No Mundo Das Séries escrita por Biah Costa


Capítulo 13
Você É Confusão Pura


Notas iniciais do capítulo

Oiiie!!
Bom, como prometi à uma certa leitora, capítulo novo hoje (para compensar as duas semanas sem postar hehe). Espero que gostem e, mais uma vez, muito obrigada por comentarem, vocês fazem o meu mundo mais colorido!
Enjoy!



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Foi uma longa caminhada. Nat acordou após algum tempo e conseguiu andar. Rasguei um pedaço da minha blusa e tampei o sangue que escoria no meu braço. Isso foi o suficiente para impedir ele de continuar sujando minha calça.

Nossos rostos estavam sujos de poeira por causa da fumaça da explosão. Steve e Nat tinham alguns ferimentos pelo rosto, o meu era apenas o corte.

Quando chegamos ao nosso destino, percebi que era um bairro com casas enfileiradas, como no subúrbio. Tentava me lembrar de aonde deveríamos estar, mas não consegui até que Steve nos disse que estávamos indo para a casa de um amigo, então me lembrei de Sam Wilson e da parte do filme em que estávamos.

Paramos em frente à uma casa e Steve bateu na porta. Eu ficava olhando para todos os lados, esperando que não houvesse um agente da SHIELD/HIDRA pronto para nos matar na primeira chance. Quando ele abriu a porta, pareceu meio surpreso.

— Todos que conhecemos querem nos matar – Natasha foi direta.

— Nem todos – Sam deu espaço para que nós entrássemos.

Sua casa era simples, mas aconchegante. Ele nos indicou o banheiro quando Steve perguntou e deu toalhas e roupas para cada um de nós. Sorte nossa que ele tinha uma prima que costumava visita-lo e sempre esquecia suas roupas na casa dele.

Natasha foi a primeira a tomar banho, deixando eu e Steve sozinhos no quarto. Já não ficávamos desse jeito há algum tempo.

— O que acha que vai acontecer depois disso? – Perguntei, enquanto ele olhava pela janela.

— Estaremos desempregados – Steve sorriu docilmente para mim, o que fez minha consciência ficar ainda mais pesada.

— Devemos estar prontos para qualquer coisa – olhei para Steve.

Ele apenas assentiu e voltou a olhar pela janela. Aproveitei o nosso silêncio para pedir o celular de Sam emprestado. Precisava fazer uma ligação. Depois de tantas ligações, eu já sabia aquele número de cor perfeitamente.

— Alô? – Sua voz saiu meio rouca.

— Oi... – Falei mais baixo do que o normal. Estava na cozinha, enquanto Sam fazia alguns waffles.

— King? O que aconteceu? Você só me liga quando alguma coisa acontece – ele suspirou.

— Só queria ouvir sua voz – retribui o suspiro.

— Então está me dizendo que você não está encrencada com nenhuma missão ou dilema? Contra outra, você é pura confusão – ele zombou, me fazendo revirar os olhos.

— Cala boca Queen – disse ríspida.

— Estou ocupado – ele bufou.

— Tudo bem, da próxima vez que eu estiver em uma missão suicida e estiver perto de morrer, eu deixo você descobrir só quando eu estiver embaixo da terra – disparei, estressada com seu tom.

— Eu disse. Que missão suicida? – Sua voz ficou áspera.

— Te conto quando ela acabar – rebati.

— Não confia em mim? – Perguntou, fingindo estar ofendido.

— Você confia? – Arqueei minha sobrancelha.

Ele ficou em silêncio e eu aceitei isso como uma vitória. Então Steve me chamou, dizendo que era minha vez de tomar banho.

— Tenho que desligar – disse para Oliver – tente não matar ninguém até a nossa próxima conversa.

— Não posso prometer – ele brincou. – Se cuida King – falou baixinho.

— Você também Queen – respondi no mesmo tom.

Então fui para o meu banho.

(...)

