Won't you spare me over til' another year escrita por Louise Martins


Capítulo 1
São e Salvos - Sam


Notas iniciais do capítulo

Bom, primeiro capítulo! Por isso, que tal aquele apoio inicial para incentivar a autora aqui? Hihihi, tenham uma boa leitura! ♥



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A explosão que me fez voar para alguns metros de distância do chalé em chamas me quebra alguns ossos. Detalhe que nada importa numa hora dessas, afinal, quando se têm wendigos atrás de você, pouco importa sua saúde física e até mesmo mental. Apenas faça tudo que garanta sua sobrevivência. O resto, cuidamos depois.

Ainda não me sinto suficientemente bem para abrir os olhos, levantar-me e dizer a todos que estou bem, por mais que não esteja. Quatro helicópteros estão nos sobrevoando, e os paramédicos com certeza dirão tudo o que meus amigos precisam saber na hora certa. Não precisarei de esforço algum.

Mike corre até mim, preocupado, e coloca o palmo em minha testa. Rapidamente, como se não soubesse o que fazer, mexe as mãos freneticamente e coloca outro palmo no lugar em que o coração fica, talvez para ter certeza que estivesse bem. Ele levanta minhas pálpebras e se aproxima delicadamente do meu rosto.

– Sam? - Ele pergunta. - Samantha? - Ele dá um longo suspiro, e se vira para trás. Diz algo para Ashley e ela então pôde se acalmar. Se vira novamente para mim, menos preocupado. Ele dá um sorriso de lado e retorna com suas perguntas. - Se pode me ouvir… - Ele se vira para trás novamente, e retorna num movimento rápido. - Se está… Consciente… Diga alguma coisa.

Abro um de meus olhos e foco minha visão em Mike.

– Você está horrível. - Afirmo enquanto fecho meu olho cansado novamente. Mike ri enquanto se levanta e afasta de mim.

– Ela está ótima. Talvez até melhor do que nunca.

Os paramédicos descem do primeiro helicóptero, e assim que um deles chega perto de mim, apago.

Acordo com uma agonia e dor em meu ser. Há dois paramédicos trocando algumas palavras enquanto os observo confusa, e ao mesmo tempo, preocupada. Onde estariam meus amigos? Será que conseguiram achar o Matt, ou será que estaria morto a uma hora dessas? Jessica estaria realmente morta, como Mike acha que está? Teriam encontrado Josh, mesmo que morto?

Tento tirar todos os pensamentos ruins de minha mente. Não estou com um bom psicológico para pensar nisso e muitas outras coisas. Ergo minha cabeça e observo que no banco na frente do meu, Emily está sendo questionada por uma policial e se recusa a responder qualquer que seja a pergunta, retrucando que não está bem o suficiente, nem de corpo nem de alma, para participar de um questionário que considera imbecil. Desvio minha atenção para meus médicos, que agora se aproximam de mim e tocam meu ombro, o que me faz agonizar da cabeça aos pés.

– Sinto muito, senhorita. Isso pode doer.

Depois de muito gritar e de torcerem e retorcerem meu ombro, ele finalmente está de volta no lugar. Os médicos enfaixam meu ombro e o deixa significativamente imóvel, e dão mais uma olhada em minha ficha médica improvisada, já que não tinham muitas informações sobre mim. A mesma policial que entrevistava Em se aproxima, porém não se atreve a tentar fazer o questionário, visto o resultado com a outra garota. Ela apenas me dá algumas informações que considerei bastante importantes, e que quase responderam a todas as minhas perguntas:

– Acho que deve conhecer todos os envolvidos no acidente, senhorita. Espero que sim. Nesse mesmo helicóptero, Emily está presente. - Acho meio difícil não perceber uma Emily com o mesmo humor de todo dia, digo, irritada e reclamando sobre algo. - Ashley e Christopher dividem outro. Michael se voluntariou para procurar Matthew e Jessica, e, felizmente, nós encontramos ambos. Como Jessica estava mais abalada física e moralmente, usamos um helicóptero só para ela. Matthew e Michael dividem o mesmo. Estamos a levando para o hospital mais próximo.

