Resident Evil Maxterminio - RESUMPTION escrita por FaheL7


Capítulo 3
Capítulo 3: Céus em Trevas


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o terceiro capítulo chega ao Nyah!

Espero que compreendam.



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Resident Evil – Maxtermínio – Resumption
Capítulo 3: Céus em Trevas

O som frenético e perturbador das buzinas dos carros por toda a cidade. Poluição automotiva e industrial em certas localidades. Centenas de milhares de pessoas caminhando por toda a parte de um lado ao outro, sem direção, muitas delas sem destino, muitas caminhando a passos inseguros sustentados apenas por seus egos, muitas pensando que sabiam para onde ir, mas, certas de que estavam totalmente perdidas. Um mundo perdido que preferia optar por escurecer sua visão, fingindo saber para onde estava indo, por medo de abrirem os olhos e finalmente enxergarem a verdade. Daquele jeito não haveria salvação.

Essa era a Nova Iorque e isso só tendia a piorar, dia após dia.

Eu não tinha fé. Mesmo assim clamava ao nome de Deus nos momentos difíceis. Às vezes somos assim, ignoramos a verdade e fazemos dela meras frases pros momentos de tristeza, quem sabe através de uma gíria. O fato é que muitos de nossos comportamentos nos demonstram isso e simplesmente atuamos não saber que a verdade está ali, na nossa frente, porque se descobrirmos a verdade “de cara”, faz parecer que a vida perde seu sentido. Sem mistérios, não há graça. E assim preferimos viver por mentiras, mesmo se a realidade estiver à nossa frente, viramos a cara ao mendigo que pede um prato de comida, ensinamos nossos filhos a fazer isso e depois depositamos a confiança de fazer um mundo melhor a eles. Eu sei, parece louco e sem sentido, mas é assim que somos e fingimos não ser. Talvez seja por isso que fomos punidos. Não merecíamos a vida porque atuávamos, não vivíamos. O destino de todos já estava traçado. Por mais que não acreditassem em profecias ou “avisos” elas mesmas caminharam para sua autodestruição, acreditando ou não.

