No Ritmo escrita por JéChaud


Capítulo 59
Sonho ou pesadelo?


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, tudo bem??!!!
Aqui vai mais um capítulo com muitooo amor para vocês ♥ ♥ ♥
Obrigada de verdade, vocês são incriveis, muito obrigada pelos comentários, favoritos, pelo carinho ♥ ♥ ♥
Espero que gostem ♥



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Os garçons se aproximaram  sorridentes, as duas famílias que mais freqüentavam o local estavam reunidas em uma só mesa, o atendimento com certeza seria bom ao dobro.

Monica checava a hora de dois em dois minutos, se não fosse pelo belíssimo macarrão do local, teria sido um completo tédio aquele almoço. Contrapondo seu pensamento de que não poderia ficar mais chato, Fabinho se levantou por volta das 15h00 batendo com um garfo na taça chamando atenção de todos no local.

Ela sentiu sua pressão cair e despencar pelo chão, começou a suar frio instantaneamente, não definitivamente isso não estava acontecendo.

—-

Como um filme acompanhou a boca do Fabio abrir e fechar lentamente diversas vezes, e o som chegar pausado em seu ouvido. Não sabia ao certo o que iria acontecer, mas não estava se sentindo bem para acompanhar e não seria hoje que iria saber, num passe de mágica e aproveitando seu mal estar colocou sua atuação em ação e desmoronou no chão.

Manteve todo o foco que conseguiu para não abrir os olhos e soltar seu corpo o máximo que podia, tinha que passar a impressão de desmaio. Que se lembrava havia desmaiado verdadeiramente poucas vezes na vida, em todas foi por queda de pressão, tinha certeza que ninguém desconfiaria do seu plano repentino.

Ouviu diversas vozes agitadas e passos de salto se aproximarem desesperados, sentiu seu pai a envolver nos braços e a pousar em uma cadeira confortável, sustentando sua cabeça para não cair.

Esperou um pouco mais de três minutos e por fim resolveu abrir os olhos novamente lentamente, fingindo um esforço, rodeou rapidamente com os olhos todos ao seu redor, e soltou o corpo novamente encostando a cabeça no ombro do seu pai.

— Monica, Monica, o que foi filha? – Seu Sousa perguntou assustado dando tapinhas leves em seu rosto para mante-lá acordada.

— Vamos leva-lá ao médico amor – Luisa falou alto tentando visualizar os sinais vitais no rosto da filha.

— Não, não precisa mãe, estou bem, acho que foi só uma queda de pressão – Monica forçou a voz se fingindo fraca, passando as mãos sobre o cabelo.

— Você está bem Monica? Quer alguma coisa? – Fabio se aproximou segurando forte uma de suas mãos.

— Não, obrigada – Monica puxou a mão para si novamente – Na verdade me sinto mal, pai vamos embora, quero minha cama.

Não tinha como o Sr. Sousa pedir para continuarem ali, muito menos como o Fabinho continuar com seu pronunciamento, era claro que a menina estava fraca, precisando de um repouso. Mentalmente ela comemorou por ter saído tudo exatamente como planejou, viu estampado no rosto do Fabinho a preocupação e a decepção, mas não podia se render, não ia dar a oportunidade para ele fazer qualquer pedido.

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Deitou em sua cama confortavelmente, afundando a cabeça em seu travesseiro, segundos depois avistou seu cachorrinho vindo correndo se aconchegar ao seu lado.

Mergulhou nos seus pensamentos enquanto acarinhava calmamente o Monicão, que ronronava aprovando o carinho. Tinha certeza que o Fabinho a pediria em namoro, em casamento ou qualquer coisa relacionada a isso que com certeza em sã consciência ela não aceitaria.

Desbloqueou seu celular e abriu um sorriso no rosto quando viu a mensagem que tanto esperava na noite passada. Magali, sempre tão doce, a amiga respondeu que também estava com saudade e lhe passou seu numero novamente, imediatamente Monica a adicionou nos contatos e lhe mandou uma mensagem no whats para voltarem a manter contato.

Pediu o número do Cebola e conseqüentemente teve que explicar tudo o que estava passando por lá, Magali soube indignada sobre o almoço de mais cedo e chorou de rir quando Monica contou qual foi seu plano para escapar da enrascada, ambas caíram na gargalhada e a saudade tornou a apertar em seus corações.

Logo que parou de conversar, pegou num sono leve no final da tarde, ainda naquela mesma posição, porém seu subconsciente resolveu brincar com seus sentimentos.

Seu sonho misturava a Lemon dance com o aeroporto do Rio de Janeiro, o local era estranho, mas estava ladeado de flores brancas, que brincavam com a cor das toalhas da mesa, um tapete vermelho se estendia por todo o local, e ela assistia de dentro de uma das salas a todo minuto pessoas diversas muito bem arrumadas sentando nas cadeiras que magicamente apareceram no local.

De repente sentiu alguém mexendo em seu cabelo, olhou no espelho colocado em sua frente, era a cabeleireira que lhe fazia um coque bagunçado, pendurando o véu comprido na parte de cima da fivela.

Monica se levantou e admirou seu lindo vestido de noiva e como o conjunto tinha ficado incrível, abriu um sorriso e caminhou ansiosa para entrar no aeroporto com seu professor. Quando saiu da sala na qual se trocou, abraçou o Marcos pelo braço e caminharam ao som do pianista que saia dos auto-falantes do local.

