Amor proibido escrita por LOVE VAMPIRE


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Galerinha, muitas pessoas estão me mandando mensagem e pedindo que no privado fale o que provavelmente irá acontecer na fic, sinto decepcioná-los, mas nem eu sei o que irá acontecer. Poucos sabem, mas está fic é um mix dos livros da Meyer, outros livros, juntos com sonhos, longo, é apenas quando durmo que sei o que fazer com a fic.



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Um Mês depois.

Bella sorria distraidamente observando seu reflexo no espelho, os cabelos pretos, densos pareciam levemente maiores, e a garota usava a escova para deixar os cachos largos mais definidos. Estava na penteadeira, em seu quarto, aliás, tentou se lembrar há quanto tempo não havia saído daquela mansão, de fato, o rei proibira, tinha medo que ela fugisse. Não que ela desejasse sair, digo, ela nem saberia aonde ir, nunca conheceu o mundo lá fora. Depositou a escova na cômoda e pensou qual teria sido a última vez que falara com Edward, de fato, desde aquela noite em que ela se machucara ele nunca mais havia tocado nela, nem nada parecido, os dois eram como completos desconhecidos. Lembrou de tê-lo visto passando pelo corredor no café da manhã e mais nada, Edward era ocupado demais, e só voltava poucos minutos do sol nascer.
Como se a tivesse ouvido, a porta se abriu com força, fazendo Bella virar o rosto e encarar, Edward, ali, mas não eram nem... Seis da tarde? Como sempre, ele nem a olhou no rosto, apenas abriu a camisa e a jogou no chão, enquanto se acomodava na cama erguendo as pernas pro alto e jogando os coturnos pelo quarto fazendo um enorme barulho.
O fitando curiosa pelo reflexo do espelho, Bella notara que ele parecia profundamente perturbado, fitava a parede a sua frente, com as mãos nas têmporas.
– Algo aconteceu? – Bella se ouviu falando, surpresa.
Edward fitou os olhos nela, e pela primeira vez desde que o conhecera, fitou seus olhos e não seu corpo.
– Não te interessa.
Bella engoliu em seco, levantou-se ajeitando o vestido preto e sentou na cama, próxima a ele.
– Bem, eu sou a rainha, claro que me interessa – disse com uma calma que fez Edward erguer a sobrancelha.
– Ah, foda-se... – Edward ergueu as mãos – Pois bem, estou no ponto de comer o coração de todos aqueles velhos do conselho. Satisfeita?
– Por que? – Bella sabia, que Edward, assim como foi o pai dele, era absurdamente fiel ao conselho, sempre os obedecendo. Aquilo realmente a interessou.
– Alguém esta transformando humanos, humanos aleatórios que não sabiam de nossa existência.
Bem, Bella não tivera o melhor dos estudos em relação a termos técnicos, mas de uma coisa ela sabia, havia duas maneiras de ser um vampiro, ou você nasce vampiro, sendo fisicamente humano até a perda da virgindade que é quando seu lado “vampírico” acorda, ou quando um vampiro morde e transforma outro humano. Contudo, isso era absurdamente raro, de uma maneira geral, era condenável transformar humanos que não saberá da existência da raça porque nunca tinha um final feliz, humanos lidam muito mal com o termo moral de sugar sangue, ou lidam tão bem que causam assassinatos em série.
– Bem... Isso é errado, mas...
– Não terminei ainda – Edward interrompeu – Esse vampiro que esta a solta, não esta simplesmente transformando humanos e cuidando deles como seria sua responsabilidade, mas sim, transformando qualquer humano que encontra na esquina, transformando e os abandonamos. Resultado dessa porra? Um número crescente de casos de seres humanos sendo encontrados mortos em becos com nenhum pingo de sangue... E é óbvio, que isso chamou a atenção da policia e da mídia.
– Deus... Podemos ser descobertos... – Bella tampou a boca pra conter a surpresa, desde o casamento uma parte dela se tornará vampira e proteger Edward parecia mais importante do que deixar seu coração batendo .
– E pra foder tudo de vez – Edward admitiu – a merda do conselho quer que eu simplesmente fique de fora disso, deixando na mão deles a resolução.
– O que você pretendia? – Bella se aproximou mais, pela primeira vez se sentia parte do mundo real, de algo mais emocionante do que simplesmente se manter uma princesinha.
– Mandar os “Phantom’s” pra cada canto do centro de São Paulo, os mantendo lá até que vissem algo de suspeito e me avisassem. Eu mesmo faria esse Vampiro pagar por todas essas crias humanas desgovernadas que criou.
– E porque não faz isso? – Bella questionou – Os Phantom’s são os vampiros guerreiros com maiores habilidades de infiltração que existem, dizem que são imperceptíveis...
Edward encarou Bella, admitira, estava surpreso, aquela mulher realmente sabia quando ser firme e forte, ao mesmo tempo que era frágil e feminina, mas era óbvio que Bella não compreendia tudo, dizer “não” ao conselho é como libertar um prisioneiro de tortura, mais cedo ou mais tarde, o prisioneiro iria voltar para mata-lo. O conselho era formado simplesmente com os vampiros mais influentes do mundo vampírico, se eles quisessem destronar Edward, conseguiriam em uma semana.
– Edward, você é o rei. – Sentiu algo tocar sua mão e percebera que era Bella, agora o encarando profundamente – Você sabe o que é melhor pra nossa raça, passou sua vida inteira sendo treinado pra esse momento.
Sem muita reação, Edward apertou a mão de Bella com força e cuidado. Realmente, era bom demais ouvir aquilo, por mais que soubesse, ás vezes ele se sentia como se fosse a porcaria de uma bandeira, apenas um objeto aonde todos lhe dedicavam admiração, mas que não fazia mais porra nenhuma do que representar um papel e só.
– Sim, eu sou o Rei. – Disse, por fim.

