A Darkland Tale escrita por DarrenShanLover


Capítulo 6
UM AVISO...


Notas iniciais do capítulo

Ahhhhhh!!!! Quanto tempo que eu não posto!!! Desculpa povão, muitos compromissos com a escola. Finalmente, eu arranjei um tempinho para escrever um novo capítulo.

Se estiver confuso, o "garoto com orelhas de coelho" e o "rapaz sem nome" são a mesma pessoa.

Enfim, espero que gostem, novamente, mals de houver algum erro ortográfico...

BOA LEITURA! ♥



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UM AVISO...

 

            Eu achei que ela havia atirado a faca em mim, porém, no último minuto, Dormouse virou a faca na direção do garoto sem nome, sentado à sua frente.

            A faca voou por sobre a mesa e cravou no encosto da poltrona com um baque surdo, apenas poucos milímetros de acertar a orelha do rapaz.

            Eu levantei da poltrona na qual eu estava sentada. O que ela havia acabado de fazer? Ela podia ter o matado! Olhei para o rapaz sentado à frente de Dormouse. Curiosamente, ele estava sorrindo e balançando a cabeça. Será que ele se encontrava em estado de choque?

            CLAP! CLAP! CLAP!

            Meus olhos pairaram sobre Mad Hatter. Ele estava sentado confortavelmente em sua poltrona, sorrindo e batendo palmas.

            - Ótimo arremesso, Dorm!

            Olhei incrédula para ele sem acreditar no que estava falando. Eles eram loucos (e eu ainda estava perguntando)?

            - Como assim “ótimo arremesso, Dorm”? Ela podia tê-lo matado! – eu disse.

            - Ora, minha cara, esse é o jogo. Veja, prossiga, Dormouse. – disse Hatter.

            A garota olhos nos olhos do rapaz sem nome e disse;

            - Muito bem, agora terá que responder... Qual é a semelhança entre o corvo e uma mesa?

            Hã? Primeiro ela quase o mata, agora ela o dá uma charada?

            - Entendeu, Alice? A faca é apenas um desafio. Se a pessoa não sabe responder, passa a faca para outra pessoa. – explicou Mad Hatter.

            - Mesmo assim, ela podia tê-lo matado!

            - Não, não, não! É muito difícil alguém sair realmente machucado desse jogo! – disse o rapaz com orelhas de coelho - aliás esse é um jogo bem inofensivo, sabia?

            Olhei para ele procurando algum indício de brincadeira nas suas palavras. Não encontrei.

            - Inofensivo? Inofensivo! Por que não jogam baralho, que é muito mais seguro?

            O tempo pareceu ter parado na mesa de chá. Até Dormouse me encarava, como se eu tivesse dito alguma coisa proibida.

            Mad Hatter, então, disse devagar e com suavidade perigosa na voz, como se tivesse explicando algo muito importante para uma criancinha de cinco anos:

            - Minha cara, “baralho” é um jogo que você nunca vai querer jogar aqui.

            Quando as palavras foram ditas, um arrepio percorreu meu corpo. A voz não saiu mais do que um sussurro, mas foi o suficiente para eu querer ir embora dali correndo.

            - Eu, eu... Tenho que ir.

            Me virei em direção ao portãozinho de ferro que delimitava a propriedade, pronta para sair dali correndo. Porém, sem nem mesmo eu ter percebido, Dormouse tinha se colocado na minha frente, impedindo a passagem.

            - Ah... Mas, por que agora? Acabamos de começar a jogar! – ela disse, com uma voz infantil e triste, porém, ela estava sorrindo.

            - Eu... Realmente tenho que ir embora.

            - Mas por que tão cedo? Eu ainda tenho que responder a pergunta! – disse o rapaz sem nome, que permanecia sentado. – Fique pelo menos para uma rodada.

            - Mas...

            Antes que pudesse responder, Dormouse me empurrou de volta para a poltrona. Com a mesma rapidez de antes, ela se sentou novamente na sua cadeira antes mesmo de eu sentar na poltrona.

            Com todos de volta à mesa, o jogo havia começado de onde parou. Dormouse e Mad Hatter olhavam ansiosos para o garoto sem nome, esperando uma resposta. Este mantinha uma expressão pensativa.

            - Qual é a semelhança entre um corvo e uma mesa... – disse, como que experimentando as palavras.

            Com todos prestando atenção no rapaz com orelhas de coelho, minha mão direita escorregou devagar e levemente até o bolso do meu casaco, em busca do relógio de bolso. Eu não queria usá-lo contra os outros integrantes da mesa, mas eu tinha que sair dali, tudo estava ficando muito perigoso... e sinistro...

            Um clack me despertou de meus pensamentos. Dessa vez. O rapaz sem nome havia atirado a faca na direção da xícara de chá que Mad Hatter estava segurando. Ela se partiu em duas e a faca cravou no braço da poltrona.

            - Eu passo. – disse o garoto sem nome.

            Hatter deu um pequeno sorriso. Com a mão direita, arrancou a faca da cadeira com um clack, sem desaparecer o sorriso.

