Love, Roustin - Hiatus escrita por Jade
Notas iniciais do capítulo
Oii genteee.
Desculpa a demora,o pc desligou por alguns dias e atrasou a escrita.
Desculpa se river erros.
Espero que gostem. :*
— Pode ser depois do banho? - Perguntou enatando fugir da conversa que saberia que viria. - Sabe,me lembrei agora que viemos do hospital e eu brinquei com a Emmy tenho que dar banho nela também...
O loiro a cortou antes que ela pudesse terminar.
— Vai ser rapido. - A morena fez uma careta mas assentiu.
Os três foram em direção a cozinha,Ross e Riker se sentaram a mesa enquanto Vanessa ia em direção a geladeira.
— Querem beber algo? - Perguntou já sabendo qual o rumo da corversa.
— Nessa. - Ross chamou fazendo ela o olhar. - Senta aqui. - Pediu.A morena suspirou e se sentou.
— O que esta acontecendo? - Perguntou Riker confuso.
— Vocês sabiam que o Roustin é meu filho,não é?
— O que? - Riker olhou para a esposa que assentiu brevemente e para o irmão que estava entre a raiva,decepção e tristeza.
— Quando a Laura e mamãe chegaram na cidade em que eu e papai estavamos disse que estava gravida mas que tinha terminado com o namorado,papai ficou furioso mas então tudo se resolveu.Ela me contou tudo e pediu que eu não falasse para o Riker.- O loiros a olharam incrédulos.Então a morena logo se explicou.
"Eu não contei porque o segredo era dela,só ela tinha o direito de contar."
Riker continuava incrédulo enquanto Ross escondia o rosto entre as mãos.
— Eu tinha minhas desconfianças,mas nunca me disserão quem era. - Riker disse por fim bufando.
— Estão bravos? - Nessa perguntou.Riker foi o primeiro a responder.
— Não. - Nessa sorriu e Riker passou o braço pela sua cintura a puxando para ele. - Eu entendo,era ela que devia contar. - Sorriu lhe dando um beijo na bochecha.
— Se eu não tivesse feito tudo aquilo,seria diferente? - Perguntou com a voz embargada.
— Ross,pense no presente e em que você pode fazer para mudar o futuro.Você não pode mudar o passado. - A morena deu uma pausa segurando a mão do cunhado. - Não é só porque uma arvore tem galhor quebrados,que ela tem que ser cortada.Deve podar os galhor e deixa-la florecer. - Sorriu.
— Eu não entendi. - Disse deixando algumas lagrimas cairem.
— Eu que sou lerdo entendi... - Riker murmurou dando uma risadinha.
— Eu quero dizer que não importa se você cometeu erros no passado,você não pode deixar sua história morrer.Tem que procurar o perdão da Laura e a perdoar,e então criar uma nova história para você.Juntos.
O loiro assentiu e respirou fundo,limpando suas lagrimas.
— Vou caminhar um pouco. - Ross se levantou.
— Não vai jantar? - A morena perguntou.
— Volto antes para irmos até a casa do Rodriguez.Com certeza vão querer ver vocês. - Disse para o casal e caminhou para a sala. - Tchau gente,volto daqui a pouco.
— Avisa para a mamãe. - Ryand pediu,o loiro assentiu e saiu do apartamento.Pegou o celular e ligou para sua mãe.
— Alô?Lembrou que tem pais? - Perguntou sua mãe brincando. - Já estão chegando?
— Não.Nós vamos aí antes do jantar.Riker,Nessa e Emmy vão também. - Sorriu entrando no elevador.
— O que?Onde os encontrou?
— Os meninos encontraram Nessa no hospital.ela estava com o sobrinho dela. - Disse com a voz embargada.
— Sobrinho? - Perguntou confusa. - Laura teve um filho?
— Sim,ela teve. - Secou as lagrimas e coçou a garganta. - Nós tivemos. - Respondeu recomeçando a chorar.
— Ross meu filho,fica calma.Me explica isso direito.
— Mãe quando eu chegar aí eu explico,ta? - Pediu saindo do elevador.
— Tudo bem.Mas é melhor explicar isso direito.
