I swear escrita por MylleC


Capítulo 6
Capitulo 5 - Você tem que me mostrar, mostrar, mostrar


Notas iniciais do capítulo

Eaeeee gente. Ultimo capitulo aqui pra você, sei que demorei muuuuito. Me desculpa de verdade, mas muita coisa aconteceu kkkk. Não vou enrolar muito, a gente se fala mais la em baixo. Boa leitura!



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Amor é um verbo

Não é uma coisa

Não é algo que você possui

Não é algo que você grita

Quando você me mostra amor

Eu não preciso das suas palavras

Yeah, amor não é uma coisa

Amor é um verbo

Amor não é uma coisa

Amor é um verbo

Então você tem que me mostrar, mostrar, mostrar

Que amor é um verbo

(Love is a verb – John Mayer)

 

Meu dia tinha começado uma grande porcaria, na verdade o dia anterior a esse já tinha terminado uma grade porcaria. Mas nada tinha se comparado e acordar e ver que nada tinha sido um sonho. Que Oliver e eu tínhamos brigado, que ele jogou em minha cara que não me amava, que não éramos mais amigos. Nem ao menos sei como consegui me arrastar da cama e me arrumar para ir trabalhar, e diante de todas as coisas que passei durante todo o dia, a ultima delas que eu esperava era ter um Oliver Queen batendo em minha porta com um simples pedido:

—Diga como é, como é amar? – sinto seu toque em meu rosto e me controlo para não fechar os olhos e me entregar. -Como é me amar, Felicity?

Então com se a luz divina do paraíso tivesse era caído sobre mim eu entendi. Oliver ele... Estava absurdamente confuso, porque pelo seu histórico era compreensível que ele nunca tenha amado de verdade e consequentemente não entender esse sentimento. Mesmo que eu estivesse errada e nada disso desse certo e então Oliver realmente chegasse a conclusão de que não me amava... Eu me apeguei a esperança de ainda ter uma chance.

Seria ótimo se eu tivesse as palavras na ponta da língua para responder á ele, eu não era também a experte do quesito amor, mas obviamente era uma coisa que eu sou mais experiente que Oliver, de algo isso tem que servir. Preciso explicar de modo que ele entenda, preciso tocá-lo. Não dessa maneira! Eu quis dizer, tocar com o coração, não tocá-lo... Tocá-lo.

Mesmo que eu esteja pensando muito seriamente nesse seu pedido, a parte magoada de meu coração tinha medo do que ele faria a seguir, eu não poderia ter certeza de nada com Oliver no momento, eu estava com medo e ele não poderia me julgar por isso.

—Porque isso agora? Porque está me perguntando isso, Oliver?

—Por que... Eu preciso saber, Felicity. Eu estou... – um sorriso malicioso se abriu em seu rosto. –Estou no segundo passo.

—Segundo passo?

—Sim.

—Oliver, você...

—Felicity, por favor. Eu só queria que você me respondesse, depois eu explico, depois eu respondo tudo o que você me perguntar, eu só quero saber... Como é?

Sorrio, tento segurar, mas foi uma reação quase que involuntária no momento. Tudo bem, Oliver queria uma aula básica de “Como saber se estou amando, em alguns passos – Tutorial por Felicity Smoak.” Então ele teria. Respiro fundo, tomando coragem, pensando um pouco.

—Oliver, amar é... – respiro fundo mais uma vez, seguro sua mão ainda em minha bochecha. –Amar é simples. – escorregos seus dedos da minha bochecha pelo meu pescoço, entrelaço nossos dedos e me afasto um passo, deixando nossas mãos ao lado do corpo. – E complicado ao mesmo tempo.

Vejo seus olhos brilharem, presos em meu rosto.

—É... se importar. – me aproximo novamente e vejo seu olhar recair sobre meus lábios e sorrio levemente. Passo a língua em meus lábios para umedecê-los. –Hmm, é chorar às vezes, mas também se divertir. – me aproximo mais, envolvendo meus braços em volta de seu pescoço. Minha mão direita desliza por ali, a procura de algo e mordo levemente o lábio inferior ao encontrar o fino cordão do colar. –É ser amigo.

