— Bom, na verdade meu marido ainda não descobriu sobre os Weasley, mas logo saberá, já que ele conseguiu uma amostra do DNA da Weasley mais nova. – Disse Merópe olhando de soslaio para Tom que não ligou para o olhar da mãe. Ela teve o cuidado de enfatizar que o marido ainda não tinha descoberto sobre os Weasley.

— Vou repetir novamente, o que vocês realmente querem de nós? – Questionou Harry, não se movendo nem por um instante da frente de Lilian e Hermione.

— Viemos aqui para alertá-los sobre isso e lhes dizer que estamos dispostos a ajudar com o que quer que seja que estão planejando para se protegerem. – Merópe respondeu calmamente.

Harry, Hermione e Lilian olharam para eles intensamente tentado enxergar de alguma forma se eles estavam falando a verdade.

— Como podemos ter certeza de que vocês estão mesmo falando a verdade? – Desconfiou Hermione.

— Porque sei que confiam em mim, somos amigos e mamãe está falando a verdade. Viemos alertar vocês e ajudá-los a se proteger. – Rolf respondeu.

Harry e Hermione olharam de Rolf para Tom.

— Todos vocês? – Perguntou Harry olhando descaradamente para Tom, que revirou os olhos.

— Está se referindo a mim, Potter? – Tom questionou.

— De quem mais poderia ser? – Hermione disse num rompante de deboche.

Tom olhou feio para ela antes de responder:

— Não se preocupe, Potter, o que mamãe disse também serve para mim.

— Sinto muito, mas, não confiamos em seu filho Tom – Falou Harry para Merópe, ignorando o que Tom falara, fazendo-o bufar irritado.

— Não se preocupem com ele, está falando a verdade. – Respondeu Merópe antes que Tom abrisse a boca para falar alguma coisa.

Novamente eles olharam intensamente para os Logan ali presentes.

— Está bem. Iremos confiar nele. – Lilian falou o que seus filhos não tiveram coragem de falar.

— Certo, agora precisamos ir nos Weasley. – Merópe disse levantando-se de onde estava sentada.

— Nós iremos com você, irei apenas mandar uma mensagem para James dizendo onde estamos e o que houve. – Informou Lilian pegando seu celular na mesinha em que ela havia largado seu livro.

— Certo. – Merópe concordou.

—-------------------

Pouco depois, na casa dos Weasley...

— Eu não confio nesse aí. – Declarou Gina, apontando para Tom, que bufou e revirou os olhos.

Eles haviam falado a mesma coisa que falaram aos Potter e a primeira coisa que a ruiva fala era aquilo.

— Isso de novo? Vocês não confiam em mim, todo mundo sabe! Vocês não precisam anunciar aos quatro ventos esse fato, é só olhar para cara de vocês. – Tom reclamou.

— Gente, podem confiar no meu irmão, ele irá ajudar. – Rolf pediu para todos os Weasley’s, que por incrível que parecesse em um dia de semana, estavam todos em casa.

— Você tem certeza? – Rony indagou olhando diretamente para Rolf.

— Sim. – Rolf afirmou.

— Então iremos confiar no Tom – Rony decidiu. – Nossa, eu nunca pensei que diria isso.

— Não foi só você. – Harry e Hermione disseram juntos.

Tom olhou feio para todos eles.

— Melhor eu ajudando do que eliminando vocês, não é? – Tom falou olhando para todos eles, incluindo a parte da família Weasley que ele não conhecia. Todos eles eram ruivos? Tom notou.

Todos eles concordaram com a cabeça, até quem não conhecia Tom direito e só sabia o que Harry, Gina, Hermione e Rony contavam a eles sobre o garoto.

— Vocês vão ter que se proteger bastante. Meu marido… ele está louco para destruir todas as sereias sobreviventes. – Merópe os alertou. – E uma pessoa louca é uma pessoa muito perigosa.

— Vocês sabem porque ele tem toda essa obsessão de destruir as sereias? – Molly indagou curiosa.