— Ta.Tchau.Beijos.Te amo.
— Também te amo. - Respondeu desligando.
O loiro saiu do prédio caminhando pelas ruas perdido em pensamentos.Pensava que tudo poderia ser diferente se não tivesse feito o que fez,mas agora era tarde de mais para pensar nisso.Agora ele devia se focar em seu filho e buscar o perdão e perdoar a sua amada.
" Caminhava distraidamente pelos corredores da escola,quando sinto alguem,pequeno,tromando em mim.Olhou para baixo com uma face raivosa e meus olhos encontraram a doida da escola.
— Olha por onde anda,nerdzinha. - Empurrei ela pelos ombros e começei a limpar minhas veste.
Não que ela estivesse suja,eu apenas estava a menosprezendo.Ela me mediu de baixo para cima e deu um sorrisonho de canto.
— Eu olho por onde eu ando. - Respondeu voltando a andar mas de frente para mim. - Mas e você?Olha com quem anda?. - se virou e segui seu caminho.
Aaah como eu queria dar uma lição nessa menina.
(...)
Eu e quatro dos meus amigos estavamos no campo da escola falando sobre futebol,carro e garotas.E também sobre ninguem mais e ninguem menos doque a "Doida-do-desmaio"
— Qualé...- Respondi fingindo incredualidade. - Até que ela é bonitinha. - Todos os meus amigos ficaram sérios e depois caimos na gargalhada.A "Doida-do-desmaio" era até pegavel mas Laura,se eu não me engano,era uma garota esquisita.
— Falando na doida...- Comentou Stevie.Nos viramos e vimos a garota indo em direção aos assentos da arquibancada. - O que que essa menina 'ta' fazendo aqui?
— Que eu saiba a arquibancada é livre. - Calum comentou se aproximando,recebendo ohares de odio dos garotos do time. - Não é? - Perguntou casualmente.
— Calum! - Chamei. - O treinador esta te chamando. - Ele sorriu e se virou correndo pelo campo.
— Seu amigo é bem tapado.
— Ele é gente boa. - Comentei,a unica coisa que me irritava nos caras do time era a implicancia com meu melhor amigo.
— Tive uma ideia. - Sorriu malicioso olhando para mim.
— Ouche... - Ele riu.
— Vai ser divertido. - Revirei os olhos sabendo o que viria."
— Idiota! - Gritou se sentando no ponto de onibus,que estava vazio.
Mais lagrimas escorreram pelas suas bochechas.Respirou fundo
Como podia ter dito e pensado aquelas coisas de sua morena?
Laura foi de longe uma das melhores pessoas que conheceu na sua vida,ela era sua salvação,seu porto seguro,ela era tudo o que ele precisava e poderia querer na vida,e ele não deu a devida importancia.
A culpa o corroia,a maguou,a deixou ir...mas a vida parecia estar te dando uma segunda chance,juntando os seus caminhos novamente.E ele iria fazer valer a pena essa segunda chance.
**
Laura acariciava os fios loiros de seu filho,observando o rosto sereno e o sono tranquilo.Pegou o pingente em suas mãos e o abriu novamente observando o quão eram felizes juntos se perdendo em pensamentos bons e ruims.
"Estava em casa sozinha assistindo "As branquelas"em um sabado a noite totalmente tediante.O filme e a pizza era a unica coisa que salvava.
'Porque papai e mamãe tinham que ir até aquela cidadezinha?Porque a Nessa tinha que ter um namorado?
Alias...ela devia estar aqui "cuidando" de mim,como nossos pais disseram...'
Sai dos meus devaneios com o barulho insistente do meu celular.
— Alô? Ross? - Disse após atende .
— É a namorada do Ross? - Uma voz masculina,que percebi ser de Colle,disse do outro lado. - Aqui é o Colle.Estamos na festa da Eve e Ross está bebado e dando vexame.
— O que?
— Pode vir busca-lo? - Gritava do outro lado,pelo visto a festa estava boa.
Pensei bem se deveria ir ou não,mas por fim disse?:
— Posso. - Ele desligou,corri para meu quarto pegando um casaco e a chave do carro.Voltei para sala desligando a Tv e corri até a garagem.
