Simple like Flowers escrita por BlueLady


Capítulo 2
Capítulo dois - Gato Atrevido


Notas iniciais do capítulo

Me diverti muito escrevendo esse capítulo, mas acho que vocês vão me matar no final >.< demorei muito para escrever um fim que eu gostasse para esse capítulo e cara, eu gostei.
Espero que vocês também gostem desse gato atrevido :D



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Só faltava o gloss para Marinette ficar pronta. Enquanto procurava o que combinava com sua roupa, não percebeu a janela ser aberta e nela entrar um gatinho.

― O que tanto procura, princesa? ― Ao ouvir a voz, ela deu um pulo surpresa e olhou para a janela.

― O que você está fazendo aqui?

― Vim visitar minha fã número um, por que? Não está feliz em me ver?

Ela riu.

― Se quer ser útil, pode me ajudar a encontrar um gloss rosa claro. ― Ele fez uma leve careta.

― Princesa, eu nem sei o que é um gloss. Além disso, só conheço as doze cores que vem nas caixinhas de lápis de cor.

Marinette gargalhou. Ele a olhou curioso, mas ao mesmo tempo satisfeito. Ele tinha feito ela rir sem necessariamente fazer uma piada.

― Ok, então só não atrapalhe. ― Marinette voltou a procurar, mas a busca terminou rapidamente, quando o achou facilmente localizado dentro da caixa.

― Por que está tão produzida, princesa? ― Era a hora dele atacar.

― Eu tenho um encontro. ― Ela passou o gloss pela boca.

― Essa coisa tem gosto? ― Ele olhava para o gloss na mão dela como se fosse uma coisa completamente desconhecida, o que de fato era.

― Tem gosto de melancia. ― Ela colocou o gloss na penteadeira. Ao se virar, seus olhos se arregalaram. Chat estava bem ali. A apenas 10 centímetros. Ele colou sua testa na dela. Sabia que ele podia sentir sua respiração descompassada.

Ela fechou os olhos. Esperando. Sentiu algo em seus lábios, mas não era a boca de chat. Ela abriu os olhos levemente.

― É realmente delicioso, princesa. ― Ele estava com o dedão na boca, como se tivesse lambido algo. Tudo fez sentido.

Sua face avermelhou muito.

― Gato bobo. ― Ela disse pegando o gloss para repassar. Ela tentava parecer normal, mas, na verdade, queria muito que Nathanael chegasse para que ela saísse dessa situação.

Chat sentou na cama a observando. Estava com um sorrisinho no rosto por tê-la feito corar. Analisou seu vestido. Era diferente do anterior. Esse era azul claro e tomara-que-caia. O cabelo dela estava preso no mesmo coque. Ela estava linda. Linda assim para outro homem.

Se pegou olhando para seu pescoço. Era fino, elegante e sexy. Por um breve momento, passou em sua mente em beijá-la bem naquele lugar, deixar leve mordidas...

Corou com o pensamento. Ele não gostava da Ladybug? Por que estava fazendo tudo isso afinal? Mas ele não conseguia evitar. Marinette chamava sua atenção de um jeito que ele ficava louco.

― Marinette! ― Sua mãe gritou. ― Seu amigo chegou. ― Isso foi inesperado. Ele tinha esperança que ainda teria algum tempo para convencer Marinette a não ir nesse encontro e ficar ali. Com ele.

― Já estou indo, mãe! ― Marinette gritou de volta. ― Chat, hora do gatinho ir dormir. ― Ela sorriu para ele. Numa situação normal, ele iria rir e fazer uma piada de volta, mas não estava com ânimo para isso.

― Eu não sou um gato de verdade, sabia? ― Ele falou aquilo do jeito mais irônico possível. Marinette se assustou, nunca vira o gato daquele jeito. Ele se aproximou tanto dela que os fios loiros de seu cabelo misturavam com os azulados dela. ― Eu sou um garoto também. ― Ele fechou os olhos. ― Eu também quero beijar garotas... ― Seus lábios estavam tão próximos que Marinette não pensava em mais nada, só em como ele cheirava tão bem e em como queria saber o gosto dos lábios dele.

