Máscaras... escrita por Maddu Duarte


Capítulo 10
10º Capítulo - Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

[EDIT: Meu computador caiu na água no sábado (dia 12/03), logo, não saberei quando poderei postar as histórias prometidas/responder os comentários. Peço desculpas!]

Olá,
Eu demorei não é? Mas bem, não é sobre as minhas desculpas que irei falar. Eu quero agradecer a todas as leitoras - eu não irei citar nomes, porque eu acho injusto - e principalmente, deixar um obrigada extra as que tiraram tempo para comentar ao longo dos dez capítulos e recomendar - gente, eu acho isso tão mágico!
Sobre a fanfic, máscaras começou como uma oneshot. A ideia foi para umas 4 leitoras e depois, uma delas pediu: Pode postar no Nyah? E cá estamos, com 10 capítulos postados.
Eu comecei querendo uma fanfic de férias, mas quem diria que a escola fosse me ocupar tanto? Ufa, eu quase não parei esses últimos 40 dias.

O capítulo foi algo que exigiu muito trabalho, eu refiz ele 3 vezes (a última, enquanto respondia os comentários) até achar que ele encontrou a essência da história. Máscaras não era uma fanfic comercial - daquelas que apela para o sexo ou outros tipos apenas para atrair leitores, não que eu já tenha visto alguma de M.L assim, mas nós sabemos que na categoria original, infelizmente, os autores acabam usando isso de atributo - e eu queria que ela terminasse com essa mesma características.
Uma história simples, que veio de dentro e tenta ser o que eu queria ver.
Fazia muito tempo que eu não terminava uma fanfic e eu acho que Máscaras foi o que eu precisava, ela era simpática, boa de se escrever e me deixava maravilhada.
Obrigada por terem acompanhado essa pequena autora! ~~

Eu espero que vocês gostem, porque eu dedico ela a todas as 200 pessoas que acompanham pelo Nyah e todos os outros seres humanos que não tem conta aqui.
Beijinhos de joaninha,
Boa leitura!

O.b.s: Alguns leitores vieram perguntar se eu pretendo ficar na categoria, eu tenho alguns lançamentos de fanfic já previstos, irei passar o calendário nas notas finais, tudo bem?! ♥



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O casal se beijou quando tudo finalmente terminou – e a dupla também faltou à festa de comemoração que o prefeito de Paris dedicou aos heróis locais quando ambos anunciaram que a cidade estava novamente segura. Na verdade, depois da última batalha, eles pensaram que ambos mereciam uma folga das câmeras – e de toda a fama.

Por esse motivo, Adrien não voltou para casa naquela noite – ele não queria olhar para o seu próprio pai e agir com indiferença, como se não soubesse de toda a verdade, não depois de tê-lo visto gritar com todas as forças que estava fazendo tudo isso para o bem da sua própria família.

Vocês são apenas dois jovens imaturos, um dia irão entender o que eu passei.

Não após tê-lo visto tentar matar a sua amada.

Vai ficar tudo bem comigo, Chat Noir.

Então, ele apenas dormiu abraçado a sua companheira – e ambos evitaram pronunciar sequer uma palavra triste que relembrasse os últimos acontecimentos. Naquela noite, nem os piores pesadelos teriam forças para atormentar a dupla – eles estavam juntos e iriam proteger um ao outro de qualquer coisa.

Afinal, os dois eram parceiros.

Adrien ignorou todas as ligações feitas para o seu telefone – e teve certeza de que no dia seguinte ficaria de castigo pelo resto de sua vida, além de ter toda policia da cidade a sua procura – e desejou que todos o deixassem em paz. Não queria ter que fugir quando o sol nascesse, queria ficar com a sua amada um pouco mais.

Queria beija-la diversas vezes, para assim ter a certeza de que ela não desaparecerá – como a sua mãe um dia fez.

Tudo isso, para garantir que ele nunca vai se tornar o que o seu pai virou.

Um louco a procura daquela que conquistou o seu amor.

 — Bom dia, meu pequeno gatinho.

A voz dela era doce como o seu olhar e a sua boca – Adrien sentiu uma vontade súbita de devora-la enquanto pensava nesses pequenos detalhes, afinal, ele era jovem, impulsivo e ela era maravilhosa.

— Bom dia, my lady.

