Os Seus, os Meus, os Nossos escrita por KathyCullen


Capítulo 2
Capítulo 2: Reencontro - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo!!!!

Agora com Pov do Carlisle.

Espero que gostem!!!



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Carlisle Pov


Acordei assustado, ofegante. Minhas roupas coladas em meu corpo devido o suor. Era a terceira vez, só nesse mês, que eu tinha esse sonho estranho.

No sonho eu estava com minha falecida esposa Renée na nova casa que comprei aqui em Hanover, onde eu e meus filhos iremos morar agora.

Flashback

Elizabeth estava diferente. Uma forte luz branca envolvia seu corpo, e de suas costas pendiam duas asas lindas. Ela apenas me olhava com um sorriso sereno nos lábios.

Meu coração batia descompassado no peito, tinha me esquecido o quanto ela era bonita. Fiquei olhando-a admirado, até que ela começou a sumir. Levantei minhas mãos, tentando alcançá-la, mas parecia que algo me segurava no lugar.

-Não.-falei, desesperado.

Eu queria tocá-la uma última vez. Eu precisa sentir a maciez de sua pele. De alguma forma eu sabia que não a veria mais.

-Por favor, não vá.-pedi, com a voz embargada.

-Eu preciso ir. Chegou minha hora. Minha missão foi cumprida. -ela falou triste

-Como assim? Que missão é essa? -perguntei, confuso.

-Em breve você irá saber. -ela disse

-Te verei novamente?-perguntei

Ela balançou a cabeça, negando.

-Está é a última vez que visitarei seus sonhos. A última vez que nos veremos. -ela disse

-Não faça isso comigo. Não posso perdê-la novamente.-falei

Ela se aproximou de mim e tocou meu rosto.

-Não nos veremos novamente, mas sempre estarei olhando por vocês, não importa onde eu esteja. -falou acariciando minha bochecha.

Seu toque era suave. Me passava um calma e uma incrível sensação de conforto.

-Promete?-perguntei

Ela assentiu com a cabeça, afirmando.

-Sei que será difícil, mas precisa seguir em frente com sua vida. Nossos filhos precisam de você. Abra seu coração e se premita ser amado novamente. -ela disse

-Por que está me dizendo isso?-perguntei

-Em breve você irá entender. Apenas, lembre-se sempre de uma coisa: Todos os dias, Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo o que nos deixa infelizes. O instante mágico é o momento em que um "sim" ou um "não" pode mudar toda a nossa existência. -ela disse

Abri a boca pra falar algo, mas ela colocou um dedo sobre minha boca, me impedindo de falar. Depois se inclinou em minha direção e deu um leve beijo em minha testa. E então desapareceu...

Fim do Flashback

Eu nunca consegui entender esse sonho. As palavras de Elizabeth ficaram ecoando em minha mente desde a primeira vez que sonhei com isso. Eu tento achar um significado para o que ela disse, mas nunca consigo encontrá-lo. A única coisa que consegui entender desse sonho é que, em algum momento de minha vida, terei que fazer uma escolha que afetará o meu futuro. Mas, que escolha seria essa? 

Fui tirado de meus pensamentos pelo som do despertador. Me levantei, arrumei a cama e fui tomar um banho. A sensação da água quente sobre meu corpo me deixava calmo e me permitia pensar com mais clareza em minha vida.

Há cinco anos eu perdi minha esposa e desde então venho cumprindo não só o papel de pai, mas também o de mãe para meus filhos. Foram cinco anos de muita luta, tanto da minha parte quanto da deles, afinal, eles perderam uma pessoa muito importante e ainda tiveram que amadurecer mais rápido. Como eu passava boa parte do meu tempo no trabalho, eles tiveram que cuidar uns dos outros. Isso fez com que se tornassem fechados, reservados. Talvez por medo de demonstrar seus verdadeiros sentimentos. Eu me sinto extremamente culpado por tê-los feitos abandonar a adolescência, de certa forma. Apesar de tudo, ainda houveram coisas boas. Eles ficaram mais unidos e responsáveis. Se tornaram mais compreensivos e maduros, até mesmo minha caçula, que tem apenas 15 anos.

