Contos de Natal escrita por CLAUDIA SOUZA MIRANDA


Capítulo 13
CAPITULO 13 - Almas Gemeas


Notas iniciais do capítulo

Então chegamos ao final, quero agradecer vocês por me prestigiarem, por perderem o tempo de vocês para ler os meus contos. Espero não ter decepcionados.
Boa leitura



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POV Willian

Faz cinco anos que passei a morar com meu pai e Felicity, que agora eu chamava de mãe, no começo eu falava madrasta, mas ela me proibiu porque a fazia lembrar-se da Branca de Neve ou Cinderela, eu ri do seu pensamento, então concordamos que mãe seria bem-vindo. A minha mãe Samantha, tinha se casado e mudado para Hon Kong, e como eu não queria ir, mamãe e meu pai resolveram que era melhor eu morar com ele.

Minhas irmãs, Olivia e Emily, gêmeas de quatro anos e terríveis, ainda não tinham chegado da escola quando eu e mamãe começamos a montar a arvore de Natal. Quando os meus pais ficaram sabendo que eram gêmeos, quase surtaram, mamãe na noite do meu primeiro Natal em Starling tinha dado um sapatinho de presente para o papai, duas semanas depois que eles foram fazer o primeiro ultra-som e quando ouviram dois corações batendo, ficaram sem fala. Minha tia Thea não parava de rir, parecia que ela tinha tido um surto de riso, e eu claro fiquei super feliz, afinal era o meu desejo de Natal que fiz a Deus naquela noite, mas não esperava que fosse dois, duas princesas.

Olivia era mais parecida com mamãe, adora computadores, usava óculos e era superdotada e mais doce. Emily era um furacão, igual à tia Thea, também muito inteligente e às vezes mal humorada, isso ela puxou do pai. Elas eram a alegria da casa.

Meu pai era um babão perto delas, fazia sempre suas vontades o que deixava a mãe irritada, porque ela falava que mimar demais estraga, mas ele não ligava.

Depois que elas nasceram, nossos pais resolveram morar na mansão Queen, que ficará fechada por muito tempo e a tia ficou no apartamento, ela não quis ir com a gente, falava que iria atrapalhar, claro que eles não concordaram mas respeitaram sua decisão. E sempre que ela podia dormia lá no seu antigo quarto.

Estávamos na metade da decoração quando minhas irmãs chegaram correndo como uns furacões depois pararam em frente a arvore para admirá-la. Elas então resolveram nos ajudar, cada uma colocando seu enfeite que fizeram na escola, a minha estrela de cristal que dei para mamãe, foi colocada no alto da árvore. Quando papai chegou já tínhamos terminado, ele ficou muito feliz e elogiou nosso trabalho, fazendo as meninas rirem.

Alguns viscos foram espalhados pela casa e ele sempre prendia a mamãe embaixo de um só para beijá-la, as meninas também faziam questão de parar debaixo só para o papai pegá-las no colo e beijar suas bochechas, às vezes era engraçado e na maioria das vezes eu achava chato, coisa de irmão mais velho.

Dois dias antes do Natal, nosso pai teve que fazer uma viagem de urgência para Corto Maltese, ele e tia Thea com o vovô Malcon, e não voltariam a tempo para o Natal e talvez para o Ano Novo, o que nos deixou super triste. Mamãe combinou de fazermos uma teleconferência no dia de Natal, assim o papai poderia nos ver e desejar um feliz Natal.

As meninas é que ficaram mais tristes, eu entendia porque dele ter ido viajar, eram coisas do Arqueiro que precisavam se resolvidas. Sim, meu pai é o Arqueiro, a minha tia a Speed, o tio John também ajudava as tias Sara e Laurel eram as Canários, só que uma era a Canário Branco e a outra Canário Negro e minha mãe era a Artemis. O vovô Malcon, era assim que o chamávamos, mesmo que ele não era o pai do papai, só da tia Thea, mas ele passou a nos amar como se fossemos seus netos, era o líder da Liga dos Assassinos. Era muito divertido ir a Caverna do Arqueiro, eu ficava lá horas ajudando também, e torcia para o meu pai me treinar para que eu pudesse acompanhá-lo nas missões. O Tio Barry era o Flash, maneiro ele.

