Safe and Sound escrita por piinkfox


Capítulo 1
Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Sarah perdeu seu pai e em menos de um mês, sua mãe faleceu devido a leucemia. A moça linda, confiante e vaidosa que era se fora. Em seu lugar, Sarah tornou-se deprimida, desleixada com a aparência e extremamente quieta. Para piorar sua situação, deverá sair de Nova York, cidade a qual cresceu e tanto ama e viver com uma família até então desconhecida. Sarah não poderia estar pior.



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Em pé em frente a janela de seu quarto, Sarah observava a vista de Nova York, sua amada Nova York. Vivia com a mãe em uma luxuosa cobertura no Upper East Side, em frente ao Central Park, onde também era sua amada escola, New York Wizzard School, a escola ficava acima do parque e era enfeitiçada para os trouxas não a verem. Sarah lembrou da rotina de encontrar com sua mãe depois das aulas dentro do parque e saírem para jantar. Sarah e sua mãe Rachel eram melhores amigas, até trabalhavam juntas como modelo, fizeram diversas campanhas publicitárias juntas. Enquanto lembrava de seus momentos felizes com a mãe, as lágrimas escorriam sobre seu rosto.

Sarah conviveu pouco com o pai, mas sua mãe sempre o deixou presente em suas memórias contando histórias sobre ele e como ele a amava. Enquanto Sirius esconda-se do Ministério da Magia europeu, vivia entre sua casa no Largo Grimmauld e a cobertura de Rachel e Sarah. Eram uma família feliz e que se amava, da maneira que podiam. Os três sonhavam com o dia que Sirius seria libertado, que descobririam que ele nunca cometeu crime algum e enfim seriam uma família normal.

Mas agora esse sonho acabou para Sarah, sua família acabou. Cinco meses antes da morte de Sirius, Rachel descobriu a leucemia e que tinha poucos meses de vida. Sirius prometeu a menina que sua mãe poderia partir, mas que ele nunca deixaria de ama-la e que estaria ao lado de Sarah até o fim de seus dias, que ela nunca iria sozinha. Porém, antes que Rachel partisse Sirius foi assasinado, o que fez Rachel piorar devido a tristeza e faleceu logo depois.

Sarah imaginava a vida que poderia ter com sua família e soluçava baixinho enquanto chorava. Foi então que sentiu algo encostar em sua perna, era Penny, sua gata, ronronando e esfregando-se em suas pernas.

– Vamos para longe, pequena. - Disse enquanto pegava a bichana no colo. - Sorte nossa que na nova escola eles permitem levar gatinhos. Não conseguiria sem você.

– Senhorita Morgan? Posso entrar?- Disse Angela, a governanta da casa através da porta.

– Claro, Angela. Você não precisa bater na porta, já disse isso várias vezes. - Disse Sarah sorrindo enquanto enxugava as lágrimas do rosto.

– Eu sei, srta. Morgan. Mas não consigo evitar. - Disse Angela desculpando-se.

– Me chame de Sarah, Angela! Após tantos anos, achei que fossemos amigas. - Disse Sarah abraçando a mulher. - Não sei o que será de mim sem você. Prometo que assim que fizer 17 anos eu voltarei.

– Não fale isso que eu choro, senh.. - Ao ver Sarah franzindo a testa em tom de brincadeira, Angela interrompeu a fala. - Sarah... Sarah! Eu vou manter sua casa como a senhorita deixou.

– Espero que treine a parte de não me chamar de senhorita. - Disse Sarah.

As duas foram interrompidas pelo som da campainha e poucos momentos depois, Joseph, o mordomo da casa apareceu na porta do quarto.

– A senhora Mayer do Ministério da Magia Europeu esta aqui... - Engoliu seco - Para leva-la, senhorita. Se me permite dizer, hoje é o dia mais triste desde que comecei a trabalhar aqui.

– Também sentirei sua falta, Joe! - Disse Sarah o abraçando.

Sarah nunca tratou os empregados mal, pelo contrário, sempre os tratou como membros da família, reflexo da educação de sua mãe. Apesar de serem trouxas, sabiam dos poderes de Sarah e juraram nunca contar nada a ninguém, eram todos de extrema confiança. Sarah pegou a caixa de transporte com Penny enquanto Joseph, Angela e outros empregados a ajudavam com o restante das bagagens.

Ao chegarem na porta, avistaram a senhora Mayer. Era uma mulher de meia idade de cabelos pretos grisalhos e bem miúda.

– Vamos, criança! Iremos aparatar juntas até sua nova casa. Faremos isso agora. - Disse ela impaciente. - Estamos atrasadas.

Sarah olhava apreensiva para seus empregados, as lágrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto e o mesmo acontecia com os empregados da casa. Sarah falou ''Eu vou voltar!'' entre lábios e segurou a mão de Mayer. Respirou fundo e logo sentiu adentra-se a escuridão.

As duas aparataram em frente a uma grandiosa mansão. Ao mesmo tempo que era luxuosa, era obscura. Naquele momento, o desespero tomou conta de Sarah e a moça começou a chorar compulsivamente.

– Me leve daqui, eu lhe imploro! Eu sou muito rica, tenho muito dinheiro, propriedades, jóias e títulos. - Disse a menina suplicando. - Eu lhe dou o que quiser, mas me deixe voltar para casa!

– Não posso, senhorita! Eles são a família designada por lei a serem seus tutores até sua maioridade. - Disse a mulher. - Seu pai os designou, deve existir uma razão para isso. Falando nele, recomendo usar apenas o sobrenome de sua mãe, especialmente aqui. Sei que já atende por Morgan, mas em seus documentos ainda consta seu nome como ''Sarah Lílian Morgan Black''. Tomamos a liberdade de mudar, retirando o Black. É para sua segurança, o nome Black esta ligado a magia negra e a assassinatos brutais.

– Tudo bem. - Disse Sarah baixinho. Um nome a mais, um a menos, nada mais importava. Ela não sabia mais quem era. Enxugou as lágrimas e respirou fundo. - Estou pronta.

– Ótimo. Eles estão a sua espera. - Disse Mayer.

Dirigiram-se a uma grande porta de madeira e Mayer deu três toques na porta. Agora era só esperar. Sarah não sabia o que esperar.


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Notas finais do capítulo

Esperam que tenham gostado!



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