Medo Do Escuro escrita por SammyCullen


Capítulo 11
CAPÍTulo 11


Notas iniciais do capítulo

Atenção!!!
Cenas fortes, então se não gostarem pulem.
E sim, voltei :)



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— Eu era feliz sabe, sempre morei com os meus pais e sempre fomos só nós três, a gente tinha uma vida boa, meu pai era chefe de polícia em Forks e minha mãe era professora do jardim de infância. Nunca tivemos problemas em casa, mas quando se é adolescente de 14 anos muita coisa pode mudar e comigo não foi diferente. Eu estava para entrar no ensino médio devido ao meu avanço intelectual, disseram que eu era inteligente e madura demais para ficar numa turma de criança, então me colocaram numa avançada.

Respirei fundo e soltei um soluço, me concentrei em apenas não chorar e as palavras fluía dos meus lábios.

—Me afastei dos meus amigos quando conheci um grupo de populares e comecei a fazer parte. Fala sério eu tinha 14 anos e achava estar causando por andar com elas - ri sem humor algum- Certa noite eles me chamaram para ir a uma festa que iria ter em PortAngeles na casa de um dos amigos deles e eu fui, claro. Lá conheci James, ele não estudava mais e trabalhava com seu pai Phil numa oficina. Ele pediu meu número de celular na hora em que eu estava indo embora, disse que havia gostado de mim e que eu era diferente das outras. Em menos de uma semana estávamos namorando, eu estava apaixonada por ele e pela ideia do amor.
Eu comecei a ficar rebelde em casa, eu não contei aos meus pais sobre o namoro claro, eles ficariam uma fera comigo. Uma noite, James me ligou dizendo que tinha uma surpresa para mim em sua casa, sem dizer nada a ninguém saí na calada da noite e fui ao seu encontro.

Um bolo se formou em minha garganta e eu comecei a tremer, respirei fundo para me concentrar.

—O que aconteceu quando você chegou lá?

Perguntou Edward suavemente, mas seus olhos demonstrava toda a raiva que seu corpo estava guardando.

—Ele de fato tinha montado uma surpresa para mim. Seu quarto estava iluminado com velas vermelhas e por toda a parte tinha pétalas de rosas vermelhas, eu mal havia entrado no quarto e ele logo foi me agarrando e me beijando violentamente, aquilo me machucou mas ele estava tão neurótico que não percebeu os meus protestos, ele me jogou na cama bruscamente e ficou por cima de mim...

Eu não tinha mais o controle das minhas palavras, estava fitando o chão como se estivesse revivendo aquela cena novamente.

—Ele me violentou naquela mesma noite, eu gritei por ajuda mas não vinha ninguém para me socorrer. Uma hora depois a porta do quarto foi aberta bruscamente e seu pai apareceu, quase ia respirando de alívio até que vi ele tirando o cinto das calças, ele sorriu diabolicamente para mim e ali eu vi que seria o meu fim.
Eu estava enganada, acordei no dia seguinte em outro lugar, mas acredite eu preferia ter morrido. James não aceitou quando o pai disse que me queria para sempre, ele alegou ter perdido a cabeça e que estava com medo da policia o procurar, Phill o matou quando ele tentara fazer com que eu fosse embora. Ele me manteve em cativeiro por quase 4 anos; quando completei 16 anos descobri que estava grávida, não sei como sabia, apenas sabia. Contei a ele que estava atrasada havia muito tempo, dois meses talvez, ele apenas riu e me estuprou até eu sangrar, me levando a um aborto.

Tinha mais, muito mais coisas mas eu não conseguia fazer mais nada, eu olhei para ele esperando ver seu olhar de repulsa sobre mim, sua cara de nojo ou sua expressão de pena. Mais não, sua face estava tomada por uma ternura que nunca vi em ninguém e seu olhar tinha um quê que eu não conseguia identificar.
Não pensei em nada e quando vi já estava em seus braços chorando compulsivamente, ele não disse nada apenas afagou minhas costas e deixou que eu chorasse e molhasse sua camisa social azul clara.
Eu raramente chorava, evitava ao máximo e suportava a enorme vontade; mas ali naquele momento meus muros desabaram e minhas fraquezas se mostraram pro mundo, eu estava apavorada com a ideia de sair de dentro dessa casa agora, eu tremia e soluçava, nunca chorei tanto.

—Isabella sei que é um péssimo momento para se dizer isso, mas você precisa se acalmar, vou buscar um copo d'água para você tudo bem?

O pânico me tomou, ele não podia me deixar sozinha, ele viria atrás de mim se visse que eu estou sozinha.

—Não! Por favor, não me deixe sozinha, eu não aguentaria tudo aquilo de novo- supliquei.

Edward me olhou com os olhos vermelhos e me carregou escada acima, ele me deitou em uma cama de colchão macio e delicadamente tirou meus sapatos.