~


Os olhos se abriram repentinamente, Bella se viu fitando o teto e por um momento, não reconheceu o lugar. Sentiu uma sensação de pânico partir do fundo de seu peito e reconheceu que ali era seu novo quarto, ainda não se acostumara com aquele lugar, era como se estivesse em férias na casa de algum estranho, ou num sonho. Colocou as mãos nas têmporas e tentou se recordar do que lhe causara o susto inicial que a despertara. Outro pesadelo? Desde do casamento era assim, pesadelos desconexos que a faziam despertar em súbito terror. Fitou o lado direito da cama, deprimida, mal vira Edward há semanas, ele só entrava pra ficar ao seu lado como ordenava, havia decidido deixa-la em paz depois daquele inicio tempestuoso. E dali, quem diria, o inferno teria se instalado.
Era o assunto de todos, o rei que rejeita a rainha, a rainha que não terá um herdeiro. Bella os ouvia cochichar por todos os cantos, paredes com ouvidos, janelas com olhos e portas com lábios. Estava tão cansada, queria sumir dali, nem se lembrava mais o que era viver sossegada, em sua casa, sonhando com um amor eterno... Com Jake.
Ah, Jake... – Bella apertou seu corselete com força e colocou as mãos nos seios delicadamente, imaginava ela estar num casamento tão infeliz assim? Ainda intocada, sem ele, sem ninguém. E o que mais se recusava a admitir era que Edward fazia falta, ele era tudo que sobrara de real naquele castelo de cartas, mesmo sendo tão pouco o contato entre os dois.
Sentiu algo queimar dentro dela de repente, atirou os scarpins longe e pegou dois coturnos de salto pesados, os vestiu com uma rebeldia que desconhecia, algo que gritava de dentro de sua alma. E saiu o mais rápido possível pelos corredores da sua mansão, da sua prisão. Foi interrompida por alguém perguntando se ela ia comer algo, ignorou e prosseguiu, só respirou fundo quando fixou o olhar no estábulo. Depois de alguns dias de tristeza, Edward a presenteara com o melhor presente que poderia receber de alguém, ele permitiu a vinda de seu cavalo, Black, estava ali, de volta. O cavalo negro a reconheceu e relinchou alto, fazendo Bella sorrir e abraça-lo. Quando o tocou, nem tudo parecia perdido, e uma chama de esperança brilhou dentro dela. Acariciou o pescoço do cavalo e subiu sem rédeas, não, não naquele dia, aquele dia ia se sentir um pouco mais livre, desde que essa liberdade seja apenas subir no cavalo sem certa proteção. Edward permitira a vinda do cavalo com apenas uma condição, ela jamais poderia sair da mansão sem ele, e poderia apenas cavalgar no longo campo ao redor da mansão, campo, aliás, protegido com um enorme muro e muitas câmeras de segurança. Aquilo era loucura, pouco, mas Bella estava satisfeita.
Acariciou o cavalo com saudades e se inclinou no ouvido do mesmo, sussurrando:
– Vamos, Black, vamos nos unir como antes.


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Notas finais do capítulo

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