Oliver parecia não saber o que fazer com as mãos e talvez a decisão mais lógica na cabeça dele tenha sido colocá-las em minha cintura, apertando suavemente. Aproximo nossos rostos, entreabro os lábios e roço levemente minha boca na sua, sem deixar que seja realmente um beijo, e para ser sincera preciso ter muito autocontrole para não me entregar ao toque.

Novamente movo minha mão até seu peito e separo nossos lábios quando vejo que Oliver iria avançar para me beijar.

—É sentir isso disparar. – digo, indicando seu coração com minha mão sobre ele, sentindo as batidas frenéticas e descompassadas. –É o frio na barriga. – sinto ele aproximar mais nossos corpos, ainda segurando firmemente em minha cintura.

—Amar é... Ter um porto seguro, é proteger e se perder um no outro, e ao mesmo tempo se encontrar. – suspiro, sem desviar nosso olhar nem por um segundo. –Amar é amar, sem definição ou medida. Não importa quantas coisas eu tente falar para definir o que é, nunca será suficiente por que...

—Entendi. – pela primeira vez ele falou, a expressão se tornando séria por um segundo antes de sorrir minimamente, deslizar o polegar por minha bochecha. –Não são as palavras, são os sentimentos.

Assinto, sentindo suas palmas correrem por meu braço até minhas mãos e entrelaçar nossos dedos.

—Não é apenas falar, é mostrar. – concluo.

—Bem, queria começar por esclarecer que ninguém nunca, jamais, fez Oliver Queen ficar tão absurdamente confuso e até... assustado.

—Assustado?

—Felicity... Já fiz tantas coisas, a maioria da qual me arrependo, já vi tanto de situações onde casais terminam de forma tão... dolorosa. E a ultima coisa que já imaginei nesse mundo era que um dia isso daria certo pra mim, justo pra mim. Você sabe, nunca consegui me prender realmente á alguém.  Já machuquei todas as pessoas com que tentei me envolver e eu nunca poderia me permitir machucar alguém como você.

Prendo a respiração, sentindo meu coração bobear rapidamente dentro de mim, incrédulo e ansioso.

—Depois que meu pai morreu, na verdade até mesmo antes disso, nós sofríamos constantes atentados, por sermos figuras publicas. Meu pai contratou mais seguranças, então desde que eu era pequeno vivo nesse mundo, é algo com que tenho que viver. E esse foi o primeiro motivo para não querer me envolver com você, pela ameaça física que pode vir a acontecer. O segundo motivo seria a ameaça emocional, mas essa... Essa seria por minha causa.

—Eu... não entendo.

Oliver respira fundo.

—De todas as pessoas que tentei me envolvei, não houve uma que tenha saído da relação inteira, entenda, isso era algo que definitivamente estava disposto a evitar em relação a você, mas... Apenas por termos brigado daquela forma, apenas o curto período de tempo em que ficamos separados já foi... Doloroso para mim. Conversei com Thea e... – ri com o próprio pensamento, antes de continuar. –Ela realmente se tornou uma grande mulher. Tivemos uma boa conversa e, durante todo o caminho para cá em que eu estive completamente confuso e assustado eu me dei conta de que em todos os relacionamentos que terminei eu mesmo não senti nada com os términos. Não tive qualquer tipo de dor, em relação aos rompimentos. Talvez raiva e frustração, mas não realmente uma falta. A verdade é que nesse pouco tempo em que ficamos sem nos falar, eu sofri mais do que sequer senti em todos os relacionamentos que terminei.

—O que quer dizer?

—Quero dizer que mesmo depois de você ter dito tudo aquilo, não precisei realmente de suas palavras, pois você me mostrou o tempo todo como é, Felicity, me mostrou o tempo todo como é amar Oliver Queen eu é que não quis ver. E não há outra coisa que posso fazer para melhorar isso senão amando-a de volta.