—Você vai ficar bem querida, não se preocupe com nada- disse alisando meus cabelos, eu ainda não havia parado de chorar e acho que não pararia tão cedo; Edward pegou num dos criados mudo da cama uma jarra com água e despejou num copo- Aqui, beba você vai se sentir melhor- ele me ofereceu um comprimido junto da água.

—Obrigada, m-mas eu a-cho que vou...

—Você vai deitar aí e descansar um pouco, quando acordar eu te levo para casa.

Se estivéssemos em outra situação eu riria e ficaria brava de seu tom mandão, mas não ali, não naquele momento, então apenas assenti com a cabeça.
Deitei a cabeça no travesseiro enquanto ele sentava numa poltrona perto da janela, fechei os olhos ainda soluçando e fiquei com sua imagem rodando em minha cabeça.

                   *

Voltei à consciência e rezei para tudo aquilo ter sido apenas um dos piores pesadelos de toda a minha vida, mas infelizmente não era.
Estava jogada num quarto frio, sem ventilação e escuro. Tentei me levantar mas meu corpo estava pesado, ou eu estava fraca demais para me mover.
Antes de eu pensar em um modo de levantar uma porta pesada de metal fora aberta.

—Olá linda Bella, como está boneca?

Me encolhi no canto da parede e abracei meu joelhos, só naquele momento percebi que estava nua.

—Onde eu estou?
Sussurrei.

—Em um parque de diversão, particular é claro já que você é a atração principal.

Comecei a chorar desesperadamente; não era para aquilo estar acontecendo, como pude ser tão burra a ponto de acreditar que um cara mais velho iria gostar de mim, logo eu a estranha e esquisita do colégio que de repente ficou popular na escola.

—Isso é um sonho, isso é um sonho, papai por favor me acorde- supliquei num sussurro quase inaudível.

—Seu papaizinho de merda não vai vir te salvar, sabe porquê? - disse chegando bem perto de mim e eu cada vez mais me encolhendo- por que você é minha agora, só minha. Agora nem meu querido filho vai poder aproveitar você, já que agora ele está morto, muito bem morto. Agora vem aqui que eu vou te ensinar uma brincadeirinha bem legal.

Ele me deitou no chão frio e ficou sobre mim eu me debati para tentar escapar, mas ele só riu e me prendeu ainda mais me acariciando e tocando meu corpo eu gritei, muito, mas de nada adiantou.
                               *

Acordei ofegante, suada e com os olhos cheios de lágrimas. O quarto estava escuro e me desesperei, levantei da cama aos tropeços e bati o pé numa poltrona que estava no pé da cama, gemi de dor e tateei para encontrar a porta.

—Isabella?

Uma voz me fez parar, senti um alívio por ouvir aquela voz e quis correr para os seus braços.

—O quarto está escuro- disse como se não fosse óbvio, mas não queria que ele soubesse que eu tenho medo do escuro.

—Ah claro, me desculpe. Senti ele passar por mim e facilmente achar o interruptor de luz, o quarto clareou e eu fiquei incerta do que fazer.

—Está tudo bem? Você precisa de algo?

Balancei a cabeça negativamente.

—Eu não consigo dormir, toda vez que fecho os olhos lembro do que me aconteceu e fico com medo de acordar e perceber que nada mudou- solucei e comecei a chorar.

—Ei, nada vai te acontecer aqui Isabella, ele não vai vir atrás de você, eu te garanto.

Ele veio para perto de mim e acariciou meu rosto, eu fechei os olhos e estanquei quando sussurrei:

—Você pode deitar comigo?

Ele ficou da mesma maneira paralisado e um tempo depois me perguntou:

—Você tem você tem certeza?

—Eu me sinto segura com você Edward, desde o dia da festa, só demorei muito para perceber isso.

Ele sorriu brilhantemente e acariciou novamente minha bochecha, pegou minha mão e nos levou para cama, eu estava tensa e apreensiva.

—Só vou deitar com você Isabella, só deitar e dormir se você não quiser eu posso ficar aqui na poltrona mesmo.

—Bella. Me chama de Bella- eu olhei para ele que sorriu e assentiu- E não, eu quero que você durma comigo, só que é difícil. Esquece é bobagem minha.

Olhei para o chão.

—Não é bobagem, você sofreu muito na sua vida e encontrou uma maneira de tentar proteger a si mesma. Mas não se preocupe nada mais vai lhe acontecer, eu te garanto.

Ele deitou de um lado e eu do outro, apesar de estarmos deitados de costas eu fiquei aliviada só por saber que ele estava ali comigo e finalmente consegui dormir um sono que a muito tempo não dormia.
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Notas finais do capítulo

Heeeyyyyy!
Saudades imensa desse cantinho, vc sabem como é né, é trabalho, é cursinho, é estudar para provas é isso é aquilo e a gente acaba assim esquecendo das coisas.
Mas voltei ao normal e vamo que vamo, comentem bebês.



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