Vampire Academy - ( Breu ) escrita por Anastacia B, Kah Correia


Capítulo 3
Capítulo 3 - Me chamo Rose Hathaway


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Desculpem de novo mas eu sei que estou enrolando muito e muito tempo com a fic, mas ta muito complicado para mim arrumar algum tempo. Tive vários contratempos mas estou voltando a escrever e prometo finalizar.

Beijos



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Tentei não pensar muito a respeito das concusões que eu havia causado em pelo menos quatro guardiões diferentes, enquanto eu entrava as pressas na SUV preta que Isadora havia escolhido como nosso veículo não chamativo de fuga.


"Olha, não que eu seja exatamente a discrição em pessoa, mas pensei que talvez você pudesse ter sido um pouco mais sútil e escolhido um modelo mais modesto para roubar. " - Praguejei enquanto a via manipular os fios coloridos em baixo do volante, para enfim dar partida no carro. Estávamos a poucos metros da Corte Real e eu definitivamente acreditava que era questão de segundos para a cavalaria aparecer.


Ela simplesmente virou os olhos me ignorando totalmente, enquanto engatava a primeira marcha no carro. Os pneus do carro protestaram ao primeiro som do motor. Quando já estávamos a uns bons quilômetros de distância, foi quando ela resolveu responder.


"Eu realmente não acreditei que você fosse fazer isso." - Sua voz era um sussurro, alegando mais uma vez que ela falava mais para si do que para mim.


"Eu precisava fazer isso" - Respondi no mesmo tom, enquanto colocava um de meus pés em cima do painel. Seus olhos verdes me seguiram e embora ela não tivesse gostado do meu gesto, resolveu não protestar. Minha cabeça girava concentrada em pelo menos dez problemas diferentes. Problemas em que eu havia me metido com Lucian, problemas envolvendo Dimitri e principalmente e o pior de todos, envolvendo Lissa. Tentei me concentrar em Lucian que era meu objetivo principal, tentando assim apaziguar um pouco do acido que eu sentia no estômago desde que havia deixado os portões reais.


"Você está certa" - Ela respondeu depois de alguns minutos mudos, como se estivesse presa em pensamentos, assim como eu.


Não demoramos muito até alcançar a próxima cidade onde trocamos de carro. Dessa vez para um modelo mais simples por assim dizer, e de uma cor que me lembrava café com leite. O que me surpreendeu, foi ver Isadora negociando o preço com um vendedor de meia idade, que parecia estar usando um número menor do que as regras de etiqueta sugeriam. Automaticamente virei os olhos e peguei meu celular, virando de costas para aquela cena ridícula e questionável. Assim que abri o aparelho e o liguei, fiquei espantada com a quantidade de ligações e mensagens de texto que eu vi na tela. A maioria das ligações obviamente eram de Dimitri e Lissa. Aleatoriamente abri uma das mensagens de texto.


"Aonde diabos você se meteu?! Estão todos atrás de você" - Eu quase pude ver o olhar suplicante da minha melhor amiga transparecer na tela. Passei para a próxima que coincidentemente era de Dimitri.


"Você me enganou..." - Senti um arrepio que ia dos meus dedos dos pés até os fios do meu cabelo castanho escuro. Era uma simples frase, mas com um impacto tão grande, que me fez questionar mais uma vez, o quão longe eu estava indo com aquilo. Dimitri me ofereceu ajuda desde o começo e inclusive havíamos conversado, ou melhor, tentando entrar em um possível acordo para resolvermos meus maiores problemas recentes, mas mesmo assim, resolvi opinar sozinha e isso já estava começando a me dar uma dor de cabeça daquelas.

Senti alguém atrás de mim e automaticamente desliguei meu celular, me virando despreocupada. Era Isadora e pelo seu olhar entusiasmado, ela acreditava ter feito um bom negócio.


"Humanos, humanos. " - Ela disse quando já estávamos dentro do carro há algumas milhas dali. - " Não é tão complicado assim negociar com eles."


Novamente seu tom parecia mais ser um desabafo pessoal, do que uma conversa propriamente dita. Resolvi arriscar.


"Eles já sabem que fugimos." - Isadora riu sem humor.


"Ah jura? Agora que você pensou sobre isso? Achei que você se lembrava dos caras que nocauteou quando tentávamos sair do prédio principal."


Ela estava sendo irônica e eu não gostei disso. Apenas respirei fundo e ela me olhou de soslaio.


"Olha veja se não é Rose Hathaway a grande guardiã da rainha, que está se sentindo responsável dessa vez."