Observou o céu ainda alaranjado e sorriu ternamente, ela havia acordado mais cedo – embora estivesse claramente cansada – apenas para se despedir dele. Não restavam dúvidas nenhuma no modelo, ele amava demais essa garota – e quando o rapaz saltou de sua varanda já como Chat Noir, desejou que o tempo inteiro parasse apenas para não ter que abandona-la por nenhum segundo sequer, eternizando assim o seu sorriso.

Adrien amava aquele sorriso – ele o recordava da primeira vez que se tiveram uma boa conversa, quando as suas mãos se tocaram e ela segurou o guarda chuva receosa, sendo que logo depois ele se fechou fazendo ambos terem uma crise de risos e o garoto sentir que havia feito uma boa amiga.

Ele só não sabia – naquela época – o quão especial Marinette se tornaria.

O modelo já havia decidido contar a verdade para o seu pai – tinha citado por cima a ideia para Marinette, que afirmou que o apoiaria simplesmente porque era o certo a ser feito. Naquele instante, o modelo enxergou naquele oceano de pensamentos que eram os olhos da garota que ela sempre confiaria nas decisões do rapaz e foi por isso, que ele não entrou pela janela de seu quarto escondido como fazia depois de todas suas rondas noturnas – então, juntou coragem, escondeu o anel em seu bolso e entrou pela porta da frente, como quem havia acabado de chegar de uma festa.

Ele estava em festa.

— Adrien, você acha que isso é hora de voltar para casa?

A voz de seu pai – assim como o seu olhar – transparecia a raiva que o mais velho sentia, enquanto esperava o garoto no final da escadaria, por alguns instantes, o modelo se perguntou como ele poderia ser a mesma pessoa do dia anterior. O loiro puxou toda a coragem que os meses com Ladybug havia o ensinado a ter, aquele era o momento de sua última batalha e pela primeira vez, apenas Chat Noir poderia purificar aquela borboleta.

— Sim.

E ele teve que se controlar para não deixar a verdade escapar pela sua garganta sem permissão.

— Não ouse dar esse tipo de resposta para o seu pai.

— Então, que tal o senhor voltar a ocupar o seu lugar de pai?

Como quando eu era criança e a mamãe ainda estava conosco, antes de você se transformar em uma pessoa que destruiria toda uma cidade apenas para atingir seus objetivos.

— O que está querendo dizer com isso? Adrien, você é apenas uma criança e nunca entenderia todo o esforço que faço e como a empresa me ocupa.

— Só na empresa?

— O que está indagando?

— Não estou indagando nada, estou apenas me certificando de uma coisa, então, me responda: é apenas pela empresa que o senhor andou me trocando nos últimos meses? É somente ela que o ocupa?

Quanto tempo fazia desde que ele cruzou com Ladybug pela primeira vez? Quando ela – ainda desastrada e não adaptada com os novos poderes – caiu em cima dele como se fosse um anjo – e depois, enfrentou Hawk Moth como se fosse uma heroína por nascença, ignorando todos os medos de fracassar que havia sentido segundos antes.

Seu pai havia ficado ausente por tanto tempo depois que a mãe do loiro partiu, que Adrien não foi capaz de notar a diferença quando ganhou seu miraculous – afinal, estava tão ocupado salvando Paris que era impossível reparar em algo já tão normal como a distância paterna.

— O que você está querendo dizer?!

Ele sabia que deveria contar...

Adrien Agreste deveria contar toda a verdade sobre os últimos meses – que ele era Chat Noir e por isso, poderia garantir que seu pai nunca possuiria o anel – mas naquele exato momento, aquilo pareceu tão grande que acabou preso na garganta do modelo.

— Eu estava na casa de uma amiga, ela me convidou para passar a noite lá porque eu não queria voltar para casa, estava um pouco cansado.

— Que tipo de amiga faz uma proposta desse tipo?

O pai estava gritando?! Ele não conseguia diferenciar.

Não conseguia mais enxergar aquela figura que um dia foi familiar, pois tudo que aparecia em sua frente era o inimigo.

Ele sentiu que iria enlouquecer se não falasse.

— É a Marinette, ela é uma boa garota, eu já lhe falei dela.

— Novamente essa garota? Achei que tivesse sido claro na última vez...

— Sim, é a mesma garota e eu não vou abandona-la.