            - Bom arremesso!!! – disse. – Ok, a diferença entre um corvo e uma mesa...

            Seu rosto tomou uma expressão pensativa... Ficou assim mais ou menos por uns cinco minutos, Dormouse e o rapaz cm orelhas de coelho olhavam atenciosamente para Mad Hatter.

            Eu definitivamente tinha que sair dali. E rápido. Eu tinha certeza que alguém não iria sair dali bem, e era só uma questão de tempo. Todos estavam atentos aos movimentos de Hatter. Talvez eu conseguiria sair dali com todos prestando atenção nele.      

            Olhei para Dormouse e para o garoto sem nome. Ambos estavam olhando para Mad Hatter, e este estava olhando fixamente a faca, tentando achar uma resposta. Ora, o que eu estava pensando? Como iria escapar dali? Não havia jeito, alguém iria reparar...

            De repente, Dormouse fixou seu olhar para o nada; ela ficou em uma espécie de transe. Parecia que só eu havia percebido, O rapaz olhava, com interesse, para Mad Hatter, querendo saber o que ele iria responder e este estava perdido em seus pensamentos.

            Aquilo estava começando a me preocupar... Não sabia o que eu devia fazer exatamente... Eles me mantinham quase como uma prisioneira ali, nenhum deles parecia exatamente normal (se é que havia alguma coisa normal ali). O perigo era mais ou menos igual o de acordar um sonâmbulo, ele pode morrer, pode sair gritando, pode ter um ataque de raiva...

            - Hm... Dormouse? – decidi chamar, quase sussurrando.

            A menina virou para mim como se tivesse tomado um susto e ficou me encarando. Ela não se mexia, nem parecia respirar e aquela máscara de rato estava assustadora...

            - Está... está tudo bem?

            Ela arrancou a máscara do rosto, revelando olhos vidrados e um sorriso maluco preenchia que sua cara pouco a pouco, ela ainda estava olhando para mim. Então, de repente, ela caiu na gargalhada. Não parecia nem um pouco sonolenta, nem um pouco preguiçosa...

            Ela mal podia segurar as lágrimas que desciam pelas suas bochechas enquanto ria. Sua risada quebrou o silêncio na mesa, Mad Hatter e o rapaz sem nome esqueceram totalmente o jogo. O garoto com orelhas de coelho olhava, horrorizado, a cena, enquanto Mad Hatter tomava calmamente uma xícara de chá.

            Quando terminou ele disse, com uma voz entediada:

            - Ah... De novo, não.

            Dormouse não se controlava de tanto rir, batia violentamente na mesa. Bules, xícaras e petiscos, doces voavam cada vez que a mesa era sacudida por um murro da garota. O rapaz sem nome se levantou da cadeira e foi até a menina. Seu rosto estava tomado por uma expressão séria, transbordando de preocupação.

            - Dormouse! – ele disse. – Controle-se! O que houve.

            Ele segurou os dois braços da menina, tentando fazê-la parar de se mexer e de rir, porém, nada funcionava e sua risada foi ficando cada vez mais alta.

            - Você... Hahahahaha!!! – ela disse, se dirigindo a mim. – Eu.. eu não... – ela tapou a boca com a mão tentando parar de rir, entretanto, não segurou a risada por nem sequer dois segundos e gargalhou de novo. – Está ferrada! Hahahaha!!! Ela... ela sabe! Virá atrás de você!!! – apontou o dedo para mim e disse, ainda rindo. – Que garota impertinente você é! Mandou uma carta dela de volta para a caixa de brinquedos, não foi?! Hahahaha!!!

            A expressão impassível de Mad Hatter mudou de repente, assim como a do garoto com orelhas de coelho.

            - Dormouse! – disse o rapaz. – Você disse “uma carta”???

            A menina parou de repente, sua expressão ficou séria.

            - Você ficou surdo, idiota? – depois caiu em uma gargalhada de novo.

            Eu olhei confusa para os integrantes da mesa de chá. Mad Hatter me estudava da cabeça aos pés, o rapaz sem nome me olhava com uma só pergunta no rosto “o que você fez?”.         

            - Eu... eu... eu tenho que ir.

            Sai correndo pelo portãozinho de ferro e me encontrei novamente na ruazinha de blocos de pedra. O céu não havia mudado nem um pouco, os postes com lamparinas ainda iluminavam precariamente a estradinha. Saí correndo o mais rápido que eu podia, para qualquer direção...

            O vento batia no meu rosto conforme eu me afastava daquela estranha festinha, a risada de Dormouse se perdia... lá atrás... 

            “Ela sabe”? O que Dormouse queria dizer com isso? Uma carta... Droga! Será que ela estava falando da marionete? Pelo jeito, alguém ficou sabendo, e não estava muito contente com isso...


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Notas finais do capítulo

Os conflitos principais vão aparecendo mais claramente a partir dos próximos capítulos, mistérios serão resolvidos e desafios aparecerão (Uau! Que fala de narrador da Sessão da Tarde...)

MANDEM REVIEWS!!!



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