I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 11
Desculpa.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Desculpe se houver erros de ortografia.

Aproveite o capítulo, boa leitura! ❤



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662204/chapter/11

Eu estava chocada. Minha expressão de confusão e meu grito de “O que?” assustaram a todos os presentes. – Tommy já tinha dormido aqui várias vezes, mas nunca por um mês inteiro. E logo agora que as coisas estavam estranhas entre a gente. Eu sabia que minha vida se tornaria um belo inferno.

Deixei meu corpo cai sobre a cama do meu quarto. Minha cabeça girava processando toda a informação e tentando imaginar como seria meu mês.

Narrado por Tommy

Eu estava deitado na cama da Lucy, com ela deitada sobre mim. – Tínhamos transado naquela noite. Mesmo ela estragando tudo quando Charlie nos viu perto da pista de skate. – Eu me levantei e fiz menção de sair da cama, mas Lucy jogou seu peso sobre meu corpo me fazendo deitar mais uma vez.

— Fica mais um pouquinho...? – me pediu com aquela voz fina de vadia.

— Eu tenho que ir! – falei sem paciência.

Lucy achava que nós iriamos ter algo além de sexo, coitada.

— Mas… – perdi a paciência e a joguei do outro lado da cama, saindo da mesma. Me vesti rapidamente e já estava abrindo a porta do seu quarto.

— Não vai nem me dar um beijo de despedida? – perguntou, me fazendo virar para encara-lá.

— Então você quer um beijo? – sorri sacana me aproximando dela novamente. Peguei em seu rosto fazendo sua boca formar um “biquinho” virei seu rosto para o lado e beijei sua bochecha. – satisfeita? - sorri irônico.

— Não! Você sabe muito bem onde eu queria... – Lucy me olhava com malícia.

— Nem sempre temos aquilo que queremos! – pisquei pra ela que bufou frustrada.

(…)

Meus pais estavam na sala. Conversavam sobre alguma coisa, mas pararam assim que cheguei, minha mãe se aproximou de mim dando um beijo em minha bochecha.

— Demorou querido. – Minha mãe era tão doce… Era também a única mulher que eu realmente me importava.

— Posso imaginar o que ele estava fazendo...! – meu pai pronunciou-se.

Ele estava sentado com um copo de uísque em uma de suas mãos. Eu respirei fundo preparando-me para responde-lo, mas minha mãe colocou uma da suas mãos em meu ombro. Eu voltei minha atenção para ela, olhei em seus olhos e vi ela implorando para que eu não respondesse. Eu fechei os olhos e soltei uma respiração pesada.

— Eu e o seu pai... – minha mãe falou indo em direção ao sofá e sentando-se ao lado do meu pai. – teremos que fazer uma viagem e você não pode ir porque está em período de aulas…

— Não tem problema. – respondi dando de ombros. – Posso ficar aqui em casa…

— Esse é o problema! – meu pai me cortou sem cerimônias. – Você não vai ficar aqui sozinho porque sabemos exatamente o que vai acontecer.

— O que acha que eu vou fazer? – perguntei encarando-o sério. – Atear fogo na casa?

— Querido não é isso...! – minha mãe falou. Ela parecia extremamente cansada. A depressão estava matando-a e eu e meu pai estávamos ajudando. – é só que da última vez você fez uma festa, foi preso junto com Cody e bateu o carro do seu pai… – ela me olhou com decepção. Aquilo me matou. – Então nós só íamos pedir para você passar só um mês na casa da Melissa, mãe do seu amigo... – passar um mês na casa da Charlie? Seria extremamente divertido e uma oportunidade para ganhar aquela maldita aposta...

— Tudo bem! – um sorriso cínico escapou dos meus lábios. A ruivinha ia comer na minha mão…

(...)

Não fui para escola hoje, fiquei em casa ajudando minha mãe com algumas coisas da viagem. Já que meu pai não poderia, pois foi para o trabalho. Ela decidiu ir até a casa da mãe da Charlie, pelo o que eu estava sabendo ela já havia pedido a amiga de longa data para que cuidasse de mim. – Como seu eu precisasse né?!

