21 dias com Hannibal Lecter escrita por Kori Hime


Capítulo 1
21 dias com Hannibal Lecter


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Terceira história do desafio, sim, se eu tiver tempo, vai sair a quarta história :D

Essa história aqui eu quero oferecer, presentear e ofertar para minha lindíssima amiga que completa anos. Kisa, minha linda, que vontade de ir aí te dar uns beijos.
Parabéns ♥

Sobre a história, então, é subliminar. Pode ser que no final vc vai ficar pensando "Q Q TA COM TE SENO AKI"
Boa leitura.

(não foi betada)



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Please, espera um minutinho. Please. — A senhora que segurava uma lixa na mão, levantou-se do banco de madeira e esticou o pescoço para fora da janela, gritando a plenos pulmões — Romário, chama lá o menino da Maria, que tem cliente gringo no hotel. Tendo nada do que ele diz.

Ela retornou para seu assento e tentou agradar o cliente oferecendo balas de hortelã do pote de vidro que deixava sobre o balcão da recepção do hotel.

Educado, sabendo que ela não o entenderia, o homem apenas ergueu a mão oferecendo um sorriso donaire. Embora ele não conhecesse o idioma local, sabia ler o comportamento humano. Além do mais, a paciência era uma virtude, caso desejasse um atendimento rápido e de fácil entendimento, teria ido se hospedar nos famosos hotéis a beira mar que a cidade proporcionava. Entretanto, seu objetivo era diferente.

Não demorou muito para que um rapaz passasse pela porta.

— Fala, dona Margarida, precisa de ajuda?

— Renatinho, esse moço aqui fala estrangeiro, não entendi uma palavra do que ele disse.

Renato concordou com um movimento de cabeça. Ele então transmitiu as boas vindas em um inglês perfeitamente claro.

— Eu agradeço a hospitalidade. — Respondeu o homem, apertando a mão do rapaz. Depois, continuou falando pausadamente para que não houvesse um mal-entendido. — Vou passar algumas semanas na cidade, todos os hotéis estão superlotados, então um taxista me indicou esse local, já que é próximo ao hospital que eu vou trabalhar.

— Tenho certeza de que o senhor vai gostar daqui. A Dona Margarida fala alto, não se assuste, ela é gentil e trata bem todas as pessoas que se hospedam aqui. Posso ajudá-lo a preencher o cadastro.

— Estou bastante surpreso de encontrar uma pessoa que fale tão fluente meu idioma.

— Aprendi inglês ainda criança, com a patroa da minha mãe, depois da escola eu ia para casa dela. Enquanto minha mãe fazia a faxina, ela me dava aulas. Dizia que era mais fácil uma criança aprender. — Renato pegou a caneta e a ficha de cadastro para novos hóspedes. — O senhor pode preencher esse espaço com seu nome completo, telefone e precisa pagar a diária antecipado, que é... — Ele olhou confuso para a recepção, fez a pergunta em português. — Quanto custa a diária?

— Noventa reais, mas se ele quiser o quarto com cozinha e banheiro privativo sai por cento e cinquenta. — A dona do hotel respondeu, seu olhar atento ao novo hóspede.

Renato transmitiu a informação em inglês. Sendo assim, o homem retirou do bolso sua carteira e apresentou o cartão de crédito.

— Espera um minutinho, porque a Marili foi entregar as marmitex lá na Cooperativa e levou a maquininha de cartão. — Margarida pôs as mãos na cintura, seus olhos lúgubres injetados. Renato decidiu não traduzir a última exclamação da senhora. — Renato, pelo amor de Deus, fala pro moço que ele pode subir e ficar à vontade, não quero perder um cliente tão chique por causa da sonsa da Marili.

Renato deu um breve sorriso, achando que seria a melhor opção. Ele acompanhou o homem até o terceiro andar, onde ficava o quarto com cama de casal e banheiro.

— A propósito, eu não me apresentei adequadamente. — O homem disse, ao entrar no quarto. — Eu sou o Dr. Lecter. Irei presidir um seminário de Psiquiatria e tenho alguns compromissos nas duas próximas semanas, acredito que não deve ser muito longe daqui. — ele tirou um cartão do bolso do paletó. — Barra da Tijuca. É assim que fala?

