Head or Heart - vida nova escrita por Nathaly Switt


Capítulo 26
Como tenho sorte


Notas iniciais do capítulo

Hello peoples... ninguém pode me bater, porque fui rápida dessa vez. Desculpem pelo cap passado ser enrolados, mas se eu juntasse com esse ia ficar enorme.
Mas tenho uma triste notícia para vocês. O capítulo que vem, bom, ele vai ser o último capítulo da fic (não me batam). Para nossa tristeza a fic head or heart parte 2 está chegando ao fim.
Bom aproveitem o Cap novo.
Boa leitura.



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Gold estava sentado na poltrona lendo um livro, a cabana era seu pequeno esconderijo de todo esse tempo. A luxuosa casa que Graham encontrou no meio da floresta realmente era de propiedade do nosso bilionário, mas ele nunca a usou, era apenas uma maneira de enrolar a polícia, já que na direção oposta da sua falsa pista, ficava o verdadeiro local por onde ele se escondia.

— Pedro acabou de dizer que a casa está cercada - Matheus, um integrante da equipe disse depois de ler a mensagem que o colega enviou.

— Tudo bem. Espero que ele tenha um coração forte - comentei e meu colega me olhou de forma confusa - Que foi? A morte é pouco para ele. Vou entrar primeiro, depois chá nos vocês. Quero ter o prazer de prende-lo.

Fui em direção a janela oposta a visão de Gold e entrei de forma sorrateira. Eu dava passos silenciosos até a poltrona onde ele estava sentado, apontei a arma em sua direção e quando eu ia anunciar sua prisão ele me surpreendeu ao falar:

— Boa noite senhorita Swan!

Senti algo sendo colocado sobre minha boca e então fui perdendo a visão aos poucos, até tudo ficar escuro.

Abri os olhos devagar, tentando me acostumar com a claridade da Luz fluorescente da sala. Gold estava sentado na minha frente, apontando a arma em minha direção, enquanto Ryan estava em posição de descanso, vigiando a porta, segurando sua arma.

— Parece que desde o nosso último encontro você não entendeu muito bem as coisas. Não é senhorita Swan? - ele perguntou de maneira sarcástica deixando transparecer seu sorriso cínico - Eu não estou sozinho.

— É. Um belo traidor trabalhava pra mim - falei olhando em direção a Ryan que segurava o riso e revirava os olhos pra mim - Tenho que lembrar de não contratar alguém só porque estou desesperada por ajuda.

— Estava tão desesperada por ajuda, mas mesmo assim pagava uma mixaria - foi a vez dele falar.

— Ah! Então trai sua lealdade por dinheiro -o olhei com uma expressão enojada - Se vendeu por tão pouco -repreendi sua atitude.

— Minha conta bancária diz o contrário - disse dando uma leve risada e usando um tom superior.

— Já chega! - Gold pediu sem paciência.
— Foi mal chefinho - ele voltou a manter a postura séria.

— Acha mesmo que vai conseguir me prender? - ele se inclinou para frente e eu pude ver com mais clareza seu rosto que antes estava escondido por meia luz - Homens como eu não ficam muito tempo na cadeia -repetiu o que disse para mim a seis anos atrás.

— Da mesma forma que você disse que não está sozinho, eu também não estou - falei confiantes e então me encostei na parede atrás de mim com certa dificuldade pelo fato de meus pés e minhas mãos estarem amarrados, eu não conseguia achar uma posição confortável -Minha equipe está aí fora, pronta para invadir a casa a qualquer momento.

Ele o colega me olharam de maneira incrédula mas logo começaram a rir.

— Senhorita Swan? A sede por vingança a deixou burra desse jeito, ou é por causa do cabelo loiro? - Perguntou de maneira sarcástica.

Revirei os olhos por causa das suas gracinhas.

—Você mesma - ele continuou - Deve saber que tudo que você mais deseja, é me ver pagar todos os crimes que eu cometi.

— O que é justo -o intereompi e ele balançou a cabeça em negativa enquanto brincava com sua arma.

— Espere eu terminar Senhorita Swan. Me diga? Quantos crimes de assassinato foram registrados ano passado?