Assim que chegamos, minha mãe e Melissa começaram uma conversa em que eu não estava prestando atenção. Sabia que Charlie chegaria logo da escola e estava ansioso para ver sua cara de espanto com a noticia.

Escutei o barulho da porta sendo destrancada. Sabia que era ela, assim que a porta foi aberta, vi sua cara de surpresa. – Seus cabelos estavam soltos e totalmente bagunçados, seus lábios entreabertos e ela mantinha os olhos arregalados ao me ver acompanhado da minha mãe em sua casa.

— Eu tenho uma surpresa pra vocês! – Melissa disse olhando para filha, que pareceu congelar na porta.

— Qual? – meu Cody falou entrando na casa, passando por Charlie que não se moveu.

— Tommy vai passar um mês aqui em casa! – Melissa respondeu animadamente.

— O que? – Charlie gritou se escorando no batente da porta. – Ele?– apontou para mim – Aqui em casa?

— Sim, Charlie. – sua mãe fitou-a com um olhar mortal pelo seu tom elevado de voz. – Não vai cumprimentar Molly?

— Olá Sra Radcliffe. – Charlie sorriu doce, se aproximou da minha mãe e lhe deu um beijo na bochecha.

— Querida eu sei que você e Tommy não se dão muito bem... – minha mãe falou olhando de mim a Charlie. – Mas eu peço que por favor entenda meu pedido... – minha mãe sorriu para ela. – preciso viajar com Tony, mas não posso leva-lo e nem deixa-lo sozinho, você sabe o porque! – Charlie me deu um olhar com puro sarcasmo e voltou sua atenção para minha mãe. – Então é só o que eu te peço Charlie.

— Tudo bem Sra Radcliffe. – Charlie deu um sorriso meigo para minha mãe. Um de seus sorrisos mais bonitos, tenho que admitir, pois deixava claro toda sua inocência e não sei porque, mas eu sentia uma vontade enorme de corrompe-la.

— Tommy vai se comporta não é?! – minha mãe direcionou seu olhar para mim.

Eu fiz que sim com a cabeça e sorri irônico para Charlie, que revirou os olhos, eu odiava quando ela fazia aquilo.

— Quando ele vem? – Cody indagou chamando atenção. Sua pergunta tinha sido diretamente para minha mãe. Mas resolvi responde-lo.

— Amanhã mesmo. – eu e meu amigo sorrimos. Diferente de Charlie que emburrou-se mais.

— Então já que está tudo combinado, podemos ir indo pra casa não é filho?! – minha mãe tocou carinhosamente em meu braço. Eu sorri para ela e vi Charlie fitando-nos, ela me olhava curiosa.

Narrado por Charlie

Aquele maldito despertador me avisava que já era hora de me levantar. Eu mal fechei meus olhos para dormir e já tinha que acordar. – Mal dormi noite passada pensando que hoje Tommy estaria aqui e ficaria por um mês inteiro. – Bufei desligando-o.

(…)

Encostei minha cabeça no banco do carro tentando relaxar, mas estava difícil. Estava tensa e Cody feliz da vida, já que o amiguinho insuportável iria passar um tempo em nossa casa. – Cody parou em frente a casa do sujeito que eu me referi um pouco antes. Por um milagre ele já estava parado encostado na porta da sua casa com as mãos no bolso da calça. Eu evitei olha-lo pois ele estava bonito demais e não queria ser pega no flagra.

Ele abriu a porta do carro. Onde eu encontrava-me sentada; o banco do carona.

— Primeiro as damas. – deu seu sorriso de cafajeste. Eu bufei e revirei os olhos. – Cuidado Charlie... da próxima vez que você revirar seus belos olhos verdes pode ser por outro motivo. – ele mordeu os lábios e um sorriso sacana apareceu nos mesmos.

— Vai para o inferno! – falei entrando no carro e me sentando no banco do passageiro.

(…)

Fiz massagem em minhas têmporas escutando Jas dando um gritinho estérico depois que eu contei sobre Tommy passar um mês lá em casa. Jeff ria de toda a situação o que me irritava profundamente. Eu decidi me vingar jogando uma coisinha na cara dele.