— Isso mesmo. Nunca vi um turista falar certo na primeira vez.

— Acredito que até o final da minha estadia, a minha intimidade com o seu idioma vai aumentar.

— Se precisar de alguma coisa, pode me chamar. A Dona Margarida sabe onde eu moro. É aqui do lado.

Renato preferiu se despedir, deixando o hóspede descansar de sua viagem.

***

Hannibal possuía apenas uma mala, além de sua pasta para carregar o laptop. Estava realmente cansado da viagem, talvez o calor fosse o responsável pela fadiga. O celular vibrou em cima da cama. Ele olhava pela janela, uma paisagem sem grandes atrativos, virou-se e pegou o aparelho.

— Como vai, Will. — Hannibal caminhou novamente até a janela, onde pode ver o jovem Renato atravessar a rua. — Está tudo bem?

— Um pouco cansado, não consigo dormir.

— Posso sugerir algo?

— Claro, afinal, você é meu psiquiatra.

— Somos amigos, Will. E é como amigo que eu vou lhe dizer isso. — Hannibal acompanhou com os olhos o caminho que Renato fez pela rua, até abrir um portão enferrujado e desaparecer de suas vistas. — Leve seus cachorros para um passeio, se exercite e depois de um banho, você prepara algo para comer. Vai se sentir renovado e conseguirá dormir. — Hannibal preferiu admoestar ao invés de alongar a conversa.

Houve um momento de silêncio, então Will concordou com o conselho e se despediu, desligando o telefone.

Hannibal organizou suas roupas dentro do armário de duas portas. Como não havia cabides o suficiente para suas camisas, ele decidiu solicitar mais na recepção. Para ajudar na compreensão, levou um cabide na mão.

***

— Marili, arruma mais cabide para o, como é mesmo seu nome? You name. — ela apontou o dedo na direção de Hannibal. — Your name.

— Dr. Hannibal Lecter.

— Doutor Hannibal, daqui a pouco Marili sobe lá no seu quarto e arruma tudo suas roupas. — Ela suspirou, sabendo que não era compreendida pelo homem, então gritou novamente para pedir ajuda. — Romário, traz Renatinho de novo aqui?

***

Renato terminava de configurar o WiFi do hotel e assim Hannibal teria acesso à internet. Enquanto trabalhava concentrado, o psiquiatra pode analisa-lo mais de perto. Era um jovem de aproximadamente vinte anos. Os cabelos castanhos e com pequenos cachos caíam pela lateral do rosto. Possuía uma pele dourada, poderia julgá-lo como um fã de se expor ao sol sem proteção adequada, ainda mais nas praias. Ele possuía também uma tatuagem no braço direito e atrás do pescoço, uma estrela do mar.

Seu cheiro não era dos mais incríveis, poderia dizer que usava apenas um desodorante após o banho e, devido o calor, a transpiração era natural. Talvez fosse esse o toque natural ao qual despertara a atenção de Hannibal.

— Você trabalha, Renato? — Após conferir que estava tudo funcionando corretamente em seu laptop, Hannibal o desligou.

— Trabalho a noite como segurança em uma Cooperativa aqui perto. Mas estou estudando para fazer o vestibular e entrar numa faculdade.

— O que você pretende estudar?

— O senhor não vai rir de mim? — Renato corou, desconfortável.

— Eu jamais faria isso. — Hannibal permanecia em uma distância razoável, para não constrange-lo.

— Eu sempre quis ser professor. E sempre que eu falo isso, as pessoas me chamam de louco, pois acham que eu devia arrumar um emprego que ganhe mais dinheiro.

— Você é um rapaz inteligente, acredito que saberá como tomar suas decisões. Agora... eu gostaria de lhe propor um acordo, você trabalharia como meu assistente durante minha estadia no seu país?

***

A proposta deixou Renato eufórico. Ele não fez cerimônia na hora de aceitar. Estava mesmo cansado de trabalhar como vigia noturno, sendo que nem curso para isso possuía. Um assistente de psiquiatra parecia muito mais a sua cara.

