Let it Snow - Faberry escrita por Metacase, I am Gleek, Tharry Charliye, analaborda, Peixotize, CalPessoa, Stronger, FaberryLover, Florence, Rebeka Agron, Fernanda Redfield, ohmyhulk, Violet, Vitor Matheus


Capítulo 16
Metacase - Let it snow...


Notas iniciais do capítulo

Então gente, aqui é a Metacase (Ou iza ahaha) e esta vai ser oficialmente a última one desse projeto MARAVILINDO. Tenho que dizer que estou muito feliz por tudo ter dado certo, infelizmente uma das autoras escalada não conseguiu postar, mas o resto foi ótimo. Obrigada pelos comentários, pelos favoritos, pelos acompanhamentos e pela recomendação que me deixou com um sorriso enorme no rosto, e tenho que certeza que não foi só em mim, mas sim nas outras autoras. Sem elas, nada disso seria possível. O nosso presente de Natal pra vocês foi esse projeto, mas com certeza o presente que vocês nos deram, todo o carinho e a atenção, foi melhor que qualquer outra coisa que podíamos ganhar. Boa leitura! ;D



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Querida Rachel

Já faz um tempo que eu queria lhe escrever, mas como todo clichê que eu sei que você adora, não consigo encontrar as palavras certas.

O que eu poderia dizer nessa carta? Poderia lembrar dos nossos momentos? Do dia em que você foi pela primeira vez assistir uma peça da Broadway, e estava passando justamente Wicked e você começou a chorar quando For Good começou, e o guarda quase quis nos expulsar por você não parar de cantar o musical todo. Acho que a plateia gostou mais de você do que das protagonistas.

Lembrar do dia em que eu te pedi em namoro? Esse dia eu sei que você lembra muito bem. Assim como acho que não adequado descrever todos os sentimentos daquela noite. Sempre vai ser uma coisa inteiramente nossa, não importa quanto tempo se passe, por isso penso que não vai ser necessário relembrar dessa data nessa carta. Nenhum papel e nenhuma caneta merecem saber o que houve naquela noite. A melhor noite da minha vida apenas porque eu nunca tive a chance de te pedir em casamento.

Você lembra do colegial? Uau Quinn, é claro que ela lembra. Eu sei que eu não fui muito legal naquela época. Eu não era uma pessoa muito agradável. Eu era uma pessoa quebrada, bem, ainda sou uma. E você mais do que ninguém sabe que não dá para consertar pessoas quebradas. Pessoas cheias de rachaduras, por onde a luz deveria passar mas tudo que você encontra são buracos negros. Buracos negros que sugam os outros sentimentos bons. Você conhecia tão bem cada buraco negro, assim como conhecia bem cada cicatriz do acidente.

Você com certeza lembra daquele dia, já eu não posso dizer o mesmo. Eu lembro de poucas partes e a lembrança predominante era o branco. O branco do momento em que eu bati com o outro carro, o branco do momento que eu acordei no hospital e a luz me cegou. O branco do seu vestido de casamento.

E você lembrava de cada cicatriz, aqueles riscos que conseguiam ser mais brancos que minha pele. E você riu da minha sugestão de fazer uma aranha para combinar com as cicatrizes que mais pareciam teias olhadas de perto. E você nunca se importou com nenhuma cicatriz, ou rachadura. Você sempre as amava, assim como me amava.

Eu também te amava. Eu ainda te amo. E nunca na minha vida achei que isso apenas não seria o bastante. Então no momento que você me disse que tinha que partir, estávamos exatamente no banco do Central Park em que nos beijamos pela primeira vez, e a última também. E você estava chorando e seu sobretudo era vermelho, porém agora tinha algumas manchas mais escuras causadas por lágrimas de ambas partes. E você disse que me amava. Eu lembro, eu tenho certeza. Eu também tenho certeza que eu disse que te amava de volta.

Então eu lembro o dia do aeroporto. Quem diria, que naquele momento eu estaria dando adeus para a parte mais importante de mim. E você pegou o avião pra Paris, já que você tinha recebido a oportunidade de estudar teatro lá. E eu não te culpo por isso, eu nunca em um milhão de anos faria isso. Eu não tenho mágoa de você, eu tenho mágoa do destino. Eu sempre achei que destino era uma desculpa para quem não tinha coragem para agir, mas não. Ele existe e ele é cruel. E ele tirou você de mim, e isso eu nunca vou perdoar. Ele me deu você para me tirar um ano depois.

Era Natal, bem quase, e ele tirou o meu maior presente. Você.

Eu ainda lembrava do dia de Ação de Graças com seus pais, e como eu me senti em família pela primeira vez. Eu lembro de como você estava quando eu te encontrei chorando no quarto após conversar com seus pais, assim como lembro que você me explicou que iria embora. E nada nunca doeu tanto como aquilo. O momento em que você atinge o céu e toma um choque de realidade, te puxando para baixo e percebendo que a vida não é tão fácil assim.

Eu voltei para Lima, e sei que você voltou para New York. Dessa vez não sozinha. Você tinha se casado. Não com Finn, não comigo, mas sim com alguém que foi capaz de não apenas enxergar suas próprias rachaduras, mas também as consertar.

Mas você lembra. Eu sei que sim. Você lembra da nossa despedida. E não importa onde você esteja, ou com quem esteja eu sei que vai lembrar. Você vai lembrar da nossa promessa, de que não importa onde esteja ou com quem esteja eu vou estar lá pra você. Assim como estava aqui para mim.

E nesse Natal, eu vi que as coisas não estavam tão boas pra você. Saiu nos jornais que você se divorciou. Um casamento de cinco anos acabado. E agora você estava com 27, tão mudada. Muito diferente de quando você tinha 18. Seus cabelo estava mais claro e mais ondulado, suas roupas também não eram mais as mesmas. Você não usava mais o colar que eu te dei. Prefiro pensar que estragou e você não conseguiu arrumar, ou que você perdeu.

Eu sei que você superou. É por isso que não vou enviar essa carta. Ela tem tantas rachaduras quanto eu.

Mas eu não. Eu ainda te amo. E não importa onde eu estiver com quem eu estiver eu não vou superar. Você foi meu primeiro amor, e primeiros amores não ficam na memórias por serem duradouros, mas sim pela dor ao percebemos que eles são intensos porém não eternos, pela dor ao vermos que essa intensidade que antes fazia nosso quarto pegar fogo agora é a mesma intensidade que nos faz chorar até dormir.

E nesse Natal, tudo que eu mais queria era ter você aqui. Mas alguns pedidos são impossíveis até para o Papai Noel.

Por isso, eu apenas deixo a neve cair. Talvez ela me faça te esquecer.

Com Amor, Quinn.


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Notas finais do capítulo

Então gente, aqui está o último capítulo da nossa coletânea. Uau. Eu sei que vocês devem estar chateados pois esse projeto não teve um final feliz. Porém eu não sou muito boa com finais felizes. Espero que tenham gostado do projeto, e eu já disse tudo que tinha para falar nas notas iniciais. Tenham um bom Natal e um feliz Ano Novo. ;D
XOXO