Lágrimas de Pérolas escrita por Ray Shimizu, Roxanne Evans


Capítulo 6
Estranhos sentimentos...E mau pressentimento.




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Sasuke nem pôde sentir quando Gaara avançou para cima dele, e antes mesmo que conseguisse assimilar o que acontecia, já tinha levado um soco no rosto. Sentindo uma dor lancinante, sem conseguir virar o rosto na velocidade com que tudo acontecia, tenta levantar os braços para proteger-se, mas novamente já era tarde demais e outro soco já tinha sido dado.

A essa altura ouvia pessoas gritando em volta, e percebia uma total bagunça e alvoroço. Só conseguira sentir que tinha sido jogado para trás e agora estava deitado na areia, com alguém por cima dele, tentando esmurra-lo.

—Quem você pensa que você é? – A voz era de Gaara, Sasuke percebe rapidamente, e esse gritava, totalmente descontrolado. Volta a sentir outra pontada de dor, mas dessa vez consegue usar de sua força para distanciar o corpo de cima de si, diminuindo a força do golpe.

Adrenalina percorria o seu corpo, estava totalmente desnorteado.

Percebe então a aproximação de outras pessoas e alguém parece tentar levantar o ruivo de cima desse, mas o mesmo resiste, empurrando a pessoa para trás com violência.

—Seu miserável! Traidor! – Gritava a ponto de colocar o pulmão para fora, começando a bater tanto que perdera o controle, espancando o corpo debaixo de si.

Sasuke desistira de revidar, contentando-se em proteger seu rosto com os braços, recebendo os golpes fortes com os mesmos, o gosto de sangue na boca pelo impacto dos golpes anteriores.

O alvoroço parece aumentar e mais pessoas se aproximam. Sente então quando alguém puxa o menino de cima de si, Naruto ajudando-o a levantar-se. Era Kakashi que segurava Gaara, com força, enquanto esse tentava, de todas as formas, tentar escapar, ensandecido.

—Você é um mau caráter! Ela lá sofrendo e você aqui, beijando sua amiga na frente do colégio inteiro! Que espécie de pessoa faz isso? – E tenta de novo escapar, dando uma trincada com tanta força que faz o professor ter de usar de toda a sua força para segura-lo.

—Gaara, acalme-se! – O homem parecia ter perdido a situação de controle enquanto tentava mantê-lo sob o seu domínio, mas era impossível, a raiva queimava perigosa dentro do mais novo, fazendo-o arredio e perigoso, descontrolado.

Sasuke olha em volta, percebendo o círculo de pessoas que se formara, todos assistindo a cena, comentando. Ao percorrer a primeira fileira, encontra Sakura, ela tinha as mãos sobre a boca e os olhos assustados, lacrimejados.

Sakura... Têm vontade de dizer que estava tudo bem, que não estava machucado. É então que parece assimilar o que acontecera, as acusações caindo sobre ele como um banho de água gelada, uma realidade amarga.

O que diabos estava fazendo? Estava namorando! Desde quando se deixava levar daquela forma? Por que beijara Sakura daquele jeito, na frente de todos? Onde estava com a cabeça.

Anko viera com ele, e agora dispensava as pessoas, forçando-as a se afastarem, dizendo que não havia nada para ser visto.

—Preciso ver a Ayumi! – Anuncia, tentando andar, mas percebendo que não conseguiria faze-lo sozinho, quase caindo ao soltar-se do amigo de cabelos loiros.

—Leve-no para a enfermaria Naruto! – Grita o professor que ainda segurava o aluno com os dois braços, começando a ficar desesperado, ao perceber que esse não se acalmava – Pelo amor de Deus, simplesmente tire-no daqui! Suma com ele!

E o menino rapidamente obedece, notando que se não o fizesse, a situação sairia totalmente de controle. A essa altura, já não havia pessoas em volta, todas elas tendo sido ‘educadamente’ expulsas do local pela professora.

A mesma ajuda Naruto a levar o outro, ajudando o moreno a andar, a fogueira e o barulho do mar ficando cada vez mais longe enquanto se distanciavam, afastando-se da praia. Estava bem escuro no caminho para a enfermaria, cada aluno que encontravam no caminho era mandado de volta para seu dormitório com uma reprimenda dura da mulher que os acompanhava.