Seu primeiro serviço foi acompanhar Hannibal até uma casa de câmbio. Dessa forma, dinheiro não seria um problema. Logo depois, eles fizeram um passeio pela cidade. Renato foi um ótimo guia, possuía muitas informações sobre cada lugar que eles passavam.

De volta ao hotel, recebeu em dinheiro o equivalente ao dia de trabalho. Ele agradeceu e quis reiterar a sua disposição para a manhã seguinte, quando eles iriam visitar o Hospital Psiquiátrico do Engenho do Mato.

***

Naquela noite, a voz de Will não parecia animada. Sonolento, ele decidiu antepor as novidades, ainda dispunha de energia para contar a Hannibal, os detalhes do novo caso que recebera. Após uma hora divagando sobre algumas questões, o agente decidiu que já era hora de desligar.

No outro dia, logo cedo, Hannibal dispensou o café. Renato chegou pontualmente no horário combinado e com um táxi à espera deles. Dessa vez Hannibal preferiu ir sozinho até o Hospital.

***

Romário bateu palmas em frente a casa de Renato, um pouco antes das seis horas.

— Dona Margarida disse que o gringo deixou esse bilhete na recepção. Ele tá lá te esperando, melhor ir logo. — Após entregar o bilhete, Romário perguntou o que estava escrito nele.

— É um convite para jantar. — Tudo fez sentido, quando eles visitaram naquela semana diversos empórios no Leblon, em busca de alguns ingredientes importados. Já que ali, no Engenho da Rainha, no máximo iriam encontrar apenas a farinha de trigo.

— Jantar, é? Sei. — Ele deu uma risada maldosa. — Eu sei bem o que esse gringo quer comer. — Romário começou a gargalhar e Renato mandou ele se calar.

Assim que fechou o portão, o rapaz entrou dentro de casa. Sua mãe havia acabado de sair para o segundo turno do trabalho como costureira. O carnaval se aproximava e eles precisavam de toda a mão de obra possível para concluir as inúmeras fantasias pendentes.

O bilhete em sua mão era simples, apenas uma frase solicitando sua presença naquela noite para um jantar e conversar. Renato decidiu tomar um banho e ignorar a brincadeira de mal gosto que Romário fez, afinal de contas, durante os últimos dias, Dr. Hannibal se mostrou um homem de classe, bem diferente do que as pessoas estavam acostumadas a ver.

Vestiu uma camiseta e bermuda, calçou o tênis e fechou a casa para ir ao jantar marcado às sete horas da noite.

Assim que entrou no hotel, Margarida o chamou.

— Boa noite. Eu vim ver o que o Dr. Hannibal quer falar comigo. — Renato notou que Romário e Marili os observava com atenção do outro lado da recepção.

— Olha aqui, Renatinho. — começou Margarida, num tom sério. — Eu tenho muita estima pela sua mãe. Ela passa a noite toda naquele barracão costurando para dar uma vida boa pra você. Não quero difamar ninguém, mas pensa nela antes de dar um desgosto desse.

— Não entendi. — Ele entendia, mas preferiu não dar motivos para imersão daquele assunto.

— Meu hotel é um lugar direito, não quero sem-vergonhice aqui. — Ela completou.

Renato subiu as escadas, ouvindo risadinhas abafadas atrás dele, mas isso não o abalou. Infelizmente, já estava acostumado com a ignorância das pessoas. Queria um dia não permanecer homizio naquele lugar.

Ele deu três batidas de leve na porta do quarto, Hannibal o atendeu, limpando as mãos num pano impecavelmente branco, convidando-o para entrar. Renato desejou ter sido mais atencioso e vestido algo melhor, visto que o médico estava elegante, como sempre.

— Esse cheiro está muito bom. — Renato aceitou a taça de vinho que lhe foi oferecida. Ficou sem jeito no meio do quarto, enquanto observava o médico organizar a mesa.

— Gostou? É uma das minhas especialidades. Por favor, sente-se. Eu vou servir a entrada.

