Contato escrita por Aleksa


Capítulo 35
Capítulo 2




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                                 Capitulo 2

 

 

Nem preciso dizer como depois do que aconteceu, minhas amigas surtaram. Elas brigaram por mais de uma hora, sendo que durante essa hora, Yura não ouviu uma única palavra, até que ele se cansou de fingir que estava ouvindo e disse:

- Chega, cansei desse sermão.

Yura se levantou e caminhou até a primeira porta que viu. Sarah gritou.

- Como você se atreve? Nós não terminamos ainda!

- E eu perguntei alguma coisa pra você? – ele retrucou. – Odeio gente que nem você. – ele suspira. – E outra coisa, se eu me importasse com você, ou ligasse para qualquer coisa que você diz, você saberia disso a mais tempo, não acha? – ele sorriu sarcástico.

Sarah ficou lá, parada, com cara de parte ofendida.

- Hump. – ela virou a cara.

- Além de tudo é fresca. – ele suspirou.

Yura saiu da sala, fechando levemente a porta atrás de si, assim que ele saiu Sarah mostrou a língua para a porta fechada... Quanta maturidade...

- E com esse idiota que você namora? – Sarah perguntou.

- É... – suspirei com cara de adolescente apaixonada. – Ele é o meu idiota.

Fiquei lá babando que nem uma imbecil, até que Clarisse e Castel, que tinham ficado caladas a maior parte do tempo enquanto Sarah surtava praticamente sozinha, disseram:

- Eu não imaginava...

- Se eu dissesse vocês não acreditariam... – suspirei.

Depois de mais algum tempo de explicação, reclamação e esclarecimento, voltei pra casa, onde Yura me esperava na porta, olhando para o chão distraidamente.

- Yura...

- Você vem morar comigo, lembra-se?

- Lembro... Mas, agora? – perguntei surpresa, fazia apenas uma hora que o médico havia me liberado.

- Isso, agora. – ele respondeu caminhando até mim. – Quero você por perto, e quero agora. – ele disse me olhando nos olhos.

- Yura. – eu sorri.

Yura tinha um sorriso afetuoso, diferente do que normalmente ele mostrava. E eu? Bem, eu iria morar com ele, nada mais era relevante.

- Vamos. – ele me puxou pelo braço.

- M-Mas e as minhas coisas?

- Já mandei que viessem buscar, eu REALMENTE quero ir pra casa. – ele sorriu, maldosamente.

- Ah... – captei.

Entramos no elevador do meu prédio, nem bem entramos Yura já agarrou o meu pescoço e me puxou até ele, numa urgência fora do normal.

Nem tive tempo de dizer nada, ele me empurrou pra trás, sorte que nos elevadores do meu prédio não tinham câmeras... Eu acabei batendo em um dos botões, e o elevador parou, no meio do andar, ou sei lá.

- Ops. – disse, tirando a mão de cima do botão.

- Já ia fazer isso. – ele sorriu.

- Te poupei trabalho. – sorri de volta.

Agora, com tempo pra saber o que se passava, Yura se aproximou lentamente do meu rosto... Mas o telefone dele tocou e ele atendeu... Ai,ai...

- Alô?

- Ah, não vai não!

Peguei o telefone da mão dele, agarrando suas mãos pra que ele não interferisse.

- Ele liga depois. – desliguei o telefone.

Yura não esperava que eu fizesse isso, me olhava surpreso. Desliguei o aparelho e coloquei no bolso da minha calça.

- Agora vem aqui! – eu disse, puxando-o pelo braço.

Por favor entendam, passei três semanas internada num hospital por causa desse homem! Eu o quero! E eu quero agora! Sem esse maldito celular!

Yura me afastou por alguns segundos, me olhando tão surpreso quanto antes.

- Mas o que foi isso Alice?

- Chama-se “Meu namorado não acreditou em mim, eu passei três semanas no hospital por causa dele, perdi o meu aniversario assim, e agora eu não quero ser interrompida por esse maldito telefone celular”, compreendeu?

- Claramente. – ele riu.

O elevador voltou a andar... Droga! Já estava cogitando apertar o botão de novo...

- Calma Alice, não pareça tão frustrada. – ele riu novamente.

- Você e essa sua maldita mania de me abandonar pra atender o telefone... – resmunguei.

- Sinto muito... – ele riu.

Suspirei, ainda revoltada...

Ao chegarmos na casa de Yura, o ar familiar daquele ambiente me encheu os pulmões de tranqüilidade.

- Ai, ai... – eu disse.

- O que? – ele perguntou, fechando e trancando a porta.

- Senti falta da sua casa. – respondi, me virando pra olhar pra ele.

- Minha casa se sente elogiada. – ele disse, num tom quase de ciúmes.

- Sinto muito. – eu ri.

- Preciso mesmo fazer uma ligação, você pode me devolver o meu celular?

Suspirei novamente, mas que mania! Será que não dava pra esperar?

- Toma... – respondi, atirando o telefone frustrada, e me jogando no sofá.

 Ele pegou o telefone no ar, abrindo-o e ligando pra um número da discagem rápida.

- Alô? Rita? – ele disse ao telefone.

Eu estava de braços cruzados no sofá, com cara de contrariada olhando pra janela.

- Rita, por acaso o Roger está?... Ah, ótimo. Passe o telefone pra ele por favor.

Eu estava começando a ficar com sono, não tinha dormido bem nas ultimas semanas.

- Roger, pode me fazer um favor?

- Claro.

- Eu quero a cabeça de Stephan numa bandeja de prata. – ele disse, num tom de voz que me fez pular da cadeira.

- Algo especifico?

- Não, só quero que vocês destruam a vida dele. – ele aplicou indiferente.

- Você e Stephan nunca se deram bem, mas o que houve agora?

- Ele mexeu na ferida errada, da próxima vez que ele tocar em qualquer coisa que seja minha, eu arranco os olhos dele com um picador de gelo...

- Puxa... Muito bem, eu resolvo o caso Yura. Se duvidar vira até noticia de jornal.

- Obrigado Roger.

- Não por isso Yura.

Yura desligou o telefone, eu estava em choque, olhando para os olhos sérios e frígidos de Yura, que se dirigiram a mim, tornando-se ternos.

- Yura...

- Ele mexeu com a pessoa errada. Ninguém que toque em você, terá nenhum tipo de piedade vinda de mim.

Eu não pude evitar, acabei sorrindo, me levantando, e afundando o rosto de Yura num abraço.

- Como você é possessivo...

Yura não respondeu, só amarrou seus braços ao redor da minha cintura... Daí pra frente, todos já sabem o que aconteceu...


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Notas finais do capítulo

Mwahahaha,
eu sei, foi cruel XD
Mas é isso ;*