Sempre que eu posso, aproveito minhas folgas para fazer programas em família, já que passo boa parte do meu tempo no trabalho. Ainda bem que eles entendem que preciso trabalhar, apesar de nós termos uma boa condição financeira.

Saí do banho, coloquei uma roupa simples e desci pra tomar café. Preparei umas panquecas e fiz um suco de laranja. Enquanto comia, fiquei olhando para a cozinha. Como eu me mudei a poucos dias pra cá, a casa ainda não estava totalmente arrumada. Quem iria cuidar dessa parte era a governanta de nossa família, a Rita. Ela estava conosco desde quando eu e Elizabeth tivemos Edward. Como nós dois trabalhávamos muito, não tínhamos tempo para cuidar da casa. Poderíamos ter contratado uma empregada, mas preferimos uma governanta, pois ela ainda iria ajudar na criação das crianças. Não poderíamos ter escolhido pessoa melhor. Rita era como uma avó para as crianças, ela era praticamente da família. Ela é um senhora de 57 anos, altura mediana, cabelos pretos enrolados até os ombros. Ela sempre foi sozinha no mundo, por motivo que desconhecemos, então vivia em nossa casa. Sempre que fazemos algum programa em família ela também participa. Todos nós a tratamos com muito carinho.

Eu vim pra Hanover a uma semana. Antes eu morava em Phoenix com meus quatro filhos. Porém a cidade nos fazia lembrar de Renée e era meio doloroso. Eu percebia que isso afetava meus filhos. Já faziam dois anos que eu queria mudar pra outra cidade, mas eu tinha que pensar nas crianças também. Eles já haviam perdido a mãe, seria pior se mudassemos pra um lugar novo, pois eles ficariam longe dos amigos. Porém há um mês atrás eu recebi uma proposta irrecusável pra trabalhar aqui em Hanover, num ótimo hospital. Senti que essa era uma nova chance, uma nova oportunidade pra nossas vidas. Cidade nova, novos amigos, nova vida. Conversei com meus filhos e eles concordaram. Percebi que até ficaram mais felizes. Foi nesse dia que sonhei pela primeira vez com Elizabeth. Isso só me deixou com mais certeza de que eu estava fazendo o certo. E então aqui estou eu.

Hoje irei no hospital acertar tudo com o diretor. Talvez comece hoje ainda, o que será maravilhoso, já que estou sozinho nessa enorme casa. Meus filhos só virão na próxima semana, pois tinham que resolver algumas coisas da escola e do trabalho. Pedi que Rita ficasse com eles. Apesar de saber que são responsáveis e sabem se cuidar, eu me sinto mais tranquilo se Rita estiver com eles.

O telefone tocou, me trazendo pra realidade. Olhei na bina e vi que era da nossa casa de Phoenix.

-Alô.-falei

-Pai? É o Edward.

Edward é o meu filho mais velho. Ele tem 21 anos. Dos quatro, ele é o mais maduro e responsável. Cuida dos irmãos como se fosse pai deles. Minha caçula sempre reclama falando que ele é protetor demais. Ele faz faculdade de medicina, segundo ele, porque deseja salvar a vida de várias pessoas. Depois que Elizabeth faleceu ele se tornou um adolescente bastante reservado e altruísta, sempre fazendo de tudo para que seus irmãos sejam felizes e sempre esconde suas verdadeiras emoções. Odeia brigas, falsidades, mentiras e injustiças. É bastante inteligente e independente. Por ser bastante reservado, raramente está com alguém, pois não consegue expressar seus sentimentos. É meio rude com as pessoas, pois precisa conhecer bem para confiar em alguém. Apesar de tudo, é um bom garoto.

-Oi, filho. Bom dia!

-Bom dia pai.

-Como vocês estão?-perguntei

-Estamos bem. Como estão as coisas por ai?

-Por aqui está tudo ok.

-Já foi no hospital?

-Não. Irei daqui a pouco. Terei que ir mais cedo pra falar com o diretor do hospital.

-Espero que de tudo certo.

-Eu também. Vocês já resolveram os negócios por ai?-perguntei

-Sim. Foi por isso mesmo que te liguei. Pra avisar que chegaremos ai amanhã a noite. Já conseguimos resolver tudo o que estava pendente. Já fizemos nossa transferência pra faculdade de Dartmouth e para o colégio de Nessie.

