Fazia um longo tempo que não via Amy e Michael, então pode-se imaginar que fiquei feliz ao saber que eles estavam a caminho do castelo.

A última vez que eu os vira foi há dois anos e poucos meses. Apesar de morarem em Londres sempre mantemos contato, afinal, Michael é irmão de Jonathan.

Fiquei sabendo por meio de Anya que Eowyn já havia conhecido os dois, de uma maneira não muito agradável diga-se de passagem. Aquela garota apesar de tudo, é bastante temperamental.

Arrumei-me e fui me juntar ao resto dos vampiros. Assim que entrei no recinto, um vulto voou pra cima de mim me abraçando. Não que eu não esperasse por isso.

“Nithara! Quanto tempo!”

“Amy, que saudades! Agora me larga sua doida, que eu quero cumprimentar seu noivo.”

“Nithara, baixinha como sempre.”

“Também é um prazer te ver Michael. E então, como estão as coisas?”

“Difíceis.”

“As invasões continuam?”

“Sim. Mais ou menos duas por mês. Uma guerra vai estourar logo Nithara, e nós vamos precisar de toda ajuda que pudermo arranjar.”

“E é claro que estaremos do seu lado.” - disse meu amado Jonathan - “A profecia então se cumpriu? Ainda não, mas tem ouvido murmúrios.”

“Sempre houveram.” 

“Não tanto quanto agora.”

Um silencio pairou sobre a sala. A guerra estava perto, muito perto. E de acordo com as lendas, não só as nossas mas as de nosso inimigo também, diziam que uma criatura nascida humana poderia acabar com a guerra. Só não sabia-se para qual lado a lenda se revelaria primeiro.

“O que os trás aqui?”

“No princípio, só uma visita amigável. Mas agora tenho outros interesses. Quero cobrar a dívida Jonathan.”

“Amy...”

“Não Michael! Fizemos um favor ao seu irmão há alguns anos, e agora eu quero cobrar esse favor!”

O silencio pairou mais uma vez sobre a sala. De uma certa forma eu já sabia, e Jonathan também, quando perguntou - “O que querem?”