Merópe respirou fundo antes de responder.

— Vingança. Uma vingança infundada que ele colocou na cabeça e o fez enlouquecer.

— Vingança? Mas nosso povo não fez nada contra os piratas. – Disse Arthur.

— Não é o que meu pai acha. – Respondeu Tom que estava de braços cruzados em seu canto encostado na parede de pé. – Ele acha que vocês sereias fêmeas cantavam de propósito para os navios que passavam acabando com milhares de tripulações, além, é claro, que naquele ataque que teve ao povo de vocês, nossa tia, irmã dele, acabou morrendo.

O clima na sala começou a ficar bastante tenso.

— Nós não fizemos nada de propósito. – Lilian os defendeu. – Não era, e nunca foi, culpa nossa que passavam sem prevenção por nós na hora em que estávamos cantando.

— Quanto a sua tia… apenas posso dizer que era uma batalha, pessoas dos dois lados tinham que morrer. – Arthur declarou pesaroso.

— Minha tia não merecia morrer! – Tom respondeu levemente irritado.

— E nem o nosso povo! – Molly o respondeu com dureza.

Todos ali ficaram novamente em silêncio, formando o clima tenso.

— Qual era o nome da sua tia? – Lilian voltou a quebrar o silêncio.

— Bela. – Tom respondeu ainda com um pouco de irritação.

— Bela Logan? – Questionou Molly, arregalando os olhos.

— Sim. – Rolf respondeu, já que Tom apenas olhava para ela de olhos cerrados.

— Por netuno. – Murmurou Molly.

— O que foi, mãe? – Gui perguntou curioso e um pouco preocupado.

— Eu conheço ela… Bela era muito famosa por muitos mares, ela tinha um ódio descomunal por sereias e dizem que ela adorava tortura-las, ela… estava torturando Gina na batalha ao nosso povo. – Molly explicou, passando o olhar por todos ali e ao terminar de falar, o parou em Gina, que arregalou os olhos.

Imediatamente, todos olharam para Gina.

— Minha tia te torturou? – Rolf perguntou sem tirar os olhos dela.

— Ao que parece, sim… existe apenas uma Bela Logan, suponho? – Gina respondeu com a voz falhando.

— Sim, todos os piratas se conhecem, só existe uma Bela Logan. –Merópe afirmou com certeza absoluta.

Gina não aguentava olhar para ninguém ali e desejou que todos parassem de olhar para ela, principalmente sua família e Harry.

— Eu preciso subir, com licença. – Ela falou já se encaminhando para a escada que dava para os quartos.

Sua mãe, Harry, Rolf e todos os seus irmãos moveram-se como se fossem levantar e falar com ela, mas Hermione os interrompeu.

— Acho melhor apenas Rony ir falar com ela. – Ela disse e depois virou-se para Rony. - Você é o único que entende sua irmã sem perguntar nada nesses momentos.

Rony concordou com a cabeça e subiu as escadas para o quarto.

—--------------

No dia seguinte, na escola...

— Nossa, parece que vocês saíram de um velório. – Disse Luna olhando para Rony, Hermione, Gina, Harry e Rolf que estavam cabisbaixos na mesa do refeitório.

— O que aconteceu? – Questionou Neville, e Hermione contou aos dois tudo o que aconteceu.

— Minha nossa… – Neville falou, deixando seu sanduiche de lado.

— Vocês acham que Tom é mesmo confiável? – Luna indagou.

— Sim, ele é. Mamãe e eu tivemos uma conversa com ele. – Rolf respondeu com segurança.

— Está bem. – Neville respondeu.

— Amiga, você está bem? – Luna preocupou-se segurando delicadamente em uma das mãos de Gina.

— Mais ou menos… – Gina respondeu olhando para sua comida.

Harry segurou na outra mão dela e ela lhe lançou um pequeno sorriso. O sinal tocou pouco depois informando que o intervalo acabara. Lentamente eles se levantaram e, com a mesma velocidade, vão para a sala de aula, sempre com Rolf ou Tom por perto deles em algum lugar da escola.