Era isso, eu tinha batido a cabeça e estava em um delírio cruel e maravilhoso ao mesmo tempo. Eu realmente tinha que me lembrar onde foi que minha cabeça se chocou com tamanha força para me fazer alucinar tal coisa. Oliver estava dizendo que me amaria de volta, que... opa, isso não está bem da forma que deveria estar, não é?

Sinto meu sorriso inconsciente se desfazer e a decepção começar a preencher meu peito.

—Oliver, você não tem que se sentir na obrigação de me amar de volta, só porque eu o faço, você não tem que...

Não posso terminar a frase uma vez que Oliver cobre meus lábios com os seus. Quentes e aconchegantes, intensos e muito melhor do que eu venho sonhando desde a primeira vez que nos beijamos. Aquele beijo que eu acreditava que Oliver tinha enterrado no mais profundo de sua mente e que agora se repetia. Ainda tenho meus olhos abertos e os lábios paralisados com o susto, mas Oliver fecha seus olhos, se aproximando mais e envolvendo minha cintura, me aproximando para mais perto dele, tomando delicadamente para si, meus lábios que enfim movimento. A moleza me atinge, minhas pernas parecem que vão virar gelatina a qualquer momento e depois de um suspiro meu corpo relaxa, meus olhos se fecham e Oliver me segura mais intensamente. Minha mão em sua nuca faz um suave movimento pelos fios de seu cabelo e minha outra mão que ainda está em cima de seu peito sente seu coração bater tão rápido e descompassado quando o meu.

A ponta de sua língua brinca com meu lábio inferior, como se dissesse que no momento que eu estivesse pronta para aprofundar aquele beijo, ele o faria.  E definitivamente eu estava!

Entreabro os lábios e puxo minha ultima lufada de ar enquanto sinto a língua de Oliver escorregar por minha boca, encontrando minha língua e todas as sensações anteriores parecem ter triplicado no momento em que nos movimentamos em sincronia, em deleite e apreciação, provando do gosto um do outro, nos beijando como se o mundo fosse acabar no minuto seguinte e de repente todas as minhas duvidas se esvaem, todas as minhas preocupações se esvaem, qualquer resquício de magoa se esvai! E tudo o que existe é Oliver e eu, nada mais importava.

Meu pulmão e tenho certeza que o de Oliver também, arde em um pedido desesperado por oxigênio e de vagar nós cessamos os movimentos e desgrudamos os lábios calmo e lentamente. Meus olhos se abrem com relutância, encontrando os azuis intensos de Oliver. Nos encaramos por longos minutos onde apenas fitamos cada parte do rosto um do outro, como se respectivamente guardássemos na memória aquele momento.

—Não estou fazendo qualquer coisa por me sentir obrigado. Estou apenas deixando claro e te mostrando... O quanto eu te amo, Felicity Smoak. E o quanto sinto muito por ter te magoado, por ter demorado tanto para abandonar todos os meus medos e fazer a decisão certa de dessa vez me empenhar de verdade em um relacionamento que quero com todas as forças que de certo. Em me empenhar por não te machucar e te amar intensamente todos os dias que teremos juntos daqui pra frente, porque eu nunca senti toda essa intensidade com mais ninguém e o que eu mais quero é continuar sentindo o tempo todo, por você, apenas por você.

Tento segurar as lágrimas, respirando fundo e sentindo novamente os dedos de Oliver procurar os meus. Seu mindinho se engancha no meu e ele dá um leve balançar de nossas mãos.

—Vou te fazer Feliz, assim como você tem me feito todo esse tempo apenas com sua amizade.  Agora que passamos do nível amizade... – se aproxima, encostando a testa da minha e abrindo um sorriso, sem nunca afastar nossos dedos unidos. –Tudo será diferente, pra melhor. Eu juro.

Sorrio e me coloco na ponta dos pés, puxando Oliver contra mim e novamente selando nossos lábios em mais um beijo apaixonado.

(...)