-Que maravilha. Não vejo a hora de estarem aqui comigo. -falei

-Nós também. Pai, Nessie está pertubando aqui pra falar com o senhor, vou passar pra ela.

-Tudo bem. Até amanhã, filho.-falei

-Até pai.

Ouvi ele falando com alguém do outro lado da linha, um pouco irritado.

-Oi, papi. É a Nessie.

-Oi, meu amor. Está tudo bem por aí?-perguntei

Nessie é minha caçula, tem apenas 15 anos. Dos 4 ela é a mais rebelde. Apesar de ser bem responsável, gosta de aprontar bastante com suas amigas, já que seus irmãos são mais ajuizados. É bastante teimosa e decidida, quando enfia algo na cabeça ninguém consegue fazer com que mude de idéia. Gosta de mostrar que consegue se virar sozinha, mesmo isso não sendo totalmente verdade. Adora receber mimos, apesar de não ser uma menina mimada e enjoada. É muito corajosa. Tem uma estranha paixão por esportes radicais e tudo que tenha adrenalina. Isso me preocupa bastante. Outro dia ela inventou de pular de pára-quedas. Eu posso com isso?

-Mais ou menos.-ela disse, bufando

-O que houve, pequena?-perguntei

-Edward não quis deixar eu sair com minhas amigas pra uma festa. Iria ser minha despedida das meninas.-ela disse

-Quando foi a festa?-perguntei

-Ontem a noite. Na casa da Lisa. -ela respondeu

-É porque ele se preocupa com você, meu anjo. E você ainda não tem idade pra ir pra festas assim.-falei

-O senhor sempre diz isso. Que saco. Sabe quando eu vou poder sair pra festas? Nunca!

-Pequena, não fique assim. Quando chegar aqui agente conversa sobre isso, ok?-perguntei

Ela bufou e disse:

-Tudo bem, pai. Estou com saudades.

-Eu também, meu amor.

-Então, até amanhã. Tenho que ir durmir porque vamos acordar cedo amanhã. Beijos. Te amo!

-Ok. Durma bem, pequena. Também te amo. Mando um beijo para os seus irmãos e pra Rita. Beijos.

-Ok, papi. Tchau.

Desliguei o celular com um sorriso nos lábios. Ela nunca muda, sempre minha pequena rebelde.

Olhei no relógio e vi que já estava na hora de me arrumar. Fui pro quarto, coloquei uma calça social preta e uma blusa, também social, creme. Peguei minha maleta, as chaves do carro e desci.

Eu tinha que estar lá ás 10hs, mas prefiro chegar um pouco mais cedo pra conhecer melhor o hospital. Sem falar que eu ainda tinha uma conversa com o diretor do hospital.

Entrei na minha Mercedez e parti em direção ao hospital.

No caminho, eu aproveitar pra conhecer melhor a cidade, que era grande, por sinal. Tenho certeza que meus filhos irão adorar. Principalmente Rose, por causa das lojas e shoppings que tem por aqui. Tenho um estranha sensação de que encontraremos paz e felicidade aqui, assim espero.

Pouco tempo depois eu já conseguia avistar o hospital. Ele era grande e elegante, na medida certa. Estacionei o carro na parte dos funcionários, peguei minha maleta e entrei no hospital. Várias pessoas me olharam enquanto eu caminhava até o balcão da recepcionista. 

-Bom dia.-falei

Quando ela me olhou, arregalou os olhos e arfou. Eu nunca me acostumo com essas reações que as mulheres têm quando me vêem. Minha caçula vive dizendo que eu tenho uma beleza quase sobrenatural, o que eu não concordo.

-B-Bom dia. Em que posso ajudá-lo?-ela perguntou

Ela até era bonita, mas , depois que Elizabeth faleceu, eu não me envolvi com nenhuma outra mulher. Eu não conseguia, não me sentia a vontade.

-Eu me chamo Carlisle Cullen. Gostaria de falar com o Sr. Marcus. -falei

-Prazer Sr. Carlisle, eu me chamo Renée. Bom, o senhor tem hora marcada com o Sr. Marcus?-ela perguntou

-Sim. -falei

-Ok, só um minuto, por favor.-ela disse, pegando o telefone.