Eu irei lutar por aquela que amo. Ele pensou, mas temeu o que o pai faria contra a garota se gritasse com toda sua força.

— Adrien, você é um rosto público de uma das maiores empresas de moda do mundo, não pode perder tempo saindo com esse tipo de pessoas.

Ele estava se referindo a Marinette como qualquer uma – e o pior, o loiro estava permitindo.

Marinette, a mesma garota que brigou com ele no primeiro dia de aula – ignorando de quem ele era filho ou o que ele fazia – porque se enganou com um chiclete e que pouco tempo depois, salvaria toda a cidade.

Marinette, a sua senhora – e a sua melhor amiga.

— E você é meu pai, então, por que não para de se preocupar com a maldita empresa e faz o favor de ligar um pouco menos para a mídia?

Marinette, a garota que ele tinha certeza absoluta que amava.

E que possuía lábios com gosto de chocolate quente.

— Eu não tolero esse tipo de coisa, vá para o seu quarto e nunca mais quero que encontre essa garota!

— Você não pode fugir sempre dos seus problemas e me trancafiar nessa casa não irá resolver nada. Eu sei que a mamãe faz falta, mas...

— Você não sabe nada, Adrien!

— Eu sei que você não pode tentar destruir toda a Paris porque sente saudades dela. Ela nunca iria querer isso e o senhor sabe que eu estou certo.

Então, o silêncio pesou.

O menino pensou no rosto de sua mãe – e sabia pela expressão do pai que o mais velho estava fazendo o mesmo –, no sorriso calmo que transportava paz para quem o recebesse.

E ele não conseguiu deixar de se lembrar das palavras de Ladybug após a batalha:

Eu sei que é difícil para você, mas espero que entenda que o seu pai não é o vilão, a culpa não é dele.

De fato, a culpa não era apenas de Gabriel – ela também era de Adrien, porque de certa forma, o menino havia permitido o pai de se isolar completamente após o desaparecimento da mãe. Contudo, tinha certeza que Marinette não iria querer que ele se matasse internamente por conta de sua frase ou das ações de seu pai.

— O que você quer dizer com isso?

— Eu também sinto muito a falta dela... Mas ela se foi e o senhor não tem o direito de tentar trazê-la de volta, por mais tentador que isso pareça...

— Como você descobriu essas coisas?

Adrien observou o pai recuar até se encostar a parede – deslizando por ela com todo o cuidado, como se estivesse sendo morto pela sua culpa – e pela primeira vez em muito tempo, ele enxergou em Gabriel uma pessoa fraca, o que fez com que o mais novo se sentisse seguro o suficiente para se aproximar.

Ambos pareciam tão diferentes, porém compartilhavam tantas coisas em comum, entre elas a falta.

— O senhor deixou cair isso durante a batalha, acho que foi em algum momento entre a crise de choro e os gritos de vingança.

O menino retirou o pequeno pingente do bolso com a foto de sua mãe e entregou ao mais velho. Quando o segurou pela primeira vez, pensou que o pai não tivesse o direito de possui-lo – pois sua mãe nunca defenderia o caminho que ele havia decidido seguir – porém, agora via claramente o quão errado estava.  Todos merecem segundas chances e aquela era a dele.

— Chat Noir?

A voz de Gabriel era distante e transparecia uma queda de abismo, como se a sua mente não acreditasse no que estava captando – e por isso, o filho se sentou na frente do pai, em busca de também ter uma segunda chance em busca da felicidade.

— Eu sinto muito por ter mentido para o senhor, mas eu precisava. Acho que agora, mais do que nunca, o senhor entende que no final, eu fiz o certo. Seria horrível se você descobrisse, principalmente, sendo quem era.

— O anel esteve todo o tempo na minha casa com o meu próprio filho...

— Pai, você não pode trazer a mamãe de volta... Eu sei que o senhor sofre, mas não precisa passar por isso sozinho. Por favor, confie em mim, deixe-me ajuda-lo. Nós podemos superar toda essa tempestade se nós estivermos juntos.

— Eu quase matei o meu próprio filho... Adrien, eu quase matei você.

— Diversas vezes.

E ambos sorriram, porque aquela era a mais pura verdade.

— Acredito que a garota, a tal da Marinette, deve ser a Ladybug. Estou certo?

— A única certeza que posso lhe dar é que nunca conseguirá os brincos ou o anel, nós os mantemos em segurança máxima, principalmente agora, que eles não são mais necessários.