OLIVER

Saio do elevador, ignorando os olhares poucos sutis em mim e me encaminho pelo caminho que eu já conhecia. Parei em frente a porta e me pus a observá-la, completamente concentrada em seu trabalho. Uma caneta vermelha entre os lábios enquanto lia alguns papeis.

—Felicity Smoak?

Felicity gira a cadeira em minha direção e parece surpresa ao me ver, retira rapidamente a caneta da boca e só então um pequeno sorriso contido começa a se formar ali.

—Eu sou Oliver Queen, seu chefe como já deve saber. Estou completamente indignado pela senhorita permanecer aqui em pleno horário e almoço.

Felicity procura afobada pelo relógio.

—Ah, senhor meu chefe, me desculpe. Fiquei ocupada demais com meu trabalho para me lembrar de comer.

Sorrio e enfim me aproximo.

—Bem, gosto de saber que minha empresa tem ótimos funcionários assim. Acho que como recompensa você merece um almoço comigo.

—Oh é mesmo? – sussurra, se levanta e aproxima mais, levando uma mão ate minha nuca. –E o almoço é a única coisa que mereço?

Maneio a cabeça, negando.

—Com certeza não. – enfim quebro a pouca distancia entre nós e selo nossos lábios urgentemente, me dando conta de como senti sua falta até agora.

Felicity sorri abertamente ao nos separamos, ajeita os papais na mesa para que possa sair.

—Só agora estou me dando conta de como estou faminta.

—Viu, posso ser considerado seu chefe herói.

Felicity estaca no lugar antes de chegar na porta e a olho confuso pela atitude.

—Ãn, então, chefe herói, você... Veio aqui no departamento de TI, lá da sua sala. Você desceu dezoito andares até aqui e... Por acaso, só pra saber... O quanto de atenção você chamou?

—Oh, muita. Todos ficaram me encarando. Essas pessoas nunca ouviram a palavras “disfarçar”?

—Oh meu Deus, ficarei aqui para sempre. –afirma, voltando a se sentar em sua cadeira e torcendo as mãos em claro sinal de nervosismo.- Nunca vou sair dessa sala, jamais.

—Felicity?

—Oliver! As pessoas vão... ficar falando.

—Deixe que falem, eles não tem nada com a nossa vida.

—Fácil para você falar quando não é você a vadia dormindo com o chefe. Não que nós já tenhamos dormido juntos, começamos a namorar ontem. E isso também não quer dizer que eu não queira dormir com você... – agita as mãos em minha direção como se temesse que eu falasse algo e interrompesse sua explicação falha. –Mas não estou sugerindo nada, espera, não desse jeito. Quero dizer... Deus, só fica pior. – coloca as mãos no rosto para esconder o rubor que tinha tomado todo seu rosto.

Me seguro para não rir e me aproximo novamente dela.

—Tagarela, eles já nos viram juntos tantas vezes. Qual a diferença agora? Você é minha melhor amiga, Felicity.

—Sim, mas agora é diferente. Oliver, você nunca desceu até aqui.

Paro para pensar e ela tem razão. Eu nunca tinha vindo até aqui chamá-la, geralmente era o contrario.

—Bem, não tem como saberem sobre nosso novo status. Na verdade, acho que já devemos começar a contar a eles.

—Contar? Já?

—Hm, sim?

—Contar como? Vai convocar uma reunião e fazer um pronunciamento publico? Por favor, não considere isso, eu não te dei nenhuma idéia maluca não é?

—Eu estava pensando em uma coisa bem mais discreta.

—Como o que?

Sorrio e seguro sua mão, dando poucos passos para trás para que ela entenda que é para me acompanhar.

—Oliver?

Saímos da sala e seguro com mais firmeza sua mão e quando me certifico que novamente está todo mundo olhando circulo meu braço sobre seus ombros enquanto Felicity passa o braço por minha cintura, deixando explicito o aumento de intimidade entre nós.

Chegamos ao elevador e antes que as porta se fechem completamente me viro para Felicity e beijo seus lábios, me afastando apenas depois das portas estarem fechadas.