Em menos de 10 minutos já estacionava em frente a casa de Evellyn,desci do carro e entrei na festa procurando por Colle.
—Colle! - Gritei quando o avistei ele observava algo perto da piscina.
— Hey...ele esta ali. - Apontou,olhei e vi Ross gritando coisas estranhas,dançando sobre uma mesa,ele parecia gritar chamando uma garota.Soltei uma risada engasgada e começei a correr até ele.
Ross parecia irritado então tirou o sapato e jogou em direção a garota,a acertando em cheio na cabeça.
Que vergonha alheia.
O garoto qu estava com ela foi furioso em direção a Ross.
— Não. - O parei antes que ele fizesse algo. - Olha le está bebado.Esquece isso
— Ele acertou a minha garota. - Respondeu direcionando o olhar a mim.
— Sei...mas ele está bebado,'vê' outro dia para resolver isso. - Sugeri,o que eu podia fazer?.Ele pareceu exitar e então assentiu saindo com a garota.
— Ross deça daí. - Pedi.
— Não. - murmurou.Céus,que homem teimoso.
— Você. - Apontei para Spencer que ria de seu amigo. - Me ajude a tira-lo daqui.
Spencer se aproximou e puxou Ross pelo braço,mais dois meninos se aproximaram e o puseram de pé no chão,coloquei seu braço esquerdo em volta do meu ombro e o tirei da festa.
Senti Ross tirando o seu braço de mim e me empurrando levemente,ele cambaleiou não conseguia parar em pé.
— O que 'ta' fazendo garota? - Perguntou se embolando nas palavras e cambaleando.
— Tirando você daqui.- Respondi como se fosse obvio.O segurei pelo braço,senti Ross puxar o braço violentamente.
— Não presciso de você,nerdzinha doida. - Disse tentando se afastar,me senti maguada mas ignorei e puxeu seu braço. - Me solta sua vadiazinha.
Parecia que todo o meu mundo tinha parado,meu sangue gelou e sinti uma dor imensa no peito.
— Ou quase-vadia. - Zombou rindo,um raiva enorme se aponderou de mim. - Já que ainda não de... - Não deixei que ele terminace aquela frase nojenta e quando vi meu punho foi de encontro com a sua face.
Ross,como estava caindo de bebado,se desequilibrou batendo a cabeça na porta de carro e caindo de costas no chão.
Respirei fundo tentando me acalmar e vi que seu rosto sangrava.Olhei paras minhas mãos que doiam para caramba,e vi o anel que ganhei de minha mãe.
— Levanta! - Gritei o puxando pelos braços.Ele gemeu de dor fechando os olhos.Um garoto se aproximou e me ajudou o levantar.
Abri a porta do carro e praticamente o joguei lá dentro,coloquei o cinto nele e bati a porta com força.Me virei para agradecer mas o garoto já havia saido.
Dei a volta no carro,entrei colocando o cinto e começei a dirigir.Quando dei conta algumas lagrimas começaram a correr pela minha bochecha limpei-as furiosamente e acelerei o carro.
Quando cheguei em casa estacionei o carro na garagem e sai o puxando para dentro de casa,quase o arrastei escada a cima.
Mesmo Ross dizendo aquilo eu ainda o pescisava o tirar de lá,eu o machuquei e mesmo me achando uma grande idiota por fazer isso eu tinha que fazer.
Entrei no meu quarto e fui até o banheiro,colequei o loiro sob o chuveiro,troquei a temperatura e abri deixando que um forte jato de agua gelada caisse sobre ele.
— Não,solta. - Ele murmurava tetando tirar minhas mãos dele e sair.
— Para. - Mandei,ele foi se acalmando e me afastei um poruco. - Consegue tomar banho sozinho? - Ele assentiu,mudei novamente a temperatura e saí do banheiro.Fui em direção ao quarto dos meus pais pegando uma camiseta e um shorts.
Voltei para o quarto colocando as roupas em cima da cama.
— Ross,já tem uma toalha aí e em cima da cama tem algumas roupas. - Avisei e sai do quarto.Fui até a cozinha e peguei um kit de primeiros socorros.