Tipo, dentro do meu bolso esquerdo.

— Eu não quero os brincos, quero saber se você acha que algum dia ela irá me perdoar?

— Depende, o senhor está disposto a recomeçar?

E eles se abraçaram – porque de toda forma, Gabriel ainda amava o filho e saber que quase terminou de perder toda a sua família por conta da maldita ganância era demais até para o próprio.

— Perdoe-me, meu filho.

E ambos choraram juntos por alguns minutos – porque sabiam que tudo estava florescendo como se fosse primavera, porque finalmente, o inverno da família Agreste estava cessando.

No natal daquele ano, a família de Marinette foi surpreendida com um convite do próprio Sr. Agreste para cear na mansão, apesar da menina de olhos da cor do oceano saber que a situação na casa do rapaz estava melhorando, o convite ainda a pegou de surpresa.

Porém, ela nunca que recusaria – não sabendo o quão importante tudo aquilo era para Adrien – e por isso, fez questão de ajudar o pai a preparar os doces para levar ao jantar.

Ela queria que tudo fosse purrfect para o seu gatinho.

Pela primeira vez em muito tempo, a árvore de natal não foi comprada já pronta – e isso acabou gerando muito trabalho, porque Adrien descobriu que era complicado escolher os enfeites junto com seu pai, que era um gênio da indústria da moda, mas tudo valeu a pena quando eles colocaram a estrela no topo.

 — Então, você é a famosa Marinette?

A menina por um momento temeu o primeiro encontro, junto com todo o andamento da noite – afinal, ele já não era mais apenas um grande nome na indústria, era também o seu antigo inimigo e o pai do garoto que amava –, porém, todos os seus temores foram embora quando Gabriel a abraçou calmamente dando-a boas vindas como se fossem velhos conhecidos.

— Obrigada por cuidar tão bem do meu filho.

E ela tentou não demonstrar completa surpresa enquanto retribuía o leve cumprimento – e observava o grande sorriso no rosto do atual, e eterno, namorado.

Já não existiam mais dúvidas, Ladybug havia acertado ao dizer que Gabriel não era o vilão. Foi o medo da solidão que o fez tomar todas aquelas atitudes – isso poderia ter acontecido com qualquer outra pessoa – e era a forma como ele olhava e sorria para o filho que provava a sua teoria.

Depois de tanto tempo, Adrien finalmente estava se lembrando como era ter uma família – e Marinette sabia que o rapaz iria aproveitar tudo isso por completo.

Porque ela sabia que família era uma coisa pela qual valia a pena esperar.

 


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Notas finais do capítulo

Olá!
Vocês gostaram? Não, eu não matei ninguém. Eu queria escrever uma cena do Adrien com o pai e essa ideia veio do nada, com as confirmações do Origem, eu achei que não tivesse mal algum incrementar na fanfic.
Espero que não tenham odiado - e que entendam que desde o começo, Máscaras era focado nos medos e nos desejos de Adrien, por isso, eu achei justo que ele tivesse um final - e que esse capítulo tenha sido de vosso agrado.
Obrigada a todos por acompanharem, eu sei que é o último capítulo, mas eu adoraria um feedback para corrigir os erros - e manter os acertos - nas próximas, mesmo que seja apenas uma carinha, então, se não for muito incômodo, poderia você - leitor presente ou fantasma - deixar a sua grandiosa - mesmo que pequena - opinião na caixinha abaixo?
S2 Obrigada pela leitura! S2

Mapa de futuras postagens:
— Dia 13 de Março lançará uma One-Shot de Miraculous Ladybug, com a seguinte sinopse:
Eles estavam destinados a cair,
Existem pessoas que nasceram para amar,
Outras para serem amadas,
Adrien não conseguia passar um dia sem se perguntar em que grupo de pessoas ele entraria – porém, sabia que se não estivesse ligado a sua garota, nada serviria.

— Dia 20 de Março lançará a minha original, A garota da sala ao Lado. Ela será postada de 15 em 15 dias.

— Para futuros lançamentos, dizem que se você "favorita" o autor, ele manda os lançamentos. Antes fazia, não sei hoje em dia. (Se alguém realmente quiser me encontrar novamente ;-;).

Obrigada pela atenção! S2

Até os comentários ~~