Virei os olhos. Foi demais aquilo foi demais pra mim.
"Não é questão de ser responsável e sim - gaguejei um pouco - Posso estar pensando sobre isso, mas esse não é ponto. - Fitei seus rosto que parecia irritantemente divertido. Resolvi continuar; "O fato é que estamos envolvendo muita coisa aqui e isso não pode acabar bem"


Ela ponderou enquanto escutava meu tom engasgado. Depois do que pareceu uma eternidade, ela resolveu dar continuidade. Seu tom de ironia havia dissipado totalmente, dando espaço para seriedade.
"Pode até ser. Concordo com você em partes, mas você precisa se manter firme na sua decisão que já foi tomada Rose. Pessoas dependem ainda mais de você agora."


Voltei a apoiar meus pés no painel mas praguejei e logo os removi, enquanto analisava o curto espaço para minhas pernas. Isadora pareceu achar graça.


"Você está certa sobre isso. Não poderei alterar nada mesmo. Minha cabeça está a prêmio no mundo vampiro agora" - Comentei de repente achando bastante interessante as árvores que passavam por nós.


Mais uma troca de carros e por fim, paramos no que parecia ser uma vila, quando eu já não aguentava mais perguntar para onde estávamos indo, pois Isadora estava me matando por dentro com seu silêncio. Continuamos por mais meia hora em uma estrada de terra, até avistarmos uma casa modesta de paredes mostarda e batentes de madeira bem no centro de uma clareira. Isadora estacionou e então olhou para mim


"Rose é aqui nossa primeira parada, tente soar amigável pelo amor de Deus" - Ela concluiu de forma receosa me fazendo franzir o cenho, enquanto abria a porta do carro.


"Mas o que diabos você quer dizer com...." - Graças ao meu reflexo vampiro, consegui desviar no último segundo de uma flecha lançada bem na minha direção. A surpresa me fez duvidar só por um momento e logo me lancei de volta no banco, tentando arrastar Isadora para dentro, que minha metade do corpo para fora do carro. - "Mas que diabos..."


"Me solta Rose! " - Ela argumentou um pouco irritada - "Se eu não for falar com eles irão mandar um bando atrás de nós". - Foi como se a tivessem ouvido e então, outra flecha rompeu o vidro dianteiro do carro. Muito contragosto soltei Isadora que caminhou com as mãos levantadas na cabeça para fora do carro.
"Nós não somos perigo!" - Ela exclamou confiante - "Venho em nome de Tamira, por favor, procuro pelo líder do clã"


A palavra clã me fez subir um pouco o pescoço enquanto olhava ao redor. Bem na minha frente, avistei quatro homens armados com flechas e alguns objetos presos na cintura, podendo ser muito bem algum tipo esquisito de adaga. Eles baixaram um pouco suas armas, quando viram Isadora e agora a encaravam com cautela.


"Você é Tamira?" - Um dos homens quis saber. Aproveitei de sua distração e logo alcancei a arma automática de Dimitri no cós da minha calça, a puxando para frente do meu corpo, enquanto me acomodava melhor no banco do carro. Mentalmente agradeci Dimitri pelas aulas com armas humanas a um tempo atrás.


"Não, eu sou Isadora..." - Ela mal teve tempo de concluir, quando uma mulher morena de meia idade que usava os longos cabelos trançados e um xale xadrez se aproximou da porta. Os homens fizeram menção de ir encontro dela, mas a mesma os silenciou somente com um levantar de mão. Até eu precisava admitir que eles tinham respeito.


"Seja bem vinda filha de Tamira, é um prazer em vê-la depois de tantos anos".


Mesmo a contragosto eu acabei saindo do meu posto inicial, mas sem antes colocar a arma de volta ao cos do meu jeans preto. Segui a mulher e Isadora para dentro da casa, sentindo uma tensão palpável no ar conforme os homens olhavam para mim. Eu poderia não mais estar sendo a guardiã na luta contra Strigois na Corte Real, mas meu modo guardião ainda estava ativo.


Dentro da casa avistei mais quatro mulheres sendo três delas de meia idade e uma menina de aparentemente uns dez anos, também com o cabelo trançado. Me peguei imaginando o que essas pessoas tinham na cabeça para manter uma criança ali. "E se eles não tiverem opção". Uma voz soou no fundo da minha cabeça. Interrompendo meus devaneios pessoais, a primeira mulher falou.


"Vejo que você conseguiu encontrar a menina" - Seu olhar se dirigiu a mim, mas permaneci calada.


"Sim, é ela" - Isadora afirmou dando um passo em minha direção. - "Ela vai nos ajudar com a profecia"


Profecia?


"Se me der...." - Comecei, mas logo fui interrompida pela primeira mulher


"E qual seu nome?" - Ela quis saber.


Chocada demais pela interrupção, demorei um momento para me recompor, e com um pigarro acrescentei.


"Me chamo Rose. Rose Hathaway"


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