri, até avistar a cena mais bizarra da minha vida toda.

 Havia uma espécie de cratera no chão, e bem no centro dela, estava a origem dos soluços.

 A menina ergueu o olhar pra mim, apavorada. Se levantou bruscamente e foi tentando recuar, mantendo uma mão sobre o rosto, como se tivesse que se proteger.

- Ei, calma, eu... - dei alguns passos para a frente, mas ela soltou um gritinho e recuou mais ainda - Eu não vou machucar você, ok? É que aqui é o meu quintal e eu ouvi você chorar, então vim ver e...

 Ela foi recuando até bater as costas numa árvore, fazendo-a gemer de dor e cair sentada, abraçando os joelhos.

- Ei, calma - murmurei, tentando me aproximar. A garota ergueou os olhos turquesa pra mim, vacilante - Eu vou te ajudar, OK?

 Ela deixou mais algumas lágrimas escaparem.

- Por favor - comecei a me desesperar - Diga alguma coisa.

 Ela começou a arfar de medo. Dei mais um passo, ficando a alguns metros dela.

- Eu não vou machucar você. Eu só quero ajudar, mas você precisa dizer alguma coisa, por favor.

 Não pude deixar de notar que a garota vestia um vestido branco longo, mas estava rasgado em algumas partes, deixando suas pernas á mostra. MAAAS, EU NÃO SOU TARADO, ENTÃO CONTROLE-SE, BILL KAULITZ!

- Qual o seu nome? - ousei dar mais um passo, fazendo a se contorcer, sem tirar aqueles olhos hipnotizantes dos meus.

- A-Alyssa - murmurou, rouca. As palavras deslizavam pelos seus lábios, apesar dos mesmos estarem machucados. Notei que ela estava toda cortada, arranhada e pressionava a barriga sem parar.

- Então, Alyssa - dei mais um passo, me agachando á sua frente. Ela começou a tremer descontroladamente - Você não me parece bem. Eu sinceramente quero ajudar você, mas você não pode ter medo de mim, okay?

 Ela parou de tremer um pouco, mas pude perceber que continuava tensa. Muito tensa, a propósito.  Olhei no fundo dos seus olhos. Eles mostravam um medo tão intenso que eu não pensei ser possível. Eu já ia tomar uma iniciativa, estender a mão á ela ou coisa do gênero, quando meu celular tocou, fazendo um escândalo. Alyssa soltou um gritinho agudo e tentou se levantar a todo custo, mas falhou.

- Calma, é só meu celular. Eu vou atender, não tem perigo nenhum, ok? - murmurei suavemente, tentando fazê-la se acalmar.

- Bill - a voz no telefone resmungou - Só pra avisar que vou sair com Georg e Gustav, ok?

- - murmurei, e, sem tirar os olhos de Alyssa, desliguei o telefone - Pronto, já desliguei. Era só o meu irmão idiota ligando na hora errada. Agora por favor, você realmente não está bem, deixa eu te levar pra dentro?

 Alyssa começou a negar freneticamente com a cabeça, tentando se afastar de mim, coisa que a árvore atrás dela impedia.

- Droga, eu não vou machucar você! O único problema é que você não fala porcaria nenhuma! - falei, alterado, jogando as mãos pra cima. OK, só percebi que dizer isso tinha sido um erro, quando Alyssa olhou para baixo, deixando uma lágrima cair - Ah, desculpa - voltei a me ajoelhar á sua frente - Desculpa, vai. Eu só quero ajudar você...

 Caí sentado ao lado dela, desistindo de me comunicar com aquela criatura. Olhei para baixo, suspirando, até que percebi que Alyssa me encarava com seus lindos olhos.

- Eu não sei - murmurou, me fazendo olhar pra ela, surpreso - Eu caí aqui. Acho que á alguns minutos atrás, estava com meu pai e com as minhas irmãs, outras ninfas mas agora eu estou aqui.

- Desculpa, com as outras o quê? - arqueei a sombrancelha esquerda.

- Ninfas - sussurrou, sendo interrompida por uma tosse fraca - Nunca leu um livro de mitologia grega?

 Fucei minhas lembranças, a procura de alguma coisa sobre isso. Ninfas, semi-deusas da beleza, que possuíam um incrível poder de sedução. Ah, agora eu entendo a razão da minha fissura por aquelas pernas.

- Mas...isso não existe - esfreguei os olhos.

- Existe - sorriu melancolicamente - E eu estava lá, no monte, com as minhas irmãs, até que meu pai se zangou comigo e eu estou aqui agora - tossiu mais um pouco.

- Seu pai se zangou com você? Por quê? - perguntei, franzindo o cenho.

- Porque eu me recusei a matar um caminhoneiro que minhas irmãs trouxeram - fechou os olhos, encostando a cabeça na árvore e respirando fundo.

- Matar um caminhoneiro? Por quê matar um caminhoneiro, céus? - eu estava sendo irritantemente curioso, eu sei.

- Nós nos alimentamos da energia dos humanos - tossiu - Olhamos nos olhos das pessoas e sugamos sua energia todinha - tossiu mais um pouco - Mas eu não queria matá-lo. Não que eu seja politicamente correta ou coisa assim - parou para tomar fôlego e continuou falando do jeito dela, sussurrando - Mas simplesmente não estava com vontade de matá-lo.

 Assenti, tentando processar tudo aquilo.

- Mas afinal, como veio parar no meu quintal?

- Seu quintal? - abriu os olhos, que agora estavam meio acinzentados - O bosque, o monte, o lago? Tudo isso é no seu quintal?

 Dei de ombros. Eu disse que era um terreno gigante.

- Bem - Alyssa continuou - Ninfas são semi-deusas dos lagos, florestas e montes. Moramos lá. E não sei como vim parar aqui. Acho que meu pai me mandou pra cá pra morrer, ou coisa assim.

- Seu pai quer que você morra só porque não matou um caminhoneiro?

- Digamos que eu nunca fui muito obediente - suspirou pesadamente, voltando a fechar os olhos - Nunca seduzi os homens que ele queria matar, minhas irmãs sempre tiveram que fazer isso por mim. Não acho justo fazer isso com eles, apesar de matá-los, mas apenas pra saciar a mim mesma.

- Egoísta, não? - falei, sem pensar, me arrependendo segundos depois.

- Sim - Alyssa respondeu, como se não fosse nada - Mas prefiro morrer a matar mais. Por isso meu pai me mandou aqui, acho. Para que eu morra de uma vez - e tossiu, fraca.

- É sério - murmurei - Você não está nada bem. Melhor entrar em casa.

 Alyssa negou com a cabeça.

- Eu vim pra morrer.


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Notas finais do capítulo

AOSKAPOSPOA, não me matem por terminar o capítulo aqui x___x'
Mas como sempre, primeiro capítulo é chato :P
:*
—corre-



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