Opostos Perfeitos escrita por Eloá Gaspar


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Era um belo dia de sol em Arendelle, crianças correndo pelos vilarejos, mulheres e homens trabalhando e oficiais exercendo sua importante função de fiscalizar as embarcações que chegavam ao porto. 

Arendelle tinha sua benevolente e poderosa Rainha da Neve, que apesar do nome frio, de seu passado conturbado e solitário, a cada dia se mostrava uma governante alegre, cativante e presente, mantendo sempre os portões do castelo abertos. Contudo, nem tudo são rosas.

Arendelle já havia corrido perigo a dois anos atras, por causa da presença do ambicioso príncipe Hans das Ilhas do Sul, um jovem sem poderes, diferente da Rainha do Gelo, mas que pôs a vida dela em risco e de sua irmã também.

Hans não se revelou ser o único problema, Duque Weselton também se mostrou uma grande pedra no sapato e Elsa estava ciente de que existiam outras ameaças veladas, pessoas que cobiçavam sua posição, seu reino e seu poder. O seu poder era o mais desejado tanto o de governante como o de controlar o gelo, esse último também era muito temido.E Elsa sabia que bem mais perigoso do que a ganância poderia ser o medo, sendo assim, a Rainha não hesitou em reforça a segurança do seu reino, mantendo seus oficiais sempre em alerta e garantido que todos os seus súditos permanecessem protegidos.

As navegações espalhadas pelo fiorde pareciam mais abundantes, provocando assim um pequeno congestionamento no porto. Um barco de porte médio, casco azul e velas encardidas, aguardava sua inspeção ao balanço tranquilo das ondulações causadas pelo vento na água, uma embarcação que transmitia a mensagem visual de calma, uma visão muito diferente de um dos tripulantes do barco.

Asle, um jovem de 23 anos, a mesma idade da Rainha, tinha a pele escura e brilhante como se fosse constantemente iluminado pelo sol, cabelos negros como a noite sem estrelas, olhos da mesma cor, porém de uma vivacidade ímpar, a postura era imponente e nobre como se nascesse para brilhar e naquele momento era o retrato da impaciência.

Asle tinha a postura de um nobre, a honra de um homem, mas o espírito de um moleque. Ele não gostava de esperar, ou melhor, ele não gostava de ficar parado e se esperar significava ficar parado, impaciência ganhava outro nome e esse era Asle.

Além de imperativo o rapaz era um aventureiro, adorava viajar, conhecer novos lugares, culturas e pessoas. Desde que se libertou do seu reino a quase três anos atrás, nunca mais fincou raízes em outro lugar, seu coração era livre e bota livre nisso. O rapaz sempre foi uma pessoa passional, para contabilizar suas paixões talvez fosse necessário as estrelas do céu, mas nunca foi pego de verdade, nunca chegou perto de ter seu coração eternamente cativo a alguém, não que ele tivesse medo que isso acontecesse, muito pelo contrário ele sonhava com um grande amor, mas não parecia que um grande amor sonhava com ele.

— Ansioso meu amigo? - questionou Julian companheiro de viagem de Asle.

— Insuportavelmente ansioso. - respondeu se esticando para fora do barco na esperança de ver o andamento do trabalho dos guardas.

— Calma, só falta dois barcos. - informou o jovem de cabelos castanhos claro e olhos verdes como os mares do seu saudoso reino.

— Eu já estou ficando nervoso.

— Você devia esfriar a cabeça. - falou em um tom zombeteiro. 

— Eu queria saber quando você vai cansar dessa piada.

xxx

O belo dia lá fora era convidativo a um passeio pelo reino, talvez uma visita ao palácio de gelo. Mas essas opções não eram realmente  opções para Elsa, com todo esse movimento de importação e exportação, novos visitantes curiosos para conhecer o reino da Rainha do Gelo, Arendelle havia se tornado uma confusão de pessoas e as obrigações reais aumentaram de forma incalculável.

— Elsaaa! - chamou Anna cantarolando.

— O que foi Anna? - questionou a Rainha de maneira mal humorada.

— Que mal humor? Você sabia que você não sai do castelo a duas semanas e que não faz nada divertido a dois meses?

— Sim, eu sei. - respondeu cansada passando a mão pelos fios loiros quase brancos de forma pesarosa.

— Elsa, você é uma rainha fantástica, a melhor que esse reino já teve. Mas você não pode se matar, minha irmã. Faz quanto tempo você não vai ao seu castelo de gelo?

— Não sei, acho que três ou quatro...

— Semanas? - instigou a ruiva. 

— Meses. - Elsa respondeu em tom de vergonha.

A soberana sabia que estava sendo negligente com seu castelo, com sua família e até mesmo com sua saúde. Desde do resfriado que pegara no aniversário de sua irmã a dois anos atrás, ela sabia que não era fisicamente inabalável, porém com todo o movimento frenético em seu reino ela parecia se esquecer.

— Você está certa, Anna. Eu prometo que irei descan...

— Perdão Vossa Majestade. - um oficial adentrou o gabinete real visivelmente preocupado interrompendo a Rainha.

— O que está acontecendo? - Elsa se conteve para não ser grossa, odiava ser interrompida, porém a fisionomia do oficial indicava que era algo muito sério. 

O militar se aproximou de Elsa notando a presença da princesa na sala e respondeu baixo o suficiente para que só a Majestade ouvisse.

— O que está acontecendo, Elsa? - questionou Ana curiosa como sempre.

— Leve o para sala do trono, conversarei com ele lá. - a ordem de Elsa soou com uma seriedade e rigidez que poderia intimidade qualquer pessoa na face da Terra, qualquer pessoa menos Anna.

— Elsa! O que está acontecendo?

— Anna, por favor fique aqui! Assim que eu resolver isso eu respondo o que você quiser. - antes que Anna pudesse concorda ou discorda da irmã a Rainha saiu da sala.

A sala do trono estava mais fria do que o normal, Elsa estava muito nervosa e isso ainda causava alguns descontroles na manifestação dos seus poderes, mas pelo menos a sala não estava coberta por neve e gelo, como ocorreria em uma situação como essa a alguns anos atrás.

Elsa tinha bons motivos para estar nervosa, o que seu oficial havia lhe informado não acontecia todo dia, ou melhor, nunca acontecia, pelo menos não do jeito como ele havia descrito. Isso poderia ser uma grande ameaça ao reino, a maior de todas elas. Mas talvez Elsa não deveria se preocupar tanto, afinal, tudo acontecera por uma causa nobre.

— Vossa Majestade, posso autorizar a entrada dos estrangeiros? - um dos guardas presentes na sala questionou ansioso.

— Absolutamente.

As grandes portas da sala do trono se abriram, dando passagem a dois jovens acompanhados de perto por guardas temorosos por estarem exercendo esse trabalho.

— Rainha Elsa, esses são Asle e Julian. - um oficial informal.

— E qual deles realizou tão inesperada ação? - Elsa questionou de forma firme e fria, ao mesmo tempo que tentava demonstrar que não parecia surpresa.

— Eu, Vossa Majestade. Asle de Zandara.


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Notas finais do capítulo

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