— Quando entrei para a SHIELD, achei que faria as coisas diferentes – ouvi Natasha falar para Steve enquanto terminava de pentear meu cabelo. – Mas acho que só troquei a KGB pela HIDRA.

Fechei a porta do banheiro para dar a eles alguma privacidade. Droga, aquilo estava ficando chato. Como eu podia estar escondendo um segredo tão grande desse jeito do Steve. Logo ele que me acolheu e quis ser meu amigo nesse mundo em que eu me sentia deslocada. Eu era uma pessoa terrível.

Sai do banheiro e me juntei a eles na cama. Comecei a pentear o cabelo da Nat e, por incrível que pareça, ela deixou.

— Se estivéssemos em posições contrárias e coubesse a mim para salvar a sua vida, você confiaria em mim? – Nat perguntou para Steve.

— Agora sim – ele respondeu.

— E você Lucy? – Ela perguntou.

— Sempre confiei – disse, deixando a escova de lado. – O que vamos enfrentar a seguir vai ser bem ruim né?

— Vai – Steve confirmou. – Mas vamos conseguir.

— Como heróis? – Nat sorriu.

— Como heróis – Steve sorriu de volta.

A porta do quarto se abriu e Sam entrou.

— Eu fiz o café da manhã – ele apontou para a porta. – Vocês, comem essas coisas?

Não pude evitar sorrir para ele ao passar por ele na porta. Estava morrendo de fome. Já fazia muito tempo que eu não comia ou dormia, então você pode imaginar a minha situação naquele momento.

(...)

— Mas quem pode estar comandando isso? – Perguntei, enquanto mordia uma panqueca.

— Alexandre Pierce – Steve respondeu, convicto. – E é ele quem está no topo do prédio.

— Então como vamos derrubar o chefe de uma organização onde nós somos os principais alvos? – Nat perguntou, mais para si mesma do que para nós.

— Acho que posso ajudar com isso – Sam disse, pegando uma pasta amarela e entregando na mão de Steve.

— O que é isso? – Nat perguntou.

— Pode chamar de curriculum – Sam respondeu.

— Achei que você era piloto – eu disse, analisando as fotos em que ele estava com duas asas mecânicas.

— Eu nunca disse isso – Sam sorriu, divertido.

— Não quero te colocar nisso – Steve fechou a pasta. – Você saiu por um bom motivo.

— O Capitão América precisa de mim, acho que é um bom motivo para voltar – Wilson disse, convicto.

(...)

Sam jogou o homem na nossa frente. A missão era simples: ele atrairia o braço direito de Alexandre para o terraço de um prédio em que estaríamos esperando por ele. E depois faríamos ele falar.

— O que Alexandre Pierce tem a ver com a HIDRA? – Steve o pendurou na beirada do prédio.

— Capitão, para que essa insinuação toda? Nós dois sabemos que isso não é o seu estilo – o homem zombou.

— Tem razão – eu disse e Steve colocou o homem no chão. – É o dela – apontei com a cabeça para Natasha e ela o chutou para fora do prédio.

Ele gritou enquanto caia, gritou bastante.

— E aquela garota da contabilidade, Laura... – Nat começou.

— Lilian, piercing no lábio – completei.

— É bonitinha, mas ainda não estou pronto para isso – ele respondeu.

Então Sam voou por cima de nós, segurando o homem, depois o jogou no chão. O homem ainda estava ofegante e desesperado, mas isso não impediu Steve de pendurar ele pelo colarinho.

— Tudo bem eu falo, eu falo! – Ele disse, ofegante.

— O que é o algoritmo de Zola? – Perguntei, firme.

— O algoritmo de Zola pode prever o futuro. Ele se baseia em passado e presente para prever o futuro, podendo prever um futuro terrorista antes mesmo dele se formar no ensino médio. O projeto Insight pode escolher os alvos e eliminar. De uma vez, vão milhares.

(...)

Estávamos no carro em direção à SHIELD. Não tínhamos um plano, mas sabíamos que precisávamos impedir Pierce de ativar o projeto Insight. O homem estava entre mim e Nat no banco de trás, enquanto Steve e Sam estavam na frente.