Subi novamente as escadas e me encostei na parede.Meus olhos começram a arder,me sentei no chão escondendo o rosto entre meus joelhos.Tampava a boca tentando abafar os meus soluços,o que era em vão.
'Pare de ser tola,já sofreu ofensas piores' pensava,mas nada diminuia a dor e o 'porque' era claro...eu não amo nenhuma das pessoas que me ofendem todos os dias,por isso não doí.
Ouvi o barulho da porta sendo aberta e me levantei rapidamente,secando o rosto.Entrei no quarto e o vi sentado na cama,me aproximei e coloquei o kit no criado-mudo ao lado da cama.Ross colocou suas mãe na minha cintura fechando os olhos e apoiando a cabeça na minha barriga.
Ele se afastou e me olhou,parecia mais lucido.Sem dizer nada abri o kit e começeu a fazer um curativo na parte direita da sua testa.
— Desculpe. - Sussurrou.Não respondi apenas continuei,em seguida passei um remédio na sua bochecha esquerda.
— Pronto.Vou buscar um suco ou uma agua e remedio para você. - Disse me afastando.
— Agua. - Murmurou.Assenti,sai do quarto e desci as escadas.Peguei um copo e coloquei um pouco d'água,peguei aspirina e subi as escada entrando no quarto.
Ross não estava na cama,olhei em volta e escutei um barulho no banheiro.Coloquei o copo e o remédio em cima da escrivaninha e corri até o banheiro,vendo o loiro debruçado sobre a privada.
Corri até ele e passei a mão pelos seus cabelos.Ele respirou fundo e apoiou a cabeça no meu ombro.
— Consegue levantar? - Ele assentiu e o ajudei a levantar.Oleivei até a pia e a judei a se lavar depois voltamos para o quarto.
O ajudei a se sentar na cama e fui até a escrivaninha pegando o copo e o remédio dando a ele,que tomou sem exitar.
— Deite e durma. - Pedi. - Deve estar cansado. - Ele assentiu e se deitou.
Me encaminhei até a porta quando ouvi sua voz me chamando.
— Fica comigo. - Pediu.Me virei o encarando,seus olhos,alem de demonstar cansasso,suplicavam para eu ficar.Assenti me dirigindo até a cama me deitei e Ross apoiou a cabeça em meu abdome. - Canta. - Pediu.
Pensei por aguns minutos em alguma musica quando "A thousand miles" veio a minha mente.
— Making my way downtown
Walking fast
Faces passed
And I'm home bound - Diferente da versão original eu cantava lentamente como se fosse uma canção de ninar,quando ouvi um riso rouco vindo de Ross.
— Você esta cantando a musica de "As branquelas"? - Perguntou de forma fraca,rindo.
— Estou. - Afirmei. - Estava assistindo ao filme antes de ir te buscar. - Expliquei.Ele riu e assentiu.
— Já assistiu "Um amor para recordar"? - Perguntou.
— Milhões de vez. - Respondi.
— A musica que a Jane canta no teatro você sabe? - Murmurei um "uhum". - Canta para mim?
Respirei fundo e começei.
— "Spoken / Falado
Is your / É você
All I know you're beautiful, you sing for me / Tudo que sei é que você é lindo, cante para mim"
Levei minha mãos aos seus fios loiros e começei acaricia-los.
"There's a song that's inside of my soul / Há uma música que está dentro da minha alma
It's the one that I've tried / É a que eu tentei
to write over and over again / escrever de novo e de novo
I'm awake in the infinite cold / Estou acordada no frio infinito
But you sing to me over and over and over again / Mas você canta para mim e novamente e novamente "
Ross murmurava o ritmo da musica enquanto eu cantava.
"So I lay my head back down / Então eu abaixo minha cabeça
And I lift my hands and pray / E junto minhas mãos e rezo
To be only yours I pray / Para ser somente sua, eu rezo
To be only yours I know now / Para ser somente sua, eu sei agora
You're my only hope / Você é minha única esperança "
Me debruçei sobre ele e lhe dei um beijo na testa,vendo sua respiração se acalmar,quando vi ele já estava dormindo,sorri comigo mesma e fechei meus olhos cansados.