— Sério? - o olhei incrédula por causa da pergunta que fez e ele tornou a apontar a arma em direção a minha cabeça.

— Responda! - ordenou perdendo a paciência.

— Vinte nove! - respondi por livre e espontânea pressão.

Me pergunto aonde ele quer chegar.

— E quantos culpados prendeu?

— apenas onze - respondi lamentando

— É o que aconteceu com os outros casos?

— Foram arquivados por falta de pistas.

— Está vendo? - ele peeguntou arqueando as sobrancelhas e eu continuava me perguntando onde ele queria chegar.

— O quê? - perguntei cada vez mais confusa.

— Meu caso foi arquivado também, porque não desistiu de me procurar? - Perguntou como se fosse óbvio.

— É diferente -protestei - Eu tinha uma pista.

— Nada concreta - ele comentou de maneira convencida - Você tinha uma suposição apenas. Na delegacia vocês só vão atrás de alguém se tiverem pistas concretas, se não, vão deixando, e deixando - ele gesticulava as mãos enquanto fazia uma careta com a situação - No entanto, eu sou uma pessoa que lhe deu muito trabalho e falta de sono, desistir não era sua vontade, pois tinha sua sede de vingança por causa de tudo que lhe causei. Entende a diferença? - perguntou com ar de superioridade.

— Logo vão invadir, e sua liberdade já era - falei mudando de assunto e sentindo sangue ferver de tanta raiva.

— ainda não entendeu senhorita Swan? - ele perguntou franzindo o cenho fingindo estar desapontado - Sua equipe ainda não invadiu porque já avisamos a ele que se tentarem algo, teremos que matar a nossa refém - ele aponta a arma em minha direção mais uma vez, e então eu sinto a ponta gelada me fazer arrepiar por conta do contato com a minha pele.

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— Que horas são? - Gold perguntou entediado.

— cinco e quinze - Seu colega respondeu depois de verificar o horário em se relógio.

— Eles estão demorando pra cumprir pra o acordo - comentou ansioso.

— Posso saber qual foi o acordo que fizeram? - perguntei curiosa.

— Ah, coisa simples, apenas uma troca de reféns, você - ele apontou para mim de novo, ele estava adorando fazer esse jogo com seu pequeno brinquedo assassino - em troca do seu maridinho.

— Killian -sussurrei.

— Pensei nas crianças, mas eu realmente não tenho paciência para moleques chorões. Não tive que aturar meu filho.

— Por isso ele virou um mala - falei - mas ele ainda morreu com dignidade, tentando acabar com seus jogos sujos, e o último pedido dele foi para que eu acabasse com tudo isso. No entanto, não poderei cumprir - lamentei - Qual é o acordo que quer fazer Gold? - perguntei finalmente entendendo tudo.

Ele me olhou com seriedade.

— Vamos lá, sabe muito bem que se estiver com Killian eu não te deixarei em paz - dei de ombros ao dizer a verdade - Você precisa de mim para sumir daqui de uma vez por todas.

— Tem razão - ele concordou comigo e um sorriso vitorioso surgiu em seu rosto.

— Que bom que sabe. Então, quando minha equipe chegar com meu marido aqui, nós avisaremos que você não vai fazer a troca, e eu vou dar voz de comando para que te deixem fugir.

Nesse momento ouvimos alguém chamando Gold pelo megafone, com certeza para avisar que Killian havia chegado.

— Bom, acho que temos que ir fazer um aviso - ele se levantou, foi em minha direção e começou a desamarrar meus pés e me puxou do chão - Mas vou logo avisando senhorita Swan, você vai com a gente.
— Não se preocupe, me largue em algum canto com um celular e eu quando estiver longe, peço pra me buscarem, você tem minha palavra de que não iremos segui -lo. Temos um acordo? - perguntei e ele pareceu estudar a proposta, mas para minha surpresa ele sorriu.

— Acordo feito.

Suas mãos seguravam meu braço de maneira firme enquanto sua arma estava apontada em minha cabeça, e assim íamos em direção a frente da casa. Quando Ryan abriu a porta, minha equipe estava com as armas apontadas em nossa direção caso ou esse alguma falha e tivéssemos que começar em um tiroteio. Killian estava do lado de Pedro, que estava no comando pelo fato de eu não poder estar com eles, ele me olhava de modo preocupado, segurando a vontade de chorar.