Assenti e olhei ao redor, enquanto esperava. O hospital estava cheio. Percebi que aqui deve ter bastante trabalho. Eu fiquei sabendo que nesse hospital só tem dois médicos-cirurgião e que eles estavam precisando de mais. Aproveitei essa oportunidade e conversei com o diretor do hospital de Phoenix, e foi ele que me ajudou a arrumar essa vaga.

-Sr. Cullen, me acompanhe por favor.-disse Renée, tentando fazer um tom sensual.

-Tudo bem. -falei

Caminhos pelos corredores até um elevador e subimos para o terceiro andar, onde era a sala do diretor. Renée bateu na porta e a abriu, revelando um homem alto, forte, com cabelos pretos curto. Ele deveria ter a minha idade.

-Obrigado, Srta. Renée.-disse o SR. Marcus

Renée assentiu e saiu da sala, sem antes me lançar um olhar malicioso. Fiquei totalmente constrangido, o que não passou despercebido pelo diretor, pois soltou uma risadinha.

-Bom dia Sr. Carlisle. Desculpe por isso. -ele disse, apontando para onde Renée estava a uns segundos atrás.

-Bom dia Sr. Marcus. -falei

Depois das apresentações, conversamos sobre o hospital. Ele me falou sobre a equipe de médicos que eu trabalharia. Ficamos uns 15 minutos resolvendo pequenos detalhes sobre minha admissão. Quando tudo já estava praticamente resolvido, ele olhou no relógio e pegou o telefone. Falou rapidamente e então o desligou.

-Bom, eu vou te apresentar a médica-cirurgiã que está de plantão agora. Ela já deve estar vindo. -ele disse

Alguns segundos depois ouvimos uma batida na porta, Marcus pediu que entrasse. Quando a porta fui aberta, senti um perfume maravilhoso vindo até mim. Era um cheiro conhecido, só não me lembrava de onde.

-Esme que bom que já está aqui. Chegou agora?-disse Marcus

 

-Sim senhor, acabei de chegar. -respondeu a mulher.

Quando ouvi seu nome e sua voz, fiquei rígido na cadeira. Não! Não pode ser! Será que estou ficando louco, imaginando coisas?

-Bom, te chamei aqui para te apresentar nosso novo médico-cirurgião Carlisle Cullen. -disse Marcus

Com o coração acelerado, me levantei e olhei para a moça. Meus olhos se arregalaram quando vi quem era, quando minhas dúvidas foram esclarecidas. Era ela! Era Esme! A única mulher que amei em toda minha vida, além de Elizabeth. De repente, as lembranças começaram a rodar em minha mente, como se fosse um filme. Vi todos os nossos momentos juntos. Quando nos conhecemos, quando nos falamos pela primeira vez. Nosso primeiro beijo, nosso primeiro encontro. E então, vieram as lembranças ruins. Quando ela me contou que iria embora, quando nos despedimos. Todas as semanas que esperei por um telefonema, uma carta ou um e-mail, que nunca veio.

-Carlisle, essa é Esme Swan. Nossa médica mais experiente e qualificada do hospital.-disse Marcus.

 -Prazer Sra. Swan.-falei

 
-Pode me chamar de Esme.-falou, surpresa.- O prazer é meu, Dr. Cullen.
 

-Só Carlisle, por favor. -falei

 

-Bom, agora que já fizemos as apresentações, eu gostaria que Carlisle conhecesse o hospital. Você poderia fazer o favor de mostrar a ele, Esme?-perguntou Marcus

 
-Claro, Sr. Marcus. -ela disse, um pouco nervosa.

-Espero que você se sinta bem em nossa equipe. Se precisar de algo fale comigo ou com Esme e iremos ajudá-lo. Eu realmente lamento não poder mostrá-lo o hospital, mas tenho uma reunião muito importante agora e não posso faltar.-disse Marcus

 
 
-Está tudo bem, Sr. Marcus. -falei

-Bom, você estará em boas mãos. Até mais tarde e bem-vindo a nossa equipe.-disse Marcus.

-Muito obrigado, Sr. Marcus. Até mais tarde.-respondeu Carlisle
 

Marcus saiu da sala e nos deixou sozinhos. Ela me olhou e sorriu. Sorri de volta, vendo que ela ficou meio deslumbrada. Gostei de saber que ainda causava esse efeito nela. Queria abraçá-la, mas não sabia qual seria sua reação. Apesar de tudo que ela fez, meu coração se aqueceu ao vê-la outra vez.