—Pronto, evitamos explicar toda a historia muitas e muitas vezes, amanhã estaremos em todas as revistas possíveis.

—Oh, meu Deus, se isso é o seu super discreto, eu não quero nem imaginar se você realmente convocasse uma reunião para contar.

Rio e acaricio suavemente as costas de sua mão com o polegar.

—Ia ser a reunião do século.

Levo a mão no bolso para alcançar meu celular, mas não encontro. Confiro o outro bolso e também está vazio.

—Droga, teremos que subir de novo. Esqueci meu celular.

—Tudo bem.

Aperto o botão do andar da presidência. Seriam longos andares. Me viro para Felicity e me aproximo, levando minhas mãos para sua cintura.

—Então... Sobre aquilo de dormirmos juntos...

—Oliver! – como esperado seu rosto assume rapidamente a coloração vermelha. Rio alto, depositando um beijo rápido em sua testa.

—Você só quer me deixar envergonhada, não é?

—Com certeza.

Roço suavemente nossos lábios e para minha surpresa é Felicity quem acaba por começar o beijo. Intenso e urgente. Passasse o tempo que fosse, anos e anos eu tinha certeza de que nunca cansaria de beijá-la, nunca cansaria dessa sensação de ter seus labios macios nos meus, de experimentar seu gosto único.

As portas se abrem mais rápido do que eu pensei que seria, volto a segurar sua mão enquanto saímos do elevador.

Estranho quando vejo que alguém conversa com minha secretaria, que já devia também ter saído para almoçar. Empurro a porta de vidro e isso chama a atenção dos dois.

—Oh, senhor Queen, como vai? – cumprimenta o homem, estendendo a mão em minha direção.

Tento me lembrar se o conheço de algum lugar, mas não me lembro. Aperto sua mão e assinto.

—Vou bem.

—Ah, eu sou Ray Palmer, vim para aquela reunião.

—Hm, sim, mas ainda não está na hora. Eu estava saindo para almoçar.

—Sim, sua secretaria me falava isso, eu apenas sou muito ansioso, tinha esperanças de conseguir falar com você antes do almoço, mas tudo bem. Também irei almoçar. –assinto e estranho seu olhar penetrante para o meu lado e percebo que ele fita Felicity.

—E a senhorita é...?

—Ah, eu... sou Felicity Smaok. – Felicity sorri meio sem jeito para ele que segura sua mão e se aproxima, beijando seu rosto.

Ergo uma sobrancelha, completamente chocado com sua ousadia. Ele não havia percebido que estávamos juntos?

—Ah sim, a encantadora amiga do Sr.Queen, vi muitas noticias sobre vocês.

—É, mas já passamos um pouco da fase “amigos”. – trato logo de atualizá-lo das noticias, voltando a envolver a mão de Felicity na minha.

—Oh. – parece sem jeito e sorri exageradamente. –Meus parabéns então. Acho que devo ir agora e deixá-los ir almoçar.

—Claro, até daqui a pouco. – apertamos as mãos novamente e o observo se afastar.

—O que foi aquilo? – Felicity questiona, me acompanhando enquanto vou até minha mesa a procura de meu celular.

—Aquilo o que?

Ela ri pelo nariz, como se fosse obvio.

—Todo aquele tom. “ já passamos da fase amigos” – imita minha voz de forma exagerada.

—Ué, mas passamos. E ele ficou todo daquele jeito pra cima de você. Não percebeu?

—Ah, Oliver. Todo esse tempo, eu realmente achei que nunca veria você ter uma ceninha de ciúmes.

—Não é ciúmes, é... – não encontro outra explicação e Felicity levanta uma sobrancelha, provando seu ponto. –Tudo bem, talvez. Mas, você viu aquilo! Não foi da minha cabeça.

—Ah, Oliver, eu duvido muito que ele tenha tido qualquer segundas intenções. Podemos ir?

Guardo meu celular no bolso e assinto.

—Vamos.

—Então, qual o super restaurante chique que meu namorado vai me levar para almoçar? – pergunta quando já deixamos o elevador novamente.