Na ponta do tapete pode ver o Cebola que a esperava sorridente, estava incrivelmente lindo envolto em um terno de risca de giz e de gravata verde água em forma de borboleta. Magali e Denise choravam emocionadas ao lado do Cebola na posição de madrinhas.

Vira e mexe Cebola mexia nos cabelos rebeldes, mania que tinha sempre que estava tomado pela ansiedade. Ao olhar a Monica se aproximar, seus olhos se encheram de lágrimas, apertou as mãos do Marcos e pousou um beijo delicado na testa da noiva a recebendo ao seu lado.

Ao som dos votos e quando finalmente iam de bom grado falar o sim, alguém entrou gritando no local, assustando a todos os convidados, Monica olhou sem acreditar quando viu seu pai e Fabinho invadindo o tapete vermelho, e sentiu que ia desmaiar quando seu pai a arrancou dos braços do Cebola, aos gritos ele e Fabinho a carregaram para fora do local e embarcaram no primeiro avião rumo a algum lugar que ela não conseguiu descobrir porque acordou de um pulo sentada na cama com o coração disparado.

Monica olhou para os lados para se certificar de onde estava e aos poucos foi se acalmando tomando consciência de seu quarto aconchegante. Apertou com força seu estomago que doía como se um buraco tivesse sido recém aberto e tentou ao máximo impedir que aquela dor não se alastrasse para seu peito.

Olhou no celular eram 19h00, tinha dormido aproximadamente 3 horas seguidas, se ajeitou novamente no travesseiro e admirou o teto com o pensamento longe, sentia a falta do Cebola e agora essa saudade despontava como agulhadas que a perfuravam. Seu sonho tinha misturado absolutamente vários assuntos que pensou no decorrer daquela manhã, e com aflição tornou a lembrar do Fabinho levantando a taça e a batendo com o garfo pedindo a atenção de todos, só desviou sua atenção quando alguém bateu na porta do seu quarto.

Sua mãe apontou na porta para checar se estava tudo bem.

— Monica? Está tudo bem? Se sente melhor? – Dona Luisa perguntou entrando no quarto.

Rapidamente Monica afundou na cama bagunçando um pouco o cabelo.

— Oi mã, estou sim, me sinto melhor – Monica choramingou dano espaço para sua mãe se sentar do seu lado.

— O Fabinho veio aqui enquanto dormir para ver se tinha melhorado – Luisa contou fazendo Monica agradecer mentalmente por não ter acordado mais cedo.

— Ah, que bom! – Monica revirou os olhos cruzando os braços.

— Monica,será que nunca vai aceitar que ele é muito bom pra você? – Sua mãe questionou impaciente.

— Vocês que não aceitam que eu não quero ele, não gosto dele – Monica alterou um pouco a voz perdendo a razão.

— Seu pai não vai gostar nada de ouvir essa conversa, se você ficar falando alto – Dona Luisa a repreendeu se levantando e saindo do quarto.

Monica permaneceu deitada, agora com um nó na garganta, pegou seu celular e num ato de desespero e saudade discou o numero dele novamente com lagrimas nos olhos, já sabia que não atenderi, mas mesmo assim quis tentar, ouviu chamar até cair na caixa postal e desistiu jogando o celular com raiva no puff que se encontrava próximo a mesa do computador.

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Cebola chutou a bola dessa vez longe demais, reclamou mentalmente por ter que sair do quintal de sua casa para busca-lá na rua, não era de jogar futebol em casa sozinho, mas precisava relaxar, sua cabeça estava a mil por hora.

Uma vez dentro de casa novamente guardou a bola em um canto e entrou para seu quarto fechando a porta ao passar, sentou a frente do computador e se ajeitou na poltrona jogando a cabeça para trás, de uns tempos para cá andava meio distraído. Um dia desses quase tomou um chute no rosto quando se distraiu durante uma de suas aulas enquanto ensinava um passo novo, precisava urgente se concentrar ou não conseguiria mais dar a sua aula direito.

Impaciente, se levantou num pulo, colocou uma jaqueta devido ao frio que se instalava lentamente e saiu de casa batendo a porta em seguida, caminhou até a praça do bairro e sentou em uma das balanças observando o movimento, reparou com atenção em todos casais que passaram  e por vezes pode jurar ouvir a voz dela chamando seu nome.

—-

Monica observou chorosa uma foto dos dois sorrindo, aquela mesma que possuia em formato 3x4, só que agora em tamanho normal, pousou um beijo na mesma e chamou o nome dele como se desejasse que ele a escutasse onde estivesse.

— Cebola...


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, espero que tenham gostado ♥ Confesso que esse capitulo doeuuuuuu :')
Se puderem deixem suas opiniões, são sempre super mega bem vindas ♥

"Hello from the other side, I must've called a thousand times to tell you, I'm sorry, for everything that I've done... But when I call you never seem to be home... ♪" Hello - Adele.

Tradução: " Olá, eu devo ter ligado mil vezes para te falar, me desculpe por tudo que eu fiz. Mas quando eu ligo parece que você nunca está em casa... ♪"

Beijinhos e espero vocês no próximo capítulo ♥ ♥ ♥



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