-Esme, quanto tempo. Pela sua reação percebi que se lembra de mim. -falei

-Não tem como não lembrar. Apesar de você estar diferente, eu ainda consigo reconhecê-lo. -ela disse
 
 
-Você também está diferente. -falei, a olhando de cima a baixo.

Percebi que suas bochechas ganharam um tom vermelho. Era tão bom vê-la corar novamente. Eu amava isso nela.

 
-Não sabia que você estava morando aqui. Como está sua família? -perguntei
 

-Estão todos bem. Bom, me mudei pra cá a seis anos. E você? -perguntou

 
-Me mudei tem uma semana. Devido alguns problemas pessoais, resolvi mudar de cidade, pra espairecer a cabeça. -falei
 

-E sua família? Como estão? -perguntou

 
-Estão todos bem. Chegarão aqui apenas semana que vem, pois têm que resolver algumas coisas relacionadas ao trabalho e a escola. -falei

-Bom, venha. Vou te mostrar o hospital.-ela disse

Dentro de minha ocorria um turbilhão de emoções. Felicidade, mágoa, esperança, medo...Depois que ela se mudou de Phoenix, nós perdemos o contato. Fiquei catatônico por semanas, parecia um zumbi. Até que tive uma conversa com minha mãe, onde ela me disse que eu deveria continuar minha vida, independente do que acontecesse. Ela sempre dizia que nossa história ainda não tinha terminado, que ainda iríamos nos reencontrar e teríamos uma segunda chance para o nosso "final feliz". Eu acabei aceitando seu conselho e voltei a fazer as coisas que eu fazia antes. E foi assim que acabei ficando amigo de Elizabeth, que era uma conhecida nossa. Depois de um tempo, a amizade se transformou em paixão, e então, amor. Semanas depois descobri que Renée estava namorando novamente. Fiquei muito triste com isso, mas dei graças a Deus que eu tinha Elizabeth do meu lado. Eu a amava tanto quanto amava Esme.

Ficamos noivos pouco depois de entrarmos na faculdade, e casamos quando descobrimos que ela estava grávida. Foi uma felicidade imensa, mas não pude deixar de imaginar como seria se fosse Esme em seu lugar. Depois que Edward nasceu, eu decidi esquecer Esme de vez e ser inteiramente de minha família. Elizabeth e Edward precisavam de mim. Lembro que chorei quando peguei meu filho nos braços pela primeira vez. Era tanta emoção...

Pouco tempo depois nasceu Rosalie, trazendo mais felicidade ainda pra nossa vida. E então nasceram Jasper e, três anos depois, Renesmee. Nossa família ficou completa. Éramos felizes até que a bomba estorou. Elizabeth sofreu um acidente de carro e não resistiu. Tentamos de tudo para salvá-la, mas não conseguimos. Me senti inútil quando levaram seu corpo pra necrotério. Salvei tantas vidas, mas não pude salvar minha esposa. Rosalie me culpou pela morte da mãe, falou que não fiz nada para salvá-la. Fiquei totalmente quebrado ao ver a dor de meus filhos, me senti culpado. Com o tempo, Rosalie se desculpou e falou que eu não tinha culpa de nada. Conseguimos reestabilizar nossa vida da melhor maneira que pudemos.

Parece que a vida está nos dando mais uma chance de ser feliz. Confesso que nunca acreditei que iria encontrar Esme novamente, e aqui está ela, bem na minha frente, na mesma equipe em que eu trabalho. Posso dizer que o que me motivou a casar com Elizabeth foi saber que Esme já estava em outra, saber que ela já estava reconstruíndo sua vida sem mim.

Apesar de ter sofrido bastante, eu agradeço por ela ter se mudado. Pois graças a ela eu tive 4 filhos maravilhosos com Elizabeth e não os trocaria por nada nesse mundo. Obviamente eu nunca esqueci Esme, pois ela foi meu primeiro amor. Mas, resolvi abrir meu coração pra Elizabeth, e sei que foi a melhor coisa que fiz em toda minha vida.


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Notas finais do capítulo

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