A enfermeira veio correndo pelos corredores assim que entraram na casa branca, que fora escolhida como a área reservada aos que pudessem ter algum acidente durante a viagem. O local era limpo, claro e tinha uma leve aparência de hospital, com um sininho na porta, alertando a mulher toda vez que alguém entrasse.

—Mas o que aconteceu aqui? – A mulher alta e loira perguntou, assim que colocou os olhos no estado de Sasuke.

—Gaara – Respondeu Naruto, ainda muito surpreso para conseguir falar.

A moça os indica uma das quatro camas dispostas na sala espaçosa. Em seguida agradece aos ajudantes, alegando que dali poderia assumir, logo sendo deixada sozinha com o paciente.

Apressa-se a começar a examina-lo, vendo se possuía alguma contusão na cabeça, e perguntando se tinha sofrido também lesões pelo corpo, apenas recebendo uma resposta negativa como resposta.

Ao perceber que, com exceção de um tornozelo torcido, vários hematomas nos braços e alguns no rosto, o menino estava bem, levanta-se, indo pegar algo para limpar os ferimentos e alguma gaze.

—Mas o que você fez para tirar o Gaara do sério a esse ponto? Acho que nunca o vi bater em ninguém antes – Comenta a mulher, enquanto pegava as coisas de um armário do outro lado do quarto.

—Acho que eu mereci isso – Responde o menino, sorrindo de canto. Não iria contar o que fizera, não tinha coragem para tanto. Tsunade não pergunta mais, apenas concentrando-se em seus ferimentos, limpando-os rapidamente, enfaixando os mais profundos e colocando um torniquete na perna torcida do rapaz.

—Creio que seja melhor você passar a noite aqui, mas a partir de amanhã, se tudo estiver em ordem, você está livre para voltar ao seu quarto e aproveitar, a medida do possível, sua estadia aqui na praia – Diz, com um sorriso, ajudando o moreno a se deitar, cobrindo-o com um lençol.

Assim que as luzes apagaram-se e foi deixado sozinho, a mente de Sasuke começou a funcionar.

Embora tentasse se concentrar na sua culpa, no fato de que estava com Ayumi agora e que ela provavelmente estava precisando da sua ajuda, tudo o que conseguia pensar era na expressão de horror que vira no rosto de Sakura.

Não queria nunca mais ver aquela expressão no rosto dela, e faria de tudo para impedir que isso acontecesse.

Suspira, frustrado. Onde estivera com a cabeça? Até alguns dias atrás, tinha certeza de que amava Ayumi, mas agora estava confuso. Se a amava, por que só conseguia pensar em Sakura?

Não conseguiria dormir e estava começando a ficar irritadiço enquanto encarava o teto na escuridão, a única luz sendo a da lua que invadia o quarto pela janela com as cortinas entreabertas.

O que teria acontecido com Ayumi? Nunca tinha visto Gaara tão fora de si, ele devia realmente ter passado por algo terrível, caso contrário o outro não perderia a cabeça com tanta facilidade.

Suspira novamente. Não acreditava que fizera isso com a garota, mesmo que seus sentimentos estivessem totalmente confusos, não tinha o direito de trai-la, muito menos com Sakura. Eles teriam de conversar, o mais rápido possível.

E ele teria decidir, afinal de contas o que queria, e o que sentia por cada uma das meninas no meio daquela confusão.

Também tinha de pedir perdão a Ayumi e ver pelo que ela passava. Sente sua perna reclamar, dolorida dentro da tala. É incrível como com um único ato você pode virar a sua vida de ponta cabeça da forma como ele fizera.

Fizera a escolha errada e agora faria de tudo para conserta-la, pois sabia que ao menos isso ele ainda tinha a obrigação de fazer por Ayumi.

Aquela seria uma longa noite...

*-*-*

Talvez fosse melhor descansar um pouco e resolver as coisas pela manhã, porém só conseguiu se revirar na cama, virou para um lado, para o outro, só faltava plantar bananeira, mas nada de conseguir dormir, estava impaciente, o peito palpitando, queria resolver logo, pedir desculpas para Ayumi.

