Hermione Granger.
Alguém bate na porta e eu mando entrar.
–Oi Viktor-digo olhando a papelada.
–ainda vamos nos casar?
–Eu disse Sim, não disse? Então sim, vamos nos casar. Mas agora é sério eu to ocupada e provavelmente vou verificar isso em casa.
–E o jantar pra anunciar?
–Quando as coisas estiverem mais calmas resolvemos.
–Ok. Até.
–Até. -Digo e ele sai.
Ainda tem isso. Me concentro no trabalho.
Trombo com uma pessoa. DROGAAAAAA.
–Olhe por onde anda! -digo e vejo que é Draco-Droga-resmungo enquanto ele me ajuda a juntar a papelada-agora vou demorar ainda mais com isso.
–desculpe-me -murmura.
–Ainda está certo de sua decisão?
–Estou.
Eu suspiro e digo.
–Nunca duvide que foi a melhor coisa que já me aconteceu.
Dito isso, Aparato.
Chego em casa impedindo minhas lÁgrimas.
Suspiro e começo a trabalhar. Almoço e volto pro Ministério. Trabalho lá até 15:00 e vou pra faculdade, vou dar uma palestra pra faculdade toda.
Chego lá e me concentro.
–Olá. Vim dar uma palestra sobre, a nossa passagem aqui, como a faculdade é um rito, da adolescência à vida adulta. Alguma pergunta?
Alguém levanta a mão.
–E sobre o amor?
–O que quer saber sobre o amor?
meus olhos procuram o de Draco e fico o encarando.
–Sei tanta coisa sobre o amor e ao mesmo tempo não sei quase nada.
–Já se apaixonou? Como foi? como é?-pergunta outro.
–Sim, foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. É mágico, você sente borboletas no estômago e necessidade da pessoa. Você aprende que você e a pessoa vão descobrir o que é amor juntos.
–E o que aconteceu quando se viu sem Draco Malfoy? Todos sabem o que houve, mas como realmente se sentiu.
–Eu tinha acabado de perder minha filha. Eu estava desabando porque ele era minha estabilidade, então, não tinha com quem me segurar.
–Ainda o ama?
–Muito. Talvez não como antes. Eu vou me casar e estou muito feliz, mas sempre viu amá-lo. Talvez não como antes. Mas eu vou.
–E como superou os obstáculos?
–Eu segui em frente. Eu tomava anti-depressivos e falava com meu psicólogo pra não surtar.
–Meu namorado morreu. O que eu faço?
–Não escolha o caminho mais fácil, lembre dos momentos bons e se concentre no quanto o ama.
–Posso te dar um abraço?-perguntou com lágrimas. Eu a abracei apertado.
–Eu sei que vocês estão superando obstáculos. Mas não façam como eu. Não Escolham o caminho mais fácil. Porque as vezes o caminho mais fácil não tem volta.
–Como conciliava com os estudos, como... Comi ninguém percebia?
–Eu fazia de tudo pra dizer que estava bem.
Não queria parecer a drogada bêbada e depressiva que eu era. Tinha vergonha desse meu novo Eu.
–E como foi fazer a faculdade.
–O estudo ocupava minha cabeça. Era bom não ter minha atenção totalmente voltada pra ele.
–Como superou o preconceito.
–Eu não tenho vergonha. Meus pais são trouxas. Não bruxos. Eu me orgulho disso. Me orgulho de ser especial. E vocês deviam se orgulhar também. Se forem nascidos trouxas, mestiços ou sangue-puros. Orgulhem-se de quem são, independente de quem sejam, ou de qual sejam suas origens.
Não parei de encarar Draco.
–E como você mantinha sua rotina de estudos?
–Eu ía desbravando a biblioteca, procurando lugares novos e vazios pra me concentrar.
–o que faria se pudesse mudar algo em seu passado?
–Não teria escolhido o caminho mais fácil.
O sinal tocou.
–Obrigada, espero que tenha ajudado.
Todos agradeceram e Draco vem até mim.
–o que faria se pudesse mudar algo em seu passado?- repete a pergunta da jovem.
–Não teria me envolvido com Viktor Krum.
Dito isso fico esperando alguma resposta
–Vai mesmo desistir?-pergunto.
–O que eu estou fazendo é pelo simples fato de amar muito você. Quero que seja feliz-acaricia meu rosto.
–Sabe que só vou ser feliz ao seu lado. Vamos ao George&Clarice's vou te atualizar sobre o que houve nos últimos 6 anos.-murmuro.
Ele vem atrás de mim e um aluno esbarra em mim com um café.
–Ai! -exclamo-Cuidado.
–Desculpe, desculpe, ai meu Merlin sinto muito.
–Não tem problema, só tome cuidado.
Ela sai se desculpando e Draco me oferece seu casaco.
Antes fazemos uma parada no meu apartamento.
Tomo um banho e visto um vestido verde sonserina de alcinhas. Coloco um cinto marrom fino e sapatilhas vermelhas. Coloco os três colares e apareço na sala.
–Vamos?
–Vamos-responde-continua baixinha se quer saber.
–Não quero saber. Vou colocar um salto.
Me viro e ele segura meu braço.
–Eu gosto.
Eu deveria ter dito "agora que eu coloco um salto mesmo" mas ignorei minha cabeça e aparatamos.
Pedimos bife à milanesa e começo a falar.
–Desde quando se envolve com assuntos de aurores?
–Sabe mais que ninguém que tenho uma veia aventureira. Mas quero ter uma carreira acadêmica, então vez ou outra dou uma passada lá. Ele ri.

Draco Malfoy.
Toda vez que ela me pergunta se eu quero voltar quero dizer que sim e agarrar ela. O que está difícil não fazer quando a vejo sorrir.
–Não sabe o quanto senti sua falta-digo.
–Eu também senti muita saudade. Achei que sentiria pra sempre.
–Hermione?-era a voz de Viktor-pensei que estivesse trabalhando.
Ela se levanta e puxa ele para um canto.

Hermione Granger.
–E estou-digo.
–Com ele?
–Sabe que ele é inevitável, sabe que eu tive uma história com ele. Estou Ajudando os aurores no caso dele. Foram 6 anos Viktor. Eu estava grávida. Sabe que não posso evita-lo.
–Sabe que pode.
–Você-friso o "você" instintivamente fico na ponta dos pés. Ele é maior que Draco, parece que sou uma criança e ele meu pai. Resumindo. Fico na ponta dos pés e faço voz de mandona-Você sabe mais que ninguém que não posso evita-lo.
Ele bufa e eu falo.
–Não preciso que fique de babá.
Ele bufa e sai.
Eu me sento e continuo falando com Draco sobre os 6 anos que se passaram.
Deixei o episódio de Viktor pra trás e me concentro em Draco.
Quando olho nos olhos dele, sinto que tudo pode ficar bem. Mas ele desistiu de mim.
–Você está bem? -ele pergunta limpando a lágrima do meu rosto.
–Vou ficar.
–Me desculpe.
–Esquece.-digo me levantando e catando minhas coisas-cancele meu pedido. Eu não consigo ficar perto de você sabendo que nada vai ser como antes.