—Bem, eu estava na verdade pensando em algo como o Big Berly Burguer.

—O que? Tem certeza?

—Porque não teria?

—Bem, porque você tipo, é bilionário e por todo esse tempo em que nos reencontramos você apenas comeu em restaurante ou coisa assim. Oliver, nunca te vi encostar em uma batata frita.

—Bem, sempre tem uma primeira vez.

—O que? Então quer dizer que é a primeira vez que vai comer um lanche engordurado no almoço?

—Não a primeira, mas com certeza a primeira em muito tempo. – seu olhar chocado é substituído pelo sorriso animado, parecendo agora ter realmente acreditado que faríamos isso. - Acontece que eu me lembro, um pouco antes de você ir para Vegas, você disse que sentiria muita falta do Big Berly, porque você adorava. Acho que seria bom abandonar os restaurantes por hoje.

—Ah, espera só até você experimentar uma batata toda mergulhada no Milk shake.

—O que? Você faz isso? Parece nojento.

—Ah, amor, é absurdamente delicioso.

Paro de andar e a olho, sorrindo.

—O que? – pergunta.

—Você disse... Hm...

Ela sorri, parecendo entender o que eu queria dizer. Se aproxima e envolve os braços envolta de meu pescoço.

—Sim, eu disse. – afirma. Me da um selinho rápido e me olha profundamente nos olhos. – eu te amo.

Fecho os olhos, gravando na memória aquele som, aquelas palavras, aquele momento. Abro novamente e roço suavemente nossos lábios.

—Eu também te amo, tagarela.

Felicity sorri e depois de um beijo mais longo voltamos a andar. Eu estava pronto para minha primeira batata no Milk shake, assim como estava pronto para experimentar todas as coisas novas e únicas que meu relacionamento com Felicity oferecia. Queria fazer mais parte desse mundo, do mundo onde amar era possível pra mim. Dessa vez não daria errado, dessa vez eu estava experimentando uma felicidade a qual antes eu duvidava existir. E tudo o que eu queria era mais e mais. Eu estava mais do que pronto para viver tudo isso ao lado da minha melhor amiga e namorada.

Definitivamente, anos atrás eu fiz o melhor juramento que poderia ter feito em minha vida. E eu nunca quebraria aquele ou qualquer outro que tivesse vindo depois dele. Afinal, prometemos de mindinho.

Estávamos unidos por aquela promessa, por aqueles colares... Por nossos corações. E assim permaneceria, era simplesmente ótima a forma como Felicity e eu mostramos amor um ao outro. Algo que me fazia ter certeza de que eu nunca duvidaria desse sentimento, eu não poderia, era impossível duvidar, era algo que só melhorava e crescia. Eu traria isso cada vez mais para minha vida, juntamente com Felicity e eu vou fazê-la a pessoa mais feliz do mundo assim como ela me faz. Eu juro que vou.


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Notas finais do capítulo

Entãooooo? Gostaram?
Gente chega mais, vamos conversar aqui rapidinho.
Eu sei, que ninguém queria que tivesse acabado, nem eu queria. Mas, quando eu planejei a fic era pra ela ser realmente pequena, menor do que isso porque eu realmente não posso postar uma grande agora e conseguir me dedicar. Mesmo sendo pequena ja demorei pra postar esse ultimo não foi? kkkkk. Todo mundo praticamente deu várias sugestões e maioria delas foi: Ciumes.
Entãoooo, pra acalmar esses coraçõeszinhos tristes, vou pensar em alguma One (sem ligações com a fic) envolvendo ciumes, okay? Vocês querem? Não sei pra quando ainda, mas tento não demorar muito.

Enfim, esse capitulo foi mais pra concluir mesmo, dei uma incluída no Ray pra deixar implícito que teria um clima ruim entre Oliver e ele ali kkkkk. Espero que tenham gostado da fic, muito obrigada a todo mundo que comentou, favoritou e me incentivou a continuar. Muito obrigada mesmo. Bjsss e até a proxima.



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