—----------------

Mais tarde, na casa dos Potter...

Hermione estava lendo um de seus milhões de livros, quando seu celular vibrou indicando que havia chegado uma mensagem, ela o pegou e viu que era Rony.

— Oi, olhos de mel, estou com saudade. Que tal a gente se ver?

— Oi, ruivo, também estou com saudades, apesar de que já nos vimos hoje na escola. – Hermione respondeu.— Aonde você sugere que a gente se encontre?

— Na praia, na parte de trás da sua casa. – Rony respondeu.

— Está bem. Vamos entrar na água? – Hermione perguntou.

— Pode ser. – Rony concordou.— Te vejo daqui a pouco, beijos.

— Certo. Até lá, beijos.

Hermione colocou o celular no lugar em que estava antes, marcou a página que estava lendo e colocou o livro em seu criado-mudo, levantou-se calçou seus tênis que estavam ao pé da cama e saiu do quarto, desceu as escadas e saiu da casa pela porta dos fundos sem ser vista por ninguém de sua família e esperou por Rony na parte da praia que ficava nos fundos de sua casa.

Hermione ouviu passos e, pensando ser Rony, ela virou com um sorriso no rosto, que desapareceu quando viu quem era. Hermione deu passos para trás com olhos arregalados de medo do homem à sua frente, que sorriu perversamente e antes que Hermione corresse, ele a agarrou e colocou algo em seu nariz. Um cheiro estranho invadiu o ar que ela tentava recuperar para respirar, fazendo com que ela tivesse uma forte tontura e em seguida tudo virou apenas escuridão.

—-----------------

Na casa dos Weasley...

Rony assistia televisão na sala quando sentiu seu celular vibrar indicando que havia chegado uma mensagem. Quando o pegou, descobriu que era de Hermione.

Oi, ruivo, estou com saudades, que tal a gente se ver?

Oi, olhos de mel, também estou. Aonde quer que a gente se encontre?

Gina irá me matar, mas que tal na pedra do pôr-do-sol dela?

Rony riu antes de responder:

Ela não irá saber. Te encontro lá, beijos.

Tomara. Até lá, beijos.

Rony rapidamente se levantou não querendo perder muito tempo para ver Hermione.

Antes de sair, porém, ele gritou para a mãe na cozinha que estava indo se encontrar com Hermione e saiu pela porta da frente da casa. Andou um pouco pela calçada e depois desceu para areia quando estava próximo do local da pedra de Gina, não demorou muito para que ele avistasse a pedra que a irmã olhava para o sol. Ele decidira esperar por Hermione perto da pedra.

Depois de um tempo, ele ouviu passos, mas antes que ele se virasse, recebeu uma forte pancada na cabeça que o fez desmaiar e cair na areia da praia. A pessoa que o golpeou o colocara em seus braços e saiu dali sem ninguém os ver.

—----------------

No mar, dentro de um navio pirata...

John jogou um balde de água nos rostos de Rony e Hermione os encharcando inteiros e os acordando imediatamente, fazendo também que os cabelos de Hermione crescessem onde a água havia batido.

Eles olharam atordoados para os lados. O que aconteceu? Se perguntaram, mas logo os dois se lembraram do que acontecera e começaram a se debater desesperados ao perceberem que estavam amarrados. E foi aí que eles descobriram que estavam amarrados de costas a outra pessoa.

— Rony? – Hermione questionou o reconhecendo.

— Hermione? – Rony respondeu.

— Olá, sereias!

Eles olharam rapidamente para o homem.

— O que você quer conosco? – Hermione questionou com uma coragem repentina.

— Ah, você descobrirá logo. – Respondeu John. Ele se aproximou de Hermione e tocou em um de seus cachos. – Muito em breve, na verdade.

Ele deu um sorriso perverso ao ver a reação deles tentando se soltar das cordas. Sem sucesso.