— Emma... - pude ler seus lábios sussurrarem.

Olhei para ele tentando transparecer calma e sussurrei um eu te amo que ele entendeu pois sorriu em seguida.

— Não vai mais haver troca! - falei em Alto e bom som, sem o uso de megafone - Vocês vão nós deixar ir - continuei mas então fui interrompida pelo meu marido.

— O quê?! - ele gritou - Você está louca Emma?!

— Deixem Gold fugir, e ele me deixará em algum canto com um celular, ligarei assim que ele estiver longe - continuei tentando ignorar o fato de que todos estavam me olhando de maneira perlexa

— se nós seguirem. Ela morre - Gold disse por fim e me puxou para dentro com rapidez.

Eu sabia que com aquela última frase de Gold, por mais que Killian quisesse, ele não iria nos seguir sabendo que eu corria risco de morte, ele iria ser obrigado a confiar que o acordo que fiz com Gold, de ligar quando ele estivesse bem longe.
Saímos pela parte de trás da cabana e fomos em direção a caminhonete marrom que estava estacionada quase dentro da floresta. Entramos no automóvel onde ele me colocou no Banco de trás, Ryan ficou como motorista enquanto Gold se sentava no Banco do passageiro.

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— Vão me largar aqui? - perguntei descendo do carro. Onde estávamos estacionados na parte alta da cidade. Ergui minhas mãos que ainda estavam amarradas com as cordas, provavelmente a região estava vermelha pelo fato de estar tão apertada.

Ele não disse nada apenas desamarrou minhas mãos e se virou em direção ao carro.

— Hey! - chamei sua atenção mas ele não virou - E o celular? - perguntei preocupada, apesar de estar amanhecendo a floresta me dá arrepios - Gold?!

— Acha mesmo que eu ia deixar você viva depois de tudo isso? - ele se virou apontando a arma para mim, e dessa vez eu fiquei sem reação - Não acredito que irá me deixar em paz. A menos que morra.

Ele disse as palavras de maneira tão fria que eu estava começando a achar que ele estava ficando maluco.

— Gold! - levantei minhas mãos em sinal de rendição - Fizemos um acordo - O lembrei. Não sei como minha voz não ficou falha.

— É você acha que um acordo ia manter você viva? - Perguntou com um sorriso maníaco no rosto. Pude ver que ele estava suando frio, pois não conseguia segurar a arma direito devido ao material liso.

— Você não gosta que quebrem acordos com você - disse tentando dar um passo para trás, mas não dava. Eu estava na ponta de um precipício, uma passo e eu facilitava ainda mais o trabalho desse velho.

— Não gosto mesmo - ele concordou -mas não tenho nada contra "eu" quebra-los. Meu objetivo era te manter viva, pra você sofrer, mas, devido às mudanças de rumo - ele sorriu ainda mais - Deve ser triste para você, morrer sabendo que sua família está em casa te esperando, coitadinho do seu pequeno Liam - ele fez uma cara de dó - e Henry então, vai sofrer mais do que qualquer um dos irmãos caçulas. E o seu marido? - ele arregalou os olhos e pensou um pouco - Com a capacidade que ele tem de se embebedar não vai ser difícil ele se tornar um dependente do álcool, depois que você estiver enterrada sob sete palmos de terra.

— Você está louco - falei com um tom de voz quase irreconhecível por causa da tortura mental que ele estava fazendo comigo.

— Eu me alimento da loucura, e ela se alimenta de mim - cantou em melodia - Adeus senhorita Swan.

Ele disse por fim.

Fechei os olhos para não ver ele atirar, mas infelizmente eu ainda podia ouvi-lo destravando a arma e em seguida o som de um disparo. Fechei meus olhos com mais força no momento que ele apertou o gatilho, mas para minha surpresa eu não senti nenhuma dor.