Renato obedeceu, sentando-se na cadeira que Hannibal indicou. Ainda segurando a taça de vinho, ele tomou um gole e percebeu que estava tremendo de nervoso. O que era uma bobagem, nunca havia ficado assim na presença de alguém. E olha que ele conheceu o governador do Rio de Janeiro, na campanha eleitoral do ano passado.

— É uma pena que essa seja sua última semana na cidade. Vai perder o carnaval, apesar de parecer o contrário pela televisão, é uma festa muito divertida.

— Eu tenho certeza de que é divertida. Não costumo acreditar em tudo o que vejo na televisão. — Hannibal serviu a entrada. — Sopa de cebola gratinada com queijo gruyère ralado. Está bem quente, então cuidado.

— Obrigado. — Renato conhecia um pouco de culinária, pois sua mãe, além de faxina, também cozinhava os pratos que os patrões mais gostavam, e sopa de cebola estava na lista. — Minha mãe usa azeite de dendê para fritar as cebolas, então fica com um gostinho bem especial.

— Interessante. — Hannibal ofereceu mais vinho. — Hoje em dia esse prato é muito disputado nos grandes restaurantes da França, mas, acredite, no passado era considerado um prato para pobres. Pois era muito fácil plantar cebolas, elas cresciam em vários lugares.

— Igual chuchu, aqui no Brasil. — Renato riu. — Desculpe, é uma piada boba. Já tem data para partir? Digo, o senhor me disse ontem que seus planos estavam adiantados. Não entendi o que isso quis dizer.

— Vou esclarecer tudo no final do jantar. Agora vou trazer o prato principal, já deve estar no ponto. — Hannibal se levantou, deixando Renato ainda mais curioso. Ele retornou cinco minutos depois com dois pratos. — Blanquette de Veau, espero que esteja do seu agrado.

— Acho que eu nunca comi um prato tão bonito. Minha mãe iria adorar comer isso.

— Existe uma semota possibilidade de isso acontecer. Pode levar um pouco para ela, ainda tenho mais.

— Ah! Sim, se não for falta de educação, eu aceito sim. — Renato finalizou sua refeição, mais rápido do que gostaria.

Ainda restava a sobremesa.

— Tarte Tatin, é uma de minhas sobremesas favoritas. — Hannibal, mais uma vez, serviu Renato primeiro. — Acredita-se que essa torta foi inventada ocasionalmente por Caroline Tatin, uma chefe francesa do século dezenove. Ela inverteu a ordem da massa e, por uma obra do destino, criou uma das mais famosas sobremesas.

— O senhor acredita no destino? Seria uma camuflagem para outras respostas?

— Acredito que estamos fadados a encontrar coisas boas e ruins em nossos atos. Podemos pôr a culpa no destino, o nosso encontro.

Renato terminou a torta e nem percebeu, a conversa ganhou novos rumos e ele auferir conhecimento. Quando deu por si, já era quase sete horas da manhã. Olhou o celular, vinte chamadas não atendidas de sua mãe. Renato decidiu ir embora, levando consigo o Blanquette de Veau, que Hannibal prometeu.

O tempo era uma coisa engraçada, ele pensou. Num piscar de olhos o tempo pareceu voar. Era como se ele não estivesse sentido nada.

Em casa, teve que dar uma explicação para a mãe, afinal de contas, encontrou-a no portão junto com Dona Margarida. Aquela combinação não parecia nada boa. Logo que tudo estava esclarecido, ele pôde ir dormir. Pela manhã, recebeu a visita de Marili, dessa vez, ela trazia um envelope. Renato agradeceu e fechou o portão, cortando pela raiz a curiosidade da mulher.

Somente em seu quarto ele abriu o envelope. Encontrou um cheque de cinco mil reais, e um bilhete de agradecimento pelo serviço prestado nos últimos dias. A assinatura de Hannibal Lecter finalizava o bilhete.

— O café tá pronto, vem antes que o pão esfrie.

