Tremedeira escrita por Mrs StrawberryCat


Capítulo 1
Tremedeira


Notas iniciais do capítulo

Essa foi a primeira fic que eu escrevi para o fandom de Haikyuu!!, eu acho...
Eu não sabia como classificar, porque tem uma cena... Meio pervertida e tal... Mas resolvi deixar +16, porque achei que não fosse tão explícito assim.
Ah, é, essa fic contém time-skips.
Enjoy~!



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A primeira vez que Hinata sentiu suas pernas tremendo por causa de uma pessoa, foi no seu primeiro encontro com o “Rei do Alto da Quadra”. Na verdade, ele não sabia dizer se era por nervosismo ou simplesmente por causa da presença – e que presença! – assustadora e imponente de Kageyama Tobio, mas ele resolveu assumir que era por causa do último. E a altura e a cara de poucos amigos apenas reforçavam essa idéia.

Como explicar o que Shouyou estava sentindo naquele momento? Era um misto de medo com ansiedade e empolgação (por causa da futura partida). E com uma pitada de taquicardia e dor de barriga, também.

E quando o “Rei do Alto da Quadra” lhe dirigiu aquele olhar ranzinza de poucos amigos, Hinata tinha certeza que suas pernas podiam ceder a qualquer momento. Embora ele ainda não soubesse que aquela súbita sensação de fraqueza e falta de sensação nas pernas quisesse dizer que elas estavam tremendo.

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A segunda vez que Shouyou sentiu que podia ir ao chão por causa da tremedeira em suas pernas não era uma lembrança muito boa. Ainda era por causa de Kageyama – óbvio –, mas era algo que lhe dava arrepios só de lembrar.

Foi a vez que Hinata acertou a cabeça de Tobio com um saque. E, até então, era a vez que Shouyou mais sentiu que, definitivamente, ia cair lindamente no chão por causa da fraqueza e da tremedeira incessante nas pernas. E a taquicardia que quase fazia seu coração abrir um rombo no seu peito não ajudava nem um pouco.

-Do que você está com medo que o deixa tão nervoso? – Kageyama perguntou em um tom assustadoramente calmo e ameaçador, com uma aura roxa densa e ranzinza de irritação pairando ao redor de si. Hinata tinha certeza que não sentia mais nada da cintura para baixo. – É porque os adversários são altos? Ou é porque é a sua primeira vez em um jogo?

Shouyou não conseguia responder.

-A coisa de que você está com tanto medo que fez você... Acertar o saque na minha cabeça... O que é? – Tobio indagou com expressão, olhos e tom vazios.

-Na-Nada se passa pela minha cabeça agora... – Hinata respondeu petrificado.

-Então não tem mais razão para ficar nervoso, não é? – e o moreno ainda tinha aquele ar assustador e vazio. – Então, agora... Volte a se mover do seu jeito normal, porra!

O mais baixo podia dizer que sentiu um certo alívio ao ouvir aquelas palavras. Assim como voltou a sentir suas pernas.

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A terceira tremedeira por causa de Kageyama não demorou muito a acontecer.

Era pôr-do-sol. Ambos iam para casa juntos até certo ponto, para depois se despedirem e cada um tomar o rumo de casa. Mas, naquele dia, Hinata estava uma pilha de nervos. Ultimamente, ele estava sentindo umas coisas estranhas por Kageyama. E isso incluía sonhos pervertidos que o faziam acordar às três da manhã bem... Uh, “animadinho”.

-O que diabos você tem? – Tobio perguntou com uma sobrancelha arqueada.

-E-Eh? A-Ah, na-nada! – Shouyou esquivou-se do assunto, olhando na direção oposta.

E lá estava a sensação de fraqueza nas pernas e o frio na boca do estômago.

Eles andaram juntos por mais alguns minutos, até o mais alto quebrar o silêncio.

-Bom, te vejo na escola amanhã. – este disse por educação (nem morto que ele admitiria o contrário, ahem), desviando-se do curso normal para pegar o caminho de casa.

-A-Ah, Kageyama! – Hinata chamou impensadamente, arrependendo-se no momento seguinte. O mencionado virou-se para encarar o ruivo.

-O que foi? – indagou, soando meio mal-educado.

Shouyou engoliu em seco. Era agora ou nunca.