(...)
Acordei sentindo alguns raios de sol no meu rosto.Abri apenas um olho e encarei a janela com as cortinas abertas.Praguejei baixinho e olhei para Ross que estava de bruços.Me levantei e me dirigi até o guarda-roupas pegando uma camiseta branca,que meu pai me deu,um shorts e fui ao banheiro tomar meu banho.
Após me trocar fui para o quarto,me encostei na parede e fiquei observando Ross.As lembranças da noite passada invadiram minha mente e antes que pudesse impedir lagrimas já escorriam pela minha face.Limpei o rosto e respirei fundo.
— Dia. - Ross disse grogue me olhando.
— Dia. - Ross se sentou passando as mãos pelo rosto.
— Laura... - Chamo,olhei para ele e vi no seu olhar culpa e arrependimento. - Me perdoa morena...
— Ross,olha. - Respirei fundo. - Eu não daria a minima para essas ofensas se fossem feitas por alguem da escola,mas você quem as disse e não sabe o quanto doeu ouvir isso da pessoa que... - Parei e funguei.Não,eu não diria agora que o amava. - É o meu namorado,uma pessoa importante para mim... - Ross me puxou pela cintura nos aproximando.
— Morena,olha eu estava bedado não sabia o que 'tava' dizendo.
— Dizem que bebados falam a verdade... - Comentei.
— Nem um milhão de anos aquilo será a verdade. - O encarei,e vi a verdade em seus olhos,mas também havia culpa.Muita culpa.
— Ross... - Ele me puxou me fazendo sentar em seu colo.Levou uma de suas mãos até meu rosto e o limpou.Eu nem havia percebido que estava chorando.
— Me perdoa morena,foi totalmente irracional.Você quer que eu fique de joelhos? - falou rapidamente. - Eu fico.
— Não prescisa. - Soltei uma risada baixa.
— Você não deveria chorar nunca.Mesmo sendo linda de qualquer jeito,você fica muito mais quando sorri. - Corei. - Deveria sorrir sempre.
— Eu iria parecer um bobo da corte.
— Um bobo da corte lindo. - Retrucou me fazendo rir.Ross se inclinou e me deu um beijo na testa,seguido em um no nariz e então finalmente nos labios. - Vamos lavar o rosto e então descer para fazer o café. - Sugeriu,assenti me lavantando e o puxando junto.
— O que quer para o café da manhã? - Perguntei entrando no banheiro.
— Panquecas. - Respondeu rapido e sem hesitar me fazendo rir.Lavei o rosto.
— Tudo bem te espero na cozinha.Tem uma escova extra na segunda gaveta.
Ele assentiu e eu sai do quarto,desci as escada e fui até a cozinha logo abrindo a geladeira e pegando todos os ingredientes os colocando sobre a mesa.
Avistei Ross descendo as escadas e sorrindo para mim,logo vindo me ajudar a fazer a massa.
— Você cozinha bem? - Perguntou com uma das sobrancelha levantada.O encarei semicerrando os olhos e assenti o fazendo rir.
— Bobo. - Ele fez um biquinho e se virou,ri.Abri a boca para o chamar e o vi com a droga do celular na mão.
Não que eu esteja surpresa,pois toda vez que estamos juntos ele guarda um tempo para o celular,só estou maguada pois achei que ele iria se dedicar,pelo menos hoje,somente a mim.
Peguei uma fridideira a colocando em cima do fogão ligando o fogo,coloquei um pouquinho de oleo.Peguei a tigela e despejei um pouco da massa.
Ouvi um riso fraco e me virei,Ross colocou o celular no balcão e pegou o "garfo da batedeira" e o segurou como um microfone.Me encarou e semicerrou os olhos sorrindo de lado.Franzi a testa prendendo riso,quando "A Thousand Miles" soou pela cozinha me fazendo gargalhar.
— Não acredito.
— " Making my way downtown
Walking fast
Faces passed
And I'm home bound " - Dublou enquanto eu ainda gargalhava.