Deitado ali durante aquele longo tempo, concluíra que ainda gostava dela, e muito, mas era tão diferente de como ele achava que gostava, parecia um amor de irmãos. Sente o peito apertar, mas e ela? Será que ia querer chegar perto dele depois que soubesse que foi traída? Ainda mais ela, que sofreu tanto.

Não queria tê-la magoado, na verdade, aquilo era a última coisa que queria. Ela era muito importante para isso.

Já tinham conversado sobre o passado, ela nunca tinha lhe contado tudo, apenas algumas coisas,  começando a se conhecer melhor... E só o começo já o deixava de cabelo em pé.

Até comentou rapidamente sobre o ex-namorado dela, pelo que Ayumi contava, não sabia se podia se considerar um namoro, ficaram juntos quase meio ano, mas nem beijo direito trocaram.

Sasuke desistiu de tentar dormir, conformado. Tinha vontade de pular a janela, parecia tão fácil fugir dali. Maldita perna!

Rosna, inconformado.

*-*-*

Gaara estava no quarto, também pensativo. Depois da confusão fora advertido por Kakashi que depois da praia iria ficar duas semanas de suspensão, sem escola. Teria de agüentar durante duas longas semanas, na verdade as semanas não eram o problema. O problema era ficar duas semanas sem ver Ayumi. Por mais que tentasse esquecê-la, hoje isso era impossível. Se não estava com ela, era nela que estava pensando.

Era como se ela o tivesse enfeitiçado, bruxa.

E como ela estaria agora? Será que estaria chorando? Será que aquele maldito tinha mandado mais alguma mensagem? Será que o Zé Mané do Sasuke tinha ido vê-la? Se tivesse conseguido sair da enfermaria.

O pensamento o acalmou um pouco o fazendo sorrir, sacana. Pelo menos Sasuke tinha tido o que merecia. Logo a lembrança some, voltando a amargurar-se.

Odiava ficar assim, ela estava tão perto, nem cinco minutos para chegar ao quarto dela e mesmo assim, sentia que ela nunca estivera tão longe de seu alcance.

*-*-*

Naruto tinha acabado de entrar no quarto, estivera passeando por aí, colocando as idéias em ordem, distraindo-se com a paisagem bonita, praiana. Nisso, ao olhar para o lado, viu Ayumi sentada na cama, abraçando os joelhos, encolhida.

Os pensamentos lhe vieram, velozes. Será que alguém lhe contara que Sasuke a tinha traído? Ou estava assim por algum outro motivo? Seria melhor perguntar.

— Ayumi, o que aconteceu? – perguntou o loiro cautelosamente, não querendo arriscar piorar a situação.

Não teve resposta, mas já esperara por isso. Percebera que ela não tava legal, algo terrível devia ter acontecido. Nunca a vira tão desamparada, mesmo depois do incidente com Ino e as outras garotas.

Engole em seco. Como conversar com a garota?

— Se isso é por causa da Ino, a gente dá uma lição nela depois! Ela é chata mesmo, nem eu gosto dela! – tentou anima-la, mas em vão, pois ela continuava na mesma posição. Ele conseguia ouvir alguma coisa vindo dela, algo que soava como se estivesse segurando o choro – Se for qualquer outra coisa, pode contar pra mim, eu vou te ajudar!

Ayumi não ia conseguir agüentar a barra sozinha, mas não queria fraquejar, não podia...

Estranhamente sentia que podia confiar em Naruto, um sentimento que nunca conhecera antes, como se pudesse abaixar seu escudo ao lado dele, agir com menos cautela, que com ele não teria problema.

Suspira, considerando desabafar o peso que estava carregando. Não queria fazer isso, mas sentia que estava prestes a quebrar, como se o peso dos acontecimentos fosse demais para agüentar. E pela primeira vez, sentia que precisava de apoio.

Sorriu fracamente, o que o incentivou a se aproximar, sentando-se ao lado dela. Entregando-se, o abraçou com toda força que tinha e assim ficou, por hora isso era o bastante.