— Vocês estão loucos se pensam que... – ele foi interrompido por um braço de metal que o jogou para fora do carro.

Natasha jogou seu corpo para frente, conforme os tiros atingiram o carro, sentando em cima de Steve. Mas eu não fui tão rápida e o braço de metal me arrancou do carro e me jogou para fora. A dor do impacto da minha cabeça com a estrada foi muito forte. Minha visão ficou embaça por alguns segundos e, quando voltou ao normal, Buck estava parado na minha frente.

Levantei-me rapidamente, sentindo uma tontura ainda maior. Levei minha mão para a parte de trás da minha cabeça e ela sangrava. Os carros continuavam a passar na pista ao lado, mas na nossa não.

Buck me levantou no ar e me jogou para fora da ponte, me fazendo cair na avenida abaixo. Dessa vez, cai sobre meu braço esquerdo. Vire-me devagar, porque a dor era profunda. O corte, que ainda estava aberto, começou a jorrar mais sangue.

Buck pulou da ponte e veio ao meu encontro. Dessa vez, me levantei mais rápido.

— Para, eu sei que você não quer fazer isso – falei, me desviando de um de seus socos. – Olha para mim, você não quer me machucar!

Vi seus olhos vacilarem um pouco, mas ele logo voltou a tentar me atingir. Não podia machucar ele, ele era melhor amigo do Steve! Como eu bateria em uma pessoa que era quase um irmão do meu melhor amigo?

Mesmo assim, não podia deixar ele me matar. Então empurrei ele para trás, usando meus poderes pela primeira vez. Ele bateu com as costas em um carro, deixando o carro amassado. Segurei ele preso no carro e ele tentava se soltar a todo custo.

— Seu nome é James Buchanan Barnes! – Comecei a falar com ele.

Ele conseguiu se soltar do meu controle e me deu um soco no rosto, me fazendo voar e me chocar com um ônibus. Vi Steve descer da ponte e começar a lutar com ele. Minha cabeça girava, eu não conseguia ajustar minha visão para entender o que estava acontecendo comigo.

Vi Natasha começar a lutar com o Soldado Invernal. Vi Sam atirar em algumas pessoas. Vi Natasha levar um tiro. Então, vi Steve começar a lutar com Buck. Vi Steve quase perder e a máscara de Buck cair. Então vi Steve o reconhecer.

— Buck – ele disse.

Sam começou a usar suas asas. Mas eu não tinha forças para me levantar e lutar. Então vi o pessoal da STRIKE começar a nos prender. Eles iam atirar em todos nós, mas um helicóptero que filmava tudo os impediu.

Então, minha mente apagou.

(...)

— Senhorita King, que bom que acordou – uma voz familiar me chamou. Abri meus olhos devagar, ainda sentindo uma dor insuportável na cabeça, nos braços e nas costas.

Era Alexandre Pierce. Aquele homem asqueroso estava na minha frente, com um sorriso diabólico. Olhei ao meu redor e percebi que minhas mãos estavam presas por algum tipo de algemas tecnológicas, que me impediam de usar meus poderes. Estava presa em uma cela de vidro, que estava muito suja, e, atrás de Pierce, Buck estava deitado em uma mesa.

Levantei-me rapidamente quando vi que ele gritava de dor.

— Pare! Está matando ele! – Implorei.

— Não seja dramática. Não estamos matando ele. Estamos melhorando ele, assim como faremos com você. Logo depois de termos dominado o mundo – ele disse, se virando em direção a saída.

— Se eu fosse você, não contaria com isso – zombei.

— Ah é? E por que não? – Ele observava Buck, de costas para mim.

— Vilões sempre perdem – encostei minhas costas na parede da cela e me sentei.

Havia um curativo no meu braço, na minha cabeça e nas minhas costas mal feitos e manchados de sangue que me permitiam sentir ainda mais a dor no meu corpo.

— Veremos – foi o que ele disse logo antes de sair.