— Já vou, mãe. — Renato guardou o cheque em uma gaveta no guarda-roupa, era melhor não mostrar isso para sua mãe, ou ela iria acreditar nas fofocas dos vizinhos. — Mãe, o que a senhora acha de eu virar médico?

— Médico? Meu filho um médico? Seria uma benção, Deus te guie meu filho. Já te disse, tudo o que você desejar, e se esforçar e trabalhar duro para isso, vai conquistar. — ela o beijou na testa, mandando que pegasse a garrafa de café. Renato aproveitou para ligar a televisão.

O programa matinal falava sobre uma tragédia. Ele achava todo aquele sensacionalismo uma forma de ascender a audiência, mas o drama das outras pessoas não deveria ser entretenimento para ninguém. Porém, antes de desligar a TV, sua mãe pediu para que aumentasse o volume.

Renato não tinha como discutir. Aumentou o volume do aparelho e foi preparar o pão com queijo e mortadela.

O apresentador do programa apareceu diante da câmera, ele então repassou todas as informações que a repórter havia dado, as imagens do Hospital Psiquiátrico do Engenho do Mato ao fundo.

— É uma barbárie o que ocorreu essa noite, para completar, a polícia informou que as câmeras de vigilância não possuíam sistema de gravação. Algumas delas não funcionavam desde 1984.

Renato abandonou o pão sobre a mesa, sentou no sofá da sala para acompanhar a notícia.

— Para quem ligou a televisão agora, nosso comentarista Otávio Almeida, que está aprofundado no caso, encontra-se agora em frente ao local para nos explicar o que aconteceu.

A imagem da câmera mudou para o repórter.

— Bom dia a todos. Ontem, alguns dos mais perigosos pacientes internados no Hospital Psiquiátrico do Engenho do Mato, tomou conta do lugar. Só hoje, pela manhã, quando o Diretor do Hospital chegou para iniciar o seu expediente, descobriu o que estava acontecendo. Mais de trinta funcionários foram vítimas das mais inexplicáveis barbáries cometidas por um ser humano. Além de outros tantos internos, que estavam na ala de segurança mínima. O diretor dará uma entrevista coletiva logo que a polícia deixar o local, ainda não se sabe como os pacientes conseguiram as chaves das portas, visto que existe um complexo sistema de segurança. Tudo indica que eles tiveram ajuda de alguém infiltrado na segurança.

— Obrigado pela notícia, Otávio. Nas últimas semanas, o Hospital recebeu a visita de vários médicos internacionais para um evento de psiquiatria. Os médicos que deixaram o Brasil, irão receber um comunicado da polícia para depor nos próximos dias. Está mais do que claro que nosso país ainda tem muito o que aprender com...

Renato desligou a televisão, sua mãe perguntou se era aquele hospital que o doutor que ele trabalhava visitava todo dia.

— Sim, é esse mesmo.

— Menino, que perigo. O homem poderia ter sido morto, pior, você poderia ter ido e nunca mais voltado. — ela o abraçou. — E ontem a noite, você demorou tanto que meu coração se apertou, tive uma sensação horrível.

— Não se preocupe, mãe. Ontem a noite estive o tempo todo com o Dr. Hannibal no hotel. Ele, nem eu, poderíamos nos ferir. Posso até falar isso para a polícia, se eles quiserem.

— Que tragédia, meu Deus. Mas preciso ir trabalhar. Vê se não sai de casa hoje, meu filho. Deus me livre acontecer algo com você. — ela o beijou e pegou a bolsa para sair.

***

— Olá, Will, como vai? Sim, sim, eu já cheguei de viagem, podemos marcar em meu consultório amanhã? Exatamente, eu preciso descansar um pouco. Foi uma longa viagem. Até logo.

Hannibal desligou o telefone e se aconchegou em sua poltrona. Apertou o play na tela do seu tablet e voltou a acompanhar as últimas notícias da tragédia que ocorreu no Rio de Janeiro.


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Notas finais do capítulo

Então? beijos pra vcs. Vão lá fazer o desafio.
E aí, alguma teoria do que aconteceu? HUEHUEHUEHU o limite de palavras do desafio me proibiu de contar :X