Meu nome é Jill Valentine e vou contá-los como foi o dia em que tudo começou.

~~~Resident Evil – Maxtermínio~~~

Era um grande dia de festa. O centro da cidade estava repleto de pessoas. Quase dois milhões já naquele horário. Era feriado global e havia muitos turistas. O policiamento civil estava bem reforçado e também havia centros médicos espalhados por toda a parte. As unidades móveis da Umbrella.

É engraçado, eu sei, jamais imaginei um dia apoiar ou trabalhar, para aquela que foi a responsável por centenas de noites de sono perdidas, sem falar nos pesadelos. No começo eu quase abandonei a B.S.A.A. Não fosse o Chris, eu jamais concordaria.

— Olha só Jill, agora está nas mãos do governo, é uma Nova empresa com projetos de ajudar nosso combate aos terroristas e vai ser muito mais seguro se pudermos partir para as missões com amostras dos soros para possíveis infecções e assim voltarmos sem tantas perdas. Imagine se já pudéssemos obter oportunidades assim antes, quantos não teríamos salvado? Quantos não teriam sobrevivido?

Ele tinha razão e fundida à B.S.A.A., a Umbrella recebeu um novo nome. Estava na hora do guarda-chuva começar a nos proteger de verdade dos pingos furiosos que insistiam em atingir nossas cabeças. A nova fusão fez daquela aliança o sinônimo da melhor equipe de segurança do mundo, comandada pela O.N.U., a mais preparada, a mais estruturada, treinados pelos melhores: World Army’s Rescue Squad – W.A.R.S.

Logo após sua criação, foram fundadas várias HQ’s (Quartéis Generais) ao redor do mundo, expandindo o número de recrutas. Uma evolução para a divisão da O.N.U.

Com pouco tempo após a aliança imbatível, a maioria dos traficantes das armas biológicas haviam sido presos e os donos das empresas que as fabricavam ou importavam, também. Tricell, Wilpharma, Progênesis, More Health, entre outras mais, todas haviam sido desmanteladas.

Invenções tecnológicas também tinham sido muito importantes para o sucesso nas operações de paz. Havia sido descoberto que em todos os empregados das empresas eram implantados pequenos chips que continham informações como nome, data de nascimento, número de identidade e o mais importante, agiam como GPS, dando as localizações exatas de onde mentes perigosas se encontravam. Algo que não muito tarde foi implantado em todos os cidadãos da Terra. Os que recusavam quase sempre tinham algo a esconder, logo, todos aderiram.

Um ano depois, o mundo comemorou os primeiros 12 meses consecutivos de paz. A princípio houve muitos protestos e passeatas contra o retorno da empresa, mas, diante aos benefícios que vieram a seguir, a população se acomodou cada vez mais. Foi assim, usando suas armas contra eles mesmos que obtivemos os últimos melhores três anos de paz desde o começo daquilo tudo. “Paz”, que não durou tanto o quanto estávamos esperando.

Distante, porém, próximo o bastante de Nova Iorque...

— Conseguimos uma amostra. Havia um restante não evaporado dentro do recipiente. _ Uma das agentes sanitárias recolhia.

— Isso é loucura. A Umbrella não pode ter feito isso dessa vez. Está sob comando do governo, como poderíamos não saber?

— Não desfoque agente, já temos uma amostra, vamos levá-la ao laboratório e pedirmos uma explicação. _ Disse o capitão do grupo.

— Hei rapazes, cheguem aqui, vocês precisam ver isso. Dizia outra dos agentes sanitários.

Havia um animal morto caído ao chão, um animal selvagem com parte do corpo em pedaços.

— Oh meu Deus! O que foi isso? _ Mal terminou de dizer e um pedaço da carne daquele animal foi lançado do alto de uma árvore sobre o visor de sua máscara respiratória. Eram dezenas de urubus, abutres e outros pássaros, encima das árvores se alimentando por pedaços daquele bicho.

— Acha que outra coisa o matou, ou que foram eles mesmos?

— Se fossem eles, já teriam nos atacado. _ Respondeu um.

— Talvez estejam nos estranhando, analisando qual espécie nós somos. Vou tentar tirar a máscara.

— Agente Hughes, não faça isso, sabe como é perigoso, não faça isso!

Ao retirar a máscara os animais nas árvores não lhe fizeram nada, apenas observavam do topo, mas, a pantera machucada e aparentemente morta no chão, abriu seus olhos repentinamente e com força abocanhou sua perna, a carregando em desespero mata adentro. Ouvindo todos os tiros que ecoavam, os pássaros se assustaram e os maiores deram partida num voo em conjunto, para escaparem do local.

Enquanto os agentes restantes tentavam escapar do ataque na floresta, outro discurso ocorria no centro da cidade. Ao mesmo tempo, os policiais Max e Katy se encontravam na porta do York Coffe e Ana buscava sua pequena filha Isabelly na escola, no centro da cidade, temerosa.

Se alguém observasse os céus e a cidade de um lugar bem alto naquele instante, contemplariam os últimos minutos de vida da antiga New York.

Dentro do prédio do jornal onde Ana trabalhava, Edith, uma das outras colunistas que tinha Ana como rival tomava uma xícara de café, lendo e comentando com Marvin, seu companheiro de trabalho, sobre a última publicação de sua companheira.