Não sei quanto tempo se passa até que tirem Buck da mesa onde ele estava sendo torturado e o levam para outro lugar. Só sei que não foi muito.

Mas, logo após uma espera horrível, alguns capangas da HIDRA me arrastam até a mesma mesa em que Buck estava. Eles parecem apressados com o trabalho, como se pudessem ser atacados a qualquer hora e é quando eu percebo que eles perderam.

Tentei me livrar de suas mãos, mas é em vão. Eles me colocaram na mesa e novamente estava sem meus poderes.

— Vocês vão se arrepender – disse, memorizando o rosto de cada um naquela cela.

— Duvido muito – um homem de jaleco branco zombou.

Foi quando ele apertou alguns botões e as maquinas começaram a se posicionar. As mesmas máquinas que antes machucavam Buck, estavam me torturando. Senti uma dor aguda em cada parte da minha mente, como se estivessem enfiando uma faca em cada parte do meu cérebro. Queria gritar muito, mas não daria a eles aquele luxo. Mas não consegui parar minha boca quando eles começaram a aumentar a potência das máquinas.

Parecia que alguém estava triturando meu cérebro aos poucos. Fiquei zonza de dor, por isso, não vi quando um homem em uma armadura vermelha e dourada chegou no lugar. Ele matou cada capanga, incluindo o médico, e depois digitou algo rapidamente na máquina, o que a fez parar. A dor ainda durou alguns segundos, mas quando minha visão voltou ao normal, pude ver que o homem na armadura era Stark.

— Você demorou – disse, ainda fraca.

— O transito estava grande demais – ele brincou. Tentei sorrir, mas minha cabeça ainda doía demais. – Vem, vamos para casa.

Então ele me pegou no colo e me levou para longe daquele lugar.

(...)

— Vou para a Inglaterra, se quiserem vir comigo – Fury disse para nós.

— Obrigado, mas acho que eu excedi a minha cota de missões por esse mês– brinquei.

Estávamos Steve, Nick, Sam e eu no cemitério, observando seu túmulo. O que aconteceu foi que: enquanto estava presa naquele lugar, eles conseguiram derrubar a SHIELD. Steve me contou detalhadamente sua luta com Buck, como ele quase morreu e como Buck o reconheceu. E eu lhe contei detalhadamente o que haviam feito comigo. Ainda não sabia o que aquela pequena experiência iria me acarretar, mas tinha a sensação que descobriria logo.

Então, quando Steve ainda estava no hospital, Tony ficou sabendo que eu estava desaparecida e começou a me procurar, foi quando ele me salvou. Eu fiquei duas semanas presa naquele lugar, mas para mim pareceram horas.

— Se perguntarem por mim, digam que podem me encontrar bem aqui – Nick disse para nós dois e depois foi embora.

— Se sintam honrados, isso foi o mais perto que ele já chegou de dizer obrigado – Nat apareceu, segurando um arquivo em mãos.

Dei um abraço nela e ela retribuiu. Estávamos aprendendo a gostar uma da outra.

— Não vai com ele? – Perguntei, me afastando.

— Não – ela sorriu.

— E nem vai ficar aqui – Steve completou.

— Não – ela concordou.

Entregou uma pasta nas mãos de Steve, que me lançou um olhar.

— Agora me faz um favor Lucy? Faz ele ligar para aquela enfermeira – ela brincou.

— Ela não é enfermeira – ele retrucou.

— E você não é agente da SHIELD – eu completei.

— Qual o nome dela mesmo? – Steve perguntou, se dando por vencido.

— Sharon. Ela é legal – Nat sorriu de lado. – Tomem cuidado – ela disse, um pouco preocupada. – Vocês não sabem onde estão se metendo – ela apontou para o arquivo, então foi embora.

Olhei de relance para a pasta. Dizia “Soldado Invernal”.

— Vocês vão atrás dele? – Sam perguntou, nos fazendo notar sua presença.

— Não precisa vir conosco – eu disse.

— Eu sei – ele retrucou. – Quando começamos?


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?



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