Ele balançou o garfo jogando massa em nos dois.Abri a boca incrédula enquanto ele gargalhava.Olhei em volta e vi um pouco de trigo em cima do balcão peguei e o acertei que parou de rir na hora.Ele se aproximou e eu corri até que ele conseguiu me alcançar e chacoalhou a cabeça jogando trigo em mim.
— Não! - Exclamei rindo.Virei a cabeça para ele e o vi sorrindo,seus olhos desceram para minha boca e então Ross selou nossos labios ao som de " A thousand miles".
Nada fazia eu me sentir tão bem doque estar com Ross.Ele se tornou meu porto seguro,quando estou triste ele me anima e quando estou feliz é porque ele está lá.
— Que cheiro estranho. - Disse procurando de onde vinha.
— Ta queimando. - Ross disse alarmado corri até a frigideira virando a panqueca.
— "Eu sei cozinhar" - Ross falou tentando me imitar.Soltei uma risada fingida e ele riu.
(...)
Estavamos deitados no sofá,depois de termos tomado e café da manhã,abraçados de "conchinha".Ross acariciava meu braço e eu apenas sorria com meus olhos fechados.
— Eu amo ficar assim com você. - Disse me virando para ele.Ross sorriu e levou uma de suas mãos ao meu rosto.
— Você é linda,sabia? - Com o indicador traçou um caminhos por todo o meu rosto,começando nos olhos.Os fechei com um pequeno sorriso apreciando o carinho.
Passando por meu nariz e bochecha,e então pousandoo polegar no canto dos meus labios.Abri os olhos e sorri.Ele levantou o olhar.
Passou o polegar pelo meu labio inferior,desceu pelo meu queixo,pescoço e colocou sua mão em minha nuca.
— Você é tão boa pra mim. - Me encarou. - Eu achei que nunca seria capaz de gostar de alguem como eu gosto de você.
— Eu também gosto muito de você.
— Eu sinto tanto por te maguar. - Seus olhos transmitinham culpa.Uma culpa imensa. - O que você faz é me deixar feliz e então eu vou lá e destruo tudo.
— Ross...não prescisa.Eu já te desculpei lembra? - Ele assentiu. - Não consigo me ver sem você.Você me faz tão bem que eu não consigo não te perdoar. - Ele escondeu o rosto na curva do meu pescoço e o apertei em meus braços. - Sei que sempre fujo quando as coisas dificultam,mas...por você eu ficaria. - Ta,quase foi uma declaração.
— Promete que mesmo se for muito ruim,você fica? - Perguntou.
— Prometo que vou tentar. - Respondi sincera.Ele suspirou parecendo aliviado e riu,eu o acompanhei.
— Fica comigo?
— Sempre. - Então Ross selou novamente nossos labios,em um beijo calmo e repleto de amor.Mesmo que ainda não tenhamos dito as palavras um para o outro."
— Toc Toc. -Laura saiu dos meus devaneios com toques e uma voz feminina na porta.Enxugou as lagrimas,se levantou e a abriu,dando passagem para uma enfermeira.
— Jantar. - Disse mostrando a bandeija e sorrindo. - Ah...ele esta dormindo.
— É...estava cansado.
— Entendo. - Ela colocou a bandeja na cama e foi até Roustin,mexendo em seus cabelos,em seguida suspirou aliviada.
— O que foi? - Laura perguntou confusa.
— Roustin tem mais uma sessão de quimio amanhã,depois do almoço...- Laura a cortou aflita.
— Mas...e o transplante de medula ossea?
— Você sabe que as chances são de 25%,não é? - Laura assentiu. - E também não podemos ficar parados esperando um milagre enquanto a doença piora. - Laura sentiu seus olhos arderem novamente. - Roustin pode perder os cabelos logo. - Comentou.
— Céus...
— Mas saiba que vamos fazer de tudo para seu filho melhorar. - Disse clocando uma mão em seu ombro e o afagando. - Fique tranquila...temos esperança. - Sorriu fraco em meio as lagrimas assentindo.
— É... - Corcordou.A enfermeira se despediu e saiu.
Laura encarou seu pequeno anjinho no sono tranquilo se perguntando o 'porquê' disso estar acontecendo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Eaaaii??Gostaram??
Alguem tem aguma ideia doque aconteceu no passado???
XOXO