Na noite de Natal falamos algumas horas com o papai, à mamãe depois foi para a cozinha chorar escondido, ela não queria que as meninas a vissem assim. A casa estava cheia de amigos e heróis, parecia uma reunião da Liga da Justiça.

Mais tarde, quando todos já tinham ido embora, mamãe nos colocou para dormir e foi para o seu quarto, eu então me levantei fui ao quarto das meninas e as chamei baixinho, elas ainda estavam acordadas. Eu e elas combinamos de ir ao quarto de nossos pais e dormir na cama com mamãe para fazer companhia, não queria que ela ficasse sozinha e sentisse muita a falta do papai. As meninas entraram primeiro falando que estavam com medo dos fantasmas do Scrooge* e eu logo depois, falei que estava com frio e se podia me juntar a elas também, já que o quarto era o mais quente da casa. Mamãe fingiu que acreditou em nossas pequenas mentiras e nos abraçou como uma galinha com seus pintinhos e dormimos abraços. De manhã, mamãe pegou seu tablet e tirou uma self para mandar para o papai, ele respondeu que estava feliz que nos a estávamos protegendo e que nos amava, que faria o possível para chegar antes do Ano Novo.

A semana passou voando, mamãe estava de férias, passando a maior parte das vezes conosco, fazíamos muitas atividades, de vez enquanto saia com alguns amigos e o vovô Lance passava com a viatura no Big Belly Burger só para conferir, ele casou com a vovó Donna no ano seguinte ao meu primeiro Natal em Starling.

A festa de Ano Novo vai ser na casa da vovó Donna, e nada do meu pai chegar. Um dia antes a mamãe discutiu com ele falando que não era justo, o Natal já tinha sido ruim sem ele e passar o ano novo também seria pior, eu fingi que não estava prestando atenção na conversa dos dois e fiquei feliz que as meninas estavam fora da casa brincando no jardim.

Noite de Ano Novo, mamãe tentava disfarçar sua tristeza para o bem das meninas, mas todos perceberam seu semblante triste. Ela estava linda com seu vestido dourado, eu achei curto, fora que tinha uma fenda na coxa esquerda, seus cabelos cacheados estavam soltos sobre os ombros, meu pai ia ficar babando e possesso porque alguns convidados do vovô Lance ficavam olhando para as suas pernas. Às vezes eu olhava com cara feia para alguns e eles viraram a cara disfarçadamente.

Faltavam quinze minutos para a passagem de ano quando as pessoas começaram a sair para o jardim para assistir aos fogos. Alguns casais começaram a se formar e mamãe ficou mais triste, eu chamei as meninas e fomos ficar ao seu redor, ela sorriu pra mim e moveu os lábios me agradecendo, sorri de volta para ela e disse que a amava.

Contagem regressiva para o Ano Novo, eu senti uma rajada de vento e quando olhei meu pai estava ao nosso lado, mamãe inclinou a cabeça para o lado e sorriu, as meninas começaram a gritar papai e eu acenei de volta para ele.

Eu vi o rosto do meu pai se iluminar ao olhar para mamãe, eu vi seus olhares marejarem ao dizer a ela que a amava, eu vi quando ambos se abraçaram e se beijaram como se fossem únicos. Então olhei para o céu iluminado de arco Iris e pedi a Deus que o amor de meus pais fosse eterno e como da primeira vez quando pedi um irmão, Ele me respondeu que eles eram almas gêmeas, que estavam destinados a se encontrarem e nada nem ninguém os separariam.

Feliz 2016.

FIM


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Notas finais do capítulo

Feliz 2016 para todos, desejo que vocês ganhem batalhas, realizem desejos e acima de tudo, que sejam felizes.
Um grande abraço e como está é a ultima one-shot, ficarei muito feliz se comentassem.
Nota: * Scrooge, referencia a estoria de Dickens dos 03 fantasmas.
Obrigadaaaaaaaaa
xoxo



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