Jessica está bem, Matt está bem. E quanto a Josh?

– Não sabem nada sobre Joshua Washington?

– O irmão mais velho das irmãs Washington? - Ela checou uns papéis bagunçados e rasgados. - Por enquanto, nenhum sinal dele. Sinto muito. - Ela se retira e volta para seu assento, do lado do piloto. Emily adormeceu e os médicos finalmente me deixaram um pouco em paz, depois de tantos exames.

Onde estaria Josh?

Chegamos ao hospital mais próximo algumas horas depois. O heliporto é extenso, e todos os quatro helicópteros que estavam na operação de nos resgatar já tinham pousado. A primeira a ser socorrida é Jessica, que, pelo canto do olho, posso ver as feridas graves e profundas.

Um a um, todos somos levados para dentro, e ficamos em salas distintas. Os médicos e enfermeiros destinados a cuidar de mim me colocam no soro, e logo me dão alguns remédios via entravenosa. Eles começam a cuidar dos ferimentos mais leves, que acabam sendo rápidos, e depois passam para os mais graves, como minha perna e pulso quebrado, além de algumas queimaduras e cortes mais profundos, que com certeza vão precisar de alguns pontos.

Algumas horas depois, pareço com uma múmia. Perna e braço engessado. Ombro enfaixado. Uns dois cortes com pontos. Vários curativos e faixas ao longo do corpo. Se me levassem para um museu, sem sombra de dúvida seria confundida com uma princesa egípcia mumificada.

Uns policiais chegam a meu quarto, e perguntam aos meus médicos se tenho condições para responder algumas perguntas ou apenas dar queixa de algo. Eles afirmam, e sou levada para uma sala escura onde há um policial que irá anotar tudo o que disser, além de ter uma câmera sobre a mesa, que provavelmente filmará tudo o que ocorrer dentro da sala. Sento-me na cadeira, agonizando um pouco por causa dos ferimentos.

– Não é a primeira a participar do questionário. Alguns falam e perguntam sobre Joshua Washington, irmão mais velho das irmãs gêmeas Washington, que desapareceram há um ano. O que tem a dizer sobre ele? Disseram que era um psicopata, porém nada talentoso.

Minha decisão é de falar apenas o quero, e não responder a tudo, nos mínimos detalhes.

– Achei que éramos mais próximos… Depois que as irmãs dele sumiram, ele vinha falar comigo… Disse que eu era a única que entendia ele. Eu achei… Que tínhamos uma ligação.

– Se você precisar falar com alguém…

– Eu tô bem.

– Às vezes, após uma experiência traumática…

– Eu disse que tô bem. - Resisto às investidas do policial. Que tipo de profissional dá cantadas em seus “clientes”?

Depois de muito perguntar, e depois de muito retrucar, igual á Emily, uma equipe médica tenta me retirar da sala, dizendo que estava louca, pois as únicas coisas que mencionei foram sobre os wendigos.

– Esperem. Eu tenho uma última coisa a dizer. - Os médicos se afastam e pedem desculpas. Eles saem da sala, e continuamos a entrevista.

– Por favor. - O policial pede, educadamente.

– Você precisa me ouvir. Eu não tô nem aí se vai acreditar ou não. Não importa. Porque você vai. Precisa ir até as minas.

– O que tem nas minas, Sam?

Dou um sorriso, um tanto cínico demais.

– Vi o que tem lá embaixo… - Suspiro, e agora meu sorriso vai embora e uma face séria toma lugar. - E daria tudo para não ter visto.


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Notas finais do capítulo

E então, o que me dizem? Merece continuar? Os comentários vão me dizer se sim! Beijos para todo mundo e vejo vocês em breve!PS: agenda da fic ainda ser programada. Por enquanto, não tenho um dia definitivo para postar, então fiquem ligados!



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