―MARINETTE! ― Sua mãe gritou de novo, fazendo ambos se separarem.

Eles não disseram nada, nem se encararam, Marinette só pegou sua bolsa e saiu do quarto.

― Me desculpe, eu estava terminando de me arrumar.

Nathanael tentava esconder a surpresa, mas a boca levemente aberta e as maçãs do rosto mais vermelhas que o normal denunciavam isso.

― Vamos, Nath? ― Ele pareceu sair do transe e concordou com a cabeça.

O caminho até o cinema não foi chato. Embora Nathanael fosse tímido, Marinette conseguia puxar conversa, e todas terminavam com eles rindo.

A única pessoa que não estava rindo era um certo gato preto, que assistia tudo da varanda de Marinette.

***

― Você quer pipoca, Mari? ― Nathanael tentava parecer o mais “homem” possível. Ele era o garoto e ele convidara ela para o encontro, não podia ela tomar conta de tudo como se fosse sua obrigação.

― Obrigada, Nath, eu já jantei. Mas se quiser, podemos dividir uma média. ― Marinette olhou para ele. ― O que você acha?

― M-Média está bom! ― Ele quase gritou. Não esperava aquilo vindo dela e estava muito envergonhado.

O filme começou sem muitas delongas. Era uma história simples de romance. Não que Marinette não gostasse de romances, mas preferia mil vezes aquelas histórias de ação cheias de porrada.

Nathanael estava tão tenso que não conseguia prestar atenção no filme. Ele não sabia o que fazer. Seu irmão deu algumas dicas sobre o que fazer no encontro, mas ele não tinha coragem de realizar nenhuma delas, além disso, as mãos de Marinette roçavam com as suas toda vez que ia pegar a pipoca e todo esse contato estava o deixando louco.

Encoste sua mão na dela. Impossível, visto que estava do lado direito dela e que sua mão estava dentro do saco de pipoca o tempo todo.

Passe seu braço por ela e a puxe para perto. Isso não parecia impossível. Ele levantou seu braço e passou por ela. A garota não pareceu se incomodar. Ela, na verdade, estava com a cabeça na lua e não conseguia parar de pensar em um certo gato preto que dava muito azar.

Beije ela. Ele pegou sua mão livre e tocou no rosto dela. Ela virou rapidamente, percebendo a situação.

Nath se aproximou cada vez mais. Ela não queria beijá-lo. Ele parecia bom demais para ela e a garota não poderia dar todo o amor que ele merecia, não quando passara a noite com ele, mas pensando em outro.

― Nath, eu... ― Ela tentou falar, mas foi interrompida pelos lábios dele na sua boca.

Ela quis chorar, queria gritar que não queria aquilo, mas ela sempre pensava mais nos outros do que nela. Ela o deixou.

Mas Nathanael não era tão ousado, nem aprofundou o beijo. Tudo não passou de um simples selinho.

Para ele tinha sido muito e para Marinette, o suficiente.

O filme acabou sem que os dois percebessem, pois estavam imersos em pensamentos.

A luz acendeu. Eles levantaram para ir embora, ambos envergonhados com o acontecimento.

Marinette nem percebeu quando esbarrou em uma pessoa no corredor.

― Me descul... ― Se calou quando percebeu de quem se tratava.

― Nem beijar você sabe, garoto. ― Era Chat Noir. Ele chamava atenção, principalmente do ruivo, com essa última fala. Estava muito irritado.

― O que? ― Ele parecia surpreso que o herói se referia a ele. E daquele jeito.

― Vou ter que te mostrar? ― Ele puxou Marinette pelo braço e a beijou. Intensamente.


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Notas finais do capítulo

Não me matem (ou sei lá se vocês ficaram com essa vontade.) Comentários sempre bem vindos!