— E você que estava de papinho com a Katie?! – ele parou imediatamente de rir e me encarou com a cara feia.

— A gente só estava conversando! – disse impaciente – Você acha mesmo que eu vou ficar com ela? Ela não faz meu tipo.

— Eu acho que você vai! – Jas falou e ele pareceu ficar mais irritado.

— Eu também acho! – balancei a cabeça e comecei a rir alto.

Percebi que Tommy estava me olhando do outro lado do pátio. – Nossos olhares se cruzaram e ele fez aquilo de passar a língua nos lábios e molha-los. Eu fiquei em transe e não conseguia para de olha-lo. – Despertei somente quando o sinal bateu e anunciava o fim do intervalo.

Não conseguia prestar atenção nas últimas aulas, eu estava tensa, nervosa. – Quando o sinal anunciando que as aulas daquele dia tinham chegado ao fim, foi uma mistura de alívio e mais nervosismo. Eu caminhava com Jas ao meu lado, ela falava animadamente que não via a hora de chegar ao lado de fora do colégio para ver Cody, eu revirava os olhos mas ela continuava a falar sem parar no meu ouvido. Quando dei por mim já estava atravessando o portão da saída. Senti alguém tocando em meu braço, envolvendo seus dedos e me puxando delicadamente me fazendo parar. Virei-me e dei de cara com Scott, automaticamente fui ao seu encontro e passei meus braços sobre seus ombros em um abraço. Ele ficou surpreso mas correspondeu logo envolvendo suas mãos em minha cintura. Assim que nos soltamos perguntei para ele…

— Você está bem? – não o deixei responder. – Me desculpa pelo o que aconteceu…

— Eu estou bem Charlie! – sorriu, um sorriso sincero, decente, sem sarcasmo ou malícia, até mesmo frieza… Scott era o oposto de Tommy.

Seu sorriso desapareceu ao olhar algo ou alguém fixo atrás das minhas costas. Eu via ódio em seu olhar e confesso que nunca imaginei tal sentimento vindo de Scott. Me virei e encontrei Tommy parado com os braços cruzados ele mantinha um olhar frio e de desprezo. – Bufei sabendo o que viria a seguir.

— O que quer? – me aproximei um pouco dele.

Ele ignorou totalmente minha pergunta e foi até Scott que mantinha o mesmo olhar de ódio. Eu me aproximei de ambos temendo que eles começassem a brigar. Tommy abriu a boca e fechou, respirou fundo e começou a falar.

— Desculpa por ter te batido naquele dia Scott. – eu não acreditei no que estava ouvindo e Scott também pareceu não acreditar.

Eu estava literalmente de boca aberta.

— Sabe o que você faz com esse seu pedido de desculpas…? – Scott cerrou os punhos.

— Se você quiser aceitar ou não, já não é problema meu. – Tommy mantinha a mesma frieza no olhar.

— Chega os dois! – pronunciei-me antes dos dois começarem a brigar mais seriamente. – Você. –  apontei para Tommy. – Vem comigo! – ele deu seu habitual sorriso de quem não presta. – E você, Scott... – olhei para ele que estava com uma cara nada boa. – A gente se fala depois? Você pode me ligar pra gente marcar de sair? – Tommy arregalou os olhos e seu sorriso desapareceu.

— Claro, Charlie. – Scott sorriu na hora para mim. Eu fui até ele dando um beijo em sua bochecha.

— Tchau. – me despedi com um sorriso tímido – vamos? – olhei para Tommy que encarava toda a cena com uma cara de deboche.

— Eu já te disse que ele é um idiota? – falou quando estávamos chegando perto do carro de Cody.

— Eu já te disse que não estou nem ai para o que você fala? – ele me deu um sorriso debochado.

— Mentira. – ele sussurrou, sua voz saiu rouca e um tanto sensual. Eu respirei fundo, esse seria o mês mais longo da minha vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixe seu comentário, é importante para mim! ❤

Ate o próximo capítulo...

Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Love Charlie" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.