— Emma! - Abri os olhos para ter certeza de que a voz de Killian não era apenas uma ilusão por estar pensando nele antes de morrer. É não era. Ele estava vindo em minha direção com uma expressão preocupada e ao mesmo tempo aliviada. Desviei meus olhos dele e então enxerguei Gold caído no chão se contorcendo de dor pelo fato de ter levado um tiro na mão que ele segurava a arma, Pedro estava do seu lado tentando algema-lo, pois o fato de ele estar inquieto estava o atrapalhando - Como você está meu amor? - Killian me abraçou de maneira protetora, acariciando meus cabelos pra mostrar que estava aqui para mim, nunca me senti tão protegida - Já acabou - ele disse em sussurro no meu ouvido. Eu estava tremendo, sim, apesar de estar aliviada por ver os policiais prendendo o homem que procurei durante 5 anos da minha vida, eu estava nervosa por causa de tudo que passei, ser ameaçada, perdi meu melhor amigo, e quase morri sem ao menos ter a chance de me despedir da minha família, como eu estava feliz por conseguir cumprir a promessa que fiz para meu filho e marido. Eu vou voltar para casa.

— Eu consegui -olhei para Killian sorrindo - Eu vou voltar para casa.

Eu parecia uma criança feliz com a vida. Eu estava em paz de novo.

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— Que horas são? - perguntei para Killian que estava dirigindo. Finalmente, depois de todo alvoroço, estamos voltando para casa. Eu estava doida pra voltar e ver meus pequenos, Henry, Regina, meus pais.. nossa, senti como se estivesse a um bom tempo fora.

— Seis e cinquenta - ele respondeu ainda de olho na estrada.

— Como conseguiu me seguir? - perguntei curiosa - Não conseguir ver vocês.

— Pegamos outro caminho - ele respondeu sorrindo e olhando rapidamente para mim - Obrigada por não desligar o localizador do celular.

Franzi o cenho e então toquei no meu bolso, onde senti meu pequeno celular. Sempre preferi os modelos pequenos por causa do meu trabalho, era muito mais fácil usar em operações de busca.

— Eu nem lembrava que estava com ele -comentei.

—Ainda bem. Se lembrasse, com certeza ia abandona-lo para que não pudéssemos te achar. Você sempre foi uma mulher de palavra, se Gold mandasse não levá-lo, você não levaria - explicou e então colocou sua mão direita na em cima da minha mão esquerda - Não sabe como eu fiquei em casa.

— Eu tenho uma leve ideia -comecei a rir de maneira fraca, me lembrando de Henry me contando que iria acalma-lo enquanto eu estivesse fora.

— Eu achei que fosse te perder Emma - ele falou me olhando sério mas rapidamente voltou a prestar atenção na Estrada a sua frente.

— Mas não perdeu - Eu disse deixando minha lágrima solitária escapar.

— E Ryan? - perguntei preocupada.

— Tentou fugir - disse dando de ombros e eu senti meu coração acelerar - Mas foi pego - deu um sorriso vitorioso.

— Acha que eu devo aumentar o salário dos meus ajudantes? - perguntei franzindo o cenho.

— Hã? - ele me olhou confuso.

— Nada não - disse o ignorando e então rindo da minha pessoa, eu sempre procurava algo para me preocupar.

— Você deve me amar muito não é? - perguntei de maneira retórica e olhando de maneira admirada.

— Quando nos conhecemos eu estava com a vida tão complicada, tinha.... digo, tenho a cabeça quente, me aturou por 5 anos procurando um cara que tinha chances de estar morto, quase morreu.... o que é preciso fazer pra você desistir de mim?

— Você quer que é desista de você? - Perguntou arqueando as sobrancelhas dando um sorriso travesso.

— Não - respondi desesperadamente.

— Emma.. vamos lá, pelo menos uma vez na vida. Pare de pensar tanto, apenas aproveite. Aproveite que Gold está preso, Ryan também. Esqueça que talvez ele possa fugir, sempre há possibilidades de algo dar errado, mas se sofremos de antecipação por tudo. Eu já devia ter cabelos brancos por tanto pensar no pior a cada vez que você ia fazer uma operação policial, nossa. Eu ia ser velho antes da hora de tanto imaginar.

Rimos juntos por causa da sua última frase. Como eu tenho sorte.


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Notas finais do capítulo

Titio Gold ta presooo... eeeeee... no prox cap vamos ver o desfecho dessa história incrível que deu certo por causa de vocês.. muito obrigada.