*-*-*

O restante dos dias sem aula não aconteceu nada de diferente, Sasuke já estava relativamente bem, mas não tinha coragem de falar com Ayumi e nem com Sakura, não sabia como se desculpar com nenhuma das duas.

Pelo menos aquele tempo servira para colocar seus pensamentos em ordem. Sabia o que sentia agora, amava Sakura e gostava de Ayumi como irmã, era esse sentimento que o estava confundindo, mas como explicar isso para Ayumi?

Esta nem parecia ligar muito para Sasuke, pois, depois de tudo que ocorrera, estava psicologicamente abalada, a mensagem de celular ocupando quase todos os seus pensamentos, como uma sombra, silenciosa e letal.

Ainda assim, bizarramente, tinha Naruto para conversar, para lhe fazer companhia. Apesar de ser estranho os dois serem amigos, pois não tinham nada a ver, amizade tem dessas coisas mesmo e eles estavam se dando incrivelmente bem.

Naruto inclusive ficara surpreso com a falta de reação quando lhe contara sobre a traição de Sasuke. Ela apenas sorrira e dissera:

— Ele deve estar se sentindo constrangido de falar comigo agora né? É melhor lhe dar um pouco de espaço e esperar ele voltar a se aproximar. Ele precisa fazer as coisas no próprio passo.

Imaginara no mínimo um pouco de comoção, mas ela lhe parecera genuinamente bem quando lhe dissera que nunca pensara em Sasuke daquela forma, e que, na verdade, quando ele lhe perguntara se poderiam namorar, aceitara porque gostava dele e resolvera tentar.

Afinal, nunca antes tivera esse tipo de relacionamento antes e, se não tentasse uma hora, como poderia saber se poderia dar certo? Mas não conseguira mudar o que sentira por Sasuke no processo. Ele era um grande amigo e não guardava mágoas, esperaria ele voltar a falar com ela. Não queria perder sua amizade.

Já Gaara estava quase verde de ciúmes. Se não era Sasuke era o Naruto! Ela confiava tão pouco assim nele? E ele como ficava?

*-*-*

A menina de cabelos escuros andava pela praia, tentando manter o foco na bela paisagem, não se dispersando para seus próprios pensamentos. Pois sabia que se assim o fizesse, estaria em pânico, e isso, simplesmente não podia deixar acontecer.

A verdade era que nunca fora boa com sentimentos, em senti-los, em saber como lidar com eles, nada. Nesse assunto, era uma leiga, completa e absoluta.

Engole em seco.

Era o último dia do passeio e, em breve teria de estar no ônibus, mas, só por agora, queria olhar para o mar, identificando-se, vendo suas ondas quebrarem com força contra a areia, selvagem, tal qual ela se sentia por dentro, infinita.

Seria tão mais fácil se não precisasse sentir, ela não sabia faze-lo e aquilo já estava conduzindo-a para a loucura. Como fazer seus sentimentos pararem? Engole o nó que sentia na garganta, não querendo chorar.

Era tão ruim com os sentimentos que mantinha todos afastados, não queria ninguém por perto quando se sentia assim, não queria que ninguém visse a sua miséria, sentia-se envergonhada, diminuída, não sabia confiar, repartir sua dor.

Andou durante um bom tempo, se distanciando pela areia esbranquiçada, deixando o acampamento para trás, agora só ouvindo os barulhos da natureza ao redor de si.

Nisso, ao olhar para o chão, nota um segundo par de pegadas. Cansada demais para pensar, levanta o rosto, conseguindo ver uma figura, sentada alguns metros à frente de si, perto de um conjunto de pedras cobertas de limo.

Sem se importar com o fato, continua a andar, encarando a paisagem em volta, sentindo o coração bater, com calma, a beleza do céu azul, claro, limpo, servindo para seu sentimento de vazio.

—Ayumi? – Ela sorriu fraco, olhando a figura, que agora se levantara, ainda encarando-a.

—Gaara... – O nome escapou seus lábios como música, antes que pudesse se conter, esquecendo suas preocupações passadas enquanto seu coração recomeçava a bater, rápido. – O que faz aqui?