-A-Ah... Eu... E-Eu... Euachoquegostodevocê. – ele disse em um fôlego só, abaixando a cabeça, sem nunca parar de olhar Tobio.

Este arqueou as sobrancelhas, confuso.

-Hã? O que disse?

-Na-Nada!

-Não, você disse alguma coisa.

-Ah... – Já que ele estava fudido, mesmo... O que custava repetir? – Euachoquegostodevocê. – repetiu em um tom baixo.

-Fala pra fora. – Kageyama exigiu.

Aquilo estava se tornando meio irritante, Hinata pensou.

-Você é surdo? Eu disse que acho que gosto de você, caramba! – disse irritado, logo se dando conta do que tinha acabado de falar. O ruivo foi da sua cor normal para vermelho escarlate em menos de um segundo.

Tobio sorriu um sorriso que Shouyou jamais tinha visto.

-Eu ouvi da primeira vez, idiota. – e aproximou-se do mais baixo, beijando-lhe a testa e dando meia volta em seguida. – E-Eu acho que também gosto de você.

E aquelas simples palavras fizeram com que o coração de Hinata disparasse em uma velocidade imensurável... Assim como reforçaram um pouquinho a fraqueza e a tremedeira nas pernas.

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Hinata jurava que, se não fosse Kageyama o segurando possessivamente pela cintura, suas pernas já teriam cedido e o deixado no chão. Mas ele logo não teria motivos para se preocupar se suas pernas estavam tremendo ou não, visto que estava tão envolvido naquele beijo tão... Ah, gostoso, descompassado e profundo (e desde quando Kageyama sabia beijar tão bem, ele se perguntava).

Shouyou estava na ponta dos pés, óbvio. Os braços inocentemente enroscados ao redor do pescoço de Tobio, que o segurava pela cintura como se não houvesse amanhã. O beijo era intenso ao ponto de tirar o ar e fazer com que Hinata soltasse pequenos gemidos de vez em quando.

Intenso ao ponto de fazer o queixo dos seus senpais cair também.

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Demorou um pouco para que Hinata se acostumasse a aquele beijo. Mas, quando ele finalmente se acostumou, ele tinha que se acostumar com outras coisas mais importantes e que faziam suas pernas tremerem mais.

Tipo a brincadeira indecente que Kageyama estava fazendo com o seu corpo agora.

-O que foi? Tá tão bom assim? – o mesmo perguntou com um risinho, momentaneamente parando de brincar com as coxas de Shouyou.

-Ca-Cala a boca. – exigiu, achando impossível ficar em pé enquanto Tobio abusava de seu pobre ser.

-Eu tenho a impressão de que suas pernas não vão ficar fortes por muito mais tempo... – comentou, delicadamente beijando uma marca vermelha na perna do mais baixo. Aquele olhar lascivo que ele estava mandando para Hinata também era capaz de enfraquecer as pernas do mesmo em uma intensidade incrível.

A previsão de Kageyama não demorou muito tempo até se cumprir. No momento seguinte, ele moveu seus dedos dentro do mais baixo, acertando um ponto em especial, fazendo com que Shouyou gemesse mais alto... E com que as pernas do mesmo imediatamente cedessem.

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-Você é horrível. – Hinata disse se remexendo na cama. – Se eu não conseguir pular amanhã, a culpa vai ser toda sua.

-Ah, então a culpa é só minha agora? – Kageyama perguntou indignado.

-Eu não estou sentindo as minhas pernas, Tobio! A culpa é toda sua. – disse fazendo um biquinho deveras fofo na opinião do mais alto.

-Hah, vai sonhando... A culpa é sua, por não ser resistente.

-Sua, por ser irresistível. – e logo ele estava com a cara enfiada no meio das cobertas e travesseiros.

-Obrigado. – e o moreno pensava em formas de usar aquilo a seu favor. – Shouyou.

Hinata encarou seu interlocutor, atento.

-Eu te amo, sabia? – disse, um leve rubor adornando-lhe a face.

O ruivo rapidamente corou no qüinquagésimo tom de vermelho, a cara ainda afundada nas cobertas.

-Sei, sei. – fez uma pausa. – Ta-Também te amo. – declarou timidamente.

Os súbitos “eu te amo” e atos de Kageyama era algo que sempre iriam fazer as pernas de Hinata tremerem (no bom sentido). Mesmo que momentaneamente.


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Notas finais do capítulo

Então, é isso :3



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