— Nossa que ridículo! Os leitores deveriam processar essa vadia por deixar a população alarmada e amedrontada com essas suas falsas historinhas. _ Dizia a mulher de coque e óculos de grau.

— Mas até que ela escreve bem. Notou como ela encaixou os fatos no final de tudo? _ Disse o companheiro da mesma, só para provocar.

— Espero que esteja brincando...

Era feriado internacional, mas, empresas daquele tipo não poderiam se privar do trabalho num dia tão importante como aquele. Pelo menos uma parte do grupo deveria continuar trabalhando.

— Aquela “vadiazinha” ainda consegue uma folga num dia desses. _ Murmurava, a senhora inveja.

Foi quando ela lentamente se levantou com a xícara ainda em mãos, dando passos apreensivos até a frente da vidraça, observando algo que estava a assustando imensamente.

Não muito depois, seu “amigo” tomou sua expressão de apavoro emprestada, ao olhar para a mesma direção.

— Oh meu Deus! _ Exclamava o colega dela, observando a mesma cena.

Tratava-se de um bando, o maior bando de pássaros já visto. Pássaros grandes, em sua maioria, enormes. Abutres passando a certa altura, bem na frente de todos os prédios, chamando a atenção de todos por onde passavam.

Lá embaixo, algumas ruas distantes de onde aconteciam os eventos festivos, Ana Campbell e sua filha estavam prestes a atravessar a faixa de pedestres da rua, quando...

— “Passalinho”! _ Apontava para o céu, a garotinha.

Sua mãe ainda não havia avistado nada, até que, mirando o olhar para a direção em que a pequena exclamava, ela os viu.

Sequencialmente, várias pessoas abriam as portas dos carros, saindo ou olhando pela janela, apontando e comentando tudo aquilo, sem entender nada.
...

— Assim conseguimos apreender os últimos que restavam na lista de criminosos biológicos que ameaçavam o planeta e graças à isso, não só aquele continente, mas, todo o planeta já não tem mais com o que se preocupar. _ Com pose de galã, Jason Jordan dizia suas últimas palavras no palanque. Mas, não eram as últimas porque havia terminado o discurso, e sim porque fez uma pausa repentina, deixando todos preocupados com a expressão que jazia em seu rosto. Ele olhava para o céu.

— Jesus! _ Foi sua última palavra.

Logo, todas as outras pessoas que estavam no público miraram seus olhares para a mesma direção. O céu estava coberto. A sombra daquela coisa alcançava a multidão abaixo segundo após o outro, mais e mais e o pânico começava a se expandir.

Seus olhares se deparavam com a verdade. O céu estava em trevas.

As criaturas que encobriam a luz tinham uma ampla visão do que estava acontecendo lá embaixo. Entendiam que aquilo era uma multidão de pessoas e após um longo voo já estavam com fome. Seu próximo cardápio estava ali embaixo, era de onde vinha o cheiro mais forte. Uma quantidade mais que suficiente para todos que voavam. Seus olhares todos “zumbificados”. Então, um corvo que parecia guiar todo o bando, começou a rodear o centro da população, voando todos juntos em um único círculo.

Mesmo com a maioria intactos, algumas pessoas ainda tinham tato para se movimentar e pegar uma câmera fotográfica, para tentar registrar o momento. Talvez, jornalistas em meio ao povo.

O bando sobrevoou naquele círculo por quase um minuto, até que um deles subiu um pouco mais e desceu profundamente, cortando o espaço entre o bando de infectados e os humanos, seguido por todos os outros. Era como um furacão de penas, descendo do mais azul dos céus.

— Ahhhhhhh. _ As pessoas gritavam agora. Aqueles animais que os atacavam demonstravam uma inteligência jamais notada antes. Utilizavam seus bicos para arrancar a pele exposta dos cidadãos. Alguns chegavam até a rasgar suas roupas. Era o início do caos nas cidades grandes.

Enquanto alguns tentavam correr, outros tropeçavam, tombando ao chão. Mas, o que fazer? Eram mais de dois milhões de pessoas reunidas. Não haveria como todos saírem dali. Jovens, crianças, adultos e idosos, gordos e magros, negros e brancos, homens e mulheres, heterossexuais e também homossexuais. Havia todo o tipo de pessoas ali e para aqueles infectados, todas elas significavam uma única coisa: comida.

Em certo apartamento quatro quadras distantes dali de onde acontecia o massacre, uma mulher loira também de folga recebia uma ligação. No mural em seu quarto, havia várias condecorações e troféus encima da estante, que demonstravam se tratar de uma ótima militar. Modéstia à parte, o mínimo para uma das fundadoras da B.S.A.A.

— Jill, temos um problema, venha imediatamente até o “QG”, temos indícios de uma nova infecção, no meio da cidade.

Eu já estava preparada, as notícias começavam a ser reportadas em todos os canais de TV. Era o início do verdadeiro fim.

End of Chapter 3... To be continued.

Autor: Rafael Oliveira.

 


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