Ele sorri, afetadamente, tolo. Os dois estavam calmos agora, sem conseguir tirar os olhos um do outro. Ela corresponde o sorriso, sem saber o motivo, seu coração parecendo, aos poucos, ter se enchido com calma.

Aquela era uma primeira vez a seu lado.

Engole em seco, na verdade, a segunda, ele já a acalmara aquela outra vez.

—Está melhor? – Ele pergunta, a voz suave. Ela apenas sinaliza que sim com a cabeça. Ele suspira, parecendo aliviado.

—Então estava preocupado comigo é? – Tenta fazer graça, tirando o desconforto do momento.

—Estava – Ele responde, franco, voltando a encara-la com intensidade, fazendo-a engolir em seco perante a resposta, voltando a sentir o nervosismo dentro de si, como borboletas dentro de sua barriga.

—Você me acalma – Fala, sem pensar, arrependendo-se do fato imediatamente, levantando o rosto timidamente, encarando-o. Ele a olhava de volta, surpreso.

—É mesmo? – E sorri, verdadeiro, de uma forma que ela ainda não conhecia – Fico feliz em saber.

Com isso, ele se aproxima, mas ela permanece no lugar, imóvel, como que presa por um feitiço, em um momento perdido, estranho. Ele parecia satisfeito com a reação da moça, aliviado por não vê-la fugindo dele como era seu normal, mas um pouco preocupado com o fato.

Ele à segura, puxando-a para perto de si, sentindo-a mole e quente em seus braços. A olha por um instante, os olhos indecifráveis, mas não oferecendo nenhuma resistência. Cautelosamente então cola seus lábios nos dela, iniciando um beijo lento.

É com satisfação que sente quando ela segura sua blusa, com força, fechando os olhos.

Segura-lhe o pescoço, com força, mantendo-a mais junto de si, não demorando em aprofundar o beijo acalorado.

Já ela, completamente esquecida dos arrepios e sensações incontroláveis que Gaara lhe causava, agradecia por aquele momento, agradecida por aquela falta de gravidade, por aquele momento em que era amparada, em que não conseguia pensar em nada.

Sente a mão dele lhe levantando a blusa devagar, acariciando sua pele exposta, devagar, fazendo seu corpo queimar, pedindo por mais.

Sua mente descansava, em algum lugar, esquecida.

Levanta os braços, abraçando-o, passando as mãos pelos cabelos vermelhos, bagunçados. Estava em êxtase e ao mesmo tempo, nunca se sentira tão em paz.

Sentia as respirações descompassadas, as peles se encontrando, as bocas molhadas e, naquele instante, teve certeza de que nunca desejara tanto que uma coisa nunca acabasse.

*-*-*

Estava na hora de voltarem, todos arrumando as coisas praticamente voando, correndo para o ônibus que os levaria de volta à escola.

Sasuke sentou no fundo sozinho, isolado, ainda envergonhado pelo que fizera, faltando-lhe coragem. Gaara estava no fundo do outro lado, desejava ficar sozinho, querendo colocar os pensamentos em ordem.

O modo como Ayumi, tão tranqüilamente, depois de corresponde-lo com tanta intensidade, simplesmente se afastara, fria e distante, mas parecendo incrivelmente inalcançável, agora mais do que nunca, caminhando para longe com serenidade, dessa vez sem se descontrolar, simplesmente com uma máscara que ele não sabia quebrar.

Infelizmente, uma garota estranha sentou a seu lado, e o pior é que ela não fechava a boca um segundo, de onde tirava tantas palavras?

Ayumi sentou do lado de Naruto, percebendo, mais uma vez com estranhamento que até que se sentiu à vontade ao lado do loiro.

Sakura se sentou com TenTen, constrangida demais pra se sentar ao lado de Sasuke, afinal também não se sentia bem de ter feito aquilo, falou que ia jogar limpo, mas estava fazendo tudo diferente do que planejava!

Não queria ser aquela menina que roubava a namorada da menina que estava começando a ficar amiga. Sentia-se como se a tivesse traído.

Foi uma longa viagem de volta... Demorada pelo trânsito e pela chuva...

Ayumi não estava com pressa em chegar, estava com um mau pressentimento.


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